No início do século 19, houve relatos de fantasmas que perseguiu pessoas pelas ruas de Londres. Estas figuras sobre- humanas, como foram descritos, eram pálidas e tinha o estranho prazer de perseguir e caçar pedestres solitários. Em 1803, o Fantasma de Hammersmith foi relatado na borda ocidental de Londres. Há rumores de que quando uma mulher estava passando a capela Hammersmith, o fantasma agarrou em seus braços. Ela imediatamente desmaiou e morreu dias depois devido a um choque. Outra, o fantasma Southampton, também foi relatada como indivíduos que agredia pessoas durante a noite. Ele foi relatado como saltar sobre casas, sendo algumas com mais de 10 metros de altura. É alguns anos depois desses contos é que o nome Spring Heeled Jack aparece pela primeira vez na década de 1830. Esses fantasmas de Londres parecem similares em seu estilo de ataques, no entanto, ao contrário destas outras ameaças, Spring-heeled Jack era às vezes considerados como tendo uma aparência diabólica, ou tomando a forma de um urso.
No momento em que essa estranha figura fez a sua primeira aparição, o fenômeno agarrou a imaginação da nação e até hoje deixa historiadores sem palavras, pois o mito resistiu por mais de 170 anos. Batizado pelos jornais e pelos tabloides interessados em lucrar com a estória de um monstro sobre-humano, este personagem fantasmagórico permanece até os dias de hoje como uma das mais longevas lendas urbanas da Inglaterra.
Foi no século XIX foi uma época marcada pelo avanço científico e racionalidade; contudo, a superstição continuou reinando no dia a dia das pessoas.
Era a década de 1830, e aqueles foram os tempos do nascimento de Spring-heeled Jack. O Terror de Londres como fora carinhosamente batizado pelos tabloides.
Spring Heeled Jack, também conhecido como Springheel Jack e Spring-heel Jack, (uma tradução aproximada para Jack saltos de molas, Jack saltador da Primavera, ou João Pula-Pula (Como mostrados em as aventuras de Jackie Chan, 2° Temporada, episódio 33 The Return of the Pussycat) entre outros é um personagem do folclore inglês que supostamente existiu durante a era Vitoriana, sendo capaz de saltar de alturas extraordinárias. O primeiro testemunho de alguém que teria avistado o personagem data de 1837.
Era uma noite fria em abril de 1837 e um vendedor itinerante não identificado voltava tarde de seu trabalho. Em determinado momento, ele decidiu pegar um atalho que passava através do cemitério de uma igreja. Ciente do risco que estava correndo naquele lugar insalubre, ele acelerou o passo. Foi então que uma figura escura saltou do alto do campanário da igreja, caindo diretamente sobre as costas do pobre homem. No momento em que o comerciante viu os olhos vermelhos do fantasma, ele reuniu suas forças e correu sem olhar para trás. Este foi o primeiro testemunho a respeito do Spring-Heed Jack. Alguns relatos menores foram publicados em jornais nos meses seguintes após o ataque em Barnes, entretanto poucos identificavam a figura misteriosa como sendo o mesmo agressor.
Testemunhos posteriores espalharam-se por toda a Inglaterra, de Londres a Sheffield e Liverpool, apesar de prevalecerem especialmente nos subúrbios de Londres, nas Midlandas e Escócia.
Talvez o mais conhecido dos supostos incidentes envolvendo Spring-heeled Jack foram os ataques contra duas adolescentes, Lucy e Sarah Scales e Jane Alsop. O relatório Alsop foi amplamente coberto pela imprensa, incluindo uma peça no The Times. A cobertura da imprensa dos dois ataques contribuiu para aumentar o perfil de Spring Heeled Jack.
Em 19 de fevereiro de 1838, o Spring-heeled Jack fez outra aparição, dessa vez nos arredores de Old Ford, próximo ao centro de Londres. Por volta das 21 horas, uma jovem de 18 anos chamada Jane Alsop ouviu uma batida na porta da frente de sua casa. Estranhando a presença de alguém a essa hora, ela ficou relutante em atender as insistentes batidas. Ela concordou em fazê-lo apenas quando o homem do outro lado se identificou como um policial.
"Pelo amor de Deus, mulher," disse a voz aflita do outro lado, "traga uma lanterna aqui fora, nós capturamos Spring-heeled Jack aqui na ruela."
Jane correu para pegar uma vela e abriu a porta. Entretanto, no momento que destrancou o ferrolho, a porta abriu de supetão e a atirou no chão. Ao erguer a cabeça, ela se deparou com uma figura incrivelmente alta, vestindo um sobretudo escuro e segurando uma lanterna com uma luz tênue. Da sua boca aberta emanava uma fumaça azulada e fria. A luz da lanterna iluminava a sua face maligna e a jovem mulher foi capaz de ver os olhos de cor escarlate, as orelhas pontudas e um tipo de chapéu estranho em sua cabeça.Antes de poder reagir, a figura macabra se agachou sobre ela segurando seus braços e a impedindo de levantar. A seguir o monstro começou a arrancar as roupas da moça usando uma navalha extremamente afiada. Os gritos de Jane acabaram atraindo suas duas irmãs que viram a cena medonha e começaram a implorar pelo socorro dos vizinhos. O agressor então se levantou e escapou fugindo pela rua enquanto as meninas batiam a porta. Como resultado do ataque, Jane foi ferida por vários cortes produzidos pela navalha do monstro. Em estado de choque ela contou às autoridades - que foram imediatamente chamadas - o que havia acontecido. As três irmãs deram o mesmo depoimento e descreveram o agressor com as mesmas características perturbadoras. Da casa da frente, uma viúva chamada Freda Carrington contou ter visto toda a cena. Segundo ela, assim que as meninas bateram a porta, Spring-Heeled Jack correu para as sombras e saltou habilmente no teto da casa, desaparecendo em seguida.
Em 28 de fevereiro, o facínora atacou novamente. As vítimas dessa vez foram duas jovens chamadas Lucy e Sarah Scales, irmãs que andavam pela Green Dragon Alley, uma área respeitada de Limehouse. Por volta das 20 horas, uma figura escura confrontou as jovens saindo de dentro de uma viela e tentando agarrar Lucy pelo braço. Elas descreveram o sujeito como sendo muito alto e coberto dos pés a cabeça por um sobretudo de veludo preto. Na outra mão ele tinha uma lanterna. Lucy tentou resistir batendo na figura, mas ele a puxou com violência para a viela onde ambos desapareceram. Sarah correu aos gritos tentando encontrar ajuda e por sorte foi ajudada por dois soldados que estavam de folga. Os dois correram para o lugar onde tudo aconteceu e ao entrar no beco viram a jovem caída de costas desacordada. O atacante havia sumido. Lucy se recuperou dias depois do choque, suas roupas estavam rasgadas e ela sofrera cortes semelhantes a última moça atacada, mas o monstro não a havia ferido gravemente. Sua descrição foi semelhante a dada pelas demais testemunhas. Tudo levava a crer que se tratava do mesmo agressor.
Mais tarde, em Outubro de 1837, uma menina com o nome de Mary Stevens estava caminhando para Lavender Hill, onde ela trabalhava como empregada, depois de visitar seus pais em Battersea. No seu caminho através de Clapham Common, ela para, uma figura estranha pulou e a arrastou para um beco escuro. Depois de imobilizar-la apertado os braços de Mary Stevens, ele começou a beijar seu rosto, enquanto que rasgava as roupas da garota e tocava em sua pele com suas garras, que eram, de acordo com seu depoimento, "fria e úmida como os de um cadáver". Em pânico, a menina gritou, fazendo com que o atacante rapidamente fugir da cena. A curiosidade trouxe vários moradores que, imediatamente, lançou uma caçar para encontrar o agressor, que não pôde ser encontrado. No dia seguinte, o personagem pulando disse ter escolhido uma vítima muito diferente perto da casa de Mary Stevens, inaugurando um método que reapareceria em relatórios posteriores: ele pulou no caminho de uma passagem de carruagens, fazendo com que o cocheiro perdesse controle e ferisse-se gravemente a si mesmo. Várias testemunhas afirmaram que ele fugiu pulando um muro de nove metros de altura, enquanto balbuciar com uma estridente gargalhada, tocando. Aos poucos, a notícia da disseminação estranho personagem, e logo a impressa e o público deu-lhe um nome: Spring-Heeled Jack.
Em 9 de janeiro de 1838, poucos meses depois da aparição no cemitério e antes do ataque envolvendo Jane Alsop e as irmãs Scales, o Spring-heeled Jack já havia se tornado uma preocupação genuína, sendo tema de uma sessão oficial da Mansion House.
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| A sessão pública na Mansion House, London (c.1840). |
Sir John Cowan, Lord Prefeito de Londres, recebeu uma carta anônima assinada por alguém que se identificava apenas como "Morador de Peckham." O autor relatava que havia tomado conhecimento de uma aposta firmada entre um grupo de jovens nobres. De acordo com o "Morador de Peckham", a aposta envolvia um nobre vestir uma espécie de fantasia de fantasma ou demônio afim de assombrar vilarejos próximos. Esses jovens eram, nas palavras do autor da carta, "moleques de famílias importantes que apostaram 5 mil libras em uma brincadeira inconsequente".
A carta ia mais longe, descrevendo lugares onde pessoas deveriam ser atacadas pelo "fantasma". Bastou o até então cético Lord Cowan mencionar a questão em uma sessão, para dezenas de outras cartas inundarem a prefeitura, todas alegando onde, quando e como aconteceriam ataques perpetrados por indivíduos vestindo fantasias diabólicas. Cowan estava inclinado a acreditar que os ataques não passavam de uma brincadeira bem elaborada e de extremo mal gosto. Ele ordenou a criação de um inquérito policial que deveria solucionar o caso o mais rápido possível, antes que alguém acabasse machucado seriamente.
Embora o prefeito parecia bastante cético, um membro da platéia confirmou, "As meninas, servo de Kensington, Hammersmith e Ealing, contam histórias terríveis deste fantasma ou demônio". O assunto foi relatado no The Times em 09 de janeiro, outros jornais nacionais em 10 de Janeiro. O prefeito mostrou numa reunião lotada, uma pilha de cartas de vários lugares e em torno de Londres, queixando-se de semelhantes "brincadeiras ímpias". A quantidade de cartas que derramou no Mansion House sugere que as histórias eram difundidas nos subúrbio de Londres. Um escritor mencionou que várias mulheres jovens tinha sido assustada em Hammersmith e alguns "gravemente ferido por uma espécie de garras do meliante usava em suas mãos". Outro correspondente afirmou que, em Stockwell, Brixton, Camberwell e Vauxhall várias pessoas tinham morrido de susto e outros tinham tido convulsões; Enquanto isso, outro relatou que o malandro saltador tinha sido repetidamente visto em Lewisham e Blackheath. O prefeito se foi com duas ideias em mentes sobre o caso: ele pensou "o maior exageros" havia sido feito, e que era completamente impossível "que o fantasma realiza as proezas de um diabo na terra", mas alguém no outro lado, ele confiável lhe dissera, uma criada em Forest Hill que tinha sido assustado em se encaixa por uma figura na pele de um urso, ele estava confiante de que a pessoa ou pessoas envolvidas nesta "exibição demoniaca"seriam pegos e punidos. A polícia foram instruídos a procurar a pessoa responsável, e as recompensas foram oferecidas.
Um relatório peculiar de A Gazeta Brighton, que apareceu no 14 de abril de 1838 edição do The Times relatou como um jardineiro em Rosehill, Sussex, havia sido aterrorizada por uma criatura de natureza desconhecida. The Times escreveu que "Spring-heeled Jack tem, ao que parece, encontrou o seu caminho para a costa de Sussex", mesmo que o relatório tinha pouca semelhança com outras atribuidas a Spring Heeled Jack. O incidente ocorreu em 13 de abril, quando apareceu a um jardineiro "na forma de um urso ou algum outro animal de quatro patas". Tendo atraído a atenção do jardineiro por um rosnado, então escalou o muro do jardim e correu ao longo dela de quatro, antes de saltar para baixo e perseguindo o jardineiro por algum tempo. Após terrível ataque ao jardineiro, a aparição escalou o muro e desapareceu.
Duas investigações tiveram início, uma delas conduzida pelo escritório da Polícia Metropolitana e a outra por James Lea, um membro estimado da Patrulha de Bow Street. Lea havia conquistado certa reputação e era considerado o melhor detetive da Inglaterra, tendo resolvido o notório caso do assassinato de Maria Marten em 1827.
Lea entrevistou Jane Alsop e conclui que "em seu medo, a senhorita deve ter confundido a aparência de seu agressor". O detetive conclui ainda que a moça "havia bebido na véspera, ainda estando sob efeito enebriante do álcool". Apesar de ter chegado a essa conclusão, Lea continuou procurando evidências de um criminoso, prendendo e interrogando dezenas de suspeitos. A pista eventualmente acabou esfriando e a maioria dos suspeitos foram inocentados como meros bêbados, a maioria deles inofensivos. Insatisfeitos pelo procedimento empregado, o detetive foi removido do caso e o inquérito encerrado sem uma conclusão.
Diversas edições de Penny Dreadful dedicavam suas páginas a estórias envolvendo a terrível criatura, transformada em uma assustadora ameaça, chamada repetidamente de "O Terror de Londres."
Em primeiro de março de 1838, houve um relato - até hoje questionável, de que três mulheres haviam sido atacadas por um agressor ao longo da mesma semana. As testemunhas descreveram o criminoso como um homem alto, vestido com um manto e com chifres na cabeça. Em Woodham, um vilarejo nos arredores de Londres, três homens teriam atacado uma mulher e a violentado em um celeiro. A mulher relatou que um dos agressores disse ser o Spring-heeled Jack e que voltaria se ela falasse a respeito do que aconteceu. Em outro povoado, um homem quase foi linchado por uma multidão, apenas por dirigir a palavra a uma jovem. Capturado e arrastado para a praça o pobre diabo escapou por pouco de ser morto pela turba. Depois se ficou sabendo que ele era um marinheiro e que estivera longe da Inglaterra nos últimos anos.
Com o temor crescendo entre a população, as teorias mais absurdas afloravam: o Spring-heeled Jack seria um demônio que havia escapado do porão de uma igreja, para outros o fantasma era um espectro pertencente a um conhecido estuprador, morto um século antes. Para outros ele era de carne e osso, o filho degenerado de um Lorde da cidade, interessado em satisfazer seus desejos carnais.
Eventualmente, o temor público foi diminuindo a medida que as pessoas foram esquecendo da estória. Spring-heeled Jack foi lentamente esquecido, substituído pela iminência de outras preocupações e de outros problemas numa sociedade em acelerada transformação. É possível dizer que ele chegou perto de desaparecer por completo, tornar-se apenas uma estranha lembrança, uma nota de rodapé, o equivalente a um vilão de contos de fadas...
Em 12 de novembro de 1845, houve um último sopro que revigorou ainda que parcialmente a sua identidade. Tudo ocorreu em Jacobs Island, no embarcadouro ao sul do Rio Tâmisa. Uma figura misteriosa se aproximou de uma prostituta conhecida como Maria Davis. A figura encapuzada, trajando um sobretudo arranhou a mulher com garras afiadas com navalhas e ela sobreviveu apenas por que saltou do alto de uma ponte. A mulher foi retirada do rio e confusa deu a descrição do monstro que havia deixado cicatrizes em sua pele: um homem alto, de aspecto diabólico, com chifres na cabeça. Ele saltou do alto de um prédio e a atacou com garras afiadas. Alguns jornais falaram a respeito do caso, alguns lembraram do Spring-heeled Jack, mas não houve maiores consequências.
O caso seguinte teve lugar em meados de agosto de 1877, no Quartel de Aldershot em Surrey, a 60 quilômetros do centro de Londres. Aldershot era o centro de comando do Exército Britânico, o lar de 10,000 soldados que protegiam a capital. Em uma tarde, um jovem sentinela estava guardando o portão norte quando percebeu um estranho movimento. Era uma figura encapuzada e muito alta. O guarda lembrou mais tarde que ouviu o som de molas de metal enquanto a estranha figura se movia saltitando. No exato momento em que o soldado deu ordem para o sujeito parar, ele executou um salto que o lançou além do muro que cercava o quartel. O guarda imediatamente acionou o alerta e outros soldados correram para capturar o invasor.
O quartel foi todo revistado, mas nenhum sinal do estranho invasor saltitante foi descoberto, muito embora, nas semanas seguintes vários soldados tenham alegado ter visto (e ouvido) coisas estranhas. Temendo que algo sinistro estivesse acontecendo, o comandante do quartel ordenou que fossem distribuída munição entre os soldados e que a guarda fosse redobrada. Dias depois dessa medida, um soldado disparou contra um vulto acreditando se tratar do Spring-heeled Jack. Infelizmente, ele alvejou três cidadãos inocentes; um deles mortalmente.
No outono de 1877, Spring Heeled Jack teria sido visto em Newport Arch, em Lincoln, Lincolnshire, vestindo uma pele de ovelha. Uma multidão enfurecida, supostamente o perseguiram e encurralaram, e assim como em Aldershot um pouco antes, os moradores atiraram nele causando nenhum efeito no mesmo. Como de costume, ele disse ter feito uso de suas habilidades saltando para a multidão o perder de vista e desaparecer novamente.
Até o final do século 19, o relatos de avistamentos de Spring-heeled Jack estavam se movendo em direção oeste da Inglaterra. Por volta de 1888, em Everton, no norte de Liverpool, Spring-heeled Jack supostamente apareceu no telhado da Igreja de São Francisco Xavier, em Salisbury Street.
O famoso tabloide londrino Illustrated Police News, famoso por vender notícias sensacionalistas estampou em sua manchete que aquele era o retorno do Spring-heeled Jack e ofereceu uma recompensa para qualquer pessoa que visse o maníaco. É claro, surgiram incontáveis narrativas em todo canto, algumas mencionando grotescos assassinatos e inexplicáveis mistérios sobrenaturais. Mas após alguns meses, as narrativas foram desaparecendo novamente, junto com o interesse do público.
Três décadas se passaram até o nome do Spring-heeled Jack ressurgir no vácuo de outro acontecimento estarrecedor. Fazia anos que uma figura vestindo sobretudo havia atacado um comerciante num cemitério no ano de 1837, e foram necessários outros crimes grotescos para o fantasma se manifestar uma vez mais. Em meio ao reinado sangrento de outro Jack, dessa vez o estripador de Whitechapel, a lendária figura do Spring-heeled foi resgatada. Em 1888, alguns acreditavam que os crimes haviam sido cometidos por uma entidade sobrenatural, o que era condizente com as lendas do criminoso saltitante.
Um jornal da época chegou a cogitar que o assassino de prostitutas conseguia se mover através do East End saltando por cima dos telhados dos prédios e sobrados. Dessa forma, ele conseguia iludir a polícia e seus perseguidores. Mas o horror dos assassinatos conseguiam suplantar até as mais sinistras estórias sobre o Spring-heeled. Em um inquérito público, um dos investigadores da Polícia Metropolitana se irritou quando um repórter perguntou se ele acreditava que os crimes eram cometidos pelo lendário criminoso. "Não temos tempo para esse tipo de bobagem" respondeu o investigador. O assassino real era bem mais assustador do que o da ficção.
Em setembro de 1904, uma nova aparição, dessa vez diante de uma multidão. Uma figura extremamente alta e veloz foi vista por mais de cem pessoas reunidas nos arredores da estação William Henry em Liverpool. A figura saltou do chão até o topo de um prédio e desapareceu diante das testemunhas atônitas que não sabiam o que pensar. Esta aparição, se é que se tratava do Spring-heeled Jack, marcou o primeiro avistamento da figura por um grande número de pessoas em plena luz do dia. Uma ousadia que até hoje permanece sem explicação.
Teorias.
Outros diziam que ele era alto e magro, com a aparência de um cavalheiro.Vários relatos mencionam que ele pudesse respirar chamas azuis e brancas e que usava garras de metal afiadas na ponta dos dedos. Pelo menos duas pessoas afirmaram que ele era capaz de falar um Inglês compreensível.
Ninguém jamais foi preso e identificado como Spring-heeled Jack; combinada com as habilidades extraordinárias atribuídas a ele e ao longo período durante o qual ele teria sido em geral, isso levou a todos os tipos de teorias de sua natureza e identidade. Enquanto vários pesquisadores buscam uma explicação racional para os eventos, outros autores explorar os detalhes mais fantásticos da história para propor diferentes tipos de especulações paranormais.
Conjecturas Paranormais.
Posições Céticas.
Pesquisadores céticos têm rejeitado as histórias de Spring-heeled Jack, atribuem como histeria coletivas que se desenvolveram em torno de várias histórias de um bicho-papão ou o diabo que têm sido em torno de séculos, ou de exagerada mitos urbanos sobre um homem que subiu sobre os telhados, alegando que o diabo estava a persegui-los.
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| Henry de La Poer Beresford, Marquês de Waterford (1840) |
Outros pesquisadores acreditam que algum indivíduo(s) pode ter está por trás suas origens, sendo seguido por imitadores mais tarde. Spring Heeled Jack foi amplamente considerado como não ser uma criatura sobrenatural, mas sim uma ou mais pessoas com um senso de humor macabro . Esta idéia corresponde ao conteúdo da carta ao prefeito, que acusou um grupo de jovens aristocratas como os culpados, depois de um irresponsável aposta. Um rumor em circulação popular em 1840 apontou para um nobre irlandês, o Marquês de Waterford, como o principal suspeito.
Haining sugeriu que este pode ter sido devido a ele ter anteriormente tido más experiências com mulheres e policiais. O Marquês era freqüentemente páginas nos noticiário em 1830: brigas bêbedeira, piadas macabras e vandalismo, e foi dito para fazer qualquer coisa para uma aposta; seu comportamento irregular e seu desprezo pelas mulheres lhe rendeu o título de "Marquês Louci", e é também sabido que ele estava na área de Londres no momento em que os incidentes pela primeira vez. Em 1880 ele foi apontado como o agressor por Ebenezer Cobham Brewer, que disse que o Marquês "utilizado para se divertir saltando sobre os viajantes desprevenidos, para assustá-los, e de tempos em tempo outros seguiram seu exemplo bobo".
Em 1842, o Marquês se casar e estabelece em Curraghmore House, County Waterford, e teria levado uma vida exemplar, até que ele morreu em um acidente de cavalo em 1859. Pesquisadores céticos afirmaram que a história de Spring-heeled Jack era exagerada e alterados através histerias coletivas, um processo no qual muitas questões sociológicas podem ter contribuído. Estes incluem os rumores não suportado, a superstição, a tradição oral, publicações sensacionalistas e um rico folclore em contos de fadas e criaturas estranhas. Fofocas de supostos poderes saltando e cuspindo fogo, sua alegada características extraordinárias e sua habilidade em escapar de renome apreensão capturou a mente do público supersticioso - cada vez mais com o passar do tempo, que deu a impressão de que Spring Heeled Jack tinha sofrido nenhum efeito da envelhecimento. Como resultado, uma lenda urbana inteira foi construída em torno do personagem, sendo refletido por publicações contemporâneas, que por sua vez alimentou essa percepção popular.
Em 2012 Spring-heeled Jack foi avistado em 14 de fevereiro, durante a noite por um casal é seu filho de 4 anos, e o motorista dentro de um táxi, sua última aparição é e claro que outras ainda virão
Desde a sua primeira aparição em 1837 o fantasma jamais foi apanhado, mas ao longo das décadas, o Spring-heeled Jack se tornou um termo frequentemente usado pelos habitantes de Londres, para descrever qualquer fenômeno sobrenatural ou de natureza ameaçadora.
http://mundotentacular.blogspot.com.br/2015/05/spring-heeled-jack-lenda-do-maniaco.html (Da qual grande parte deste post e baseado)
https://en.wikipedia.org/wiki/Spring-heeled_Jack
http://drdavidclarke.co.uk/2012/02/25/return-of-spring-heeled-jack/
http://www.yourlocalguardian.co.uk/news/local/epsomnews/9546587.Terrified_family_confronted_by__dark_figure__on_bypass/
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