Entre as atividades de Halloween mais comuns, estão festas a fantasia, praticar "doce ou travessura", decorar a casa, fazer lanternas de abóbora, fogueiras, jogos de adivinhação, ir em atrações "assombradas", contar histórias assustadoras e assistir filmes de terror. Em muitas partes do mundo, as vigílias religiosas cristãs de Halloween, como frequentar os cultos da igreja e acender velas nos túmulos dos mortos, permanecem populares, embora em outros lugares é seja uma celebração mais comercial e secular. Alguns cristãos historicamente se abstém de carne no Dia das Bruxas.
O Dia das Bruxas é conhecido mundialmente como um feriado celebrado principalmente nos Estados Unidos, onde é chamado de Halloween. Mas hoje em dia é celebrado em diversos outros países do mundo, inclusive o Brasil, onde hábitos como o de ir de porta em porta atrás de doces, enfeitar as casas com adereços "assustadores" e participar de festas a fantasia vêm se tornando mais comuns. Muitos Brasileiros criticam a influência da cultura norte-americana no Brasil. Além disso, o país tem uma forte tradição cristã, que se opõe a esse tipo de comemoração, pois ela está carregada de elementos contrários à doutrina religiosa. Para combater a chamada Americanização Cultural no Brasil temos uma curiosa data, o Dia do Saci (Enciclopédia dos Mitos e Lendas do Brasil Saci Pererê, para mais informações), que cai no dia 31 de de Outubro, uma resposta Brasileira ao Halloween Americano. O Dia das Bruxas não é uma festa tão popular por aqui, apenas voltada a um nicho especifico, geralmente escolas de Língua Estrangeira e Escolas Particulares, das quais a maioria dos alunos tem um contato mais forte com o estrangeiro.
Se é para "combater" uma influência americana, foi um combate desnecessário, como mencionei anteriormente é apenas um nicho especifico que comemora o Halloween (sendo uma festa da Elite), e também a maioria dos brasileiros desconhecem o dia do Saci. Afinal temos o dia 22 de Agosto, o dia do Folclore, da qual tanto o Saci quanto outros mitos são lembrados.
Origens.
O Halloween tem suas raízes não na cultura americana, mas no Reino Unido. O primeiro registro do termo "Halloween" é de cerca de 1745. É uma contracção do termo escocês All Hallows' Eve. "Hallow" é um termo antigo para "santo", e "eve" é o mesmo que "véspera", que significa véspera [do Dia de] Todos os Santos, data comemorativa do calendário cristão, celebrado em 1º de novembro. O termo designava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, embora existam várias teorias sobre a origem, a mais difundida aponta para o festival celta Samhain, celebrado na Irlanda, Escócia e Ilha de Man.
Acredita-se que muitas das tradições do Halloween originaram-se do antigo festival celta da colheita, o Samhain, e que esta festividade gaélica foi cristianizada pela Igreja primitiva. O Samhain e outras festas também podem ter tido raízes pagãs. Alguns, no entanto, apoiam a visão de que o Halloween começou independentemente do Samhain e tem raízes cristãs.
A origem do Halloween traz às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcas das diferenças em relação às atuais abóboras ou da muita famosa frase "doces ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o Halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (Samhain significa literalmente "fim do verão").
Desde o século 18, historiadores apontam para um antigo festival pagão ao falar da origem do Halloween: o festival celta de Samhain. O Samhain durava três dias e começava em 31 de outubro. Segundo acadêmicos, era uma homenagem ao "Rei dos mortos". Estudos recentes destacam que o Samhain tinha entre suas maiores marcas as fogueiras e celebrava a abundância de comida após a época de colheita.
O problema com esta teoria é que ela se baseia em poucas evidências além da época do ano em que os festivais eram realizados. A comemoração, a linguagem e o significado do festival de outubro mudavam conforme a região. Os galeses celebravam, por exemplo, o "Calan Gaeaf". Há pontos em comum entre este festival realizado no País de Gales e a celebração do Samhain, predominantemente irlandesa e escocesa, mas há muitas diferenças também.
Em meados do século 8, o papa Gregório 3º mudou a data do Dia de Todos os Santos de 13 de maio - a data do festival romano dos mortos - para 1º de novembro, a data do Samhain. Não se tem certeza se Gregório 3º ou seu sucessor, Gregório 4º, tornaram a celebração do Dia de Todos os Santos obrigatória na tentativa de "cristianizar" o Samhain.
Mas, quaisquer que fossem seus motivos, a nova data para este dia fez com que a celebração cristã dos santos e de Samhain fossem unidos. Assim, tradições pagãs e cristãs acabaram se misturando.
A Origem pagã
A origem pagã do "dia das bruxas" tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos e à deusa YuuByeol (símbolo antigo da perfeição celta). A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou unindo a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo.
Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhan eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de outono e o solstício de inverno, no hemisfério norte). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam ao ano novo celta.
A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. As festas eram presididas pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Origem católica
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1 de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente.
Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Fogueiras tornaram-se especialmente populares a partir no Halloween. Elas eram usadas na queima do joio (que celebrava o fim da colheita no Samhain), como símbolo do rumo a ser seguido pelas almas cristãs no purgatório ou para repelir bruxaria e a peste negra.
Outro costume de Halloween era o de prever o futuro - previa-se a data da morte de uma pessoa ou o nome do futuro marido ou mulher.
Em seu poema Halloween, escrito em 1786, o escocês Robert Burns descreve formas com as quais uma pessoa jovem podia descobrir quem seria seu grande amor.
Muitos destes rituais de adivinhação envolviam a agricultura. Por exemplo, uma pessoa puxava uma couve ou um repolho do solo por acreditar que seu formato e sabor forneciam pistas cruciais sobre a profissão e a personalidade do futuro cônjuge.
Outros incluíam pescar com a boca maçãs marcadas com as iniciais de diversos candidatos e a leitura de cascas de noz ou olhar um espelho e pedir ao diabo para revelar a face da pessoa amada.
Comer era um componente importante do Halloween, assim como de muitos outros festivais. Um dos hábitos mais característicos envolvia crianças, que iam de casa em casa cantando rimas ou dizendo orações para as almas dos mortos. Em troca, eles recebiam bolos de boa sorte que representavam o espírito de uma pessoa que havia sido liberada do purgatório. Um costume baseado no Souling.
Na Idade Média, um costume do Dia de Finados era o souling (de "soul", alma), em que crianças iam pedindo pelas portas um bolo, o "bolo das almas", em troca do qual fazia uma oração pelos familiares falecidos de quem lhes dava o bolo. Essa tradição evoluíu para a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), que teve possivelmente origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500-1700).
Nesse período, os católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas de sacerdotes foram martirizados. Produto dessa perseguição foi a tentativa de atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento, matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama foi descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado Guy Fawkes foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado logo em seguida.
Em pouco tempo a data converteu se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos para exigir deles cerveja e pastéis, dizendo-lhes: trick or treat (doce ou travessuras). Mais tarde, a comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses.
Igrejas de paróquias costumavam tocar seus sinos, às vezes por toda a noite. A prática era tão incômoda que o rei Henrique 3º e a rainha Elizabeth tentaram bani-la, mas não conseguiram. Este ritual prosseguiu, apesar das multas regularmente aplicadas a quem fizesse isso.
(Mas uma coisa é a etimologia de seu nome, outra completamente diferente é a origem do Halloween moderno).
Como o festival chegou à América? (Principalmente Estados Unidos).
Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.
Em 1845, durante o período conhecido na Irlanda como a "Grande Fome", 1 milhão de pessoas foram forçadas a imigrar para os Estados Unidos, levando junto sua história e tradições. Não é coincidência que as primeiras referências ao Halloween apareceram na América pouco depois disso. Em 1870, por exemplo, uma revista feminina americana publicou uma reportagem em que o descrevia como um feriado "inglês".
A princípio, as tradições do Dia das Bruxas nos Estados Unidos uniam brincadeiras comuns no Reino Unido rural com rituais de colheita americanos. As maçãs usadas para prever o futuro pelos britânicos viraram cidra, servida junto com rosquinhas, ou "doughnuts" em inglês. O milho era uma cultura importante da agricultura americana - e acabou entrando com tudo na simbologia característica do Halloween americano. Tanto que, no início do século 20, espantalhos - típicos de colheitas de milho - eram muito usados em decorações do Dia das Bruxas.
Foi na América que a abóbora passou a ser sinônimo de Halloween. No Reino Unido, o legume mais "entalhado" ou esculpido era o turnip, um tipo de nabo. Uma lenda sobre um ferreiro chamado Jack que conseguiu ser mais esperto que o diabo e vagava como um morto-vivo deu origem às luminárias feitas com abóboras que se tornaram uma marca do Halloween americano, marcado pelas cores laranja e preta.
Foi nos Estados Unidos que surgiu a tradição moderna de "doces ou travessuras". Há indícios disso em brincadeiras medievais que usavam repolhos, mas pregar peças tornou-se um hábito nesta época do ano entre os americanos a partir dos anos 1920. As brincadeiras podiam acabar ficando violentas, como ocorreu durante a Grande Depressão, e se popularizaram de vez após a Segunda Guerra Mundial, quando o racionamento de alimentos acabou e doces podiam ser comprados facilmente.
Mas a tradição mais popular do Halloween, de usar fantasias não tem qualquer relação com doces.
Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte.
Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.
Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar.
Foi em uma vespera de Halloween que o costume de pregar peças se tornou mais popular. Ele veio após a transmissão pelo rádio de Guerra do Mundos, do escritor inglês H.G. Wells, gerou uma grande confusão quando foi ao ar, em 30 de outubro de 1938. Ao concluí-la, o ator e diretor americano Orson Wells deixou de lado seu personagem para dizer aos ouvintes que tudo não passava de uma pegadinha de Halloween e comparou seu papel ao ato de se vestir com um lençol para imitar um fantasma e dar um susto nas pessoas. (Para mais informações, aqui neste post.)
E quanto ao Halloween moderno?
Hoje, o Halloween é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos. Em 2010, superou tanto o Dia dos Namorados e a Páscoa como a data em que mais se vende chocolates. Ao longo dos anos, foi "exportado" para outros países, entre eles o Brasil.
Por aqui, desde 2003, também se celebra neste mesma data o Dia do Saci, fruto de um projeto de lei que busca resgatar figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Dia das Bruxas.
Em sua "era moderna", o Halloween continuou a criar sua própria mitologia. Em 1964, uma dona de casa de Nova York chamada Helen Pfeil decidiu distribuir palha de aço, biscoito para cachorro e inseticida contra formigas para crianças que ela considerava velhas demais para brincar de "doces ou travessuras". Logo, espalharam-se lendas urbanas de maçãs recheadas com lâminas de barbear e doces embebidos em arsênico ou drogas alucinógenas.
Atualmente, o festival tem diferentes finalidades: celebra os mortos ou a época de colheita e marca o fim do verão e o início do outono no hemisfério norte. Ao mesmo tempo, vem ganhando novas formas e dado a oportunidade para que adultos brinquem com seus medos e fantasias de uma forma socialmente aceitável.
Ele permite subverter normais sociais como evitar contato com estranhos ou explorar o lado negro do comportamento humano. Une religião, natureza, morte e romance. Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje, por colonização cultural dos Estados Unidos, aparece o Halloween enquanto desaparecem as tradições locais. Talvez seja este o motivo de sua grande popularidade.
Dia do Saci.
O Dia do Saci consta do projeto de lei federal nº 2.762, de 2003 (apensado ao projeto de lei federal nº 2.479, de 2003), elaborado pelo deputado federal Chico Alencar, (PSOL - RJ) e pela vereadora de São José dos Campos Ângela Guadagnin (PT - SP), com o objetivo de resgatar figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao "Dia das Bruxas", ou Halloween, de tradição cultural celta. Propõe-se seja celebrado em 31 de Outubro.
Anteriormente, leis semelhantes foram aprovadas pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e na Câmara Municipal de São Paulo. O Estado de São Paulo oficializou a data com a Lei nº 11.669, de 13 de janeiro de 2004. Outros dez municípios paulistas, além da capital, já haviam feito o mesmo: São Luiz do Paraitinga (onde a festa dedicada ao saci dura quase duas semanas), São José do Rio Preto, Guaratinguetá e Embu das Artes. Em municípios de outros Estados brasileiros, o Dia do Saci foi oficializado: em Vitória (Espírito Santo); Poços de Caldas e Uberaba (Minas Gerais); Fortaleza e Independência (Ceará).
Entre as justificativas para a comemoração, está o incentivo à cultura local de forma estratégica, proposital e simbólica. No folclore brasileiro, o Saci é retratado como um menino travesso, fato que pode ser associado às travessuras de Halloween. Mesmo assim, a maioria dos Brasileiros desconhecem ambas as datas. 31 DE outurbo e apenas um dia normal. São poucos que sabem o significasdo deste dia, seja pela influência mundial Norte-Americana, ou Posts de Facebook sobre este dia. Como mencionei, o Halloween e uma festa para um nicho especifico.
Sei disto por experiência própria, em uma Escola Particular de Renome aqui em Guarulhos, - Da qual prestei alguns serviços - Todo ano, uma semana antes do Halloween eles fazia essa festa, que demonstra o que disse. Não é apenas essa escola que faz essa festa, outras escolas particulares, é também públicas fazem o mesmo. Lembro que a quase 10 anos (no distante ano de 2008) na escola onde estudei teve uma festa comemorando o Halloween, foi apenas neste ano.
Apesar do grande fervor dos brasileiros para celebrar o Dia dos Mortos, ou Finados, no dia 2 de novembro, não se vê a mesma expressividade para comemorar o Dia das Bruxas. É muito comum ter manifestações dessa data em clubes e algumas casas noturnas, mas nada muito significativo.
No entanto, a data é muito celebrada em escolas de inglês, com atividades voltadas à cultura de países que costumam festejar a data. Outra prática comum entre os brasileiros é assistir a filmes de terror. Alguns canais de televisão preparam uma grade de programação especial com esse tipo de filme na semana do Halloween.
Não podemos esquecer que a "propaganda é a alma do negócio" e, como todos sabem, desde que o importamos, o Halloween recebeu muito mais investimentos publicitários do que o magro saci-pererê. Embora, justiça seja feita, o saci ainda habite o universo dos adultos, seja pela música seja pela literatura.
O negrinho de uma perna só e gorro vermelho que fuma um cachimbo e fica por aí aprontando infinitas travessuras. Ele sim tem sua história muito bem construída e consolidada no imaginário popular, principalmente entre as crianças, afinal, Monteiro Lobato cumpriu muito bem o papel de colocar o Saci em um lugar de destaque entre os tantos personagens do folclore brasileiro. De tão especial que é, existem cidades pelo Brasil, como o caso de Botucatu no interior de São Paulo, conhecida como a Capital Nacional do Saci, a cidade de Botucatu. Lá fica a sede da Associação Nacional de Criadores de Saci, e é comum os moradores garantirem que já viram ou criam seus próprios sacis que tem toda uma tradição de crença no personagem. O Saci é também o mascote do Internacional, time de futebol gaúcho.
Monteiro Lobato não foi o úncio a popularizar a figura mitica do Saci, temos o cartunista Ziraldo que criou a Turma do Pererê.
A Turma do Pererê foi uma série de histórias em quadrinhos brasileira publicada primeiramente em cartuns em 1959 nas páginas da revista O Cruzeiro. Seus personagens foram criados pelo autor e cartunista Ziraldo em 1958. Foi a primeira revista brasileira em quadrinhos que era totalmente colorida.
Da Esquerda para a Direita. Alan (Macaco de Pelo bege), Geraldinho (Coelho vermelho) Galileu (Onça branca) Moacir (O Jabuti de capacete) e Pedro Vieira (O Tatu Rosa) Saci-Pererê e Tininim. |
Segundo o próprio Ziraldo em sua autobiografia, "o Pererê, no dizer de Moacy Cirne, era um dos símbolos da época. Um tempo em que se acreditava que, pelas idéias, poderíamos mudar nossa história". As histórias se passavam na floresta fictícia brasileira "Mata do Fundão".
Hoje as histórias do Pererê fazem parte da memória de muitos adultos, tendo marcado uma fase na história deste tipo de publicações no Brasil. Já foi citado uma vez, que Ziraldo tirou como base as histórias do Sítio do Picapau Amarelo para criação de seus personagens.
Em 1998, os quadrinhos ganharam um seriado chamado A Turma do Pererê, sendo exibida entre 2002 e 2004 na TVE Brasil. Posteriormente, passou a ser exibido na TVE Brasil, na TV Cultura (Eu me lembro desta época que assistia a turma do Pererê na TV Cultura, quando voltava da Escola (lá para as 15:00), todo dia o mesmo ritual começava com o Caillou e terminava às 18:00 com os Camundongos Aventureiros), e em outras TVs públicas. Em 2010, a TV Brasil anunciou a encomenda da segunda temporada, composta por 26 episódios, que foram exibidos até 2012.
Em 12 de outubro de 1983, a Rede Globo exibiu, às 21h30, um especial de televisão em live-action para comemorar o Dia das Crianças. O especial musical serviu como base de inspiração para o que começou a ser exibido em 2002: uma série de televisão com a mesma estrutura produzida pelo canal TVE Brasil, em parceria com o próprio Ziraldo. A série foi filmada em película de 16mm, a partir de dezembro de 1998, em 20 episódios de 20 minutos cada um, na cidade mineira de Tiradentes. O Pererê foi interpretado pelo ator Silvio Guindane.
Só para lembrar (Ou inclementar) Em agosto, o Saci tem o seu dia 22 como data oficial do Folclore Brasileiro desde 1965. Em agosto não apenas o Saci Pererê se junta com todos os outros personagens do nosso folclore e faz a festa. Dança, come, brinca, viaja pelas regiões brasileiras, faz adivinhas e trava-línguas para compartilhar com todas as crianças as maravilhas do nosso folclore.
Por parte de alguns o dia do Saci é para combater a Americanização Cultural em nossa cultura. Se for assim me pergunto se iremos combater o restante da americanização (Redes de Fast-Foods, Cinema e Moda). Sério, não vai ser um feriado comemorados por poucos que vai modificar nossa cultura. Se bem que o mundo todo já e influenciando pelos Estados Unidos, desde o fim da 2° Grande Guerra.
Fontes.
(*Observação, para quem ler, tanto aqui quanto no Nyah! Fanfiction, um dos personagens de Magna Saga, o Anjo do purgatório chamado Halloween, é uma referência a essa festividade, além de seu sobrenome ser americano (Thompson)
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151029_origem_halloween_rb
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_das_bruxas
http://brasilescola.uol.com.br/halloween/halloween-no-brasil.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Saci
http://maedomeujeito.com.br/halloween-x-dia-do-saci/
https://educacao.uol.com.br/noticias/2015/10/31/para-professora-dia-do-saci-e-halloween-podem-conviver-na-escola.htm
https://educacao.uol.com.br/colunas/lucila-cano/2013/11/01/halloween-ou-saci-perere.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Turma_do_Perer%C3%AA
http://www.leiaja.com/blogs/2012/10/31/no-brasil-31-de-outubro-e-o-dia-do-saci
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