domingo, 26 de março de 2017

Ghost In The Shell.

Quando foi anunciado que Ghost in the Shell, um clássico dos mangás Cyberpunk dos anos 90, iria ser transformado em um Live-Action por Hollywood, muitos dos fans, tanto do Filme animado de 1995 quanto do clássico mangá torceram o nariz. Afinal a Live-Action da animação consagrada não agradou a muitos, principalmente com o histórico que Hollywood tem com animações japonesas, como é o caso de Dragon Ball e Avatar The Last Airbender (Mesmo sendo uma animação americana que segue o estilo de animação Japonesa, eles não foram fieis a história). Todos taxaram quem seria mais um fracasso, é que depois desta Hollywood iria desistir de adaptar obras japonesas já consagradas. Death Note foi adaptado pela Netflix, para estrear em Agosto, AKIRA, outro clássico Cyberpunk, (da qual inspirou G.I.T.S) está nos planos de ser adaptado. Naruto e um dos animes que possivelmente podem ser tornar um Live-Action.

O Motivo de não ter agradado aos fãs mais Hardcores de G.I.T.S, é o fato de que Hollywood é Animes não tem um histórico favorável, além do mas, a personagem principal, Major Motoko Kusanagi, seria interpretado pela atriz Scarlett Johansson. Foi um dos motivos que não agradou a alguns fãs que queriam uma atriz oriental no papel principal.

Scarlett Johansson foi anunciada em Ghost In The Shell em 2015, época em que houve discussão pela escolha de uma atriz que não é asiática. A questão ainda incomoda alguns fãs da do anime/ mangá e atores, como é o caso de Ming-Na Wen, de Agents Of SHIELD:

Nothing against Scarlett Johansson. In fact, I'm a big fan. But everything against this Whitewashing of Asian role.😒 https://t.co/VS6r6iish9

— Ming-Na Wen (@MingNa) 14 de abril de 2016

“Nada contra Scarlett Johansson. Na verdade, sou uma grande fã. Mas tudo contra esse Whitewashing de um papel asiático”, escreveu a atriz no Twitter, citando a forma de mudar a etnia de personagens para brancos.

No mês de Novembro de 2016, todos tiveram uma surpresa com o Trailer do Filme. Pelos poucos minutos do Trailer adaptaram boa parte do filme animado de 1995, e outras continuações. Para alguns foi 100% fiel ao Anime e possivelmente será o primeiro Anime a recebe uma boa adaptação de Hollywood, depois do fiasco que foi Dragon Ball Evolution. Se eles adaptam seus heróis mais notáveis (Ou tenta) por quê não fazer o mesmo com outros heróis do outro lado do mundo?!


Enquanto eu estou ansioso para assistir G.I.T.S, (afinal quero saber se o trailer foi apenas para agradar os fãs) irei escrever mais do mangá e das animações

Ghost in the Shell é um mangá de influências cyberpunk, criado por Masamune Shirow. Rendeu uma continuação, intitulada Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface, que foi lançada em 2002.

Inicialmente, o mangá foi adaptado nos filmes de animação Ghost in the Shell, em 1995 (Chamado no Brasil de, Fantasma do Futuro), e Ghost in the Shell 2: Innocence, em 2004 – o primeiro, com uma versão totalmente remasterizada, em 2008, chamado de Ghost in the Shell: 2.0.

Em 2002, iniciou-se a série de animação Ghost in the Shell: Stand Alone Complex, finalizada em 2003 e sucedida por Ghost in the Shell: Stand Alone Complex 2nd GIG em 2004, ambas com 26 episódios cada. O filme animado Ghost in the Shell: Stand Alone Complex - Solid State Society finalizou a série em 2006. Uma versão em 3D deste ultimo foi lançada em 2011.

Em junho de 2013, uma nova série de filmes de animação nomeada Ghost in the Shell Arise - Border teve inicio, sendo finalizada com 4 filmes em setembro de 2014 para dar lugar à nova série: Ghost In The Shell Arise - Alternativa Architecture, que estreou em abril de 2015 e deve conter 10 episódios.

Enredo.

Ghost in the Shell se passa depois de 2029, marcado pelo surgimento de uma nova tecnologia que permite a fusão do cérebro à computação, à rede mundial.

O ambiente de Ghost in the Shell é classificado como cyberpunk ou pós-cyberpunk, porém o autor foca mais nas ramificações éticas, filosóficas e sociais da fusão em massa da humanidade com a tecnologia, o desenvolvimento da inteligência artificial e a onipresença da rede de computadores como uma oportunidade para reavaliar assuntos como a identidade pessoal, a singularidade da consciência e o aparecimento do trans-humanismo.

O filme, séries e mangá derivados cobrem histórias policiais nas investigações da Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública, Seção 9, especializada no combate a crimes perpetrados com uso da tecnologia.

A protagonista é Motoko Kusanagi, apelidada de Major. Apesar de em tese não haver uma diferença hierárquica entre os membros da equipe, Kusanagi tem a a função de líder tática da Seção 9. O apelido vem da sua época nas forças armadas. Ela tem capacidades sobrehumanas devido a seu corpo cyborg ser especializado para atividades táticas. Apenas o cérebro e um segmento do cordão espinhal são orgânicos.

Ghost in the Shell foi lançado nas mais diferentes mídias, com cada um dos trabalhos tendo um enredo separado e alternativo.

Mangá.

Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface é a continuação oficial do primeiro mangá. Ghost in the Shell 1.5: Human Error Processor inclui uma série de histórias que seriam originalmente publicadas em Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface.

Filmes.

Ghost in the Shell foi adaptado em diversos animes, com todos eles sendo produzidos pela empresa Production I.G.

A primeira adaptação da série para o cinema se deu em 1996, com Ghost in the Shell, dirigido por Mamoru Oshii.

O filme teve uma continuação intitulada Ghost in the Shell 2: Innocence lançado em 2004. Também dirigida por Oshii, ela teve como protagonista o personagem Batou.

Em 2008, uma nova versão do filme original - Ghost in the Shell - foi exibida em alguns cinemas japoneses, com gráficos e som retrabalhados.

Um terceiro filme, Ghost in the Shell: S.A.C. Solid State Society, foi lançado após a série de televisão. Dirigido por Kenji Kamiyama, ele não possui ligações com o trabalho de Oshii, sendo uma continuação do enredo estabelecido pela série de televisão.

Em junho de 2013 foi iniciada uma nova franquia de filmes com Ghost in the Shell: Arise - Border:1 Ghost Pain, contando uma nova história original que aborda o início da Section 9. Em novembro do mesmo ano foi lançada a continuação Ghost in the Shell: Arise - Border:2 Ghost Whispers, seguida por Ghost in the Shell: Arise - Border:3 Ghost Tears em junho de 2014 e Ghost in the Shell: Arise - Border:4 Ghost Stands Alone em setembro, fechando a franquia. Em 20 de junho de 2015 foi lançado um novo filme da franquia, Ghost in the Shell: The New Movie. Ainda em 2015, a Dreamworks confirmou, para Março de 2017, a tão esperada Live-Action do mangá, com a atriz Scarlett Johansson no papel de Motoko Kusanagi.

Inspirações.

Várias foram as inspirações para o mangá de Masamune Shirow, e posteriomente o filme dirigido por Mamoru Oshii, foram. Alguns citam que AKIRA de  Katsuhiro Otomo, é uma das principais inspirações. AKIRA foi o primeiro mangá a explorar o universo cyberpunk no Japão dos Anos 80, que até então era Novidade, uma das evidências que tornam isso bastante claro é AKIRA e Ghost in the Shell foram publicados na mesma revista, Young Magazine,da Kondasha. A diferença entre eles (a publicação de G.I.T.S e a finalização de AKIRA) é de 1 ano. Entre Maio de 89 E Junho de 90 esses dois Mangás estavam sendo publicados. é que futuramente seriam cultuados como as obras máximas dos Mangás.

Ghost In The Shell: Data de Publicação: Maio de 1989 - Setembro de 1991.
AKIRA:          Data de Publicação:         Dezembro de 1982 - Junho de 1990.

Outras duas inspirações para G.I.T.S é Ghost In The Machine. Ghost in the Machine é um livro de 1967 sobre a psicologia filosófica por Arthur Koestler . O título é uma frase cunhado pelo filósofo Gilbert Ryle para descrever a conta dualista-cartesiana da relação mente e corpo. Koestler compartilha com Ryle a visão de que a mente de uma pessoa não é uma entidade não-material independente, temporariamente habitando e governando o corpo. Um dos conceitos centrais do livro é que, à medida que o cérebro humano evoluiu, ele manteve e se baseou em estruturas cerebrais mais primitivas. O trabalho tenta explicar a tendência da humanidade em direção à auto-destruição, em termos de estrutura cerebral, filosofias, e sua abrangente, dinâmicas políticas histórico-cíclicas, atingindo a altura do seu potencial destrutivo com armas nucleares.

O que faz bastante sentido ao ler o mangá. Em Ghost in the Shell , a palavra "fantasma" ( ゴーストgōsuto ? ) É uma gíria coloquial para um indivíduo a consciência . Na sociedade futurista do mangá, a ciência redefiniu o fantasma como a coisa que diferencia um ser humano de um robô biológico. Independentemente de quanto material biológico é substituído por substitutos eletrônicos ou mecânicos, desde que os indivíduos retenham seu fantasma, eles mantêm sua humanidade e individualidade.

Outra inspiração é Neuromancer, de William Gibson, é um dos mais famosos romances do gênero cyberpunk, e ganhou os três principais prêmios da ficção científica: Nebula, Hugo e Philip K. Dick, após sua publicação em 1984, tendo sido publicado em 1991 no Brasil pela editora Aleph. Esse foi o primeiro livro de Gibson e o começo de uma trilogia.


Neuromancer é um livro de ficção científica que introduzia novos conceitos para a época, como inteligências artificiais avançadas e um cyberespaço quase que “físico”, conceitos que mais tarde foram explorados por Masamune Shirow em seu mangá Ghost in the Shell e no filme Ghost in The Shell, dirigido por Mamoru Oshii, este serviu de inspiração aos irmãos Wachowski na criação da trilogia Matrix.

Séries de Televisão.

O mangá já foi também adaptado para anime, com o nome de Ghost in the Shell: Stand Alone Complex. A direção foi feita por Kenji Kamiyama, trazendo um enredo alternativo e separado daquele elaborado por Mamoru Oshii nos filmes e por Masamune Shirow nos mangás originais. O foco é na carreira da personagem Motoko Kusanagi e sua equipe, com alguns elementos baseados no filme e no mangá. O sucesso da série rendeu ainda uma segunda temporada, Ghost in the Shell: S.A.C. 2nd GIG e o filme - Ghost in the Shell: S.A.C. Solid State Society - que estreou na emissora SKY Perfect em 1 de Setembro de 2006, finalizando a franquia SAC.

A cantora responsável pelas aberturas de ambas as temporadas de Stand Alone Complex, Origa, faleceu em janeiro de 2015, devido a um câncer no pulmão.

Em abril de 2015, um novo anime intitulado Ghost in the Shell: Arise iniciou sua exibição. O anime deve ser finalizado com 10 episódios.

Romances.

A série rendeu dois romances:

After the Long Goodbye: Escrito por Masaki Yamada, é considerado um prelúdio para Ghost in the Shell 2: Innocence.

The Lost Memory, Revenge of the Cold Machines e White Maze: Trilogia de romances escritos por Junichi Fujisaku, tem como cenário o mundo alternativo de Ghost in the Shell: Stand Alone Complex.

Vídeo Games.

Em 1997, um jogo homônimo para PlayStation foi lançado. Foi desenvolvido pela empresa Exact e lançado pela THQ.

Um segundo jogo, dessa vez baseado no universo da série de televisão, foi lançado em Novembro de 2004 para o console PlayStation 2. Intitulado de forma homônima ele foi desenvolvido pela Sony e pela Cavia, e lançado pela Bandai. Com um jogo de mesmo nome foi desenvolvido pela G-Artists e lançado em 2005 pela Bandai. Dessa vez, para o PlayStation Portable, mas funcionando como continuação do jogo para PS2. Possuía, entretanto, enredo, cenário e jogabilidade totalmente diferente de seu antecessor.

Lançamento no Brasil.

Página refeita.
O filme de 1995 foi lançado no Brasil diretamente em DVD, sendo dublado em português. Houve ainda transmissão deste por parte da emissora de TV por assinatura HBO. No exterior, adquirindo uma manobra comercial inovadora, o filme co-produção Japão/Reino Unido – estreou no Reino Unido poucos dias depois do Japão e poucos meses depois nos EUA.

O fato da Disney ter adquirido obras importantes do Studio Ghibli, mas não se ter esforçado muito para as lançar, também não ajuda, mas, recentemente, a Columbia e a DreamWorks demonstraram interesse em inverter a situação, providenciando a estréia de alguns filmes, sem insistirem na manipulação das versões originais e até dando algum espaço às versões faladas em japonês.

O mangá foi publicado no Brasil em volume único pela editora JBC em dezembro de 2016. O lançamento foi na feira de cultura geek/nerd Comic Con Experience (CCXP). G.I.T.S era um dos Mangás mais esperados do publico desde que os quadrinhos japoneses foram lançados aqui no Brasil. Uma curiosidade em torno do mangá é as chamadas páginas proibidas. Algumas páginas foram censuradas pelo próprio autor, alegando sentir vergonha pelas páginas.

Paginas originais.
Inicialmente, a decisão de Shirow, foi tomada quando a obra foi traduzida para os EUA. A censura também aconteceu na publicação da Alemanha logo depois, mas nesse caso não se sabe se foi proposital, já que a publicação era adaptação da tradução americana.



Mesmo tendo duas páginas retiradas, a alteração nada influenciou no desenrolar da história. Ou seja, a qualidade da obra ainda continua intacta, sem comprometer a continuidade. Mas, mesmo assim, ainda gera polêmica e controvérsias entre os leitores, afinal, censura é censura.

A JBC ainda tem outro Mangá bastante aguardado para ser relançado AKIRA. Mas esse será assunto de outro Post.

Fontes.

Ghost In The Shell (BR)Ghost In The Shell (IN)Ghost In The Shell quer enterrar a má fama dos filmes de anime em hollywood.Ghost In The Shell: Equipe teria testado efeitos para deixar Scarlett Johansson com visual asiático.Ghost In The Shell: The New Movie.Mangás JBC: Ghost In The Shell.Neuromancer.The Ghost in the Machine (Livro).Ghost In The Machine (Filosofia).Philosophy Of Ghost In The Shell.Lilly e Lana Wachowski.Kodansha.Ghost In The Shell paginas que foram censuradas do mangá.Ghost In The Shell ganha 1° trailer e nome no Brasil vigilante do amanhã.

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