segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Charles Manson. Vida, Morte e Seu Macabro Legado.

Charles Manson, indiscutivelmente um dos mais notórios assassinos (Mesmo não tendo matado ninguém) do Século 20. Tudo tem um começo, meio é um fim, seu começo foi em 12 de novembro de 1934, seu fim, domingo, 19 de Novembro de 2017. Morreu de causas naturais às 20:13 deste domingo (02:13 de segunda-feira, pelo horário de Brasília) em um hospital em Kern County, Califórnia, ao norte de Los Angeles, ele tinha 83 anos e esteve atrás das grades durante a maior parte de sua vida.


RIP Charles Manson.
(12/11/1934 - 19/11/2017)
Responsável por esfaqueamentos que chocam os Estados Unidos há quase 50 anos, mesmo sem ter sujado as mãos com uma única gota de sangue, Charles Manson morreu neste domingo, aos 83 anos. A notícia foi publicada pelos principais jornais americanos, incluindo o Washington Post e o New York Times. E logo se espalhou pelos 4 cantos do mundo. Sim, desde que Manson passou para o outro lado, o Mundo todo noticia sobre sua morte. É inegável que depois de morto ele ainda gera um macabro fascínio sobre as pessoas.

O ex-guru hippie cumpria prisão perpétua desde 1971, condenado por convencer jovens seguidores a assassinarem, "com o máximo de crueldade", pelo menos sete pessoas, incluindo uma das estrelas de Hollywood mais comentadas da época: Sharon Tate, a mulher do cineasta Roman Polanski, que então tinha 26 anos e estava grávida de oito meses e meio.

História.

Charles Milles Manson fora fruto de uma gravidez indesejada e teve uma infância difícil. Filho de Kathlee Maddox, que o teve aos 15 (Ou 16) anos. Nasceu em 12 de novembro de 1934 no Hospital Geral de Cincinnati, na cidade de mesmo nome. Manson nunca chegou a conhecer seu verdadeiro pai, o sobrenome Manson ele herdou de um homem com quem sua mãe havia se juntado. Relacionamento esse que durou pouco tempo. Sua mãe que com 16 anos havia fugido de casa, viciada em álcool e que se prostituía, se relacionava com vários homens, e entregou o pequeno Manson aos cuidados da avó. Com a prisão da mãe, por conta de furtos, Manson foi entregue aos cuidados de um tio, esse era muito rigoroso com o jovem.  Seu tio espancava-o e abusava dele.

Quando a mãe saiu da cadeia, tudo continuou igual. Manson conta que, certa vez, ela chegou a vendê-lo num bar em troca de uma dose de bebida alcoólica. Então, o pequeno Charles começou a roubar. Foi mandado para um reformatório, mas, ao sair, continuou com os delitos.

Por volta dos 12 anos de idade, procurou a mãe, que o rejeitou mais uma vez. Foi parar em outras instituições. Muitas vezes, fugia. Chegou a passar por avaliações psiquiátricas - numa destas, postulou-se que, por trás de suas mentiras e frieza, estava um garoto extremamente sensível, mas que não havia recebido amor suficiente. Avaliou-se o seu quociente de inteligência, e era acima da média. Perto de receber a liberdade condicional, Manson sodomizou um garoto, com uma faca contra o pescoço do rapaz. Tinha já 17 anos. Foi, então, mandado para uma instituição mais segura. Abusou de outros homens. Mas, já em outra prisão, aparentemente mudou de comportamento, subitamente: dedicou-se mais a aprender e estava mais colaborativo. Aos 19 anos, pôde sair.

Posteriormente Manson afirmou que em suas estadias nas instituições penais, ele era constantemente abusado sexualmente, inclusive com o consentimento dos guardas.

Após isso, já em liberdade, aos 19 anos, Mason se casaria e se tornaria pai, nomeando seu filho de Manson Jr. Sem especializações e assim com uma baixa renda, Manson completava a renda da família roubando carros. Pouco tempo depois ele fora novamente preso. Sua esposa o deixara e após 3 anos foi novamente solto. Com 26 anos Manson estava novamente encarcerado, agora por aplicar golpe financeiro em uma mulher, drogar e violentar a companheira de quarto da mesma. Com 26 anos e deveria passar muitos anos encarcerado. Nesta época, descreve-se que Charles tinha grande necessidade de chamar a atenção para si mesmo. Era manipulador. Falava de filosofias pouco conhecidas na época, como o budismo e a cientologia. Outra obsessão eram os Beatles. Tinha um violão, e acreditava que, tendo oportunidade, seria maior que eles. Passava boa parte do tempo escrevendo músicas.

Em 1966, aos 32, podendo finalmente ser libertado,  recusou. Tinha passado mais da metade da sua vida em instituições e disse que não saberia viver lá fora. Charles saiu, teve contato com hippies e começou a arregimentar seguidores.

No ano de 1968, ele formou uma comunidade alternativa em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Manson tinha ideias grandiosas e um grupo de amigos e admiradores, conhecidos como Família Manson. Eram homens e mulheres de famílias ricas que não tinham bom relacionamento com seus familiares e que, por isso, passaram a morar nas ruas da Califórnia.

Muitos eram meninas bem jovens e perturbadas emocionalmente. Além disso, usava de drogas como o LSD para influenciá-las. O guru Charles Manson pregava o abandono das "prisões mentais" engendradas pelo capitalismo. Conta-se que a "Família" acabou por se aproximar das ciências ocultas, como a "Ordem Circe do Cachorro Sanguinário". Alguns dos admiradores de Manson o consideravam uma reencarnação de Jesus Cristo - uma analogia a ele abrir a vida dos jovens para "novos horizontes". O próprio Manson, porém, sempre negou tal comparação.

O grupo acabou conhecendo Dennis Wilson, do grupo Beach Boys. Tentaram explorá-lo, mas ele, depois, se livrou de Manson. Em 1968, foram parar no rancho. Sobreviviam não só de roubos, mas também de procurar restos de comida. Charles ainda tentava gravar um filme ou um disco. Um produtor, recusou fazer o que, na cabeça de Charles, era um fato consumado: gravar e lançar o artista Charles.

Charles dizia acreditar que iria acontecer uma grande guerra racial, onde os negros venceriam, mas encontrariam-se perdidos, porque eram inatamente incapazes de dominar. Nesse ano, os Beatles lançaram The Beatles, que ficou conhecido como Álbum Branco. O disco trazia canções como "Revolution" e "Helter Skelter". Era o "sinal" para Manson e sua família. A guerra deveria começar com crimes que deixassem os brancos realmente enfurecidos contra os negros. Charles e sua "família" escapariam escondendo-se no deserto. Charles havia entendido, em um livro religioso, que havia, no deserto, uma entrada para uma cidade de ouro. Após o fim da guerra, a Família Manson retornaria e assumiria o comando da situação. Charles era o "quinto anjo" (os outros quatro seriam os integrantes dos Beatles). Como os negros não iniciaram a guerra na data em que Charles achou que começariam, ele percebeu que teria que ensinar a eles o que fazer.

Em 9 de agosto de 1969, um pequeno grupo de conhecidos de Charles Manson invadiu uma casa alugada por Roman Polanski em Cielo Drive, 10050, em Bel Air, assassinando sua esposa Sharon Tate — que estava grávida — e mais quatro amigos do casal. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, e o sangue delas foi usado para escrever mensagens nas paredes. Em uma delas, foi escrito Pigs ("porcos" em inglês). Muitos entorpecentes foram encontrados no local. Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Rosemary e Leno LaBianca, matando o casal. As mensagens escritas na parede da casa foram "Helter Skelter", "Death to pigs" ("morte aos porcos") e "Rise" ("subida"). Os assassinatos de Sharon Tate, seus amigos e do casal LaBianca por membros da "Família Manson" ficaram conhecidos como Caso Tate-LaBianca.

Mas como isso poderia “ajudar” a fazer com que a guerra, que Manson previa, começasse? Na casa do casal LaBianca fora roubado um cartão de crédito, que foi deixado em um estabelecimento comercial, com a finalidade de que um negro o encontrasse e quando o mesmo fizesse uso do cartão, ele seria localizado pela policia, sendo assim acusado de assassinato. O cartão nunca foi usado.

O grupo também plantou pistas falsas no local para tentar incriminar os Panteras Negras – um grupo de ativistas afro-americano que usava a violência em sua luta contra o racismo. Também não deu certo.

Segundo o promotor do caso, Vincent Bugliosi, os assassinatos tinham sido planejados por Charles Manson, apesar de ele não estar presente em nenhum dos dois casos. Bugliosi elaborou uma teoria chamada "Helter Skelter". Segundo essa teoria, o objetivo dos assassinatos seria começar uma guerra que, segundo Manson, seria a maior já travada na Terra e seria denominada "Helter Skelter". O nome corresponde ao título de uma música dos Beatles em que, segundo o promotor, havia uma enorme quantidade de mensagens subliminares que teriam influenciado as ideias de Manson. Seria uma guerra entre negros e brancos, em que os brancos seriam exterminados pelos negros. Nessa teoria, o assassinato dos famosos de Hollywood levaria a uma breve acusação de algum negro, fazendo os confrontos explodirem logo. Bugliosi afirmou que, durante essa guerra (Manson e sua "Família" eram todos brancos), planejavam esconder-se em um poço, supostamente denominado por Manson como "poço sem fundo", em algum lugar no Deserto da Califórnia, assim que a suposta guerra começasse. Após os conflitos, Manson e sua "Família" voltariam do deserto.

Alguns dias antes destes crimes, em 31 de julho, em outra jurisdição, o professor de música Gary Hinman também havia sido morto de modo semelhante (inclusive com inscrições na parede). A polícia local prendeu um homem, que já havia passado pelo acampamento de Charles Manson.

Algum tempo depois um garoto encontrou uma arma utilizada nos crimes. Em outubro os investigadores chegaram ao Rancho Spahn, cenário de filmes de faroeste, na década de 20. Agora o local era a morada da Família criada por Charles Manson. A família de Manson chegou a ter até 50 membros. Nessa batida uma das integrantes do grupo foi presa, Susan Atkins, sob a suspeita de envolvimento com o primeiro assassinato, de Melcher. Tempos depois a mesma falou a sua colega de cela que ela teria feito parte no assassinato de Sharon Tate.

Segundo essa confissão a colega Susan Atkins teria informado que o grupo teria planos de matar Frank Sinatra e Elizabeth Taylor. Susan Atkins disse ainda, à colega, que provou do sangue de Tate: “Uau, que viagem! Provar a morte, e ainda dar vida.”. Falou também que queria tirar o bebê de Tate de sua barriga, mas não havia tempo. E que quis arrancar os olhos das vítimas e jogá-los contra as paredes, mas não teve oportunidade.

Depois de ouvir o testemunho da colega de cela de Atkins, a policia começou a montar o quebra cabeça. Descobriu-se também a morte de um ex-membro do grupo, que pretendia denunciar o que ocorria no Rancho Spahn, o mesmo teria sido desmembrado.

Como as informações que a policia tinha, não conseguiam colocar Manson em nenhuma cena de crime, se tornava difícil para o promotor acusá-lo de assassinato. Alem disso por pressão de Manson, Susan passou a regredir em seus depoimentos.

Julgamento é Condenação.

Em 1970 começou o julgamento de Charles Manson, então com 37 anos, foi acusado de seis assassinatos e levado à Justiça, juntamente com 'Tex' Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten, de 19 anos.  O mesmo fez chegar aos membros da família, severas ameaças de morte, para que os mesmos se calassem. Uma das mulheres chegou a ser quase morta. Durante o julgamento, Charles teve desentendimentos com seu advogado, sendo que o mesmo acabou desaparecendo. Ele havia sido assassinado por um membro do grupo, que depois assumiria o crime.

Manson alegou não ter participação em nenhum deles. Ele conseguiu provar isso, mas Bugliosi convenceu o júri popular que Manson poderia ter influenciado os jovens a matar. Após o julgamento, Manson declarou o seu ódio profundo pela Humanidade, chamando os membros de sua "Família" de "rejeitados pela sociedade". A promotoria se referiu a ele como "o homem mais maligno e satânico que já caminhou na face da Terra", e o quinteto foi sentenciado à morte em 1971. Mas, com a mudança nas leis penais do estado em 1972, a pena deles foi alterada para prisão perpétua, com a possibilidade de condicional.

Mesmo dentro da prisão Manson teria arquitetado um plano para assassinar o presidente Gerald Ford. Muitas vezes teve problemas com outros internos, e já foi, supostamente, envenenado, espancado e até mesmo tentaram colocar fogo nele. Também relata ter sofrido abuso sexual. Em 1974, foi diagnosticada uma psicose aguda.

Após sete anos preso, Manson foi declarado elegível para obter a liberdade condicional, Manson nem sempre compareceu às audiências e, quando estava presente, costumava ofender os oficiais da audiência e fazer piadas sobre a formalidade do processo. Seus pedidos foram repetidamente negados depois que autoridades concluíram que ele ainda era um preso muito perigoso.

Manson somava centenas de sanções por mau comportamento na prisão, onde também gravou uma tatuagem em forma de uma suástica na testa.

Ele permaneceu encarcerado na Penitenciária Estadual de Corcoran, na Califórnia, em unidade especial de isolamento da penitenciária, onde também se encontrava cumprindo prisão perpétua o assassino do senador Robert Kennedy, Sirhan Sirhan. Na audiência, no dia 11 de abril de 2012, Manson não esteve presente. Nela, as autoridades concluíram que o criminoso era ainda muito perigoso para obter a liberdade condicional e deram um novo prazo para a revisão de seu caso. A próxima revisão aconteceria em 2017, quando Manson teria 83 anos.

Na prisão de Corcoran, ele viveu de maneira quase solitária, tendo contato com um máximo de 15 presos, assassinos ligados a casos de impacto na opinião pública e sequestradores. Uma da suas únicas visitas constantes era Elaine Burton, a "Star", uma jovem do Mississipi assim batizada por ele – que, no passado, também batizou suas seguidoras Sandra Good como "Blue", Lynette Fromme como "Squeaky" e Susan Atkins como "Sexy Sadie" – e que tornou-se sua fã depois de ler alguns escritos de Manson sobre proteção ao meio ambiente. A cada trimestre, Manson tinha direito a uma cesta de presentes levada por Elaine Burton. Em 2011, Manson foi flagrado pela guarda com uma "arma fabricada por presidiário' – no caso, uma haste de óculos afiada – e colocado em cela solitária por dois meses.

Em novembro de 2014, aos 80 anos, Manson recebeu, da Justiça da Califórnia, permissão para se casar na prisão com sua noiva. Porém, desistiu do casamento em Fevereiro de 2015 após descobrir que sua noiva, Elaine Burton, 53 anos mais jovem que Manson, planejava expor seu cadáver em uma redoma de vidro após sua morte.

Em 6 de março de 1970, Manson lançou o álbum "Lie: The Love and Terror Cult". Anterior (no caso de "Never Learn Not To Love", canção do The Beach Boys composta a partir de modificações da música "Cease To Exist") e posteriormente, muitas das músicas do álbum foram gravadas por artistas de renome, como o Guns N'Roses ("Look at Your Game, Girl", faixa oculta no álbum de 1993 "The Spaghetti Incident?"), Front Line Assembly, GG Allin ("Garbage Dump"), Rob Zombie, Redd Kross, The Lemonheads (os três últimos gravaram versões de "Cease To Exist"), The Brian Jonestown Massacre ("Arkansas"), Marilyn Manson ("Sick City" e "My Monkey", que contém trechos de "Mechanical Man") e Devendra Banhart ("Home Is Where You're Happy").

Outros Membros.

  1. Charles “Tex” Watson - Atualmente com 71 anos, é descrito como “a mão direita” de Manson.  Em 9 de Agosto de 1969, ele e três mulheres mataram Sharon Tate e mais quatro pessoas que estavam visitaando à atriz, na sua casa em Beverly Hills. Na noite seguinte mataram o casal, Leno e Rosemary LaBianca, em sua casa de Los Angeles. Watson continua na prisão da Califórnia depois de repetidamente lhe ter sido negada a liberdade condicional. Tornou-se pastor em 1981, seguindo um caminho semelhante a outros membros da “Família Manson” que também se voltaram para o cristianismo.
  2. Susan Atkins - Uma das assassinas de Sharon Tate, e que escreveu “Pig” (porco) com sangue nas paredes da casa, morreu de câncer cerebral na prisão da Califórnia em 2009, quando tinha 61 anos. Atkins tinha visto o seu pedido de liberdade condicional negado quando a doença se agravou.
  3. Patricia Krenwinkel - cumpre pena de prisão perpétua pelos assassinatos no Caso Tate-LaBianca.
  4. Linda Kasabian - participou como testemunha dos dois massacres e depois depôs contra os companheiros no julgamento, recebendo imunidade. Voltou depois do julgamento para New Hampshire onde tentou por anos desaparecer dos holofotes da mídia para criar o filho pequeno. Nos anos seguintes teve alguns problemas com a polícia e reapareceu em 2009 dando uma entrevista ao programa Larry King Live, na CNN, que marcava os 40 anos dos assassinatos, com sua imagem obscurecida para proteger sua aparência atual.
  5. Leslie Van Houten- cumpre prisão perpétua por participação nos assassinatos do casal Leno e Rosemary LaBianca desde 1971.
  6. Bobby Beausoleil - cumpre pena de prisão perpétua pela morte de Gary Hinman, ocorrida poucos dias antes da chacina na casa de Sharon Tate.
  7. Lynette 'Squeaky' Fromme - Condenada à prisão perpétua pela tentativa de assassinato do presidente Gerald Ford em 1975, foi colocada em liberdade condicional em 2009, após 34 anos de cadeia, por bom comportamento. Passará o resto da vida em liberdade condicional, sendo monitorada por funcionários da Corte de Justiça dos Estados Unidos.
  8. Sandra Good - Presa em 1975 por enviar cartas com ameaças de morte a executivos de empresas pelo correio, foi condenada a 10 anos de prisão. Libertada em 1985, no meio dos anos 1990 criou um site na Internet de apoio a Manson e continua a defender a inocência do antigo líder nele.
  9. Steve Grogan - condenado a prisão perpétua pela morte de Donald "Shorty" Shea em 1969, um trabalhador do rancho onde a 'Familia" vivia. Depois de preso, Grogan ajudou a polícia a encontrar o corpo de "Shorty" e se tornou um prisioneiro modelo. Recebeu liberdade condicional em 1986, sendo o unico integrante da seita de Manson condenado a prisão perpétua por assassinato a ter conseguido isso.
  10. Catherine 'Gipsy' Share - A mais velha das mulheres da 'família' - 26 anos na época dos crimes - foi presa em 1971 ao assaltar uma loja de armas na Califórnia com outros integrantes do bando, com a intenção a sequestrar um Boeing-747 para exigir a libertação de Charles Manson e demais assassinos prisioneiros, em troca da vida dos passageiros. Passou cinco anos presa. Hoje vive uma vida comum e escreveu um livro sobre seu passado.
  11. Mary Brunner - a primeira das seguidoras de Manson e mãe de um filho seu, Valentine Michael, foi presa junto com "Gipsy' no assalto à loja de armas na Califórnia. Passou cinco anos presa e após ser libertada reconquistou a custódia sobre o filho e se afastou completamente de qualquer ligação com o ex-amante e líder, mudando seu nome e desaparecendo no anonimato. Vive hoje em algum lugar do Meio-Oeste dos Estados Unidos.
  12. Bruce Davis - condenado a prisão perpétua pela participação nos assassinatos de Donald 'Shorty' Shea e Gary Hinman, cumpre pena na prisão em San Luis Obispo, Califórnia. Em 2012, ele teve direito a liberdade condicional concedida pela banca examinadora de sua apelação judicial, mas o benefício foi negado pelo governador da Califórnia Jerry Brown e continua preso.

Outros Integrantes Menos Conhecidos e Não Envolvidos Em Assassinatos e Atentados do Grupo.


  1. Danny DeCarlo - ex-integrante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, ex-presidiário preso por contrabando de maconha na fronteira México/EUA e integrante de um gang de motociclistas, foi preso numa batida policial no Vale da Morte por roubo de automóveis com outros integrantes da Família. Preso, testemunhou contra os assassinos de Tate no julgamento e posteriormente fugiu para o Canadá.
  2. Susan Bartell - juntou-se à Família apenas dias depois dos assassinatos Tate-LaBianca e acompanhou com o grupo os julgamentos. Sem maiores envolvimentos em crimes de morte, apenas roubo, deixou a Família no meio dos 70 e desapareceu no anonimato.
  3. Catherine Gillies - membro desde 1968, foi no rancho de sua avó que os seguidores de Manson viveram por vários meses. Testemunhou nos julgamentos a favor de Manson e Bobby Beausoleil tentando inocentá-los e disse que queria ter participado dos crimes. Com o fim da Família juntou-se a uma gang de motociclistas e hoje vive perto do Vale da Morte onde criou quatro filhos.
  4. John Haught - natural de Ohio, usava os apelidos de Christopher Jesus e Zero. Oficialmente teria se suicidado em novembro de 1969 enquanto praticava roleta russa, por depoimentos de seguidores de Manson no lugar onde foi encontrado, apesar da polícia não ter achado impressões digitais no revólver e a arma estar com toda munição. Posteriormente a polícia recebeu uma denúncia anônima de que ele não se matou, mas teria sido assassinado por uma das mulheres do grupo, mas o denunciante nunca foi encontrado.
  5. Barbara Hoyt - com apenas 17 anos na época do crimes Tate-LaBianca, testemunhou o assassinato de Donald "Shorty" Shea por Manson, Steve Grogan e Bruce Davis. Dias depois ouviu Susan Atkins contar que havia matado Sharon Tate e fugiu da Família com outra jovem. Amedrontada de depor nos julgamentos de 1970, foi levada por outra seguidora, Ruth Ann Moorehouse, para uma viagem ao Havaí, onde sofreu uma tentativa de assassinato ao comer um hamburguer encharcado com altas doses de LSD. Recuperada depois de atendimento de emergência num hospital, se transformou numa das mais duras testemunhas de acusação contra Manson.
  6. Dianne Lake - Apelidada de Snake (Cobra) por Manson, juntou-se à Família com apenas 14 anos e viajou com ela em 1968 pela Califórnia. Manson a agredia constantemente na frente dos outros seguidores. Presa na batida policial no rancho do grupo após os assassinatos, ficou em silêncio nos interrogatórios da polícia mesmo sendo ameaçada com a câmara de gás. Internada no início de 1970 com sinais de esquizofrenia pelo trauma psicológico sofrido, rompeu o silêncio quando foi abrigada por um policial e sua esposa, testemunhando no Ministério Público e enchendo a acusação de evidências contra Manson e os demais assassinos. Hoje é casada e tem três filhos.
  7. Kathryn Lutesinger - Conhecida como "Kitty", namorada de Bobby Beausoleil e grávida de um filho dele, fugiu do bando em 30 de julho de 1969 (entre os assassinatos de Gary Hinman - cometido por seu namorado - e os Tate-Labianca, dias depois) e apresentou-se à polícia denunciando Manson como um homem perigoso e voltou para a casa dos pais. Com problemas em casa, voltou ao rancho dias depois e foi presa na batida policial por roubo de automóveis. Denunciou a participação de Atkins na morte de Sharon Tate e durante os julgamentos ficou indo e vindo entre a Família. Teve o filho de Beausoleil em 1970, casou-se com outro homem em 1973 e desapareceu.
  8. Ruth Ann Moorehouse - conheceu Manson em 1967 quando seu pai deu uma carona a ele, 'Squicky" Frommer e Mary Brunner numa estrada da Califórnia. Juntou-se à Família e com ela praticou pequenos golpes. No outono de 1970, enquanto os assassinos eram julgados, tentou envenenar uma companheira no Havaí, Barbara Hoyt, para impedi-la de testemunhar no caso, altas de LSD num hamburguer. Foi presa em dezembro de 1970 e, após libertada, sumiu para o estado de Nevada, onde vivia a irmã. Com a ajuda de sua família, mudou de vida e hoje vive em algum lugar do meio-oeste com o marido e três filhos.
  9. Nancy Pitman - filha de um engenheiro aeronáutico, cresceu na classe média alta de Malibu e foi apresentada a Manson pela filha da atriz Angela Lansbury, Deidre, sua amiga, que às vezes circulava com o grupo. Expulsa da casa dos pais, foi aceita e começou a viver com Família. Em agosto de 1969 acompanhou todas as instruções de Manson aos assassinos de Sharon Tate e seus amigos e é suspeita de ter ido com Manson à casa de Tate após os crimes ver a cena do crime. Depois do fim dos julgamentos e condenação dos acusados, viveu um tempo com Sandra Good e "Squeaky" Fromme até se apaixonar por um ex-presidiário, Michael "Red Eye" Monfort, passando a viver em em grupo com ele e outros casais. Testemunhou dois assassinatos cometidos por este grupo e foi presa por cumplicidade. Casaram-se na cadeia e permaneceram juntos até 1990. Hoje, desligada do passado, casou de novo e vive na costa do Pacífico com quatro filhos.
  10. Brooks Poston - um auto-descrito caipira do Texas, conheceu Manson na casa de Brian Wilson, dos Beach Boys, em Sunset Boulevard. Numa viagem de LSD, começou a acreditar que Manson era Jesus Cristo. Deu a ele um cartão de crédito da mãe e se juntou à Família. Ficou conhecido por entrar em transe ao comando de Manson, ficando catatônico algumas vezes. Temendo por sua vida após viver algum tempo com o grupo, deixou a Família e denunciou o líder à polícia. Foi uma das testemunhas de acusação durante os julgamentos Tate-LaBianca. Mais tarde fundou uma banda de rock, Desert Sun, que se apresentava pela Califórnia, com outro ex-membro da gang, Paul Watkins.
  11. Paul Watkins - juntou-se à Manson em 1968 e, segundo ele mesmo, era o "segundo em comando' na Família. Foi o principal recrutador de meninas para o grupo. Depois de algum tempo, foi alertado pelo amigo Poston sobre os crimes, de que não participou nem acreditava, e ele e o amigo denunciaram Manson à polícia. Foi uma das principais testemunhas de acusação nos julgamentos e quase perdeu a vida num atentado em que sua van foi incendiada por membros da seita, para impedi-lo de testemunhar. Nos anos seguintes, montou uma banda com o amigo Poston e morreu de leucemia no verão de 1990.
  12. Kenneth Como - Apelidado de "Jesse James' e casado com "Gipsy" Share entre 1977 e 1981, participou do assalto à loja de armas em 1971, depois de escapar de uma prisão anterior e foi novamente preso. Trazido para Los Angeles para testemunhar no julgamento de Manson fugiu com a ajuda de alguns mulheres do bando e foi capturado dias depois. Em 1973 foi condenado à prisão perpétua. Algumas versões dizem que ele foi responsável por um racha na Família após a prisão de Manson, com alguns continuando fiéis ao líder e outros passando a segui-lo. Há uma história inclusive de uma briga entre os dois na cadeia, em 1975. Libertado em razão de saúde precária em 2003, morreu no ano seguinte.

Outros membros do grupo, de participação menos ativa e sobre os quais não se tem mais informações foram Stephanie Schram, Juan Flynn, Juanita Wildebush, Madaline Joan Cottage, Charles Lovett, Sherry Ann Cooper, Bill Vance, Maria Alonzo, Ella Jo Bailey, Robert Lane, Dennis Rice, Suzanne Scott, Thomas Walleman e Lawrence Bailey.

Charles Manson teve dois filhos reconhecidos. Charles Manson Jr, nascido em 1956, fruto da união com Rosalie Jean Willis, cometeu suicídio no ano de 1993. O segundo filho, Valentine, nasceu da relação com Mary Brunner, que viria a ser a primeira mulher a integrar o culto assassino.

Agora Manson integra de fato ao rol dos grandes assassinos (Mesmo não tendo derramado uma gota de Sangue) já falecidos. O último assassino do século 20 leva consigo todo o ocultismo em torno de seus crimes. Quando tal caso completar 100 anos Ele será lembrado mais uma vez, causando fascínio mórbido, alimentado por livros, canções, circuitos turísticos, sites e filmes.

Talvez ele não ouça Hark! The Herald Angels Sing novamente.

Fontes

http://edition.cnn.com/2017/11/20/us/charles-manson-dead/index.html

http://www.abc.net.au/news/2017-11-20/charles-manson-dead-at-83/9171388

https://www.theguardian.com/us-news/2017/nov/20/charles-manson-dead-cult-leader-sharon-tate

https://www.nytimes.com/2017/11/20/obituaries/charles-manson-dead.html

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2017/11/17/a-beira-da-morte-charles-manson-volta-as-manchetes-nos-eua-com-legado-de-racismo-conspiracoes-sobre-os-beatles-e-sangue.htm

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/11/20/assassino-charles-manson-morre-aos-83-anos.htm

https://istoe.com.br/charles-manson-o-guru-psicopata-que-aterrorizou-os-eua/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Manson

https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Tate-LaBianca

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_Manson

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141119_manson_eua_lk

http://publico.uol.com.br/mundo/noticia/charles-manson-o-que-aconteceu-aos-seguidores-do-diabo-1793185

http://noitesinistra.blogspot.com.br/2012/08/charles-manson_31.html#.WhM3-9KnHcc

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