sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Eram Os Deuses Astronautas?!

SERÁ ADMISSíVEL que nós, habitantes deste mundo do século XX, não somos os únicos entes vivos, de espécie semelhantes, em todo o Universo? "A Terra é o único corpo celeste que abriga seres semelhantes a nós" - eis a resposta que parece correta e convincente, uma vez que nos museus ainda não há qualquer homúnculo extra terreno, exposto a nossa visitação. Entretanto, uma floresta de pontos de interrogação se agiganta cada vez mais, à medida que estudamos, com maior profundidade, os resultados das mais recentes pesquisas.  
Erich von Däniken. Eram os Deuses Astronautas?: Capítulo 1  Há outros seres inteligentes no Cosmo? 
A Teoria dos Astronautas antigos é uma hipótese pseudocientífica usada para descrever a crença de que seres ou criaturas extraterrestres visitaram a Terra milênios atrás, e que as civilizações do passado de alguma forma teriam interagido com o tal contato. A teoria afirma que, para essas civilizações, esses seres que desciam dos céus está relacionado com a origem ou desenvolvimento do Homem e da cultura humana.
Supostos astronautas antigos Val Camonica, Itália, c. 10 000 a.C.
Créditos: Wikipédia. 

Esta teoria foi popularizada por autores como Erich von Däniken e Zecharia Sitchin. Muitas das provas apresentadas pelos defensores desta teoria são artefatos arqueológicos, monumentos da antiguidade, pictogramas pré-históricos, mitos e histórias que são interpretados de acordo com a mesma. A teoria é frequentemente embasada na falta de explicações definitivas pelos cientistas para certos artefatos antigos.

Essa Teoria pode ser considerada uma variação da Teoria do Paleocontato.Hipótese em que extraterrestres inteligentes visitaram a Terra. Carl Sagan, I. S. Shklovskii e Hermann Oberth foram alguns cientistas de renome que consideraram plausível esta possibilidade.
(Apesar de Carl Sagan ter estudado esta hipótese em 1966, no livro Intelligent LIfe in the Universe, manteve-a como possibilidade teórica apenas. Na obra Broca's Brain (1979) mostrou-se céptico perante as tentativas de comprovação da teoria, defendendo que todos os casos que a sustentavam podiam ser explicados por outras formas. Concluiu que a presente teoria carecia de real fundamentação científica, considerando-a improvável.)
Detalhes.

Os defensores da teoria dos astronautas antigos afirmam que os humanos são descendentes ou que são criações de seres que visitaram a Terra milênios atrás. Uma teoria relacionada defende que esses seres nos deram muito do conhecimento, da cultura e da religião. A religião especialmente foi um grande modelo para o desenvolvimento da humanidade, pois esses seres, apesar de tudo, ensinaram o Homem a amar o próximo, a sua família, e o seu lar. Os astronautas antigos teriam atuado como uma "cultura-mãe". O conceito do paleocontato aparece em diversas histórias e filmes de ficção científica, a destacar 2001: Uma Odisséia no Espaço.

Defensores.

As teorias sobre os Astronautas antigos têm tido contribuições de autores como:
  • Erich von Däniken (1968 (Principal Defensor);
  • Zecharia Sitchin (1978);
  • Charles Fort (1919);
  • George Hunt Williamson (1957);
  • Giorgio A. Tsoukalos (Lucerna, 14 de março de 1978);
  • Peter Kolosimo (em seu livro de 1957, Il pianeta sconosciuto)
  • Henri Lhote (1958);
  • Matest M. Agrest (1959);
  • Aleksandr Kazantsev (1962);
  • W. Raymond Drake (1964);
  • I.S. Shklovskii e Carl Sagan (em seu livro Intelligent LIfe in the Universe, de 1968);
  • Robert Charroux (1969);
  • Dr. S. Lunskaya (1970);
  • Robert K. G. Temple (1976);
  • Richard C. Hoagland;
  • Burak Eldem;
  • Alan F. Alford;
  • Jacques de Molay;
  • Rick Eicke;
  • Graham Hancock;
  • Juan Jose Benitez;
  • David Hatcher Childress;
  • Robert Bauval;
  • William Bramley;
  • Samael Aun Weor;
  • Raphael Rossi.
  • Erich von Däniken.
Erich von Däniken foi um defensor destacado desta teoria no final dos anos 1960 e início dos 1970, obtendo um grande público a partir da publicação em 1968 de seu livro campeão de vendas "Eram os Deuses Astronautas?" e suas continuações. As provas apoiando a visão de paleocontato de Von Däniken seguem-se:

  1. Determinados artefatos e construções monumentais, de propósito e origem desconhecidos, aparentam terem exigido uma capacidade tecnológica mais sofisticada durante sua manufatura do que aquela atribuída pelos historiadores às respectivas culturas antigas. Estes objetos e estruturas são avaliados como sendo superiores aos conhecimentos tecnológicos daquelas culturas creditadas com sua manufatura (ao menos aos olhos do autor e seus defensores). Von Däniken sustenta que esses artefatos foram manufaturados ou diretamente por extraterrestres ou por humanos que aprenderam o conhecimento necessário dos ditos visitantes extraterrestres. Tais artefatos e monumentos incluem Stonehenge, os moai da Ilha de Páscoa, a Máquina de Anticítera e as antigas baterias elétricas de Bagdad. (Os chamados Oopart)
  2. Na arte e iconografia antigas pelo mundo afora, certos temas similares podem ser interpretados como ilustrações de veículos aéreos e espaciais, criaturas inteligentes não-humanas, astronautas antigos e artefatos de uma tecnologia anacronicamente avançada. Von Däniken também identifica certos detalhes que parecem ser similares pela arte de culturas históricas geograficamente diversas, que ele alega demonstrarem uma origem comum.
  3. As origens de muitas religiões podem ser interpretadas como reações a encontros de humanos primitivos com alguma raça extraterrestre. De acordo com sua perspectiva, os humanos teriam considerado a tecnologia dos extraterrestres como sendo sobrenatural e os próprios como sendo deuses. Von Däniken observa que as tradições orais e escritas da maioria das religiões contêm referências a visitantes extraterrestres através da descrição de estrelas e objetos veiculares viajando por ar e espaço. O autor defende que estas devem ser vistas como descrições literais de testemunhas oculares que se alteraram com a passagem do tempo até se tornarem mais obscuras, ao invés de ficção mítica ou simbólica. Um exemplo é a revelação de Ezequiel no Antigo Testamento, que Däniken interpreta como sendo a descrição detalhada de uma espaçonave pousando.
A partir da publicação dos livros de Von Däniken, não foram encontradas maiores provas para confirmar suas alegações, enquanto muitos alegaram que as provas haviam sido desmascaradas. A maioria dos historiadores considera suas alegações - bem como as de outros adeptos dos astronautas antigos - como pseudociência ou pseudo-arqueologia.
    Rama sendo recebido de volta para Ayodhya em seu "carro voador"; alguns teóricos dos astronautas antigos alegam esses relatos antigos como prova de veículos voadores na antiguidade. Créditos: Wikipédia
  • Zecharia Sitchin.
O trabalho contínuo de Zecharia Sitchin, The Earth Chronicles, começando com a primeira edição, The 12th Planet, desenvolve uma interpretação dos antigos textos de tábuas sumérias em Escrita cuneiforme. Afirmando que os deuses eram de fato astronautas do planeta Nibiru, que os sumérios acreditavam ser um distante "décimo-segundo" planeta (incluindo e denominando o Sol, a Lua, todos os outros sete planetas e Plutão como "planetas") associado com o deus Marduk. Segundo Sitchin, Nibiru continua a orbitar o Sol numa órbita alongada de 3600 anos.

Ainda segundo Sitchin, os Sumérios relatam como 50 "Anunnaki", ou habitantes de Nibiru, chegaram à Terra há aproximadamente 400.000 anos com a intenção de extrair matérias-primas para transportá-las a seu próprio mundo. Devido a seu reduzido número, eles logo se cansaram da tarefa e começaram a alterar geneticamente trabalhadores para operarem nas minas. Após muita tentativa e erro, eventualmente criaram o homo sapiens sapiens, o "Adapa" (homem modelo) ou o Adão da mitologia posterior.

Defensores Recentes.
  • Graham Hancock.

Graham Hancock foi influenciado pelas teorias de Erich von Däniken, embora as considere incompletas. Em seu livro, Fingerprints of the Gods, Hancock teoriza que uma "cultura-mãe", tendo obtido conhecimento e tecnologia de extraterrestres, plantou as sementes do saber e cultura em civilizações antigas como os egípcios. Esta teoria da "cultura-mãe" constantemente é relacionada de perto aos mitos do continente perdido de Atlântida.
  • Movimento Raeliano.
O Raelianismo é um movimento religioso criado por Claude Vorilhon (ou Rael), que afirma ter tido contatos com extraterrestres em diversas ocasiões, explica a criação dos humanos como tendo sido feita por uma raça de outro planeta chamada Elohim, usando o DNA deles. O Movimento Raeliano também questiona a Teoria da evolução e defende a clonagem humana, tendo divulgado em Dezembro de 2002, o nascimento de uma criança, Eva, supostamente o primeiro clone humano, mas não foram apresentadas provas à comunidade científica.

Provas.

Muitos autores aproveitam as antigas mitologias para defenderem seus pontos-de-vista, baseando as suas teorias no princípio básico de que quase todos os antigos mitos da criação descrevem um deus ou deuses que teriam descido dos "céus" à Terra para criar o Homem. Esses mitos detalham aventuras extraordinárias desses deuses que seriam na verdade tecnologias modernas, vistos a partir da perspectiva dos terrenos de mentes primitivas.

Por exemplo, máquinas voadoras constantemente aparecem em textos antigos. Um exemplo clássico são os vimanas, máquinas voadoras encontradas na literatura da Índia em que as histórias vão desde fantásticas batalhas aéreas empregando armamento diverso, inclusive bombas, a leigos descrevendo simples informações técnicas, procedimentos de voo e vôos da imaginação.

Um antigo selo cilíndrico mesopotâmio. Créditos: Wikipédia.
No Antigo Testamento bíblico, Deus é descrito como tendo vários atributos que poderiam ser interpretados como sendo foguetes avançados ou outros veículos aéreos. Ele é descrito como tendo um "corpo" superior de metal (que também pode ser interpretado como um tipo de coroa), aparecendo numa coluna de fumaça e/ou fogo e soando como uma trompa. Estas descrições retratam o Deus dos antigos hebreus como não apenas tendo as características de uma máquina voadora, mas também bastante claramente descrevendo Deus como uma presença física, não uma abstração. Este Deus acompanha os hebreus e faz chover relâmpagos e pedras sobre seus inimigos a partir de sua posição no céu. Contudo, poeticamente, as descrições de Deus também apresentaram-no como tendo asas protetoras e braços alongados nos Salmos, características contrárias às teorias de quaisquer manifestações mecânicas da parte de Deus. Além disso, as características da Arca da Aliança e o Urim e Thummim tem sido identificados como sendo de tecnologia avançada, talvez de origem extraterrestre.

Outros exemplos incluem as descrições bastante detalhadas no Livro de Ezequiel bíblico, o Livro apócrifo de Enoque, e incontáveis relatos antigos que vão da China ao Peru.

As provas materiais incluem a descoberta de antigos "aeromodelos" no Egito e América do Sul, que apresentam uma certa semelhança com aviões e planadores modernos. Provavelmente, os itens de provas circunstanciais mais famosos são as linhas de Nazca do Peru; mais de 300 enormes desenhos no solo que só podem ser vistos de grandes alturas. Mais embasamento a esta teoria vem do que se supõe serem discos voadores na arte medieval e renascentista. Objetos nas pinturas que não podem ser explicados com relevância à obra em questão são constantemente interpretados como discos voadores. Isto auxilia na defesa da teoria dos astronautas antigos ao demonstrar que os criadores do homem podem retornar para acompanhar sua criação através do tempo. Outro embasamento artístico à teoria dos astronautas antigos são as pinturas de cavernas paleolíticas. Vondjina na Austrália e Val Camonica na Itália demonstram uma semelhança com os astronautas atuais. Os defensores da teorias dos astronautas antigos afirmam que algumas semelhanças coincidentes tais como cabeças em forma de globo, ou seres usando capacetes espaciais, provam que o homem primitivo foi visitado por uma raça extraterrestre.

O hieroglifo "helicóptero", em Abydos, Egito pode ser interpretado como aeronaves. Créditos: Wikipédia.
Conceitos Anteriores.

Fontes mais antigas, embora geralmente não mencionando astronautas antigos, sugerem que a criação de alguns monumentos estaria além das capacidades humanas, tais como a sugestão de Saxão Gramático, de que gigantes criaram os imensos dolmens da Dinamarca, ou nas histórias em que Merlim montou Stonehenge através de magia.

As provas dos astronautas antigos frequentemente consistem de afirmações de que antigos monumentos, tais como as maiores pirâmides do Egito, ou Macchu Picchu no Peru, ou outras antigas ruínas megalíticas, tais como Baalbek no Líbano, não poderiam ter sido construídas sem o emprego de capacidades técnicas além das disponíveis na época. Tais afirmações não são novidade na História. Raciocínio semelhante se encontra por trás do assombro das muralhas de construção ciclópica nas cidades micênicas aos olhos dos gregos na Idade das Trevas que seguiu-se a elas, que acreditavam que os gigantes ciclopes tinham construído as muralhas. Candidatos típicos para as civilizações perdidas que ensinaram ou proporcionaram essas capacidades são os continentes perdidos de Atlântida, Lemúria e Mu.

Outro tema frequente que pode ser encontrado em muitas mitologias é uma pessoa que vem de muito longe como um deus, ou como o arquétipo de um "herói civilizador" que traz conhecimento à humanidade. Prometeu é o exemplo ocidental mais famoso. Na tradição americana nativa há diversos exemplos, incluindo Quetzalcoatl dos astecas e maias, e, Viracocha dos incas.

Nos textos teosóficos do século XIX e início do século XX podem ser encontrados muitos precursores das teorias dos astronautas antigos. A teosofia influenciou autores como H. P. Lovecraft e Charles Fort, e mesmo autores posteriores como Erich von Däniken.

Reviravolta Na Teoria.

"O Astronauta" - um extenso geoglifo próximo às Linhas de
Nazca. Créditos: Wikipédia.
Na década de 1940, dois antropólogos franceses descobriram um achado surpreendente enquanto estudavam a tribo dogon da África Ocidental. Eles descobriram que os dogon tinham conhecimento de que uma pequena estrela orbita outra, a bem conhecida estrela Sirius. Essa estrela menor, impossível de ser observada a olho nu, era desconhecida dos astrônomos ocidentais até 1862. Os antropólogos afirmaram que o conhecimento dos dogons precede a descoberta da estrela menor pelos ocidentais por centenas de anos. Esta teoria sofreu um revés quando pesquisas posteriores, por outros antropólogos, revelaram que apenas os poucos anciões da tribo mencionados pelos dois antropólogos originais tinham conhecimento da estrela, o que levou outros pesquisadores a crer que a pesquisa feita pelos dois antropólogos franceses fora manipulada. Embora esta teoria tenha sido refutada, muitos leram The Sirius Mistery, de Robert K. G. Temple.

Alan F. Alford, autor de God of the New Millennium (1996), foi um dos adeptos da teoria dos astronautas antigos. Muito de sua obra baseia-se nas teorias de Zecharia Sitchin. Contudo, ele admite algumas falhas na teoria de Sitchin, após uma análise mais profunda. "Tenho agora a firme convicção de que esses deuses personificavam o céu caindo; em outras palavras, a descida dos deuses seria uma descrição poética do mito do cataclismo que faz parte do núcleo das religiões antigas do Oriente próximo."

Críticas.

Erich von Däniken afirma em Eram os Deuses Astronautas? que os mitos, a arte, a organização social, etc. das culturas antigas teriam sido introduzidos por astronautas de outro mundo. Questiona não só a capacidade de memória, mas também a própria aptidão dos povos antigos para a cultura e a civilização. Em tese, um ataque arrasador à memória e às habilidades dos povos antigos.

Os homens pré-históricos não teriam desenvolvido sua própria arte e tecnologia. Em lugar disso teriam sido treinados em artes e ciências por visitantes vindos do espaço.

Onde estão as provas das afirmações de Däniken? Algumas delas eram fraudulentas. Por exemplo, apresentou fotografias de peças de cerâmica que disse terem sido encontradas numa escavação arqueológica. A cerâmica ilustra discos voadores, e afirmou-se que teria sido datada de épocas Bíblicas. No entanto, investigadores de Nova (o bom programa científico da televisão pública) descobriram o oleiro que tinha feito os vasos supostamente antigos. Confrontaram von Däniken com os indícios da fraude. Sua resposta foi que essa falsificação se justificaria porque algumas pessoas só acreditariam se vissem provas ("O Caso dos Antigos Astronautas," transmitido pela primeira vez em 3 de agosto de 1978, feito em conjunto com Horizon da BBC e Peter Spry-Leverton)!

Porém, a maior parte das provas de von Däniken está na forma de argumentos enganadores e falaciosos. Seus dados consistem principalmente em sítios arqueológicos e mitos antigos. Ele começa assumindo como verdadeira a idéia dos antigos astronautas e então força todos os dados a se encaixarem nela. Por exemplo, em Nazca, no Peru, ele explica desenhos gigantescos de animais no deserto como um antigo aeroporto alienígena. O fato de que as linhas do desenho, por sua estreiteza, seriam inúteis como pista para qualquer avião é convenientemente ignorado por von Däniken. A probabilidade de que esses desenhos tivessem relação com ciência ou com a mitologia dos nativos não é considerada. Ele também recorre freqüentemente a um raciocínio de falso dilema do seguinte tipo: "Ou esses dados são explicados assumindo-se que aqueles primitivos idiotas fizeram isso sozinhos, ou precisamos aceitar a idéia mais plausível de que eles tiveram ajuda de povos extremamente avançados que devem ter vindo de outros planetas onde essas tecnologias, como a dos dispositivos anti-gravidade, tinham sido inventadas." A devoção dele a essa teoria não diminuiu, a despeito de provas em contrário, como fica evidenciado por mais outro livro sobre o assunto, Arrival of the Gods: Revealing the Alien Landing Sites at Nazca [A Chegada dos Deuses: Revelando os Locais de Pouso Alienígenas em Nazca] (1998).

Surgiram muitos críticos das idéias de von Däniken mas Ronald Story se destaca como o mais completo. A maioria dos críticos da teoria de von Däniken argumentam que os povos primitivos não eram selvagens impotentes, incompetentes e desmemoriados como ele descreve (devem ter sido pelo menos inteligentes o bastante para compreender a linguagem e os ensinamentos de seus instrutores celestiais -- nenhum café pequeno!)

Algumas teorias explicam como os Egípcios realizaram suas façanhas físicas e tecnológicas mais espantosas. A explicação mais provável que elas venham da investigação científica, não da especulação pseudocientífica. Por exemplo, a observação dos povos contemporâneos da idade da pedra em Papua-Nova Guiné, onde ainda são encontradas grandes pedras sobre tumbas, nos ensinou como os antigos poderiam ter realizado a mesma coisa com pouco mais que cordas de material orgânico, alavancas e pás de madeira, um pouco de engenhosidade e uma boa dose de força humana.

Não temos nenhuma razão para crer que a memória de nossos antigos ancestrais fosse tão pior que a nossa, a ponto de que não pudessem se lembrar dessas visitas alienígenas bem o bastante para preservar um relato preciso delas. Há poucos indícios para dar respaldo à ideia de que mitos antigos e histórias religiosas sejam a recordação distorcida e imperfeita de antigos astronautas, registrada por antigos sacerdotes. Os indícios do contrário --de que povos pré-históricos ou 'primitivos' eram (e são) bastante inteligentes e ricos em recursos-- são contundentes.

Naturalmente, é possível que visitantes do espaço tenham mesmo pousado na Terra há alguns milhares de anos e se comunicado com nossos ancestrais. Mas parece mais provável que esses povos pré-históricos tenham sido eles mesmos responsáveis por sua própria arte, tecnologia e cultura. Por que maquinar uma explicação como essa de von Däniken? Pode ser que fazer isso acrescente mistério e romantismo à teoria de alguém, mas também a torna menos razoável, especialmente quando essa teoria parece incoerente com o que já sabemos sobre o mundo. Aplicando a Navalha de Occam sob a  hipótese do antigo astronauta tal hipótese é desnecessária e logo rejeitada.

Astronautas Antigos Na Ficção.

A teoria dos astronautas antigos tem sido mencionada na ficção científica e na literatura de terror. As primeiras aparições no gênero incluem:
  • The Call of Cthulhu (1926) e At the Mountains of Madness (1931), de H. P. Lovecraft.
  • A série de TV Quatermass and the Pit (1958), de Nigel Kneale, aproveitou uma variação do conceito.
  • A série literária alemã Perry Rhodan (1961- atualmente).[19]
  • Arthur C. Clarke escreveu várias histórias com o tema, mais notadamente em 2001: Uma Odisséia no Espaço.
  • The Day the Gods Died, de Walter Ernsting.
  • Douglas Adams usou uma versão satírica da teoria em sua série O Guia do Mochileiro da Galáxia
  • A saga Pyramids of Mars da série de tv Doctor Who apresentou os deuses egípcios como alienígenas, e várias outras sagas de Doctor Who usaram conceitos semelhantes.
  • Em Known Space, de Larry Niven, a humanidade descende de alienígenas conhecidos como Pak.
  • Nas séries mais recentes de Jornada nas Estrelas, os Progenitors semearam a galáxia com vida humanóide.
  • Até o álbum Voo 714 para Sidney de As Aventuras de Tintin faz referência à teoria dos astronautas antigos.
  • A série de TV Arquivo X fez uso da teoria.
  • A série de TV Galactica, a original de 1978 e a refilmagem de 2003, explorararm o conceito de que a Terra teria sido colonizada a partir do espaço milênios atrás.
  • O filme Stargate e suas séries de TV derivadas, Stargate SG-1 e Stargate Atlantis, apresentam alienígenas passando-se por deuses para influenciar as culturas terrestres primitivas, e mais tarde, na série SG-1, descobre-se que alienígenas viajaram para a Terra há milhões de anos para influenciar na evolução humana.
  • O DVD Stargate: Ultimate Edition: Director's Cut inclui uma entrevista extra com Erich von Däniken intitulada "Is There a Stargate?" ('Stargate existe?').
  • A série de videogames Halo faz diversas alusões à civilização Forerunner, responsável pela construção dos antigos e inacreditáveis anéis avançados que dão nome ao jogo.
  • A edição de março de 1961 da revista Analog Science Fiction and Science Fact contém um trabalho de Arthur W. Orton intitulado "The Four-Faced Visitors of Ezekiel". Embora descrito no índice da revista como um conto, na verdade assemelha-se a um ensaio pseudo-factual apresentando uma análise verso por verso da visão de Ezequiel e interpretando-a como um contato com astronautas antigos. Nesse aspecto, o ensaio reflete o livro The Spaceships of Ezekiel (1974), de J. F. Blumrich, embora precedendo-o por mais de uma década.
  • No jogo Mass Effect, onde é abordado em outros aspectos.
  • No filme Prometheus os seres humanos são descendentes de uma raça alienígena que posteriormente procurou destruir a humanidade.
  • A série de vídeo-games Assassin's Creed apresenta (principalmente em seus últimos títulos) um enredo baseado nesta teoria.
Fontes                                                                                                                                             027 de 186

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_astronautas_antigos

https://www.infoescola.com/curiosidades/teoria-dos-astronautas-antigos/

https://seuhistory.com/noticias/bases-da-teoria-dos-astronautas-antigos

http://brazil.skepdic.com/antastro.html

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/05/140502_piramides_areia_lk

https://www.vix.com/pt/ciencia/550574/misterio-da-construcao-das-piramides-chegou-ao-fim-documento-descoberto-da-detalhes

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