quinta-feira, 6 de junho de 2019

O Caso Célio Baptista.

Célio Baptista registrou boletim de ocorrência alegando
agressão de ET em Sorocaba — Foto: Cedoc/TV TEM -
Clayton Esteves/Arte. Créditos: G1.
Provavelmente Sorocaba seja a única cidade do mundo que tenha um processo contra um ET, acredita o ufólogo Jorge Facury.

Ele lembra que no dia 3 de julho de 1997 o jovem Célio de Lima Batista, então com 27 anos, estava voltando para casa, situada na Vila Helena, região da avenida Ipanema, quando seu carro quebrou. "Ele então pegou uma trilha para chegar até a sua residência e nesse caminho ouviu um zunido. Célio olhou para o alto e viu uma luz, que logo se transformou num ser e entrou numa espécie de luta corporal com ele, ferindo-o no dedo", lembra Jorge.

Célio teria ficado consciente, porém imobilizado, no chão, e foi socorrido por populares. "Ele foi até a delegacia, contou para o delegado o ocorrido e este o encaminhou para fazer exame de corpo de delito. O perito, então, constatou um ferimento no dedo de Célio, uma perfuração feita com uma espécie de instrumentação cirúrgica", conta Jorge.

O Caso.

Na noite do dia 3 de julho de 1997, um matagal no bairro Vila Helena, zona norte de Sorocaba (SP), foi palco de uma luta entre o homem e um extraterrestre. Pelo menos é o que mostra o histórico do boletim de ocorrência registrado naquela data.

Na época, o vendedor autônomo e praticante de artes marciais Célio de Lima Baptista, 26 anos, registrou o caso no 8º Distrito Policial como lesão corporal causada por um ser de dois metros, magro e com olhos vermelhos.

Ao menos na Justiça de Sorocaba, o caso foi o único a chegar ao Fórum e arquivado no ano seguinte, sem a identificação do suposto "ET briguento". Repórteres do G1 procurou Célio para falar sobre o caso, mas foi informado que o rapaz morreu meses depois do ocorrido. Célio foi assassinado com um tiro, no mesmo bairro, meses depois do ocorrido (Outras versões mencionam que morreu por doença).

O G1 teve acesso ao histórico do boletim de ocorrência da época, aos depoimentos anexados ao processo e resgatou uma reportagem em que oito meses depois da ocorrência Célio desenhou o agressor e explicou com detalhes o que passou.

Aquele 03 de julho de 1997.

O vendedor voltava para casa com verduras quando o carro quebrou na Vila Helena, zona norte de Sorocaba. Com medo de ter o veículo furtado, o rapaz andou até a casa, deixou as compras e iria dormir no carro, segundo o relato ao MP.

Vigias o tranquilizaram e disseram que olhariam o automóvel quebrado. Por volta das 20h, uma luz teria aparecido no céu, mas a situação não teria chamado a atenção do vendedor, por existir um aeroporto na região.

Rapaz desenhou ser magro e com olhos vermelhos que teria o atacado em Sorocaba — Foto: Arquivo/TV TEM. Créditos: G1.
O rapaz seguiu para casa e decidiu cortar caminho por um matagal, quando apareceu a luz e a figura descrita por ele, na ocasião, como "um esqueleto, sem carne, de cor inexplicável, mãos de pinças e olhos vermelhos". Célio afirmou que tentou se proteger porque tinha conhecimento de artes marciais.

"Ele queria falar alguma coisa, assim 'zen, rá, za', como se quisesse falar e eu não entendia e minha língua já estava começando a ficar pesada de medo. Eu não tirava o olho dele", afirmou célio à reportagem da TV Globo, oito meses depois do ocorrido.

Ferimento no Polegar.

Conforme o relato ao MP, ele "sentiu algo no seu dedo [polegar direito] mas só percebeu a perfuração profunda e seu nariz sangrando após o ser ter desaparecido; que seu nariz sangrou só do lado direito, sentiu o lado direito do seu corpo, da cabeça aos pés totalmente congelado."

Boletim de ocorrência em Sorocaba foi registrado como
lesão corporal — Foto: Arquivo/TV TEM. Créditos: G1.
Em seguida, conforme apurado pelo G1, Célio correu e pediu ajuda para jovens, que avisaram uma senhora. A Polícia Militar o encaminhou ao pronto-socorro da Vila Angélica, onde foi feito um curativo no dedo.

No dia seguinte, ainda segundo o relato à promotoria, o rapaz foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), mas não havia médico. Entretanto, o ferimento cicatrizou rápido.

"Se eu estiver em um estado de loucura ou estar delirando, nós vamos saber porque eu nunca tive problema", contou.

O ferimento desapareceu no dia seguinte. "As estranhas circunstâncias do acontecimento levaram à abertura de um processo judicial, que acabou sendo arquivado posteriormente pela ausência do réu", relata Jorge, que juntamente com seu irmão, Michel Facury, também ufólogo, foi intimado para ajudar no caso, como perito. "Fomos para atuarmos em caráter consultivo", diz.

Versão do Policial.

O PM Mello, que atendeu Célio naquela noite, por volta das 22:00, recebeu o comunicado de agressão na rua Protássio de Camargo Sampaio.

No local, o rapaz estaria com um ferimento profundo no polegar e apavorado. Ao abordar Célio, o PM perguntou quantas pessoas tentaram assaltá-lo, mas o rapaz disse ser "um ser estranho".

O caso foi parar na delegacia. Quem estava de plantão era o delegado José Ordele Alves Lima Júnior. Todos voltaram ao terreno, com tamanho parecido com as dimensões de um campo de futebol, e sem iluminação.

A equipe apurou o local e verificou que não havia algo com o que Célio pudesse se cortar, ainda segundo o registro do PM. A vítima não parecia estar bêbada ou alcoolizada, afirmou o policial.

Ao G1, quase 22 anos depois, o delegado José Ordele lembra que atendeu o caso no plantão e registrou como lesão corporal.
"O rapaz me disse que tinha apanhado de um ET e coloquei isso no histórico do boletim de ocorrência."
Em entrevista à reportagem da época, a promotora Mara Silvia Gazzi contou que o caso seria arquivado no Fórum e afirmou ter acreditado na versão de Célio.

"Ele parece ser uma pessoa absolutamente normal, com uma coerência assustadora nas declarações dadas depois de meses. São muitas pessoas que viram discos voadores e confesso que já vi por uma vez. Tinham outras três pessoas presentes", relatou a promotora à reportagem, em 1998.

O evento curioso despertou a atenção de ufólogos não só da região, mas de todo o Brasil. Atualmente, o Grupo de Estudos e Pesquisas Ufológicas de Sorocaba (GEPUS), formado por especialistas no assunto, estuda o caso que continua um mistério.

Caso de agressão por ET foi arquivado em Sorocaba — Foto: Arquivo/TV TEM. Créditos: G1
A imprensa, na época, divulgou o caso. "A Sandra Hasmann, reconhecida ufóloga, veio até Sorocaba, hipnotizou o rapaz, fez com ele uma regressão para puxar mais informações de sua memória e confirmou a experiência dele. Depois disso o jovem começou a ficar doente, passou a ouvir vozes, e faleceu".

O caso alcançou divulgação nacional através da revista Istoé, edição de número 1.487, de 1º de abril de 1998, porém o texto foi escrito em tom jocoso. Foi divulgado também pelo programa SBT Repórter, além da imprensa local.

Fontes.                                                                                                                                    Postagem Especial

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2019/01/18/documentos-arquivados-mostram-relato-de-morador-que-disse-ter-apanhado-de-et-nos-anos-90.ghtml

https://ufo.com.br/noticias/fatos-que-marcaram-a-historia-da-ufologia-em-sorocaba/

https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/506884/sorocaba-unica-cidade-que-abriu-processo-contra-um-et

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