terça-feira, 10 de novembro de 2015

Dossiê Jack, o Estripador, 6° Parte: a 5° Canônica, Mary Jane Kelly.

Volbeat - Mary Jane Kelly.
9 de Novembro de 1888 (Sexta-Feira)

Mary Jane Kelly, esboço contemporâneo.
Mais conhecida pelos apelidos de
Marie Jeanette Kelly, Mary Ann Kelly,
Ginger, Fair Emma, Black Mary
Mary Jane Kelly era uma irlandesa que havia se mudado para Londres em 1884. Tinha um corpo robusto, 1,70 de altura, olhos azuis e um cabelo Cor de gengibre que se estendia até a cintura. Em 1888 ela tinha apenas 25 anos e ficaria conhecida por ser a vitima do mais terrível crime do século XIX.

Uma mulher chamada Mary Ann Cox, vizinha de Mary Jane Kelly e também prostituta, alegou ter visto a mesma por volta das 23:45 na Rua Dorset ao lado de um homem, que aparentava ter 36 anos, corpulento e por volta de 1,65 de altura. O homem usava um longo sobretudo escuro e um chapéu-coco. Cox passou em frente aos dois e deu boa noite a Kelly que retribuiu dizendo:
"Boa noite, vou cantar uma canção.”
Logo em seguida entrou no quarto com o homem. Cox alegou ter escutado Mary Jane cantar uma musica irlandesa chamada “A Violet from Mother’s Grave” até por volta da 01:00 da manhã. Naquela hora Mary Ann Cox, que havia saído para o beco Miller meia hora antes, retornou para casa pois havia começado a chover. Ela alegou ter visto uma luz acessa no quarto de Kelly. As 02:00 da manhã um homem chamado George Hutchinson alegou ter visto Mary Jane Kelly na Rua Commercial. Segundo Hutchinson a mulher teria lhe pedido dinheiro emprestado, mas como sua resposta foi negativa ela simplesmente disse:
“Tenha um bom dia. Preciso conseguir algum dinheiro.”
Ela seguiu na direção da Rua Thrawl quando foi abordado por um homem, que segurava um pacote de cerca de 20 centímetros na mão direita, usava luvas marrons e um chapéu escuro. Só havia um lampião na rua e Hutchinson não conseguiu ver direito o rosto do homem, que abaixou a cabeça quando ambos passaram na sua frente. Os dois seguiram até o beco Miller onde ficaram conversando por cerca de três minutos. Hutchinson seguiu o casal e conseguiu escutar Mary Jane Kelly dizer:
“Está bem querido, venha; você ficará confortável.”
Logo em seguida eles entraram no quarto numero 13. Hutchinson esperou por cerca de 45 minutos na entrada do beco Miller, como Mary Jane não retornou e não havia luz na janela do quarto ele se retirou as 03:00 da manhã, no exato momento em que as badaladas do relógio local anunciavam a hora; ele seria a última pessoa a ver Mary Jane com vida.

Na madrugada de Sexta-Feira por volta das 03:45, vizinhas ouviram um grito, "Oh, Assassino!" se o grito foi de Mary Kelly, essas foram suas últimas palavras. Mary Kelly estava grávida na ocasião de seu assassinato.

Thomas Bowyer.
As 07:30 da manhã, Catherine Pickell, uma florista que morava na Rua Dorset, foi ao quarto de Mary Jane pedir um xale emprestado. Segundo seu relato ela bateu a porta, mas ninguém atendeu.

As 10:45 da manhã de sexta-feira, 9 de novembro, o dono do beco Miller, chamado John Carthy, mandou um empregado cobrar os dois meses de aluguel atrasado de Mary Jane. O empregado chamado Thomas Bowyer, militar reformado do exército da índia, conhecido como Indian Harry foi mandado por seu patrão, para receber um aluguel no prédio em sua propriedade, no número 13 da Miller's Court. Era praticamente ao lado do mercado de Spitalfieldas e a poucos passos da rua Goulston, para o sul, e para o nordeste da rua Hanbury, onde Chapman fora assassinada Bowyer bateu na porta de Mary Jane, mas também não obteve resposta, ele começou a suspeitar que ela não tivesse dinheiro e pensou em forçar a porta, mas percebeu que em uma janela com um vidro quebrado havia um casaco e um cobertor que serviam como cortina. ele decidiu afastar o cobertor e espiar pela janela Thomas ficou paralisado com a terrível visão que teve. Na cama havia um cadáver brutalmente mutilado, tão rasgado que suas vísceras foram espalhadas que perdera seu contorno e suas características humanas.

Boywer respirou fundo e foi correndo até uma loja de velas onde relatou tudo o que viu para o dono, McCarthy. Os 2 voltaram até o local onde o Sr McCarthy espiou o cádaver dentro da casa. Ele pediu que Thomas chamasse a polícia. Boyer voltou com o inspetor Walter Beck e com o detetive Walter Drew. Este crime foi realizado no interior de uma casa, por isso a cena do crime foi preservada. A porta só foi aberta as 13:00, quando o superintendente Thomas Arnold chegou.

A cama e todo quarto estavam sujos de sangue. Segundo o Dr George Bagter Phillips aquilo seria o máximo do delírio do assassino. O rosto estava severamente retalhado e a cabeça quase separada do corpo. Os seios haviam sido cortados fora, o abdômem aberto e os orgãos internos espalhados pelo quarto. Em muitas partes do resto do corpo incluindo a zono púdica, a coxa e o glúteo, a carne foi retirada do osso. O coração fora levado da cena. O criminoso não tentou somente desfeminar a vítima, mas sim desumanizar-la. A causa da morte foi a secção da carótida, mas todas as mutilações demoraram no mínimo duas horas para serem completadas. Desta vez, o assassino tinha mais privacidade para por em pratica suas fantasias.

As 11:30 a policia já havia chegado ao beco Miller. O inspetor Abberline não permitiu que ninguém entrasse no local até que os cães farejadores fossem trazidos. Somente às 13:30, depois de chegar a noticia de que os cães não seriam enviados, a porta do quarto foi finalmente aberta. Imediatamente um odor terrível tomou conta do beco e vários policiais começara a vomitar. “O que vi diante de mim é algo que nunca conseguirei apagar da minha memória. Parecia mais a obra de um diabo do que de um homem. (...) nunca esperei ter uma visão como aquela.” – Declarou um dos policiais que abriu a porta.

O corpo de uma mulher usando camisola estava sobre a cama encharcada de sangue. Vários pedaços de carne estavam espalhado pelo recinto. O relatório da policia deixa bem claro o nível de horror da cena do crime:
“Toda a superfície do abdômen e das coxas foi removida, e a cavidade abdominal esvaziada de suas vísceras. Os seios foram amputados, os braços mutilados por muitos ferimentos, e a face retalhada alem de qualquer reconhecimento das feições. Os tecidos do pescoço estavam secionados em toda a extensão até o osso. As vísceras foram encontradas em diversos lugares; o útero, os rins e um seio debaixo da cabeça, o outro seio ao lado do pé direito, o fígado entre os pés, os intestinos à direita do corpo, e o baço à esquerda. Os pedaços removidos do abdômen e das coxas estavam sobre uma mesa.
Número 13 do Beco Miller, Residência de Mary Jane Kelly 
A roupa de cama estava saturada de sangue, e sobre o chão abaixo da cama havia uma poça de sangue com quase dois metros quadrados. A parede do lado direito da cama, na altura do pescoço, estava manchada de sangue, que havia atingido em diversos jatos separados.”
Cadáver de Mary Jane Kelly
O quarto era pequeno e pouco mobiliado. A autópsia realizada ainda pela manhã foi dificultada pela rigidez cadavérica já acentuada do corpo. O exame encontrou restou de alimento não digerido no estomago e foi notada a ausência do coração na cavidade pericárdica – provavelmente o órgão foi levado pelo assassino. Devido aos vestígios de refeição não digerida no estomago e da rigidez cadavérica a hora da morte foi determinada por volta das 2:00 da manha- segundo o Dr.Bond. O Dr. Phillips calculou a hora da morte por volta das 6:00 da manha, alegando que devido ao estado do corpo e da imensa perda de sangue o mesmo poderia ter se resfriado mais rapidamente. Os ferimentos no cadáver parecem ter sido causados pela mesma arma dos crimes anteriores: uma faca afiada com 2,5 centímetros de largura e 15 cm de comprimento. Nenhuma pista do assassino foi encontrada, apesar dos esforços da policia que chegou a oferecer indultos a cúmplices do assassino que o denunciassem. O inquérito sobre a morte de Mary Kelly foi encerrado em 12 de novembro. No dia 19 seu corpo foi sepultado no cemitério de Leytonstone. Mary Jane Kelly havia sido a última vitima do misterioso assassino de Whitchapel. O outono do terror havia chegado ao fim e a lenda “Jack o estripador” nascia como um dos casos mais intrigantes da literatura policial.

História.

Mary Jane Kelly tinha aproximadamente 25 anos de idade no momento de sua morte o que colocaria o seu nascimento por volta de 1863. Tinha em torno de 1, 60 de altura. Tinha o cabelo loiro, olhos azuis e pele clara.
"Disse ter possuído atrativos pessoais consideráveis." (McNaughten)

Ela foi vista pela última vez vestindo um vestido linsey e um xale vermelho puxado ao redor de seus ombros. Detetive Walter Dew afirmaram na época conhecer Kelly bem de vista e diz que ela era atraente e andava, geralmente na companhia de dois ou três amigos.  Ele diz que ela sempre usava um avental branco impecavelmente limpo.

Maria Harvey, uma amiga, diz que ela era "muito superior à da maioria das pessoas em sua posição na vida." Diz-se também que ela falava fluentemente o irlandês.

Joseph Barnett diz que ele "sempre a encontrou de hábitos sóbrios."

Senhorio John McCarthy diz: "Quando estava bêbada, ela era muito barulhenta, caso contrário, ela era uma mulher muito tranquila."

Caroline Maxwell diz que ela "não era uma bêbada notória."

Catherine Pickett afirma "Ela era uma boa, tranquila, menina agradável, e era muito querido por todos nós."

Quase tudo o que se sabe sobre a Mary Jane Kelly vem das informações fornecidas por Joseph Barnett, que morava com ela um pouco antes do assassinato. Ele,é claro, tinha todas essas informações fornecidas por Mary Jane Kelly. Alguns são conflitantes e pode-se suspeitar que alguns, ou talvez muito dele, é a embelezado.

Ela nasceu em Limerick, na Irlanda, mas não se sabe se isso se refere ao município ou cidade. Quando criança, ela se mudou com sua família para o País de Gales. Seu pai era John Kelly, que trabalhou numa fábrica de ferro em Carnarvonshire ou Carmarthenshire. Mary Jane dizia ter 6 ou 7 irmãos e uma irmã. Ela diz que um irmão, Henry, cujo apelido é Johnto é membro do 2 º Batalhão Scots Guards. Como membro deste batalhão, ele teria sido estacionado em Dublin, na Irlanda.  Ela também afirma a Lizzie Albrook que ela tinha um parente no palco de Londres.

John McCarthy, senhorio do Miller's Court, afirma que ela recebeu uma carta de sua mãe na Irlanda. Barnett diz que ela nunca correspondeu com sua família.

Mapas dos arredores da Rua Dorset.
Joseph Barnett e Sra. Carthy, uma mulher com quem conviveu no mesmo tempo, disse que ela veio de uma família que estava "muito bem de vida" (Barnett) e "para fazer bem as pessoas" (Carthy). Sra. Carthy também afirma que Kelly era "uma excelente erudita e um artista de qualquer grau médio."

Sra. Carthy é a proprietária do Breezer's Hill, na Estrada de Ratcliffe. Barnett refere-se a sua casa como "uma casa ruim."

No ano de 1879, Com a idade de 16, ela se casa com um mineiro chamado Davies.  Ele é morto em uma explosão de dois ou três anos mais tarde.  Há uma informação de que pode ter havido uma criança neste casamento. Kelly se move para Cardiff e vive com um primo e trabalha como prostituta.  A polícia de Cardiff não tem nenhum registro dela. É dito que estava doente e passou a melhor parte do tempo em uma enfermaria.

Ela chega em Londres, no ano de 1884.

Ela pode ter ficado com as freiras no Refúgio Providência Row Night na rua Crispin. De acordo com uma informação, ela esfregava pisos carbonizados e acabou por ser alocada em serviço interno em uma loja em na rua Cleveland.

De acordo com Joseph Barnett, ao chegar em Londres, Kelly começou a trabalhar em um bordel de alta classe no West End.  Ela diz que, durante este tempo, ela frequentemente andava em uma carruagem, acompanhou um cavalheiro a Paris, mas ela não gosta e voltou.

Em 10 de novembro, um dia após o assassinato, a Sra. Elizabeth Phoenix de Bow Common Lane, n° 57 da Estrada Burdett, foi até a Delegacia de Polícia na rua Leman e disse que uma mulher correspondem à descrição de Kelly morava com seu irmão numa casa na Breezer's Hill, pela rua Pennington.

Sra. Phoenix diz que "Ela era galês e que seus pais, que haviam descartado ela, ainda vivia em Cardiff, a partir do qual lugar ela veio. Mas em certas ocasiões, ela declarou que ela era irlandês."  Ela acrescentou que a Mary Jane era muito abusiva e briguenta quando ela estava bêbada, mas "uma das meninas mais decentes e boas que você pode encontrar quando sóbrio."

Um repórter da Press Association, que parecia em Distrito de Breezer's Hill escreveu:
"Parece que em sua chegada a Londres, ela fez o conhecimento de uma mulher francesa que reside no bairro de Knightsbridge, que, ela informou seus amigos, levou-a para o exercício da vida degradada que tinha agora culminou em seu fim prematuro. Não escondeu o fato de que, enquanto ela estava com esta mulher, ela fez várias viagens à capital francesa, e, de fato, levou uma vida que é descrita como que "de uma senhora." por alguns meios Porém, no momento, não é exatamente claro, de repente ela derivou para o East End. Aqui fortuna falhado com ela e uma carreira que se destaca em contraste ousado e triste à sua experiência anterior iniciada. Suas experiências com o East End parece ter começado com uma mulher (de acordo com relatos da imprensa de uma Sra. Buki) que residia em uma das vias fora da Estrada de Ratcliffe, conhecida como Rua de São Jorge. Esta pessoa parece ter recebido Kelly direto da casa do West End, pois ela não tinha sido há muito tempo quando, afirma-se, ambas as mulheres foram à residência da senhora francesa e exigiu a caixa que continha inúmeros vestidos descritos como caros. 
A partir de Rua de São Jorge foi para um albergue de uma Sra Carthy em Breezer's Hill. Este lugar que ela deixou cerca de 18 meses ou dois anos atrás, e daquele momento em diante parece ter deixado Ratcliffe. 
Sra. Carthy disse que Kelly tinha deixado sua casa e passou a viver com um homem que trabalhava com construção e que a Sra.Carthy acredita que teria casado com Kelly."
Em 1886, Kelly deixa a casa de Carthy para viver com um homem que trabalha com construção.

Barnett diz que ela vivia com um homem chamado Morganstone, que morava nas proximidades de Stepney Gasworks. Ela tinha ficado com um homem chamado José Fleming e viveu em algum lugar perto de Bethnal Green. Fleming era um pedreiro ou ajudante de pedreiro. Ele costumava visitar Kelly e parecia completamente apaixonado por ela. Um vizinha do Miller's Court, Julia Venturney diz que Kelly gostava de um homem que não era Barnett e cujo nome também foi Joe. Ela pensou que ele era um comerciante e às vezes visitou e deu dinheiro para Kelly.

Em 1886 ela está vivendo em "Cooley Lodging House" na rua Thrawl, Spitalfields, e é aqui que ela conhece Joseph Barnett. Joseph Barnett nasceu em Londres, tem descendência irlandesa. Ele é um trabalhador ribeirinho e porteiro do mercado que está licenciado para trabalhar no mercado de Peixe em Billingsgate. Ele vem de uma família de três irmãs e um irmão que se chama Daniel. Barnett nasceu em 1858 e morreu em 1926.

Julia Venturney diz que Joe Barnett é um homem de bom caráter e era uma espécie de marido para Mary Jane, dando-lhe dinheiro em várias ocasiões. Barnett e Kelly são lembrados como um casal simpático e agradável que dão pouco trabalho a menos quando eles estão bêbados. Mary Jane Kelly, pode ser a mulher que foi multada em 2/6 pelo Tribunal de Justiça em 19 de setembro de 1888 por embriaguez e desordem.

Sexta-feira 8 abril, 1887: Joseph Barnett encontra Mary Jane Kelly, pela primeira vez na rua Commercial. Ele a leva para bebe e arranja para encontrá-la no dia seguinte. Na sua segunda reunião eles planejam a viver juntos. Eles vão aos alojamentos na rua George, na rua Commercial.

Mais tarde, eles se movem a Little Paternoster Row na Rua Dorset. Eles são despejados por não pagar aluguel e por estarem bêbado. Em seguida, eles se mover para Brick Lane.

Em fevereiro ou março de 1888 eles se movem da Brick Lane para a Miller's Court, na rua Dorset. Aqui eles ocupam um quarto individual, que é designado o número 13.

Agosto ou início de setembro de 1888: Barnett perde o emprego e Mary Jane retorna para as ruas. Barnett decide deixá-la.

30 de outubro de entre 05 e 06:00: Elizabeth Prater, que vive acima Kelly relata que Barnett e Kelly tem uma briga e Barnett a deixa. Ele passa a morar na casa de embarque de Buller entre os números 24 é 25 da rua New Bishopsgate. Barnett afirma no inquérito que ele a deixou, porque ela estava permitindo que outras prostitutas ficassem no quarto.  "Ela nunca teria dado errado de novo", ele diz a um jornal, "e eu não deveria tê-la deixado se não tivesse sido por causas das prostitutas que param em casa. Ela só deixá-los (ficar lá) porque era de bom coração e não gostava de recusar-lhes abrigo em noites de frio intenso."  Ele acrescenta: "Nós vivemos confortavelmente até Marie permitiu uma prostituta chamada Julia para dormir no mesmo quarto, eu objetar: e como a Sra. Harvey depois veio e ficou lá, saí e tomou alojamentos em outro lugar."

Maria Harvey ficou com Kelly nas noites de 05 de novembro e 06. Mudou-se para novas habitações no n° 3  da New Court, outro beco na Rua Dorset.

Quarta-feira, 7 de Novembro: Mary Jane compra uma metade de vela de um centavo da loja de McCarthy. Ela é visto mais tarde no Miller's Court por Thomas Bowyer, um soldado aposentado, cujo apelido é "Indian Harry." Ele é empregado por McCarthy e vive no n° 37 da rua Dorset. Bowyer afirma que na quarta-feira à noite viu um homem falando com Kelly, que se assemelhava muito a descrição do homem descrito por Matthew Packer, que afirma ter visto com Elizabeth Stride. Sua aparência era intrigante e atenção foi atraída para ele por seus punhos muito brancas e gola um pouco longo, branco que desceu sobre a frente do seu longo casaco preto. Ele não carregava um saco.

Entre 8 é 9 de Novembro: Quase todos os dias depois da separação, Barnett iria visitar Mary Jane. Na Sexta-Feira é a nona visita que ele faz, entre as 07:30 é 19:45.  Ele diz que ela é, na companhia de outra mulher que mora no Miller's Court. Tal mulher poderia ter sido Lizzie Albrook que viveu no n° 2 da Miller's Court.

Albrook diz sobre a última coisa que Mary Jane mencionou: "Tudo o que você não faz, você faz errado e vir como eu fiz." Ela tinha falado muitas vezes para mim desta maneira e me advertiu com o que está acontecendo na rua como ela tinha feito. Ela me disse, também, que ela estava farta da vida que ela levava e desejava que tivesse dinheiro suficiente para voltar para a Irlanda onde seu povo vivia. Eu não acredito que ela teria saído se ela não tivesse sido obrigado a fazê para manter-se."

Maria Harvey também diz que ela era mulher que Barnett viu com Mary Jane e que ela saiu às 06:55 da manhã.

20:00: Barnett sai e volta para a casa de Embarque Buller onde jogou whist até 12:30 e depois foi para a cama.

20:00: Julia Venturney, que vive em Miller's Court vai para a cama.

Não existem avistamentos confirmados de Mary Jane Kelly entre às 20:00 é 23:45. Há uma história não confirmada de que ela está bebendo com uma mulher chamada Elizabeth Foster no bar Ten Bells.

23:00: Diz-se que ela está no Britannia bebendo com um homem jovem com um bigode escuro que parece respeitável e bem vestido.  Diz-se que ela estava muito bêbada.

23:45: Mary Ann Cox, uma prostitua viúva de 31 anos, que mora no n° 5 da Miller's Court. (última casa à esquerda) entra na rua Dorset a rua Commercial. Cox voltar para casa para aquecer-se como a noite estava fria. Ela vê Kelly à sua frente, andando com um homem corpulento. O homem estava com idade em torno de 35 ou 36 e foi cerca de 1,60 de altura. Ele estava mal vestido em um longo casaco e um chapéu de chapéu-coco. Tinha um rosto manchado e pequenas costeletas e bigode ruivo. O homem está carregando um balde de cerveja.

Sra. Cox segue-los até o Miller's Court. Eles estão do lado de fora do quarto de Kelly como a Sra. Cox passou e disse: "Boa noite."  Um pouco incoerente, Kelly respondeu: "Boa noite, eu vou cantar."  Poucos minutos depois, a Sra. Cox ouve Kelly cantando "A Violet from Mother's Grave" (veja abaixo). Cox sai novamente à meia-noite e ouve Kelly cantando a mesma canção.

Em algum lugar neste período de tempo, Mary Jane tem uma refeição de peixe e batatas.

00:30: Catherine Pickett, uma florista que vive perto de Kelly, é perturbada pelo canto de Kelly. O marido de Pickett a impede de descer escadas para reclamar. "Deixe a pobre mulher em paz." afirma.

01:00: Está começando a chover.  Mais uma vez, Mary Ann Cox retorna para casa para aquecer-se. Naquela hora, Kelly ainda está cantando ou começou a cantar novamente. Não havia luz vindo do quarto de Kelly. Pouco depois das 01:00, Cox sai novamente.

Elizabeth Prater, a esposa de William Prater, que o tinha deixado cinco anos antes, está de pé na entrada do Miller's Court à espera de um homem. Prater vive no quarto de número 20, no n° 26 da rua Dorset. Isso está diretamente acima do quarto de Kelly. Ela fica lá cerca de meia hora e, em seguida, vai para McCarthy para conversar. Ela não ouve cantar e não vê ninguém entrar ou sair da quadra. Depois de alguns minutos, ela volta para o seu quarto, coloca duas cadeiras em frente à sua porta e vai dormir sem tirar a roupa. Ela está muito bêbada.

02:00: George Hutchinson, um residente do Lar dos Trabalhadores de Victoria na rua Commercial acaba de retornar à área de Romford. Ele está andando na rua comercial e passa um homem na esquina da Rua Thrawl mas não dá atenção a ele. Na rua Flower and Dean ele reconhece Kelly que lhe pede dinheiro. "Mr. Hutchinson, você pode me emprestar seis pence?" "Eu não posso", diz Hutchinson: "Eu gastei todo meu dinheiro indo para Romford". "Bom dia", Kelly respondeu: "Eu tenho que ir e encontrar algum dinheiro." Ela, então, caminha na direção da rua Thrawl.

Ela conhece o homem que tinha visto Hutchinson anteriormente. O homem coloca a mão no ombro de Kelly e diz algo em que Kelly e o homem risada. Hutchinson ouve Kelly dizer "Tudo bem."  e o homem diz: "Você vai ficar bem para o que eu lhe disse."  O homem, em seguida, coloca a mão direita sobre o ombro de Kelly e eles começam a caminhar em direção a rua Dorset.  Hutchinson percebe que o homem tem uma pequeno pacote em sua mão esquerda.

Enquanto estava sob uma luz de rua do lado de fora do Pub The Queen's Head, Hutchinson da uma boa olhada no homem com Mary Jane Kelly. Ele tem uma tez pálida, um leve bigode virado para cima nos cantos (trocadas a tez escura e bigode pesado nos relatos da imprensa), cabelos escuros, olhos escuros e sobrancelhas espessas. Ele é, de acordo com Hutchinson, de "aparência judaica." O homem está vestindo um chapéu de feltro macio puxado para baixo sobre os olhos, um longo casaco escuro cortado em astracã, um colar branco com uma gravata preta fixado com um pino de ferradura. Ele usa polainas escuras sobre o botão da luz sobre as botas. Uma corrente de ouro maciço é o colete com um grande selo com uma pedra vermelha pendurar dele. Ele carrega luvas de pelica em sua mão direita e um pequeno pacote em sua esquerda. Ele é 1,60 ou 1,70 de altura e cerca de 35 ou 36 anos de idade.

Kelly e o homem atravessar a rua Commercial e se afasta da rua Dorset. Hutchinson segue-os. Kelly e o homem parar fora do Court' Miller e conversar por cerca de 3 minutos. Kelly é ouvida a dizer "Tudo bem, minha querida. Venha. Você vai se sentir confortável." O homem coloca o braço em torno de Kelly, que o beija. "Eu perdi o meu lenço." diz ela. Nesse momento ele entrega a ela um lenço vermelho. O casal então se dirige para baixo do Court' Miller. Hutchinson espera até que o relógio marca 03:00.

03:00: Sra. Cox volta para casa mais uma vez. Está chovendo forte. Não há som ou luz que vem do quarto de Kelly. Cox não se voltar para fora, mas não vá dormir. Ao longo da noite, ela de vez em quando ouve os homens que entram e saem do Miller's Court.  Ela disse ao inquérito "Eu ouvi alguém sair às quinze para as seis. Eu não sei em que casa que ele saiu de (as) eu ouvi nenhuma porta fechada."

04:00: Elizabeth Prater é despertada por seu animal de estimação, o gato "Diddles" andar em seu pescoço. Ela ouve um grito fraco de "Oh, assassino!" mas, como o grito de assassino é muito comum no bairro, ela não dá atenção a ele. Sarah Lewis, que está hospedado com amigos no Miller's Court, também ouve o clamor.

08:30: Caroline Maxwell, uma testemunha no inquérito e conhecido de Kelly, afirma ter visto a falecida por volta das 08:30, várias horas após o tempo dado por Phillips como o tempo da morte. Ela descreveu suas roupas e aparência em profundidade, e inflexivelmente afirmou que ela não estava enganado sobre a data, embora ela admitiu que não sabia se era muito bem Mary Kelly .

10:00: Maurice Lewis, um alfaiate que residia na rua Dorset, disse aos jornais que havia visto Kelly e Barnett no Pub Horn of Plenty, na noite do assassinato, mas mais importante, que a viu por volta das 10:00 no dia seguinte. Como Maxwell, este tempo é de várias horas a partir do momento da morte, e por causa dessa discrepância, ele não foi chamado para o inquérito e praticamente ignorado pela polícia.

10:45: John McCarthy, dono dos "aluguéis de McCarthy", como Miller's Court era conhecida, envia Thomas Bowyer para coletar os aluguéis atrasados de Mary Kelly. Após Bowyer recebe nenhuma resposta ao bater (e porque a porta estava trancada), ele empurra a cortina e seus pares dentro, vendo o corpo. Ele informa McCarthy, que, depois de ver os restos mutilados de Kelly, correu para Delegacia de Polícia, na rua Commercial, onde falou com o inspetor Walter Beck, que voltou para o Miller's Court com McCarthy.


Várias horas mais tarde, depois de esperar em vão para a chegada dos cães de caça "Barnaby" e "Burgho", McCarthy bate na porta com um cabo de machado sob as ordens do superintendente Thomas Arnold.

Quando a polícia entra na sala que encontrar roupas de Mary Jane Kelly cuidadosamente dobradas em uma cadeira e ela está vestindo uma camisa. Suas botas estão em frente à lareira. 

Post-Mortem.

Dr. Thomas Bond, um distinto cirurgião da polícia da Divisão-A, foi chamado depois do assassinato de Mary Kelly. O seu relatório ele descreveu o seguinte:
"O corpo estava nu, deitado no meio da cama, os ombros plenos, mas o eixo do corpo inclinado para o lado esquerdo da cama. A cabeça estava ligada a face esquerda. O braço esquerdo estava perto do corpo com a antebraço flexionado em um ângulo reto e deitado em todo o abdômen. 

O braço direito foi ligeiramente separado do corpo e repousava no colchão. O cotovelo fora dobrado, o supino antebraço com os dedos cerrados.  As pernas estavam bem separadas, a coxa esquerda em ângulo reto com o tronco e o direito formando um ângulo obtuso com os pentelhos.
 
Toda a superfície do abdômen e das coxas foi removida, e a cavidade abdominal esvaziada de suas vísceras. Os seios foram amputados, os braços mutilados por muitos ferimentos, e a face retalhada alem de qualquer reconhecimento das feições. Os tecidos do pescoço estavam secionados em toda a extensão até o osso. 

As vísceras foram encontradas em diversos lugares; o útero, os rins e um seio debaixo da cabeça, o outro seio ao lado do pé direito, o fígado entre os pés, os intestinos à direita do corpo, e o baço à esquerda. Os pedaços removidos do abdômen e das coxas estavam sobre uma mesa.
 
A roupa de cama estava saturada de sangue, e sobre o chão abaixo da cama havia uma poça de sangue com quase dois metros quadrados. A parede do lado direito da cama, na altura do pescoço, estava manchada de sangue, que havia atingido em diversos jatos separados. 
O rosto estava desfigurado, cortes em todas as direções, o nariz, as bochechas, sobrancelhas e orelhas foram parcialmente removida. Os lábios estavam escaldados e cortado por várias incisões executadas obliquamente até o queixo. Havia também numerosos cortes que se estendiam irregularmente em todas as características. 

O pescoço foi cortado através da pele e outros tecidos até ao vértebras, a quinta e a sexta, sendo profundamente marcada.  Os cortes de pele na parte da frente do pescoço mostrou equimose distinta.  A passagem de ar foi cortado na parte inferior da laringe através da cartilagem cricóide. 
 
Ambos os peitos foram mais ou menos removido por incisões circulares, o músculo para baixo das nervuras, que eram ligados aos seios. Os intercostal entre os quarto, quinto e sexta e nervuras foram cortadas e os conteúdos através do tórax se tornou visível através das aberturas.  
A pele e os tecidos do abdômen do arco costal para os pentelhos foram removidos em três grandes abas.  A coxa direita foi cortada rente ao osso, o retalho de pele, incluindo os órgãos externos da produção, e parte da nádega direita. A coxa esquerda foi despojado de fáscia pele, músculos e na medida do joelho. 
A panturrilha esquerda mostrou um longo corte através da pele e dos tecidos para os músculos profundos e atingindo desde o joelho até cinco centímetros acima do tornozelo. Ambos os braços e antebraços tinha extensas feridas irregulares.
O polegar direito mostrou uma pequena incisão superficial cerca de uma 2,54 Centímetros de comprimento, com extravasamento de sangue na pele, e há várias escoriações nas costas da mão, mostrando, além disso, a mesma condição. 
 
Ao abrir o tórax verificou-se que o pulmão direito foi minimamente aderente por velhos aderências firmes.  A parte inferior do pulmão foi rasgado e arrancado. O pulmão esquerdo estava intacto. Foi aderente no ápice e houve algumas adesões para o lado. No pulmão havia vários nódulos de consolidação.  
O pericárdio foi aberto abaixo e o coração estava ausentes. Na cavidade abdominal havia algum alimento parcialmente digerido de peixes e batatas, e comida semelhante foi encontrado nos restos do estômago para o intestino." 
Dr. George Bagster Phillips também estava presente na cena do crime, e deu o seguinte depoimento no inquérito: 
"Os restos mutilados de uma mulher estavam deitados dois terços na direção da beira do leito mais próximo da porta. Tinha apenas a camisa em, ou alguma peça de roupa underlinen. Estou certo de que o corpo havia sido removido após a lesão que causou a morte de que lado do leito mais próxima da divisória de madeira, devido à grande quantidade de sangue sob o leito e a condição saturada da folha e o palliasse ao canto mais próximo da divisória.  
O sangue foi produzido pelo rompimento da artéria carótida, que foi a causa da morte.  A lesão foi infligido enquanto a falecida estava deitado no lado direito do leito." 
Funeral.

Foi enterrada no dia  19 de Novembro de 1888, uma Segunda-Feira. Mary Jane Kelly era católica, e o homem Barnett, com quem viveu, e seu proprietário, Sr. M.Carthy, desejava ver seus restos enterrados com o ritual de sua Igreja.

Nenhum membro da família foi encontrado para assistir ao funeral. (The Daily Telegraph, 19 de novembro de 1888, página 3, é 20 de novembro 1888, página 3.)

O Túmulo de Mary Jane foi recuperada em 1950. John Morrison ergueu uma grande lápide, branca, em 1986, mas marcou o túmulo errado. A Lápide de Morrison foi posteriormente removida, e o superintendente remarcou o túmulo de Mary Jane com um memorial simples na década de 1990.

Fontes:

Mary Jane Kelly

http://cafe-musain.blogspot.com.br/2013/08/londres-30-de-agosto-de-1888-por-volta.html

http://blogfamigerados.blogspot.com.br/2012/02/jack-o-estripador.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário