domingo, 18 de junho de 2017

O Caso Dolores Barrios.

Lá nos primórdios da Ufologia, quando a mesma engatinhava, era bastante comum a crença de que nossos vizinhos mais próximos do cosmo (Vênus, Marte, Jupiter) Eram planetas habitados. Se a guerra dos Mundos ou os Jupiterianos moldaram um pouco a mitologia ufológica, lógico que os venusianos não poderiam ficar de fora.

Alguns casos ditos ufológicos ficam bem mais misteriosos pela estranheza da história como acontecem do que o assunto que relatam. Este é o caso de Dolores Barrios, o de uma insuspeita mulher que suscitou pesquisas enormes em todo planeta. No entanto, Dolores Barrios gerou muito sensacionalismo, muita boataria e pouca pesquisa científica ou policial. O caso foi narrado em outubro de 1954 pela revista “O Cruzeiro”, na época a de maior circulação no Brasil.

Dolores Barrios, na Extinta Revista O Cruzeiro. Aonde estaria essa mulher hoje?

Tudo ocorreu entre 07 e 08 de agosto de 1954, na cidade de Monte Palomar (à uma altitude de mais de 1.800 metros) nos Estados Unidos, local onde se realizava um dos primeiros congressos de ufologia. Esse congresso foi promovido por três dos mais famosos ‘contatados’: George Adamski, Truman Bethurum e Daniel Fry.  Mais de mil pessoas participaram do evento, encontravam-se importantes físicos, astrônomos, jornalistas do mundo todo, Agentes do FBI, testemunhas de OVNIs, bem como os curiosos. Havia pouco tempo do incidente de Roswell e a ufologia começava, aos poucos, a ter adeptos, estudiosos e escritores.

Na vez de Adamski, o “professor” explicou que os venusianos eram muito parecidos com os seres humanos.  Tanto que eles tinham infiltrado nossa sociedade e estavam vivendo nas grandes cidades.  Ele também apresentou uma pintura com uma representação artística de um venusiano.

No final do primeiro dia, das informações que chegou até nós, algumas pessoas notaram uma mulher, acompanhada de dois homens com aparências exóticas Os três tinham a tez clara e a mulher tinha cabelo loiro, olhos pretos, muito profundos, formação craniana exagerada, uma estranha marca óssea na testa: isso que chamou atenção daquelas pessoas em 1954. Aparências exóticas, em um congresso de Ufologia, da qual ainda era um bebê recém-nascido. Logo os rumores ganharam contornos fantásticos, esses três eram venusianos disfarçados. Pediram ao jornalista João Martins, que estava a trabalho para a revista brasileira " O Cruzeiro", para tirar algumas fotos dela.


Um dos participantes perguntou a eles: “Vocês são ou não venusianos?”  A mulher, sorrindo, calmamente respondeu, “Não“.

O participante então dialogou com a mulher:

– Porque vocês estão aqui?

– Porque somos interessados no assunto.

-Você acredita em discos voadores?

-Sim

– É verdade o que o Sr. Adamski diz, que eles vêm de Vênus?

– Sim, eles vêm de Vênus. (Talvez ela mesma, entusiasmada, deu corda para toda a história, afinal naquela época pouco se sabia sobre os outros 8 Planetas (naquela época Plutão ainda era um planeta)

João Martins, também os entrevistou, obtendo às estas informações:

O nome dela era Dolores Barrios e era modista; os nomes de seus amigos eram Donald Morand e Bill Jackmart, ambos músicos.  Os três viviam em Manhattan Beach, Califórnia.

Martins perguntou se ele podia fotografá-los, mas eles se recusaram.  Eles estavam irritados de serem chamados de venusianos.  De acordo com Martins, Dolores Barrios parecia muito com a pintura que Adamski tinha mostrado.

Pelo resto da conferência, os três ficaram isolados e não falavam com os outros participantes.  No dia seguinte, ao final da reunião, os estranhos visitantes permitiram ser fotografados.

João Martins tirou as fotos, mas com a luz do flash ela se assustou e saiu rapidamente do local, entrando em um bosque ao lado do local do evento. Para a história ficar mais interessante ainda é mencionado que um disco foi visto subindo rapidamente ao céu, deixando-os impressionados. Mas ninguém conseguiu fotografá o Disco voador. Mais tarde descobriram que a referida mulher havia assinado o livro de visitas com o nome Dolores Barrios, declarando-se estilista de moda em Nova York. No entanto, mais tarde, ninguém ouviu falar em estilista de moda com este nome na cidade, e com a divulgação da foto dela, tirada pelo brasileiro, ninguém a reconheceu como uma parente ou vizinha.

Muitos a consideraram como sendo uma “extraterrestre” graças ao seu estranho comportamento e até por algumas características físicas peculiares, mesmo curiosas.

Todavia, o ar de mistério permanece. Com absoluta certeza, a mulher possuía um rosto e uma compleição fantástica, que coincidentemente se assemelhava ao descrito por Adamski. Até mesmo a sua formação óssea facial apresentava-se um tanto exótica, deixando algumas questões sem explicação:  Será que não se tratava apenas da modelo que serviu como referência ao quadro de Adamski, ou mesmo a própria artista que o concebeu? (Possivelmente) Afinal, ela se definiu como Modista, da tem certa familiaridade com desenhos. De nome latino, poderia ser uma curiosa estrangeira - mexicana ou hispânica -, com documentos inválidos, se assustando com a abordagem dos repórteres e fugindo em seguida.

Poderia essa mulher ser de algum tipo de serviço secreto governamental ou não? (Afinal até agentes do FBI estavam neste Evento)

Alguns acreditam na possibilidade de Dolores Barrios ter sido uma personagem criada pelo governo norte-americano para fazer com que os ufólogos caíssem no ridículo diante da opinião pública, sendo infiltrada dentro deste congresso. Mas, pelo contrário, tornou-se um dos “casos inexplicáveis” desta pseudociência e até hoje permanece envolto neste debate entre crédulos e céticos. Acabou sendo uma figura eternizada.

Fontes.

O misterioso caso de dolores barrios.Quem foi dolores barrios?A foto de uma venusiana bem terrestreConheça o caso de dolores barrios

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