quinta-feira, 21 de novembro de 2019

O Curioso Caso do Voo 19.

O Voo 19 (em inglês: "Flight 19") é uma das ocorrências mais documentadas na história do Triângulo das Bermudas.

A tarde do dia 5 de dezembro de 1945 ficaria conhecido nos Estados Unidos como a data do acontecimento de um dos maiores mistérios da Marinha Americana. Foi nessa data que uma esquadrilha de cinco aviões Grumman TBF Avenger deixou a Base Aero-Naval de Fort Lauderdale (Naval Air Station Fort Lauderdale) para uma operação de treinamento. Naquele que seria o último treinamento antes da formatura dos cadetes, o esquadrão iria simular um ataque com torpedos e em seguida retornaria à base.

Cada aeronave conduzia 2  homens (um piloto, um radioperador e um artilheiro), com exceção de uma delas, que conduzia apenas um piloto , de modo que havia um total de 9 homens na operação. Os 5 aviões militares desapareceram sem deixar vestígios, e nunca mais foram encontrados, mesmo após intensas buscas envolvendo aviões militares, navios da marinha americana, e até com a participação de navios mercantes.

E nisto um Martin Mariner, um avião de resgate com seus 13 tripulantes também desaparecera misteriosamente.

Desaparecimento.

De todos os desaparecimentos ocorridos na área do "Triângulo das Bermudas", nenhum foi mais estranho do que o desaparecimento de toda a esquadrilha do Voo 19 e do gigantesco avião que decolou para socorrê-los, um Martim Mariner, que levava uma tripulação de 13 pessoas, e que inexplicavelmente desapareceu, como se tivesse "evaporado" no ar durante as operações de busca.

Noventa minutos depois da decolagem, o comandante da operação, capitão instrutor Charles Carroll Taylor, conseguiu se comunicar com a base e dizer que eles estavam perdidos. Foi registrada ainda uma conversa por rádio entre o comandante Taylor e outro piloto da Marinha, tenente Robert F. Cox, um instrutor de voo sênior que estava voando próximo e não fazia parte da operação. O último contato do voo 19 foi às 19h04, quando o tenente Cox ainda conseguiu contato com o voo 19. Naquele momento, ele tentava localizar o esquadrão, mas a base de Fort Lauderdale recomendou que abandonasse a área.

Um hidroavião modelo PBM Mariner, com uma tripulação de treze homens, foi enviado ao local onde houve o último contato da tripulação, mas também desapareceu. Menos de meia hora depois da decolagem, tendo o PBM avisado a torre que estavam se aproximando da última posição conhecida do voo 19.

Depois de enviar um relatório da posição, não houve mais nenhuma comunicação da torre com o avião de resgate. O destino do esquadrão em treinamento nunca foi determinado, bem como dos outros treze homens enviados para procurar seus colegas perdidos.

"Voo 19" era a designação de um grupo de aviões que se perdera e que decolara de sua base no "Forte Lauderdale" na Flórida, na tarde de 5 de Dezembro de 1945.

As aeronaves eram pilotadas por cinco comandantes e contavam com nove membros na tripulação, distribuiídos dois a dois em casa avião, menos um deles, que pedira a sua retirada das turmas de vôo devido à um "pressentimento" e não havia sido substituído.

Os aviões eram aparelhos "Grummans Navais, modelo TBM-3 Avenger, bombardeiros com torpedos, e cada um deles levava bastante combustível para um vôo de mais de mil e seiscentos quilômetros.

A temperatura naquele dia era de 18,3º C, o sol brilhava e havia pequenas nuvens esparsas e ventos moderados de nordeste.

Pilotos que haviam voado antes naquele mesmo dia haviam constatado as condições ideais de vôo.

O plano de voo para a equipe do "Voo 19" foi determinado da seguinte forma:
  1. Seguir uma linha triangular, iniciando na Base Aeronaval de Fort Lauderdale, na Flórida, avançando 250 km para leste, 65 km para o norte, e depois de volta à base de decolagem pelo rumo sudoeste.
  2. O tempo estimado do voo era de duas horas.
  3. Os aviões do esquadrão 19 decolaram às 14:00, e às 14:10 estavam todos no ar.
  4. O tenente Charles Taylor, com mais de 2500 horas de voo, e que estava no comando da esquadrilha, guiou o grupo em direção aos baixios Chicken, ao norte de Bimini, onde eles deveriam fazer ataques de treinamento sobre um casco desmantelado de um navio, o qual serviria de alvo.
Tanto os pilotos como os tripulantes eram experientes e não havia nenhuma razão para esperar algo de natureza excepcional naquela missão rotineira do Voo 19.

Mas algo aconteceu. Por volta das 15:15, quando o bombardeiro terminou e os aviões deveriam continuar no rumo leste, o radioperador da torre da Base Aeronaval de Forte Lauderdale, que estava à espera do contato com os aviões para saber a provável hora do retorno e transmitir-lhes as instruções de pouso, recebeu uma mensagem extraordinária do líder da esquadrilha. As gravações existentes mostram a conversa:

Líder da Esquadrilha (Tenente Charles Taylor): Chamando a Torre. Isto é uma emergência. Parece que estamos fora de rumo. Não consigo ver a terra.... repito... Não consigo ver a terra.

Torre: Qual é a sua posição?

Líder da Esquadrilha: Não estamos certos da nossa posição. Não tenho certeza de onde estamos... Parece que estamos perdidos.

Torre: Mude o rumo para o Oeste.

Líder da Esquadrilha: Não sabemos de que lado fica o Oeste. Tudo está errado... Estranho... Não temos certeza de nenhuma direção - até mesmo o oceano parece estar diferente, esquisito....

Às 15:30' da tarde, o instrutor-chefe dos vôos em Forte Lauderdale captou em seu rádio uma mensagem de alguém chamando Powers, um dos alunos-pilotos, pedindo informações a respeito da leitura de sua bússola, e ouviu Powers responder:

- Eu não sei aonde estamos. Devemos ter-nos perdido após a última virada.

O instrutor-chefe conseguiu contato com o Vôo 19, e chamou o instrutor da esquadrilha, que lhe disse:

- Ambas as minhas bússolas estão fora de ação. Estou tentando encontrar Forte Lauderdale... Tenho certeza que estamos sobre as ilhas do litoral, mas não sei a que distância...

O instrutor-chefe depois disto aconselhou-o a voar rumo norte - com o sol por bombordo - até que ele alcançasse a Base Aeronaval de Forte Lauderdale. Mas logo em seguida ouviu:

- Acabamos de passar sobre uma ilhota... Não há mais nenhuma terra à vista....

Isso indicava que o avião do instrutor do Voo 19 não estava sobre a costa e que toda a esquadrilha, já que nenhum deles conseguia ver terra, que normalmente seguiria em continuação às ilhas baixas da costa da Flórida, havia perdido a direção.

Foi ficando então cada vez mais difícil captar as mensagens do Voo 19 devido à estática. Aparentemente o Voo 19 já não podia ouvir as mensagens enviadas pela torre de controle, mas a torre conseguia ouvir a conversa trocada entre os aviões. Algumas se referiam a uma possível falta de combustível - gasolina para a penas mais cem quilômetros de voo, referências a ventos de 120 km/h, e a desalentada observação de que todas as bússolas, magnéticas ou giroscópicas, de todos os aviões, "tinham ficado malucas"- como haviam dito antes - cada qual dando uma leitura diferente.

Durante todo esse tempo, o poderoso transmissor de Forte Lauderdale foi incapaz de estabelecer qualquer contato com os cinco aviões, apesar das comunicações entre os componentes da esquadrilha serem perfeitamente audíveis.

A esta altura o pessoal da base estava em um compreensível alvoroço, quando se espalhou a notícia que o Voo 19 havia se deparado com com uma emergência de origem ignorada.

Todos os tipos de suposições a respeito de ataques inimigos (apesar da Segunda Guerra Mundial já haver terminado à vários meses) ou mesmo ataques provocados por novos inimigos, como eles próprios sugeriram, determinaram o envio de um avião de resgate, um bimotor Martim Mariner, hidroavião de patrulha com uma tripulação de 13 pessoas, o qual decolou da Base Aeronaval do Rio Banana.

Às 16:00' a torre conseguiu ouvir de relance que o Tenente Taylor inesperadamente passara o comando da esquadrilha para um amigo piloto da Marinha, o Capitão Stiver.

Apesar de confusa devido à estática e deformada pela excessiva tensão, uma mensagem compreensível foi enviada por ele:

- Não temos certeza de onde estamos... Penso que devemos estar a 360 km à nordeste da base... Devemos ter passado por cima da Flórida e estar sobre o Golfo do México...

O líder da esquadrilha aparentemente resolveu dar uma volta de 180º na esperança de voltar para a Flórida, mas ao fazer a curva a transmissão começou a ficar cada vez mais fraca, indicando que deviam ter feito a curva na direção errada e que estavam se afastando no rumo leste, cada vez mais longe da Flórida e na direção do mar aberto. Alguns relatórios afirmam que as últimas palavras ouvidas do Voo 19 foram:

- ...parece que... nós estamos...

Enquanto outros radioperadores parecem lembrar-se de mais alguma coisa, tais como:

- Estamos em águas brancas... Estamos completamente perdidos...

Nesse meio tempo a torre de controle recebeu uma mensagem enviada poucos minutos apos a decolagem do Tenente Come, um dos oficiais do Martin Mariner, despachada da área geral de onde se presumia estivese o Voo 19, afirmando que havia fortes ventos acima de dois mil metros.

Esta foi, no entanto, a última mensagem recebida do avião de resgate. Logo depois todas as unidades de busca receberam uma mensagem urgente dizendo que eram seis e não mais cinco aviões que haviam desaparecido. O avião de resgate com seus 13 tripulantes também desaparecera misteriosamente.

Mais nenhuma mensagem posterior foi recebida do Voo 19 em sua missão de treinamento e do Martim Mariner enviado para procurá-los. Um pouco depois das 19:00' no entanto, a Base Aeronaval de Opa-Locka em Miami captou uma mensagem muito fraca que consistia de:

- FT... FT... - que era o prefixo dos aviões do Voo 19.

O avião do instrutor do Voo 19 era FT-28. Mas se esta chamada fosse mesmo do "Esquadrão Perdido", a hora em que ela foi captada indicava uma transmissão duas horas depois dos aviões presumidamente já estarem sem combustível.

As buscas aéreas imediatas iniciadas no dia do desaparecimento, foram suspensas quando escureceu, mas barcos do Serviço da Guarda Costeira continuaram a procurar sobreviventes a noite inteira.


Novas Buscas.

No dia seguinte, quinta-feira, um imensa esforço de buscas começou às primeiras horas do dia, embora tenha-se provocado uma das mais intensas operações de resgate de toda a história, que envolveu 248 aviões, além de mais 67 do porta-aviões Solomons, quatro destróiers, vários submarinos, 18 barcos da Guarda Costeira, centenas de aviões particulares, iates e barcos menores, e os restantes PBM da Base Aeronaval do Rio Banana. E apesar também da ajuda da Força Aérea e da Marinha Britânica sediada nas Bahamas, nenhum vestígio foi encontrado de nenhuma das aeronaves desaparecidas.

Navios mercantes também participaram das buscas, além de numerosas embarcações de pesquisa. As buscas cobriram mais de 200 000 milhas quadradas (520 000 quilômetros quadrados) do Oceano Atlântico e do Golfo do México.

Muitos oficiais da Marinha participaram das operações. Frank Dailey, um capitão da reserva, voou em um hidroavião PBY-5 por três dias, seis horas por dia, varrendo toda a costa da Flórida à procura de destroços, mas nunca encontrou nenhum vestígio. O tenente Dave White, instrutor de voo sênior na Base de Fort Lauderdale, também voou por três dias, junto com seu instrutor assistente e vinte de seus alunos, por toda a costa da Flórida em baixas altitudes, mas não encontraram nenhum vestígio dos aviadores ou dos destroços.

Apesar de todos os esforços realizados nas buscas pelos Avengers do Vôo 19 e do Martim Mariner que partiu em missão de resgate, nenhum vestígio foi encontrado em toda a área vasculhada. Nenhum destroço, nenhum vestígio de óleo ou combustível no mar, nenhum corpo, assentos, asas.....nada nunca foi encontrado.

Em 2001 uma equipe de buscas por acaso encontrou alguns aviões Avenger naufragados no Oceano Atlântico, próximos à áres de Voo do Esquadrão 19.

A princípio foi concluído que os aviões eram os desaparecidos do Voo 19. No entanto, após se verificar o número de série das aeronaves, foi concluído que se tratavam de outras aeronaves, mantendo então o mistério sobre o desaparecimento daquele esquadrão e do avião de resgate que os seguira.

Muitas hipóteses foram elaboradas para explicar o desparecimento do Voo 19, como "Sequestro" por OVNI's e até passagem para outra dimensão.

Teorias.

De acordo com o geólogo da USP Carlos José Archanjo, com a existência de gás metano no fundo do oceano, o gás provocaria explosões ao atingir a atmosfera da terra. Por ser uma forma bruta do gás de cozinha, o metano pode entrar em combustão com a faísca do motor de um avião, além de diminuir a densidade da água ao redor de um barco, fazendo-o afundar.

Conforme os pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, existe um padrão anormal nas nuvens que se formam e sobrevoam a região. O formato dessas nuvens é geometricamente hexagonal, e os cientistas compararam a sua atuação com a de uma "bomba aérea".

A investigação da Marinha Americana não endossa que o famigerado Triângulo das Bermudas Engoliu as Aeronaves. Apenas não conseguiu identificar as reais causas do mesmo, apesar de acreditarem que os destroços estejam selados no oceano. Que até hoje não foram encontradas nem mesmo seus tripulantes

Algumas tentativas de explicar o mistério foram levantadas. O avanço da investigação ficou limitado em alguns aspectos, principalmente em descobrir a real causa do desaparecimento. Uma das Razões e que não encontraram os destroços das Aeronaves, e a pericia nestas peças seriam fundamental importância para entender com o ocorreu tais eventos

Algumas pessoas ajudaram a propagar o mistério, afinal um desaparecimento misterioso e necessário uma narrativa enigmática. O escritor Charles Berlitz foi um deles que aumentou o ponto neste conto. Segundo o Piloto americano Larry Kusche, que investigou e escreveu dois livros sobre o tema, Berlitz e outros cronistas fanficaram alguns fatos do episódio. Ainda de acordo do Kusche, esses Cronistas Criaram fatos dentro do Episódio do Voo 19 que não ocorreram.

Exemplo as comunicações postadas acima que sempre acompanham qualquer matéria sobre o Voo. Kusche diz que Berlit inventou algumas comunicações que não constavam nos registros da marinha. Afirma que Berlitz interpretou erroneamente alguns registros da Marinha, além do mínimo ter roteirizado outros, tais como cenários fictícios no momento do desaparecimento das Aeronaves, de reais climas calmos para estranhas tempestades

Larry Kusche foi contrários as alegações de Berlitz. Ele fez uma crítica literária do seu livro. Kusche investigou o tema, procurando soluções simples, com explicações racionais, desvinculadas dos Aliens e buracos negros oceânicos. Kusche Acusa esses fantasistas de criarem uma aura mágica ao redor deste episódio.

Fontes.                                                                                                                                            160 de 186

https://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_19

http://www.alemdaimaginacao.com/Noticias/O_Misterioso_Desaparecimento_do_Voo_19.html

http://oaprendizverde.com.br/2010/01/22/o-misterio-do-voo-19/

http://www.alexandre-borges.com/piloto-desmistifica-o-misterio-do-voo-19-no-triangulo-das-bermudas/

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