terça-feira, 8 de outubro de 2019

O Reino de Shambhala.

Sambala, Shambala, Shamballa ou Shambhala é um local místico citado amiúde em textos sagrados e presente em diversas tradições do Oriente. Depois da divulgação do termo no ocidente tornou-se conhecida em círculos esotéricos e penetrou até a cultura popular.

No budismo tibetano, Shambhala é um reino mítico oculto algures na cordilheira do Himalaia ou na Ásia central, próximo da Sibéria. É mencionado no Kalachakra Tantra e nos textos da cultura Zhang Zhung, que antecedeu o Budismo no Tibete ocidental. A religião Bön o chama de Olmolungring.

Shambhala significa em sânscrito "um lugar de paz, felicidade, tranquilidade", e acredita-se que seus habitantes sejam todos iluminados. A linha Tantra afirma que um dos reis de Shambhala, Suchandra, recebeu de Buda o Kalachakra Tantra, e que este ensinamento é lá preservado. Segundo esta tradição, quando o Bem tiver desaparecido de sobre a Terra, o 25º rei de Shambhala aparecerá para combater o Mal e introduzir o mundo em uma nova Idade de Ouro. Na Índia, essa doutrina desapareceu a partir do advento do Islã, porém no Tibete continua viva.

Shambhala também é associada ao império histórico Sriwijaya, onde o mestre Atisha estudou sob Dharmakirti e recebeu a iniciação Kalachakra. Também é considerada a capital do Reino de Agartha, constituído, segundo as cosmologias do taoismo, hinduísmo e budismo, por oito cidades etéricas.

Inspiração para a criação literária do inglês James Hilton Lost Horizon (1925), passa a ser também conhecida e referida como Shangri-la

Entre os hinduístas o nome é mencionado nos Puranas como sendo o lugar de onde surgirá o avatar Kalki, que libertará a Terra das forças disruptivas e restabelecerá a Lei Divina

Como outros conceitos religiosos, Shambhala possui um significado oculto e um manifesto. A forma manifesta tem Shambhala como um local físico, embora só podendo ser penetrado por indivíduos cujo bom karma o permite. Estaria em algum ponto do Himalaia ou deserto de Gobi, ladeada pela China a leste, Sibéria ao norte, Tibete e Índia ao sul, Khotan a oeste. A interpretação oculta diz que não é um lugar terreno, mas sim interior, comparável à Terra Pura do Budismo, de caráter mental e moral, ou a um estado de iluminação a que toda pessoa pode aspirar e alcançar.

Segundo os ensinamentos escritos e orais do Kalachakra, transmitidos ao explorador Andrew Tomas por Khamtul Jhamyang Thondup, do Conselho de Assuntos Religiosos e Culturais do Dalai Lama (em exílio na Índia desde a ocupação chinesa comunista de 1950 no Tibete), a aparência de Shambhala variaria segundo a natureza espiritual do observador: "por exemplo, certa ribeira, pura e simplesmente a mesma, pode ser vista pelos deuses como um rio de néctar, como um rio de água pelos homens, como uma mistura de pus e sangue pelos fantasmas esfomeados, e por outras criaturas como um elemento no qual se vive".

É considerado o maior e mais suntuoso Centro de Luz espiritual da Terra. Há milhões de anos, ele foi construído fisicamente em uma ilha no Mar de Gobi. Quando naquele lugar, onde então se estendia um vasto mar, através de comutações planetárias, se desenvolveu o deserto, Shambala foi elevado a esferas sutis.

Dizem que Shambala também possui uma forma de acesso pelo plano físico, porém só pode ser adentrado por indivíduos cujo a sua conduta e carma permitem.

Segundo os ensinamentos escritos e orais de Kalachakra , transmitidos ao explorador Andrew Tomas por Khamtul Jhamyang Thondup, do Conselho de Assuntos Religiosos e Culturais do Dalai Lama (em exílio na Índia desde a ocupação chinesa comunista de 1950 no Tibete), a aparência de Shambala variaria segundo a natureza espiritual do observador: “por exemplo, certa ribeira, pura e simplesmente a mesma, pode ser vista pelos deuses como um rio de néctar, como um rio de água pelos homens, como uma mistura de pus e sangue pelos fantasmas esfomeados, e por outras criaturas como um elemento no qual se vive”.

No final do século Shambala foi mencionada por Helena Petrovna Blavatsky em seus livros, e desde então se tornou um nome familiar no ocidente.

A localização exata de Shambala é um mistério. Numerosos exploradores e adeptos de diferentes tradições espirituais tentaram encontrar a “cidade invisível” sem sucesso. Teósofos vão mais além e apontam o deserto de Gobi como o lugar que abriga a “morada dos deuses” (ou dos mestres ascensos). Entretanto, esta Shambala, que ninguém pode ver ainda que percorra todos os quadrantes do deserto, situa-se além da realidade física percebida pelo homem; Shambala é uma ponte, portal entre o mundo dos homens e um outro mundo, um mundo além da percepção ordinária. Muitos dos Lamas do Tibet dedicaram, e dedicam, suas vidas a obter um desenvolvimento espiritual que possa conduzi-los a uma “viagem até Shambala”.

Textos budistas dizem que Shambala pode ser alcançada apenas através de uma longa e árdua jornada por entre violentos desertos e montanhas, e avisa que somente quem é chamado e tem a preparação espiritual necessária será apto a encontrá-la. Outros irão achar apenas tempestades e montanhas vazias, ou então a morte.

Mapa de Shambala que mostra localizações de templo, avistamentos de Ovnis entre outras coisas. Créditos: Tô no Cosmos
O artista, filósofo e explorador Nicholas Roerich (1874-1947), viajou através da China e Mongólia para as fronteiras do Tibete entre 1925-1928. Durante um diálogo com um lama, a seguitne frase lhe foi dita: “A Grande shambla está muito além do oceano. Ela é um poderoso reino celestial. Não tem nada a ver com a nossa Terra… só em alguns lugares, bem ao norte, você poderá discernir os resplandecentes raios de Shambala.”

Os nazistas também teriam o propósito de desvendar a mística Shambala em suas expedições, visto como um objeto de poder. Hitler e os nazistas tinham um enorme interesse no oculto,  e essa seria apenas mais uma expedição com uma intenção secreta, assim como a expedição para a Floresta Amazônia, Antártida, entre outros.

O grande escritor Lobsang Rampa, disse que visitou inúmeras vezes um lugar místico, lugar que tinha a temperatura alta, em pleno Himalaia. Lobsang escreveu: O Tibete é o país mais conveniente de todos para os disco voadores. É distante da explosão do dia a dia do mundo, e é habitado por aqueles que colocam a religião e os conceitos científicos antes do ganho material. Por muitos séculos os habitantes do Tibete conhecem a verdade sobre os discos voadores, o que são, quem são, como trabalham, e o propósito por detrás de tudo isso. Nós conhecemos as pessoas dos discos voadores como os deuses no céu em suas carruagens de fogo (como dito na Bíblia).

Uma história antiga no Tibete diz que certa vez havia um jovem se aventurando em busca de Shambala.. Depois de explorar as inúmeras montanhas ele encontrou uma caverna, e dentro havia um ancião eremita que perguntou ao jovem:
“Quais são suas metas que lhe fazem explorar essas profundas neves?” 
“Encontrar Shambla,” respondeu o jovem . 
“Ah, você não precisa ir muito longe.” Falou o ermitão. “Contemplar o reino de Shambala, está dentro do seu coração.”
Divulgação no Ocidente.

A ideia de uma terra de iluminados exerceu atração no ocidente desde sua difusão inicial no século XVII a partir de fragmentos do Budismo tibetano que conseguiram, através de exploradores e missionários, ultrapassar as usualmente fechadas fronteiras tibetanas, e da Teosofia, propagada pioneiramente por Helena Petrovna Blavatsky no século XIX.

As primeiras informações sobre este lugar chegaram ao ocidente pelos missionários católicos João Cabral e Estêvão Cacella, que ouviram referências sobre Shambhala - transcrita como Xembala - e imaginaram que se tratasse de um nome alternativo de Catai, a China. Dirigindo-se ao Tibete em 1627, descobriram o equívoco e retornaram à Índia de onde haviam saído.

Em 1833 apareceu o primeiro relato geográfico sobre a região, escrito pelo erudito húngaro Alexander Csoma de Köros, que mencionou "um país fabuloso no norte, situado entre 45º e 50º de latitude norte".

No final do século Shambhala foi mencionada por Helena Petrovna Blavatsky em seus livros, e desde então se tornou um nome familiar no ocidente, disseminando-se entre os cultos esotéricos e estimulando expedições em tentativas de localização - Nicholas Roerich (1926), Yakov Blumkin (1928), Heinrich Himmler e Rudolf Hess (1930, 1934-35, 1938-39).

Shambhala foi mencionada diversas vezes por Blavatsky, que alegava estar em contato com alguns de seus habitantes, todos pertencentes à Grande Fraternidade Branca. Segundo a Teosofia, Shambhala é tanto um lugar físico como um espiritual. Teria sido antigamente uma ilha quando a Ásia central ainda era um mar, há milhões de anos, a chamada Ilha Branca, ou Ilha Sagrada, e teria sido ali que os Senhores da Chama, os progenitores espirituais da raça humana, liderados por Sanat Kumara, teriam chegado e se estabelecido, vindos de Vênus. Atualmente a ilha seria um oásis no Deserto de Gobi, protegida de intrusos por meios espirituais. Escolas derivadas da Teosofia fazem menções ainda mais frequentes ao lugar, enfatizando sua natureza espiritual e localizando-a invisivelmente no plano etérico ou plano astral.

Shambhala também foi objeto de interesse escuso de ocultistas ligados ao Nazismo, que a viam como fonte de poder. A maciça maioria de referências literárias e testemunhos a descrevem como um lugar abençoado, que tem sido fonte de inspiração para abundante literatura, bem como associações com a cultura popular, como cenário ou tema de filmes, romances, músicas, documentários, histórias em quadrinhos e jogos.

Fontes.                                                                                                                                            136 de 186

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sambala

http://tonocosmos.com.br/o-reino-de-shambala

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