terça-feira, 7 de março de 2017

Enciclopédia das Lendas Urbanas: Ladrão de Órgãos (AKA Roubo de Rins)

Ladrão de Órgãos, ou o Roubo de Rins e mais uma das inúmeras lendas urbanas, que volta e meia se misturam com outras, uma delas e a Gangue dos Palhaços ou o Homem do Carro Preto.

Uma das lendas urbanas mais assustadoras foi também uma das primeiras a se espalhar como praga com a popularização da internet, inclusive no Brasil.

Teria sido criada em 1997, quando um e-mail (Em vermelho, como um dos inúmeros exemplos) começou a circular na rede alertando para o novo e aterrorizante crime que acontecia em algumas cidades do planeta.


HISTORIA VERDADEIRA! 

O seguinte fato aconteceu faz só  uma semana no Rio de janeiro. Um jovem decidiu ir a uma festa numa discoteca de lá, a "SLAVIA". 

Estava se divertindo bastante, bebeu algumas cervejas e conheceu uma garota que parecia gostar dele e que o convidou para outra festa. 


Logo ele aceitou e decidiu ir com ela. Foram a um apartamento onde continuaram tomando cerveja. Aparentemente lhe drogaram. Depois disso só se lembra de ter acordado nu, numa banheira cheia de pedras de gelo. Ainda sentindo os efeitos da droga e da cerveja, olhou em volta e estava completamente só. Havia um bilhete colado na parede,escrito: 

"Ligue para o Pronto Socorro no seguinte número ou morrer." 

Viu um telefone por perto e ligou de imediato. Relatou o acontecido, explicando que não sabia aonde estava, que tinha bebido, e o motivo da sua ligaçãoo. A atendente o orientou para sair da banheira e se olhar no espelho. Aparentemente estava normal Então foi orientado para revisar as costas. 

A  percebeu 2 cortes de 15 cm cada na parte baixa das costas. A atendente o orientou para entrar de novo na banheira e aguardar até chegar a equipe de emergência que seria enviada. Infelizmente tinham ROUBADO OS SEUS RINS e foi levado ao Hospital "GETÚLIO VARGAS". 

Cada rim tem um valor de 15,000 a 20,000 dólares no mercado Negro (ele nem sabia que isso existia). Algumas deduções podem ser feitas: A segunda festa era uma farsa, as pessoas envolvidas tinham conhecimentos médicos e as drogas que lhe deram não eram nada divertidas. Atualmente, essa pessoa está no Hospital Getulio Vargas, conectado a um sistema que o mantém vivo, esperando encontrar um rim compatível. Estão sendo realizados estudos de compatibilidade para encontrar um doador. 



Existe uma nova máfia do crime organizado que tem como alvo pessoas que viajam a trabalho ou estudo. Esta máfia está bem organizada, financiada e conta com pessoal altamente especializado. Age em muitas grandes cidades e recentemente está  muito ativa no Rio e São Paulo O crime começa quando a pessoa vai ao barzinho, boate ou discoteca, casas de sexo, show de rock.

Uma pessoa se aproxima e, ao vé-lo sentado (de preferência) ou com um grupo de amigos, começa a bater papo. Na próxima cena, a pessoa acorda num quarto de hotel ou num apartamento submergido em gelo na banheira, e só consegue lembrar da última bebida que tomou. Há  algum bilhete colado na parede para ligar para o Pronto Socorro. 

Ao ligar, às atendentes, que já conhecem este crime, o orientam para checar cuidadosamente e sentir se tem um tubo que sai da parte baixa das costas. Caso a pessoa encontre o tubo e responda positivamente, a atendente pede para ele não se mexer, e aciona os paramédicos para auxiliar. 

Ambos os rins foram retirados. 

Isto não   uma farsa ou um conto de ficção, real, tem sido documentado e confirmado. Se você  sai ou conhece alguém que o faz, preste muita atenção. Existem médicos experientes e inescrupulosos que cometem este tipo de crime. 

A Polícia Federal tem recebido notícias sobre estes fatos e estão preparando o seu pessoal. Por favor, comente esta história, conte a todas as pessoas que puder. 

NOTA: PASSE A INFORMAÇÃO PARA TODOS SEUS CONHECIDOS, PRINCIPALMENTE OS JOVENS QUE FREQUENTAM BAREZINHOS A NOITE.

Muito embora o grosso das histórias relacionadas à essa lenda seja de uma (Ou até duas) ladra de rins, na verdade foram muitas as versões e o ponto em comum entre elas era a de uma bela mulher que enganava suas vítimas, seja elas adolescentes ou adultos sedentos por sexo. As vítimas, no início da lenda, eram turistas ou pessoas viajando a negócios. Em algum bar da cidade, um estranho sedutor ou uma linda estranha puxava conversa, convidava o visitante para ir a um lugar mais tranquilo e oferecia um drinque. Em pouco tempo, a vítima ficava zonza e desmaiava. Acordava horas depois numa banheira cheia de gelo.

Ao lado da banheira, um telefone e um bilhete: “Ligue para o serviço de emergência imediatamente”. Apavorada, a pessoa descobria uma grande incisão nas costas. Seu rim tinha sido retirado cirurgicamente para ser vendido no mercado negro de órgãos. Na versão das crianças afinal existe uma versão infantil para essa lenda, elas apareciam dias depois na porta de suas casas com a enorme cicatriz nas costas.

O pânico chegou a tal ponto que órgãos de saúde dos Estados Unidos fizeram uma campanha pedindo para que vítimas do tenebroso golpe fizessem contato. Ninguém ligou. Mas a história rendeu um curta-metragem que ainda circula pela rede.

Essa é uma das lendas urbanas mais conhecidas sendo citada em até filmes ( A história do Ladrão de Órgãos ficou bastante conhecida e até ganhou um apelo totalmente negativo para o Brasil no filme americano “Turistas”)

De acordo com a lenda um homem sai para beber a noite em um bar, passado um tempo chega no estabelecimento uma linda mulher em que ao mesmo tempo que tem um corpo escultural possui um face angelical, então ela se senta do lado do cara e começa a puxar papo, visto que rola um clima entre os dois e acabam indol para um motel.

Chegando la a mulher lhe oferece mais uma bebida só que essa contendo sonífero e ele não percebendo toma e minutos depois fica tonto e desmaia.

No dia seguinte ele acorda dentro de uma banheira cheia de gelo e com ele ainda meio tonto devido  a o efeito da droga, encontra um bilhete do lado da banheira escrito:"Ligue rápido para o hospital ou vai morrer", então ele assustado liga para a  emergência e é orientado a verificar se a duas incisões nas costas na altura do rim e então que ele percebe que teve os dois rins roubados.

Infelizmente existe uma história por trás desta Lenda. Uma história tão real que o caráter lendário dela e apenas a ponta do iceberg.

O tráfico de órgãos é a prática ilegal de comércio de órgãos humanos (coração, fígado, rins, etc) para o transplante de órgãos. Há uma escassez mundial de órgãos disponíveis para transplante, contudo o comércio de órgãos humanos é ilegal em todos os países, exceto no Irã. O problema do tráfico ilegal de órgãos é generalizado, embora os dados sobre a escala exata do mercado de órgãos é difícil de obter. Se deve ou não legalizar o comércio de órgãos, e a maneira adequada de combater o tráfico ilegal, é um assunto de muito debate.

Os traficantes de órgãos operam de várias maneiras: as vítimas podem ser sequestradas e forçadas a desistir de um órgão, algumas, por desespero financeiro, concordam em vender um órgão, ou são enganadas ao acreditar que precisam de uma operação cirúrgica e o órgão é removido sem o seu conhecimento; algumas vítimas podem ser assassinadas.

Um dos casos mais conhecidos é o Caso Paulinho Pavesi, morto aos 10 anos em abril de 2000, em Poços de Caldas (MG). O menino ficou gravemente ferido após cair do prédio onde morava e teve os órgãos retirados quando ainda supostamente estava vivo.

Paulinho brincava com os amigos quando caiu da sacada de uma área de lazer que ficava no primeiro andar do prédio onde morava com os pais. Após ser socorrido e hospitalizado, passou por uma cirurgia, foi induzido ao coma e dois dias depois, dado como potencial doador de órgãos, teve os rins e as córneas removidos.

Quando o pai recebeu a conta do hospital – pouco menos de R$ 12 mil – questionou os valores ao observar rasuras nos prontuários. A documentação apresentada mostrava supostas contradições no diagnóstico de morte encefálica do garoto. O médico responsável teria registrado a observação "sem morte encefálica", portanto não cumpria os requisitos  para a retirada dos órgãos.

Uma dupla cobrança - feita ao pai e também ao Serviço Único de Saúde (SUS) - dos serviços de internação, antestesia e remoção de órgãos fizeram com que Pavesi suspeitasse das irregularidades praticadas pela equipe responsável por transplantes. A partir daí, várias investigações tiveram início e motivaram a CPI do Tráfico de Órgãos em Brasília.

Esté não é apenas um único caso, existem outros, que ora são noticiados, ou se tornam boatos, originado de fato a lenda em torno deste comércio.

Comércio legal de órgãos.

China.

Na China, os órgãos são frequentemente adquiridos de prisioneiros executados. Nicholas Bequelin, pesquisador da Human Rights Watch, estima-se que 90% dos órgãos da China são de presos mortos. Apesar da legalidade do processo no país, há evidências de que o governo tentou minimizar o alcance de extração de órgãos através de acordos de confidencialidade e as leis, tais como as normas temporárias relativas à utilização de cadáveres ou de órgãos de cadáveres de prisioneiros executados. Mesmo com essa regulamentação frouxa, a China ainda sofreu uma escassez de órgãos para transplante.

O governo chinês, depois de receber escrutínio severo do resto do mundo, aprovou legislação terminando com a venda legal de órgãos. Nenhuma legislação atualmente proíbe a retirada de órgãos de presos falecidos que assinam acordos antes da execução. Recentemente, a China introduziu uma nova legislação, a fim de uniformizar o processo de coleta de órgãos. Esta legislação inclui normas que indicam que os hospitais podem realizar operações e qual seria a definição legal de morte cerebral. Pacientes estrangeiros transplantados não são mais aceitos. Desde que a China suspendeu a venda legal de órgãos, os preços globais são estimados por ter aumentado 40%.

Índia.

Antes da aprovação da Lei de Transplante de Órgãos Humanos, em 1994, a Índia tinha um mercado legal bem sucedido na negociação de órgãos. O baixo custo e disponibilidade trouxeram aos negócios ao redor do globo e transformaram a Índia em um dos maiores centros de transplante renal do mundo. Vários problemas começaram a surgir durante o período de comércio legal de órgãos na Índia. Em alguns casos, os pacientes não tinham conhecimento que um procedimento de transplante de rim ocorreu mesmo. Outros problemas incluíam promessa aos pacientes de uma quantia muito maior do que a que foi realmente paga. As questões éticas que cercam a doação de contribuição empurraram o governo indiano a aprovar uma legislação que proíbe a venda de órgãos. Apesar destes avanços, ainda existem brechas nas leis atuais que permitem que os doadores não relacionados para doarem órgãos aos que estiverem emocionalmente próximos do receptor. Em muitos casos, o doador não pode ser do mesmo país que o paciente, ou até mesmo falar a mesma língua.

Irã.

No Irã a prática de vender um dos rins para lucro é legal. O Irã atualmente não tem listas de espera para transplante renal. As vendas renais são legais e reguladas. A Associação de Caridade para o Apoio à Pacientes Renais (CASKP) e a Fundação de Caridade para Doenças Especiais (CFSD) controlam o comércio de órgãos, com o apoio do governo. As organizações combinam doadores aos destinatários, e criam testes para garantir compatibilidade. Os valores pagos ao doador no Irã variam, mas os valores médios são de $1200 para a doação de rim. Oportunidades de emprego também são oferecidas em alguns casos. Tem sido argumentado que o sistema iraniano é em alguns aspectos coercitivos, como mais de 70% dos doadores sendo considerados pobres pelos padrões iranianos. Há também evidências de resultados altamente negativos tanto na saúde e bem-estar emocional para os doadores iranianos.

Filipinas.

A venda de órgãos foi legal, nas Filipinas, até a proibição entrar em vigor em março de 2008. Antes disso, as Filipinas, foram um destino popular para turistas de transplante. A Agência de Informações das Filipinas, um ramo do governo, promovia pacotes "com tudo incluído" de transplante de rim que eram vendidos por cerca de $25,000. Desde a instauração da proibição da venda de órgãos, os transplantes caíram de 1.046 em 2007 para 511 em 2010.

Comércio ilegal de órgãos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o comércio ilegal de órgãos ocorre quando os órgãos são retirados do corpo com a finalidade de transações comerciais. A OMS justifica estas ações, afirmando que "O pagamento ... pelos órgãos provavelmente tira partido indevido dos grupos mais pobres e vulneráveis​​, mina a doação altruísta e leva à especulação e ao tráfico humano". Apesar destas ordenanças, estima-se que 5% de todos os órgãos envolvidos em transplante de órgão sejam comercializados em 2005. Pesquisas indicam que o comércio ilegal de órgãos está em ascensão, com um relatório recente da Global Financial Integrity estimando-se que o comércio ilegal de órgãos geram lucros entre $600 milhões e $1.2 bilhão por ano, com uma extensão longa em muitos países, incluindo mas não limitado a: Paquistão, Índia, África do Sul, Filipinas, Israel, Colômbia, região dos Balcãs, Turquia, Europa Oriental, EUA, Reino Unido, Macedônia, Canadá.

A pobreza e as lacunas existentes na legislação contribuem para o comércio ilegal de órgãos. A pobreza é vista em todos os países com um grande mercado negro de órgãos. Isso, no entanto, não é o único fator que afeta os mercados ilegais de órgãos - alguns dos países mais pobres do mundo não se envolvem no comércio de órgãos. A legislação é outro fator que contribui para o comércio ilegal de órgãos, especialmente a legislação com lacunas. Por exemplo, a Lei dos Transplantes de Órgãos Humanos da Índia exige que um doador de órgãos deve ser um parente, cônjuge ou um indivíduo doador por razões de "afeto". Muitas vezes, as alegações de "afeto" são infundadas e os doadores de órgãos não tem conexão com o destinatário. As transações monetárias para os órgãos são ilegais na Índia no momento, mas não há leis sobre fundos doados ao cônjuge. A inclusão do cônjuge fornece uma brecha para o comércio ilegal; em alguns casos doadores de órgãos se casam com o receptor para evitar a pena legal.

A realidade é muito mais perigosa que os mitos. O caráter de lenda esconde algo a mais da qual não devemos fechar os olhos.

Até o próximo post desta enciclopédia.

Fontes.

http://docepsicose.blogspot.com.br/2011/12/lenda-urbana-o-roubo-dos-rins.html

http://www.e-farsas.com/corrente_roubo_rim.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tráfico de Órgãos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Turistas_(filme)

http://gjol.blogspot.com.br/2008/01/roubo-de-rim-deixou-de-ser-lenda-urbana.html

http://noticias.r7.com/saude/poder-e-dinheiro-regem-mafia-de-trafico-de-orgaos-no-brasil-diz-vitima-ameacada-de-morte-19092015


http://g1.globo.com/dia-dos-pais/2013/noticia/2013/08/ele-ainda-esta-muito-vivo-diz-pai-de-menino-vitima-do-trafico-de-orgaos.html

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