Michael Joseph Jackson foi um cantor, compositor, dançarino, produtor, empresário, arranjador vocal, filantropo, pacifista e ativista estadunidense. Segundo a revista Rolling Stone, faturou em vida cerca de sete bilhões de dólares, tornando-se o artista mais rico da história. Um ano após sua morte ainda faturou cerca de um bilhão de dólares.
Em idade adulta, gravou o álbum mais vendido e popular da história, Thriller. Jackson é frequentemente citado como "O maior ícone negro de todos os tempos", e com grande importância para a quebra de barreiras raciais, abrindo portas para a dominação da música negra na música popular, e pessoas como Oprah Winfrey e Barack Obama conseguirem o status que tem hoje em dia.
- 1995–1997: HIStory, segundo casamento e paternidade.
Em junho de 1995 chegou às lojas o álbum duplo HIStory: Past, Present and Future – Book I. No primeiro disco, uma seleção de quinze sucessos remasterizados. No segundo, a primeira coleção de canções inéditas lançada pelo cantor desde que acusado de abuso sexual. Foram gastos 30 milhões de dólares em publicidade e propaganda para o lançamento do álbum e divulgação de cinco compactos. Foi a maior campanha de marketing já montada para promover um disco. HIStory vendeu quase 20 milhões de cópias.[carece de fontes] Também durante a divulgação do álbum, Jackson esteve no Brasil para gravar cenas do videoclipe da canção "They Don't Care About Us" na favela Santa Marta no Rio de Janeiro e também no Pelourinho, em Salvador, com o grupo de percussão Olodum.
Em setembro de 1996, Michael Jackson deu início à HIStory World Tour com um show de lotação esgotada na cidade de Praga, na República Checa. Ao término dos concertos, mais de um ano depois, Jackson tinha levado 4.5 milhões de pessoas aos estádios de 56 cidades, em 35 países diferentes. Com isso, a turnê estabelecia um novo recorde mundial de público.
Em novembro de 1996, o astro se casou com a enfermeira dermatologista Debbie Rowe, com quem teve dois filhos. O primeiro, Michael Joseph Jackson Jr., nasceu naquele ano. No ano seguinte, Rowe deu à luz Paris Katherine Jackson. A enfermeira abriu a mão de todos os direitos maternos e entregou a guarda das crianças a Jackson, gerando grande polêmica. Em 2002, Rowe afirmou, em entrevista à rede americana de televisão FOX, que os filhos foram "presentes" dados por ela ao astro. Em Março de 2019, Debbie Rowe revelou que Prince e Paris não são filhos biológicos do cantor. Em entrevista ao The Sun, Debbie assumiu que os dois herdeiros nasceram a partir da doação de esperma de uma terceira pessoa e que ela nunca teve relações sexuais com Jackson: “Eles me fertilizaram, da mesma maneira que eu fertilizo meus cavalos para reproduzir, era muito técnico, eu era sua égua de raça pura”, disse ao jornal inglês.
Em 1997, oito canções inéditas de HIStory foram remixadas e lançadas na coletânea Blood on the Dance Floor. Entre os produtores responsáveis pelas versões estão Wyclef Jean ("2 Bad"), David Morales ("This Time Around") e Tony Moran ("HIStory"). Neste álbum de remixes também são encontradas 5 canções de estúdio: Blood on the Dance Floor, Morphine, Superfly Sister, Ghosts e Is It Scary. A primeira acabou se tornando a única música bem sucedida do álbum nos Estados Unidos, mas também foi lançado como single HIStory/Ghosts, que em geral teve um bom rendimento na Europa. Blood on the Dance Floor é o álbum de remixes mais vendido da história, com cerca de 7 milhões de cópias vendidas.
Um curta-metragem de 35 minutos intitulado Ghosts e estrelado por Jackson estreou nos cinemas europeus na mesma época. O filme, escrito por Stephen King ("Carrie, A Estranha") e dirigido por Stan Winston ("O Predador"), foi concebido como uma releitura do clássico videoclipe produzido para a canção "Thriller" em 1984. Em maio de 1997, o grupo Jackson 5 foi incluído ao Hall da Fama do Rock and Roll. Quatro anos mais tarde, em 2001, Jackson receberia a condecoração como artista solo.
- 1997–2002: Disputa na gravadora e Invincible.
Em 2001, Michael completaria 30 anos de carreira solo. Para comemorar a data foram prensadas edições especiais dos álbuns Off the Wall, Thriller, Bad e Dangerous - todos remasterizados, com novos encartes, incluindo canções raras e inéditas, e também entrevistas com o produtor Quincy Jones e o compositor Rod Temperton. Além de dois shows comemorativos realizados no Madison Square Garden em setembro de 2001 com participação de vários artistas como Britney Spears, Whitney Houston, Slash, Usher, Luther Vandross, Destiny's Child entre outros.
No mês seguinte, outubro, Jackson lançou Invincible, a primeira coleção de novas canções lançadas pelo astro em seis anos, desde HIStory, em 1995. Produzido essencialmente por Rodney Jerkins e Teddy Riley, também há a participação de Carlos Santana na música "Whatever Happens", Slash em "Privacy" e ainda um rap póstumo de Notorious B.I.G. Jackson também ajudou a formar o "United We Stand: What More Can I Give", concerto beneficente realizado no RFK Stadium em Washington em busca de fundos de caridade para os familiares das vitimas dos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, onde cantou What More Can I Give junto com os outros cantores e Man in the Mirror sozinho, porém essa última não foi exibida na televisão.
Durante a rápida divulgação do álbum ficaram explícitas as divergências entre Michael e o então chefe da Sony Music, Tommy Mottola. Os problemas começaram em 2000, quando Jackson tentou retirar a licença das gravações originais do catálogo dele da gravadora para lançamento independente. Assim Michael não precisaria dividir os lucros com a Sony. Entretanto, os advogados de Jackson encontraram cláusulas no contrato dele com a gravadora que impediam a transação. Para evitar uma disputa judicial, Michael e a Sony fecharam um acordo que permitiria que ele abandonasse a gravadora depois do lançamento de Invincible, mas não antes de um pacote de coletâneas que reuniriam os maiores sucessos dele. A crise se acentuou quando a canção "You Rock My World" vazou para as rádios americanas propositalmente e teve de ser lançada como primeiro compacto do álbum, Jackson queria que fosse Unbreakable. Assim, o Rei do Pop se negou a colaborar com o resto da divulgação de Invincible. Mesmo assim, a Sony ainda lançou, mesmo que de uma maneira irresponsável, 2 singles: Cry (mundialmente) e Butterflies (apenas nos Estados Unidos). Apenas Cry obteve um clipe, sem a presença de Jackson.
Invincible é conhecido como o "álbum mais caro da história", já que só em produção, Jackson gastou cerca de 30 milhões de dólares. A Sony boicotou o álbum retirando-o das lojas após três meses de lançamento. Ainda assim Invincible vendeu cerca de 12 milhões de cópias no mundo todo, algo difícil até para os artistas que estavam no auge na época. Mais de 35 cantores contribuíram, como Shakira, Celine Dion, Ricky Martin, Luther Vandross, Justin Timberlake, Carlos Santana, Beyoncé, Laura Pausini e Mariah Carey. O compacto nunca foi lançado devido aos desentendimentos de Michael com a Sony Music. Além disso, especula-se que o envolvimento de um dos produtores do projeto com a indústria do cinema pornográfico estadunidense teria afastado patrocinadores.
- 2002–2005: Segunda alegação de abuso sexual e absolvição.
Em 2003 a Sony lançou a coletânea Number Ones que vendeu 10 milhões no mundo todo. No mesmo ano foi exibido o documentário Living with Michael Jackson, que mostrava o dia a dia do cantor. O documentário mostrou a vida de Jackson, a sua infância difícil, seus 3 filhos, a sua casa e o seu isolamento em seu mundo particular. O documentário causou repercussão negativa para Jackson na mídia, graças às declarações do cantor durante as entrevistas concedidas ao jornalista Martin Bashir, levando inclusive a segunda acusação em 2003. Alguns críticos disseram que o documentário foi mais prejudicial a imagem do cantor do que a acusação de 1993.
Ainda em 2003, acusado de abuso sexual de menor por Gavin Arvizo, Jackson negou tal alegação. Elizabeth Taylor defendeu o cantor em um programa de televisão dizendo que ela tinha estado lá, quando Gavin se encontrava na casa do cantor, assistindo televisão. "Não houve nada de anormal. Nós rimos como crianças, assistimos um monte de filmes da Disney. Não houve nada de estranho, nem de inapropriado." Durante a investigação, o perfil de Jackson foi examinado por um profissional da saúde mental chamado Dr. Stan Katz; o médico passou várias horas com o acusador também. A avaliação feita por Katz, dizia que Jackson tinha a idade mental de um garoto de 10 anos e não se encaixava no perfil de um pedófilo.[carece de fontes] O julgamento durou cinco meses, até o final de maio de 2005. Durante o julgamento, o cantor novamente sofreu de estresse e grave perda de peso, que viria alterar sua aparência. Em junho, Jackson foi absolvido de todas as acusações, por falta de provas. Depois do julgamento Michael abandonou Neverland e se mudou para o Bahrain. O cantor disse que apesar de amar Neverland, ela tinha trazido coisas ruins (como as acusações) para sua vida e que nunca mais andaria com crianças novamente.
Outra coletânea foi lançada em 2004, The Ultimate Collection, uma caixa com quatro CDs e um DVD. Em março de 2006, a Sony Music lançou nova coletânea, o álbum duplo The Essential Michael Jackson.
- 2006–2009: Fechamento de Neverland e This Is It.
Michael recebeu em 2006, oito Guinness World Records, entre os registros estavam, "Primeiro artista a ganhar mais de cem milhões de dólares em um ano", "Primeiro artista a vender mais de 100 milhões de álbuns fora dos Estados Unidos", "Artista mais bem sucedido no mundo da música" entre outros, sendo ainda cogitado como o artista mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em mais de oito bilhões de dólares. Também no ano de 2006, em novembro, Michael compareceu ao World Music Awards. Recebeu o Diamond Award, dado a artistas que venderam mais de 100 milhões de discos. Durante a premiação, Jackson também recebeu o 9º certificado do Guinness da semana, dado em razão das 104 (na época) milhões de cópias vendidas do álbum Thriller.
Em Maio de 2006, Michael se mudou do Bahrain para a cidade de Dublin, na Irlanda, onde continuou a gravar o que seria o décimo-terceiro álbum solo da carreira - o primeiro desde Invincible. A previsão era que o álbum chegasse às lojas nos anos seguintes e seria distribuído pela gravadora independente 2 Seas Records. Mas essa hipótese foi descartada mais tarde. O novo selo de gravação seria então a Michael Jackson Company Inc., criada há pouco tempo. Em Outubro do mesmo ano, o programa de televisão Access Hollywood teve acesso ao estúdio enquanto Michael trabalhava com o produtor e rapper Will.i.am, membro-líder do grupo Black Eyed Peas. O estúdio que Michael trabalhava em Dublin era a Grouse Lodge Residential Studios. Michael e a Sony compraram em 2007 o Famous Music LLC da Viacom, que lhe concedeu o direito sobre canções de muitos artistas famosos. O tão esperado novo álbum, teve lançamento adiado para 2009, mais concretamente para o segundo semestre desse ano. Michael havia trabalhado com vários produtores conhecidos como Teddy Riley, Will.i.am, entre outros.
Numa tentativa de resgatar a visibilidade musical de Jackson, em 11 de fevereiro de 2008, a SonyBMG lançou Thriller 25th, uma edição comemorativa dos 25 anos do lançamento de Thriller, o seu mais conhecido álbum. Foram confeccionados remixes com a participação de artistas da época para compor a lista das faixas. Dentre os convidados estão Will.I.Am, Akon, Fergie e Kanye West. A Edição Especial é composta pelo CD - contendo as faixas convencionais e os remixes, adicionado o verso solo de Vincent Price e a canção inédita For All Time - e um DVD, contendo os clipes do álbum e a performance de Billie Jean no 25º Aniversário da Motown, em 1983.
Thriller 25 pode ser considerado sucesso comercial: Chegou à posição #2 nos Estados Unidos, #3 no Reino Unido, e no TOP#10 em mais de trinta países. Atingiu três semanas em primeiro lugar na França, e duas semanas, em primeiro da Argentina, Bélgica, e no Reino Unido. Foi certificado "Disco de Ouro" em 11 países. Nos Estados Unidos, Thriller 25th foi o segundo álbum mais vendido na sua semana de estreia, passando dos 166.000 exemplares. Foi inelegivel para o chart Billboard 200 por ser relançamento, mas entrou no Pop Catalog no número um, onde permaneceu durante nove semanas consecutivas. Este foi o melhor lançamento Jackson desde Invincible em 2001, com um valor estimado de 500.000 exemplares e 2 milhões de cópias vendidas em 12 semanas. Atualmente está entre os 10 álbuns mais vendidos do ano de 2008.
Para comemorar o aniversário de 50 anos de Michael Jackson a SonyBMG lançou "King of Pop" a primeira coletânea interativa de Michael Jackson que contou com seu público para seleção das faixas. O cantor vendeu seu rancho Neverland, depois de três anos sem morar no lugar. No entanto gerou controvérsia da imprensa, já que ele vendeu a propriedade para uma companhia que ele mesmo era um dos donos.
"This Is It" seria uma série de 50 concertos que teria início em 13 de julho de 2009, na O2 Arena, em Londres. Os shows seriam suas primeiras aparições significantes desde a bem-sucedida HIStory World Tour de 1996/1997, já que em 2001, ano de lançamento de seu mais recente álbum de inéditas, não foi realizada uma turnê para a promoção deste álbum, apenas 2 concertos foram realizados na cidade de Nova Iorque para a comemoração de seus 30 anos de carreira. Os 750 mil ingressos para esses concertos esgotaram apenas 5 horas após o início das vendas.
Todos os ensaios para a turnê foram filmados em alta definição: são mais de 100 horas de vídeos que deram origem a um filme/documentário, intitulado This Is It. O filme foi produzido pela Columbia Pictures, dirigido por Kenny Ortega e teve lançamento mundial de 28 de outubro a 30 do mesmo mês. Para acompanhar este filme a Sony lançou uma coletânea que foi sua trilha sonora. Nesta coletânea se encontrarão todas as músicas que Jackson estava ensaiando para a turnê na mesma sequência que apareceram no filme. Também houve a primeira música lançada depois de sua morte e versões nunca lançadas de algumas músicas, além de um poema que Jackson gravou para o álbum Dangerous lançado em 1991.
25/06/2009.
Em 25 de junho de 2009, Michael Joseph Jackson faleceu vítima de intoxicação por propofol e benzodiazepina em sua residência, em Holmby Hills, Los Angeles, Estados Unidos. Seu médico particular, Conrad Murray, afirmou ter encontrado Jackson inconsciente em seu quarto e com o pulso fraco, tendo então tentado reanimá-lo sem sucesso. Após uma chamada de emergência às 11:21 h, Jackson foi atendido por paramédicos e conduzido ao hospital Ronald Reagan UCLA Medical Center, onde foi declarado morto horas depois. Na véspera do 51º aniversário de Jackson, o Condado de Los Angeles declarou que o falecimento do artista havia sido por homicídio. Pouco antes da morte, Jackson vinha sendo medicado com propofol, lorazepam e midazolam. Em 2011, o médico Conrad Murray foi condenado por homicídio culposo e cumpriu pena de dois anos de prisão.
A morte de Michael Jackson gerou um onda de luto por todo o mundo, criando picos sem precedentes nas redes de Internet e aumentando consideravelmente as vendas de discos do artista e também do Jackson 5.[6] Pouco antes de sua morte, Jackson preparava-se para uma série de megaconcertos na Arena O2, em Londres, entre julho de 2009 e março de 2010. Um serviço público em homenagem ao artista foi realizado em 7 de julho de 2009, no ginásio Staples Center, em Los Angeles, último local de ensaios do artista para a turnê. O evento foi transmitido mundialmente, atraindo uma audiência global de mais de um bilhão de espectadores. Em 2010, a Sony Music Entertainment assinou um contrato de 250 milhões de dólares com o espólio de Jackson para manter os direitos de distribuição do artista até o ano de 2017, podendo realizar sete álbuns póstumos.
Circunstâncias.
Jackson foi levado ao Ronald Reagan UCLA Medical Center, onde foi declarado morto em 25 de junho de 2009. Créditos: Wikipédia. |
Declarações descreveram Murray aplicando técnicas incomuns de RCP. Na gravação da chamada de emergência, publicada um dia após a morte do cantor, o médico diz ter aplicado a RCP no leito do paciente, e não em uma superfície sólida, conforme a prática recomendada. Além disso, o advogado de Murray afirmou que o médico havia posicionado uma das mãos sob o paciente usando somente a outra mão para compressão torácica, quando a prática padrão é usar as duas mãos para compressão. Um porta-voz do Corpo de Bombeiros de Los Angeles afirmou que a chamada de emergência 911 foi registrada às 00:21:04. Os paramédicos chegaram ao local às 00:26 e encontraram a vítima ainda desacordada.
A equipe de paramédicos realizou a RCP por 42 minutos no local. O advogado de Murray afirmou que Jackson tinha pulso quando deixou a residência em direção ao hospital. Um dos bombeiros deu uma versão diferente dos fatos, defendendo que os paramédicos haviam encontrado Jackson em "total parada cardíaca" sem observar, no entanto, mudanças na condição do paciente ao longo do trajeto até o hospital. Jackson foi levado ao Ronald Reagan UCLA Medical Center. A ambulância chegou ao hospital às 1:14 da tarde aproximadamente. Michael Jackson foi declarado morto às 2:26 da tarde aos 50 anos de idade.
Segundo relatos da perícia, não estavam presentes no quarto de Jackson nenhum dos equipamentos recomendados de monitoramento, dosagem com precisão ou atendimento cardíaco emergencial. Além disso, foram encontrados no local um vidro fechado de urina sobre uma cadeira no quarto em que o cantor morreu, ao lado de uma caixa contendo cateteres, agulhas descartáveis, pedaços de algodão embebidos em álcool, várias garrafas vazias de suco de laranja, um colar de madeira e um tanque de oxigênio verde.
Conrad Murray foi condenado, em 2011, por homicídio involuntário, tendo cumprido dois dos quatro anos da pena.
Jackson, segundo análise de sua certidão de óbito, era um ferrenho usuário de drogas. Michael Jackson fazia uso de nootrópicos e psicotrópicos no geral. Aproximadamente 155,000mg de propofol — anestésico usado somente cirurgias — foram encontrados na corrente sanguínea de Michael Jackson após sua morte; benzodiazepinas como lorazepam, diazepam e midazolam foram encontradas, também. Jackson fazia uso de efedrina — forte estimulante do músculo cardíaco e inibidor dos receptores GABA. Também foi constatado o uso de lidocaína, um potente anestésico local.
- Necrópsia.
- Saúde.
- Família e questões legais.
- Reação da família.
"Nosso amado filho, irmão e pai de três filhos faleceu de maneira inesperada, tão trágica e tão cedo. Isto nos deixa, sua família, sem palavras e desolados a ponto de a comunicação com o mundo exterior parecer quase impossível."La Toya indicou que a família iria entrar em ação judicial contra um responsável pela morte do irmão, assim como lutar por uma condenação. Em 2009, ela afirmou que Jackson poderia ter sido medicado com uma dose letal de drogas por "um séquito obscuro" de manipuladores e, em 2010, afirmou acreditar que seu irmão havia sido "assassinado por seu catálogo musical". Logo após a morte de Jackson, a família levantou questões acerca do papel da AEG Live, promotora da turnê This Is It, nos últimos dias de vida do artista. Joseph apresentou uma acusação junto ao Conselho Médico da Califórnia de que a AEG Live havia praticado medicina ilegal ao ordenar que Murray cortasse vários medicamentos de Jackson. A acusação também implica que a AEG Live falhou em prover o equipamento de reanimação e uma enfermeira para Murray. O representante da AEG Live, Michael Roth, não respondeu publicamente as acusações.
O testamento de Michael Jackson foi registrado pelo procurador John Branca no Tribunal do Condado de Los Angeles em 1 de julho de 2009. Assinado em 7 de julho como executores; o que foi confirmado pelo tribunal em 6 de julho de 2009. Todos os bens do artista foram passados aos fundos da Família Jackson. O Associated Press noticiou que, em 2007, Jackson possuía um patrimônio líquido de 236.6 milhões de dólares: 567.6 milhões em ativos, incluindo o Rancho Neverland e 50% de participação nos lucros da Sony/ATV Music Publishing e dívidas de 331 milhões de dólares. A guarda de seus três filhos ficou com sua mãe, Katherine, ou em caso de incapacidade desta, seria passada à Diana Ross. A ex-esposa de Jackson, Debbie Rowe, foi omitida do testamento intencionalmente. O documento ainda determina que 20% de sua fortuna, assim como 20% do patrimônio póstumo sejam repassados a instituições de caridade.
Relatos da imprensa sugeriram que a liquidação do espólio de Jackson poderia durar muitos anos. O valor da Sony/ATV Music Publishing é estimado por Ryan Schinman em 1.5 bilhão de dólares, dos quais Jackson faturava 80 milhões anuais. A Sony Corporation não confirmou sua suposta intenção em adquirir a parte de Jackson dos investimentos.
Reação Pública.
- Cobertura da imprensa.
Cerca de 15% das publicações do Twitter (5 mil tweets por minuto) mencionavam Michael Jackson apos as notícias sobre sua morte, em comparação aos 5% mencionando as eleições presidenciais iranianas e a pandemia de gripe suína no mesmo ano. Além de tudo, o tráfego nas redes variou de 11 a 20% acima da média. No episódio do dia 26 de junho, a telenovela britânica EastEnders adicionou uma cena final, na qual os personagens Denise Johnson e Patrick Trueman discutiam sobre as notícias envolvendo a morte de Jackson. Embora todos os jornais britânicos expusessem imagens de Jackson em sua juventude, o The Sun havia sido o único a publicar imagens do cantor em sua fase mais frágil. No dia seguinte, no entanto, o The Sun, seguiu a tendência dos concorrentes, dedicando sua primeira página à morte de Jackson por duas semanas seguidas. Revistas de renome, como a Time, publicaram edições especiais sobre o cantor.
- Luto.
Estrela de Michael Jackson na Calçada da Fama de Hollywood tornou-se um ponto de encontro de fãs do artista nos dias seguintes à sua morte. Créditos: Wikipédia. |
De Odessa a Bruxelas, fãs realizaram suas próprias homenagens ao artista. O Presidente Barack Obama enviou uma carta expressando suas condolências à Família Jackson, e a Câmara dos Representantes reservou um momento de silêncio. Obama, posteriormente, afirmou que Jackson "entraria para a história como um dos nossos maiores artistas". O ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela também emitiu um comunicado dizendo que a morte de Michael seria sentida em todo o mundo.
No Japão, onde Jackson possuía um grande número de fãs, o porta-voz do governo e alguns ministros de Estado expressaram suas condolências. O Ministro de Assuntos Internos, Tsutomu Sato, disse sentir "tristeza" pela morte de Michael, já que "o assistia desde que era membro do Jackson Five". Outro ministro afirmou que Jackson "era um superstar" e que "havia dado muitos sonhos e muita esperança a milhares de pessoas em todo o mundo".
O Primeiro-ministro britânico Gordon Brown emitiu um comunicado sobre a morte de Jackson, dizendo que "eram notícias muito ruins para os fãs do artista em todo o mundo". O então líder da Oposição, David Cameron, afirmou que os fãs de Michael em todo o mundo "estavam profundamente comovidos naquele dia" e disse que Michael havia tornado-se "um artista lendário, apesar das controvérsias".
Na Rússia, onde o artista também era muito popular, fãs e admiradores se reuniram em frente à Embaixada americana em luto pelo artista. A atriz Elizabeth Taylor, uma amiga de longa data de Jackson, disse não poder imaginar a vida sem ele. Por sua vez, a cantora Liza Minnelli comunicou à rede televisiva CBS que esperava ansiosa pela liberação da autópsia. A irmã, La Toya, afirmou que o irmão estava trabalhando acima do necessário e estava sobrecarregado com os compromissos, sendo esta uma das causas de sua saúde frágil nos anos recentes à sua morte.
- Homenagens.
Em 26 de junho, vários artistas, como Pharrell Williams e Lily Allen, prestaram homenagens a Jackson no Festival de Glastonbury. As performances incluíram Allen vestindo uma luva branca (o traje assinatura de Jackson), enquanto a banda The Streets performou a canção "Billie Jean". Homenagens a Jackson no festival prosseguiram ao longo da semana de 26 a 28 de junho. Em 5 de julho de 2009, Madonna homenageou Jackson durante a segunda parte de sua turnê Sticky & Sweet Tour, com um medley de suas principais canções e algumas coreografias enquanto fotos do artista eram exibidas ao fundo do palco. Após a performance, Madonna disse ao público para "aplaudir um dos maiores artistas que o mundo já conheceu". A cantora pop Beyoncé Knowles dedicou sua performance de "Halo" a Jackson durante os concertos de sua turnê I Am... World Tour.
Um dia após a morte do cantor, o Prefeito do Rio de Janeiro, anunciou que a cidade receberia uma estátua no mirante da Favela Dona Marta. Jackson havia visitado a comunidade em 1996, onde gravou o videoclipe de "They Don't Care About Us". Na ocasião, o prefeito afirmou que Jackson havia transformado a localidade em um "modelo de desenvolvimento social". Outros memoriais foram erguidos ao redor do mundo, como em Tóquio, Bucareste e Baku. Em Midyat, na Turquia, foi rezada a Salat al-Janazah (prece funerária islâmica) e distribuída a halva entre os religiosos. O vídeo da canção "Do the Bartman", de Os Simpsons, foi transmitido antes de um episódio da nova temporada da série, em 28 de junho. A irmã do astro, Janet Jackson, fez uma aparição no Video Music Awards para homenagear Jackson e honrar sua carreira. Jackson também foi agraciado com um prêmio póstumo durante o Grammy Awards de 2010 em 31 de janeiro de 2010. O astro pop, que havia atuado em The Wiz (1978), foi homenageado também durante uma seção do Oscar 2010.
- Recordes de vendas.
Na Austrália, 15 dos álbuns do cantor entraram no Top 100 da ARIA a partir de julho, sendo que quatro deles figuraram entre os dez mais vendidos. Jackson também emplacou 34 singles entre os 100 mais vendidos, sendo quatro deles entre os dez primeiros. Foram mais de 62 mil discos e 107 mil singles vendidos. Na segunda semana, as vendas de discos cresceram para 88.650 cópias. Em 12 de julho, quatro álbuns estavam entre os dez mais vendidos. Na Nova Zelândia, Thriller 25 também liderou a parada musical. Na Alemanha, King of Pop liderou as paradas musicais e nove álbuns de Jackson ocuparam o Top 20 na Argentina. Na Billboard European Top 100 Albums, Jackson fez história novamente com oito de seus álbuns entre as dez primeiras colocações. A partir de 3 de agosto do mesmo ano, King of Pop passou quatro semanas no topo da Billboard europeia. The Collection também passou duas semanas no topo da mesma parada.
No Reino Unido, no domingo após sua morte, seus álbuns ocupavam 14 dos 20 primeiros lugares nas paradas de vendas da Amazon, lideradas por Off the Wall. A coletânea Number Ones atingiram o topo da UK Album Chart e seus álbuns de estúdios ocuparam desde a segunda até a oitava posição no iTunes Music Store. Seis de suas canções ficaram no Top 40: "Man in the Mirror", "Thriller", "Billie Jean", "Smooth Criminal", "Beat It" e "Earth Song". No domingo seguinte, 13 das canções de Jackson emplacaram nas 40 primeiras colocações, incluindo "Man in the Mirror", que ocupou a segunda colocação. A coletânea The Essential Michael Jackson liderou a parada, dando a Jackson o segundo álbum a ocupar o primeiro lugar em semanas. O cantor tinha cinco das dez primeiras posições na parada de álbuns. Nas vendas da terceira semana, The Essential Michael Jackson ocupou o primeiro lugar. Em agosto, Jackson havia vendido 2 milhões de cópias e passou seis semanas consecutivas na primeira colocação
O Funeral.
O funeral de Michael Jackson, realizado no dia 7 de julho de 2009, foi um dos maiores da história do entretenimento, superando inclusive os funerais de Elvis Presley em 1977, que reuniu em torno de 77.000 pessoas, e o Funeral de Diana, Princesa de Gales em 1997, acompanhado por aproximadamente 250.000 pessoas no Hyde Park de Londres, que até então eram considerados os maiores. Foi constatado que a audiência global foi de mais de 3 bilhões de pessoas, considerando que a cerimônia foi transmitida ao vivo pelos principais canais de televisão de cada país, além de streams online.
Houve um velório familiar privado na manhã de 7 de julho em Forest Lawn Memorial Park's Hall of Liberty, em Hollywood Hills, seguido de um ato público no Staples Center, lugar onde o artista havia ensaiado para o que seria sua série de concertos intitulada This Is It, em 23 de junho, dois dias antes de sua morte. O caixão foi levado ao centro com um pouco de atraso, chegando as 10h00 da manhã (horário local). O memorial teve início as 10h30 da manhã, com música e palavras do pastor Lucious Smith.
Foram colocadas à disposição do público 17.500 entradas gratuitas, cujos destinatários foram escolhidos por meio de um sorteio realizado via internet, com uma participação ao redor de 15,2 milhões de pessoas nas primeiras 24 horas.
- Lista de convidados.
Além dos mencionados, a ABC News informou que Justin Timberlake, o filho de Lionel Richie Nicole, que foi afilhado de Michael, o cantor Akon, Queen Latifah, Sean "Diddy" Combs, e Beyoncé estariam no tributo.
- Caixão.
- Transmissão ao vivo.
Eventos paralelos foram realizados nas cidades de Berlim, Bruxelas, Gotemburgo, Londres, Malmo, Oslo, Paris e Estocolmo.
No mundo lusófono, vários canais de televisão brasileiros e portugueses transmitiram o evento, tais como RTP, SIC, Rede Globo, Rede Bandeirantes, RedeTV!, Rede Record, MTV Brasil, Multishow, Band News, Record News, Record Internacional e a Globo News.
O evento excedeu 3,5 bilhões de espectadores na televisão e na internet, tornando-o o programa que mais pessoas assistiram na história da humanidade.
Impacto Cultural e Legado na Música.
Segundo o Guinness World Records, Michael Jackson é o maior e mais relevante artista da história da música popular. Ele continua na lista dos 100 mais vendidos desde 1969, sem interrupção. Sua música e seu estilo musical permanece popular até hoje e influencia vários dos maiores artistas pop da atualidade. Dois de seus álbuns de estúdio estão entre os dez mais vendidos da história e possui seis na lista dos 100 mais vendidos.
Michael não influenciou somente a música e a dança, seu impacto foi além, considerado o "maior ícone negro de todos os tempos", Michael foi responsável pela quebra de barreiras raciais, fazendo com que grandes personalidades como Oprah Winfrey possuíssem os status que tem hoje.
Autor de vários projetos filantrópicos como a Fundação Heal the World, Jackson é lembrado por ser um dos artistas que mais se dedicaram a ações contra fome no continente africano. Durante toda sua carreira, Michael doou milhões de dólares para a caridade.
A vida pessoal de Jackson sempre no alvo da mídia, somado com o sucesso da sua carreira, fazem dele parte da história da cultura popular.
2019. Leaving Neverland.
Leaving Neverland (no Brasil, Deixando Neverland) é um documentário de 2019 dirigido e produzido pelo cineasta britânico Dan Reed. O filme trata de dois homens, Wade Robson e James Safechuck, que alegam ter sido abusados sexualmente pelo cantor Michael Jackson, quando crianças, alem de examinar os efeitos dos abusos nas famílias das vítimas. O documentário resultou em uma reação contra Jackson e uma reavaliação de seu legado.
O filme é uma co-produção entre a emissora britânica Channel 4 e a emissora norte-americana Home Box Office (HBO). Ele estreou no Festival de Cinema de Sundance de 2019, em 25 de janeiro de 2019, e foi transmitido pela HBO, em duas partes, em março daquele ano.
- Produção.
- Lançamento.
Em Portugal, Leaving Neverland estreou no dia 8 de março na plataforma de streaming HBO Portugal. Com as duas partes e o título Deixando Neverland, o documentário foi exibido no Brasil nos dias 16 e 17 de março na HBO Brasil e HBO GO.
- Repercussão.
Jornalistas do The Guardian previram que a música de Jackson seria reavaliada após a transmissão. Brian Stelter observou que o documentário provocou um re-exame do legado de Jackson. Dezenas de estações de rádio em todo o mundo baniram as músicas do artista de suas listas de reprodução, incluindo as estações RNZ e NZME, da Nova Zelândia, e as estações canadenses CKOI e Rythme FM. Chris Richards, do The Washington Post, escreve que após acompanhar Leaving Neverland, as músicas de Jackson ganharam novo significado: "[Ele] sempre fez imenso sucesso, mas de repente suas músicas ganharam ainda mais fama, do modo mais sinistro. Elas parecem refletir a crueldade deste mundo. Sempre houve muito de bom para se ouvir nas músicas de Jackson, mas agora pode-se ouvir também o mal. 'Thriller' é hoje muito sobre um homem expondo seu horror interno. 'Smooth Criminal' passou a soar descaradamente criminosa. 'Keep It in the Closet' tornou-se sinistra e perversa. 'Man in the Mirror' virou uma confissão e culpa." Ele encerra sua análise afirmando que, agora com evidências de que Jackson "arruinou vidas de vulneráveis atrás de portas fechadas", o modo de ouvir suas músicas "tem de mudar novamente".
Em fevereiro de 2019, o espólio de Jackson fez uma petição a um tribunal para obrigar a HBO a cooperar em arbitragem sobre o plano de transmissão do filme. A HBO não pode ser processada por difamação, já que Jackson está morto; em vez disso, o espólio alega que a HBO violou um acordo de 1992 para transmitir o especial Live in Bucharest: The Dangerous Tour, quando a HBO concordou em nunca "depreciar" a imagem pública de Jackson. Para distrair a atenção do documentário, no dia do primeiro da exibição do Leaving Neverland: Part One, o espólio divulgou o concerto ao vivo no YouTube. No dia seguinte, para coincidir com a transmissão da Part Two, o espólio lançou outro concerto ao vivo de Jackson, Live at Wembley July 16, 1988.
Em 27 de fevereiro de 2019, a Conferência da Liderança Cristã do Sul escreveu para a HBO pedindo-lhes para cancelar a exibição, descrevendo-a como um "linchamento póstumo". O ator Corey Feldman, que era amigo de Jackson durante a infância de Feldman, disse que Jackson não havia agido de forma inadequada para ele, e chamou o documentário de "unilateral". Outro amigo de Jackson, Brett Barnes, que é mencionado no filme, ameaçou processar a HBO, escrevendo no Twitter: "O fato de que eles não conseguem fazer a pequena quantidade de pesquisa necessária para provar que são mentiras, por escolha ou não, faz é ainda pior ". Por sua vez, o produtor James L. Brooks, do seriado Os Simpsons, suspendeu o episódio intitulado Starving Raving Dad, produzido em 1991 e que contou com a participação de Michael na dublagem de um personagem que pensava ser o próprio astro pop, nas exibições futuras do seriado.
- Recepção Crítica.
Para a revista Entertainment Weekly, Kristen Baldwin deu ao documentário uma nota B. Ela criticou-o como "lamentavelmente unilateral" e concluiu: "Como um documentário, Leaving Neverland é um fracasso. Como um acerto de contas, porém, é inesquecível." Para a The Hollywood Reporter, Daniel Fienberg escreveu que Leaving Neverland "é quase tanto quanto os mais de 20 anos durante os quais Robson e Safechuck mantiveram segredos ou até mesmo mentiram e encobriram a verdade — e os danos que podem causar — como são os próprios crimes alegados." Ele concluiu que "é duvidoso que você se sinta exatamente o mesmo depois de assistir". O jornal Daily Telegraph atribuiu a ele cinco em cinco estrelas, descrevendo-o como "uma imagem horrível do abuso infantil".
David Fear escreveu para a revista Rolling Stone: "Ao oferecer a esses homens um fórum, este médico claramente escolheu um lado. No entanto, o rigor com que detalha essa história de alegações e a maneira como as personaliza em um grau surpreendente é difícil de abalar". David Ehrlich, para o IndieWire, escreveu que o documentário era "seco" e "dificilmente um ótimo cinema", mas que era "um documento crucial para uma cultura que ainda não pode se ver claramente na sombra de Michael Jackson".
Alissa Wilkinson descreveu o documentário como "um caso devastador contra Michael Jackson" que "pode mudar para sempre o legado do ícone pop"
Fontes. 084 de 186
https://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Jackson
https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Jackson_5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thriller
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morte_de_Michael_Jackson
https://pt.wikipedia.org/wiki/Funeral_de_Michael_Jackson
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leaving_Neverland
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acusa%C3%A7%C3%B5es_de_abuso_sexual_infantil_de_1993_contra_Michael_Jackson
https://extra.globo.com/tv-e-lazer/homenagens-michael-jackson-sao-canceladas-nos-dez-anos-de-sua-morte-23727258.html
https://www.omelete.com.br/filmes/criticas/deixando-neverland
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