domingo, 23 de maio de 2021

O Misterioso Caso de Elisabeth Queminet Berger, a Mulher da Ilha do Meio.

Realidade e Ficção...

Histórias misturadas com Estórias...

E bem sabido que as grandes metrópoles guardam as suas lendas urbanas locais, pois e bem sabido, que nenhuma lenda local e semelhante a outra, apenas aqueles que se espalham como vento e se misturam a outras mitologias próprias, criando assim as mitologias propriamente ditas e com as mais diversas versões. É nos rincões do interior do país, que se aglutinam diversas ocorrências inusitadas atribuídas ao folclore e às crenças religiosas, é as lendas litorâneas que também se estendem pela imensa costa marítima brasileira. 

Falar de mistérios da Amazônia é algo muito difícil, porque a região é detentora de uma quantidade espantosa de fatos que não se explicam, que se misturam com lendas e crendices populares, muitas vezes surgidos da observação direta de fenômenos aéreos não terrestres incompreendidos pela população. É assim por todas as localidades onde se procura, em qualquer ponto da imensa floresta tropical. Isso não é novidade para ninguém, mas, entre os inúmeros fenômenos ocorridos durante os anos 70 na região de Colares, existe um de características singulares.

O fato em questão ficou conhecido como o Caso Ilha do Meio e chamou a atenção dos militares comandados pelo então capitão Uyrangê Hollanda, que chefiava a Operação Prato. O episódio foi repetidamente investigado pelas Polícias Civil e Federal e contou até mesmo com o envolvimento da Interpol, organização internacional de cooperação entre as polícias de diferentes países. A história teve início em Urumajó — atual Augusto Corrêa —, no estado do Pará, onde pescadores e moradores da zona ribeirinha passaram a relatar pequenos objetos luminosos voando a baixa altitude.

A manifestação das luzes, que passaram a ser popularmente conhecidas como “pequenas luas”, coincidia com as ocasiões em que uma misteriosa mulher estava presente na Ilha do Meio, uma formação oceânica situada na foz do Rio Urumajó. De acordo com investigações oficiais, a estranha apresentava um passaporte de cidadania inglesa com a identidade de Elisabeth Queminet Berger. 

Uma Mulher Chamada Elisabeth. 

E do Pará, região amazônica, terra de sons estranhos, da Operação Prato e inúmeros avistamentos de OVNIs e até criaturas exógenas, nos chega mais um caso ainda sem explicação, pesquisado por Vitório Peret, que teve contato direto com as fontes primárias de informação no passado.

Trata-se da história de uma estranha mulher estrangeira chamada Elisabeth Queminet Berger, que durante algum tempo residiu na região Norte do Brasil. Através de um amigo, de família conhecida na capital paraense, ela teria chegado em Belém durante o ano de 1975, vindo de Salvador/Bahia.

A desconhecida, cuja origem não se sabia ao certo se era Francesa, Inglesa ou Suíça e que seria chamada apenas de Beth, declarava que estaria providenciando a sua naturalização brasileira.

Em seu passaporte inglês (nº 872152-A) e outros documentos de identidade constava que Elisabeth Queminet Berger tinha nacionalidade suíça. Teria nascido em Munsingen, em 18 de agosto de 1947, era naturalizada inglesa e domiciliada em Paris. Uma salada tipicamente europeia.

Beth era branca, loira, olhos azuis amendoados, magra. Ao contrário das mulheres escandinavas, ela tinha estatura baixa. Seria divorciada e profissionalmente, era desenhista de modas. Comumente, ela costumava usar vestidos compridos, rente aos pés, com mangas também compridas, de punhos fechados até junto às mãos. Visitando a região o Salgado paraense, no município de Bragança, a cerca de 200 quilômetros de Belém, a mulher estrangeira revelou estar bastante interessada na compra de uma ilha local.

Seus deslocamentos constantes por aquela zona foram realizados por João Olaya (Da qual desenvolveu uma amizade), comerciante, que fazia a linha de barco para a Ilha do Meio e para outras ilhas circunvizinhas com a tarefa da venda de alimentos e transporte de passageiros.

Beth conseguiu comprar terras na chamada “Ilha do Meio”, se situa na baia do distrito de Emboraí, pertencente ao município de Bragança. A ilha se localiza abaixo da cidade de Urumajó (atual Augusto Correa), distando cerca de seis horas de lancha do continente.

Já de posse da sua propriedade na referida ilha, Elisabeth procurou reunir os poucos moradores e disse ter interesse em comprar imediatamente outras propriedades. Houve relutância da parte de alguns, pois uma das exigências era que, fechado o negócio, deveriam deixar o mais breve possível os locais de suas ex-moradias.

Os documentos relacionados às compras, teriam sido registrados no Cartório do 1° Ofício da cidade de Bragança e incluíam direitos hereditários. Mesmo após fazer a aquisição de vastas terras na Ilha do Meio, Elisabeth não residia e tampouco visitava a ilha. Somente algum tempo depois ela passou a ir ao local com mais frequência.

Segundo os populares locais, Beth, então, chegava na Ilha quase sempre acompanhada de pessoas com hábitos estranhos. Cada vez que isso ocorria, segundo testemunhas, as pessoas recém chegadas com ela costumavam “desaparecer para sempre” sem que pescadores e barqueiros conseguissem saber para onde ou como aquilo ocorria.

Beth também atraiu atenção dos moradores de Bragança, por comprar semanalmente dos pescadores, entre 200 kg a 400 kg de peixe, sem que ninguém soubesse informar qual destino seria dado ao pescado, uma vez que não era posto à venda no mercado do município.

Logo os boatos sobre o excêntrico comportamento da loira estrangeira já saltavam as fronteiras do então município de Urumajó e se espalhava por toda aquela mesoregião. 

A srta Berger tinha hábitos bastante estranhos para os moradores locais, caminhava em sua ilha particular completamente, dizem as histórias do caso nua, peladinha, imagina a seguinte cena; Pescadores passando de barco pela ilha do meio, vendo uma estrangeira saltitando na areia como veio ao mundo. 

Provavelmente os caras deviam ficar com a vara armada vendo aquela curiosa e pitoresca cena. Além de vagar nua pela ilha e comprar um estoque de mercado em pescado, semanalmente, (para o que não se sabe) todos imaginavam que a rica e excêntrica srta Berger vivia em uma casa luxuosa e confortável, localizada no meio da ilha. Se achou isso, achou errado, era apenas uma cabana velha sem móveis. Por que motivos razões ou circunstâncias a Barbie daquela época se isolaria do mundo em um local tão precário? 

Curiosamente, aquelas coincidências que só ocorrem uma vez na vida, ou duas se você for bastante sortudo ocorria, afinal era o principal de todos, do que uma estrangeira que comprava peixe e caminhava pelada em sua ilha particular. Nos anos 70, naquela região em particular acontecia a Operação Prato. Além e claro que estados sob uma Ditadura Militar, da qual a história em si se mistura, além, é claro, com a operação realizada pela Aeronáutica

No contexto daquela época, meados da década de 70, o fato levou muitos a suspeitar que o local estivesse sendo utilizado para abrigar um número desconhecido de pessoas — possivelmente guerrilheiros em treinamento. A partir dessas especulações o caso ganhou notoriedade e chamou a atenção da polícia, que passou a investigar Elisabeth. 

“Foi quando o comandante Uyrangê Holanda de Lima ficou sabendo da estranha moradora e suspeitou que ela estava alimentando guerrilheiros, pois disseram que ela recebia regularmente cerca de dez homens. Somente quando ela estava na ilha, luzes e objetos estranhos e cilíndricos, parecendo sondas, apareciam e faziam evoluções à noite. O coronel fez uma busca em sua casa e ficou surpreso. Além de não encontrar nada, a casa não tinha janelas, nem portas, nem pratos, móveis. Apenas uma cama e duas cadeiras”.

"Vitorio Peret"

Investigação Militar.

A alta compra dos peixes levantou as suspeitas de que a mulher estivesse acobertando um bando de guerrilheiros na Ilha do Meio. Se ela não comprava meia tonelada de pescado para revender, possivelmente era para outros fins, e lembrando que guerrilhas eram bastante comuns no rincões do Brasil naquela época.

As informações chegaram até o capitão militar Uyrangê Hollanda, que naquela mesma época servia a FAB e comandava uma investigação militar na região (a chamada Operação Prato). Ao tomar conhecimento do fato, a princípio, Hollanda suspeitou que Elisabeth pudesse estar envolvida com o movimento de guerrilheiros ou contrabando de armas.

Teria ele, então, com apoio de voluntários locais, deslocado alguns militares até a Ilha do Meio para realizar averiguações e buscar mais informações sobre as reais atividades daquela mulher.

O grupo conseguiu encontrar a cabana de Beth na ilha, abandonada, em estado precário e com poucos utensílios no seu interior. Segundo alguns, quando Beth se encontrava em sua casa, era comum ver estranhos e assustadores movimento de luzes sobrevoando silenciosamente a região.

Alguns diziam que as luzes eram como “pequenas luas” que desciam sobre a ilha. Quando isso acontecia, Beth costumava sair às altas horas no meio da noite, a percorrer os campos. Ela teria sido advertida várias vezes para evitar aquelas caminhadas, pois ali transitavam serpentes e outros animais selvagens, mas sempre ignorava os avisos.

Em muitas ocasiões Beth era vista tarde da noite, caminhando sobre as areias da praia, totalmente despida. Tudo isso chocava a população local, que não conseguia compreender o discrepante comportamento da estrangeira.

Denunciada à Polícia.

E assim, cada vez mais desconfiados da mulher, por vezes temerosos e, além disso, receosos das atônitas luzes celestiais, por duas ocasiões, pescadores locais denunciaram à Polícia sobre as estranhas ocorrências.

Ao todo Beth foi detida três vezes. 

Na primeira, em 1975, foi levada pela Polícia Federal do Pará, sendo em seguida liberada por falta de provas. Em outra ocasião, foi levada para Brasília e novamente liberada. Foi na terceira captura, porém, que algo inusitado ocorreu: ao ser conduzida até o porto de Belém, a estrangeira pediu para usar o banheiro público no Mercado do Ver-o-Peso. E de lá, mesmo cercada por agentes, a Beth desapareceu sem deixar vestígios — de modo idêntico, após seu sumiço cessaram todos os eventos com luzes incomuns na região que se estendia da então Urumajó até Bragança. Os moradores contam que durante seu tempo de permanência na área Elisabeth foi vista acompanhada de homens de aparência incomum e falando um idioma incompreensível que ela também dominava. A mulher os apresentava como cientistas, mas eles desapareciam poucas horas ou dias depois de terem chegado — alguns dizem tê-la visto se banhando nua nas praias, o que faz total sentido, já que ela comprou a área e podia fazer o que quiser, e os pescadores também se é que me entendem. E até mesmo, segundo relatos, andando sobre as águas. 

Rescaldo. 

Depois de seu desaparecimento, A vida de Beth e misteriosa por si só. E mencionado que entre os anos de 1986 -1989 aconteceu uma série de Terremotos na Califórnia (Que engloba Los Angeles e São Francisco, que são citados nos relatos) da qual,  uma jovem identificada como Elisabeth Queminet Berger foi fotografada e sua imagem foi parar em um jornal local. A Interpol foi avisada, mas não conseguiu encontrá-la. Outro fato relevante é que o passaporte por ela apresentado não era verdadeiramente seu. Na verdade, uma cuidadosa investigação policial revelou que o documento inglês pertencera a uma polonesa falecida no ano de 1939.

Tempos depois ela foi vista na Coreia do Sul. Não havia motivos para a polícia persegui-la, sendo assim, até hoje sua existência é uma incógnita para as autoridades.  

Quem seria, então, Beth a misteriosa mulher surgida no Pará em meados da década de 70, justamente na febre do fenômeno Chupa-Chupa? Uma Espiã a serviço do Kremlin, Uma bruxa, Um Extraterrestre, Uma Viajante no Tempo, Uma Vampira, ou apenas uma Rica excêntrica e doida. O que seriam as luzes avistadas com tanta frequência durante sua estada na Ilha do Meio? Quem seriam seus acompanhantes e que idioma era aquele que compartilhavam? Para onde foram todos eles? E, principalmente, como esse episódio se encaixa no contexto dos fenômenos investigados pela Operação Prato? Essas questões continuarão abertas até que novas investigações tragam as respostas a respeito do Caso Ilha do Meio.

O fato é que até hoje ninguém sabe o pelas quais aquela bela estrangeira ficava fazendo sozinha nas noites na ilha do meio. Sobrenatural ou não a excêntrica Elisabeth deixou a Operação Prato, que em si e misterioso, ainda mais misterioso.

Fontes.

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