quinta-feira, 16 de junho de 2022

Indiana Bilu, e os Caçadores do Último Templo do Reino de Ratanabá.

                "Alegações Extraordinárias Requerem Evidências Extraordinárias".

                                                                                                               Carl Sagan

Geralmente eu retorno a este Blog para contar Estórias malucas, se bem que estórias malucas são mais divertidas que as Histórias do dia a dia. Pois bem, vambora adentra este Post pois a estória aqui descrita e tão surreal, mas tão surreal, que me faz pensar, por que não pensei nisto antes quando escrevia ficções? 

Espera! eu pensei nisto antes; contudo não criei uma cidade fantástica do nada, apenas perpetuei os mitos já existentes. Apenas amalgamei as diversas teorias e criei uma ficção, que na própria ficção faz sentido.

Vamos lá, uma Mega Cidade Perdida (e enterrada) na Amazônia, que sua data de nascimento e identificada do Período Ordoviciano, Alienígenas vindos do espaço, os mais diversos Eldorados e Civilizações antes de existir de fato as Civilizações. 

E está sendo relatada como VERDADE!

Sim, o Trem tá doido, os bagulho tá esquisito pra caralho!

Uma Cidade Perdida No Inferno Verde.


Amazônia é um dos locais mais selvagens da Terra, e desde sempre foi sempre cercada de muitas lendas, tanto no passado como no presente. Tais lendas sobre civilizações avançadas perdidas no Inferno Verde são divulgados desde o descobrimento de toda a América, El Dorado e a mais famosa delas. O El Dorado é uma antiga lenda indígena da época da colonização da América e atraiu muitos aventureiros europeus. Diz a Lenda de uma cidade feita de ouro puro e maciço, apesar de ter muitos outros tesouros na cidade. 

Existe também a famosa Cidade Perdida de Z uma cidade indígena que o Coronel Percy Harrison Fawcett (Que inspirou o famoso Arqueólogo Indiana Jones), um pesquisador Britânico, acreditava existir na selva do estado do Mato Grosso no Brasil. Baseada nas primeiras histórias da América do Sul e em suas próprias explorações da região do Rio Amazonas, Fawcett teorizou que uma civilização complexa tenha existido lá um dia, e que ruínas isoladas podem ter sobrevivido. 

Temos Paititi, uma lendária cidade perdida localizada no leste do Andes, escondida em algum lugar remoto das florestas tropicais do sudeste do Peru, norte da Bolívia e sudoeste Brasil. No Peru a lenda de Paititi gira em torno da história do herói cultural Inkarrí que, depois de fundar Q'ero e Cuzco, recuou para a selva de Pantiacolla, para viver o resto de seus dias na sua cidade de refúgio de Paititi. Outras variantes da lenda dizem que Paititi era um refúgio inca na zona fronteiriça entre a Bolívia e o Brasil. 

Também temos Akakor, um reino subterrâneo descrito no livro As Crônicas de Akakor (Die Chronik von Akakor, 1976) do jornalista alemão Karl Brugger, que foi um best-seller dos anos 80, prefaciado por Erich von Däniken. Brugger localizou Akakor entre o Brasil e o Peru, dentro da floresta amazônica, perto da nascente do Purus - um dos locais onde tradicionalmente foi localizado a lendária cidade de Paititi. 

Basicamente a Lenda em torno desta cidades avançadas e sempre em busca por uma Riqueza sem fim, Poder Divino, Controle da Humanidade entre outros.

É agora, outra Cidade Mítica retorna, em pleno 2022 o mito de cidades míticas e avançadas e ressuscitada por um grupo de Brasileiros, só que de uma maneira tão absurda que até o Rei do Mundo deve está imaginado que insânia é essa!

Nos últimos dias você deve ter ouvido falar de um tal de Ratanabá, primeiramente achei que era algum prato, mas não é. Poderia ser mais uma cidade perdida qualquer mencionada em tradições indígenas, contudo tal Cidade Perdida na Amazônia, que teria existido ali a cerca de 450 milhões de anos atrás e teria sido fundada pelos Muril, o primeiro povo a habitar a Terra, a cerca de 600 milhões de anos atrás. Esses povos seriam responsáveis por construírem o caminho de Peabiru que ligaria a cidade perdida. Ela estaria escondida atualmente entre três pirâmides na região entre o Amazonas, Pará e Mato Grosso.

De acordo com as postagens, que viralizaram no TikTok, no Twitter e no Instagram, a cidade de Ratanabá seria "maior que a Grande São Paulo", era "a capital do mundo" e "esconde muita riqueza, como esculturas de ouro e tecnologias avançadas de nossos ancestrais", e também está relacionada às origens da humanidade.

De acordo com a teoria, existe uma rota de túneis subterrâneos que se estenderiam por toda a América do Sul e se ligariam à cidade futurista.

Reforçando que essa "Capital do Mundo" teria existido há 450 milhões de anos e hoje estaria enterrada no Estado do Mato Grosso, na Amazônia brasileira. A teoria especifica que uma das entradas destes túneis estaria escondida dentro do Forte Príncipe da Beira, localizado no município de Costa Marques, em Rondônia.

Estrutura geométrica encontrada na floresta onde se localiza Ratanabá. Créditos: Google Earth

Os túneis que interligam pontos da América do Sul, supostamente não estariam apenas ligando partes da região, mas sim do mundo inteiro, onde grandes líderes realizam encontros para discutir sobre o destino da riqueza que a Amazônia estaria também supostamente escondendo. Algumas teorias da conspiração foram além e disseram que a descoberta ajudaria a explicar "o verdadeiro interesse de dezenas de homens poderosos na Amazônia" e até o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira. 

Agora vamos falar sério!

Uma Fanfic Bem Estruturada #SQN.

Ratanabá, ao meu entendimento e uma curiosa Amálgama de diversas lendas já existentes. Seria crível se ela não exagerasse tanto nas datas, datas estas quem fazem até os mais crentes se perguntarem que doideira e essa.

Sim, Ratanabá é uma fanfic. E como toda fanfic ela tem caráter fantástico, mágico uma ficção que se sustenta por lendas já estabelecidas:

  1. Uma cidade cheia de Tesouros que fariam quem a encontrassem herda uma fortuna semelhante ao do tio Patinhas (El Dorado e Paititi); 
  2. Objetos de uma tecnologia avançada, bem avançada mesmo, tão avançada que comparada a nossa é obsoleta (Akakor); 
  3. Sua destruição ocasionada por um dilúvio (Atlântida); 
  4. E seres superiores (os Muril) que habitaram Ratanabá no passado um povo, que para quem propagou a Teoria seriam vindos das estrelas (Os Annunakis).

Ponha um pouco dos Ensinamentos de Madame Blavatsky nesta Estória, afinal o que seria de uma cidade fantástica sem os dogmas místicos da Senhora Blavatsky. Seriam os Murils  1° Raça-Raiz descrita por Blavatsky? Sobrevive no Final do Ordoviciano, os Murils tinham que serem Protoplasmáticos.

Vamos as partes mas dissonantes desta Estória.

O primeiro, a presença humana na Terra tem cerca de 300 mil anos, há 66 milhões de anos quem habitava a Terra eram os dinossauros. Há 450 milhões de anos atrás, aconteceu na Terra a primeira grande extinção em massa do planeta, conhecida como Extinção do Final do Ordoviciano, quando 85% das espécies marinhas foram extintas.

A Terra foi castigada por enormes erupções vulcânicas e um aquecimento global gigantesco de modo que dificilmente se o ser humano existisse nessa época ele iria sobreviver, quanto mais construir uma cidade e ainda mais na Amazônia que era algo que nem existia na época, a Terra era muito diferente do que é hoje. E não teria como ter imagens como foram mostradas indicando o que seriam avenidas da antiga cidade de Ratanabá na Amazônia.

"Para ter ideia, nem os dinossauros existiam há 350 milhões de anos. Nossos ancestrais mais antigos viveram há mais ou menos 6 milhões de anos. Mas a nossa espécie mesmo, o Homo sapiens sapiens, surgiu há 350 mil anos na África", estima Eduardo Goés Neves.

Ou seja: há um erro de cálculo de, pelo menos, 349.650.000 anos nessa Estória.

Pode ser argumentar que não seriam seres humanos iguais a nós (mas semelhantes) que construíram essa Megas-Cidades, e sim os Extra-Terrestres, que vieram em um Planeta Terra de 4 bilhões de anos e se estabeleceram. Aonde esta teoria se encaixa, isso mesmo, Os Deuses Astronautas. Uma teoria sem fundamentação cientifica. 

Para o arqueólogo, Eduardo Goés Neves, professor do Centro de Estudos Ameríndios da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos do Museu de Arqueologia e Etnologia da mesma instituição, tais relatos não fazem o menor sentido, segundo o mesmo tudo não passa de um delírio

Há mais de 30 anos, o especialista integra uma rede de pesquisadores que trabalham para revelar o passado da Amazônia e dos povos que viveram (e ainda vivem) por lá. Na avaliação dele, o surgimento de histórias como a de Ratanabá, que não têm fundamento algum nas publicações científicas recentes, presta um "desserviço à arqueologia".

"Há mais de 20 anos, os arqueólogos que atuam na região defendem que existiam cidades na Amazônia, mas isso era visto como coisa de maluco", conta.

"Com o passar do tempo, a perspectiva foi mudando e a comunidade acadêmica começou a aceitar que, sim, existem evidências de sítios de grande dimensão, estradas e aterros construídos há muito tempo", continua o especialista, que reforça que essas descobertas não têm nada a ver com civilizações antigas ou tesouros ocultos.

"Agora, todo o nosso esforço pode quase voltar à estaca zero com a história de Ratanabá e a propagação de informações das maneiras mais estapafúrdias possíveis", completa. 

Outras informações importantes para qual Ratanabá não faz o menor sentido

O primeiro detalhe que chama a atenção nas postagens sobre Ratanabá são as datas utilizadas. Pelo que se deu para perceber, não estamos falando de 3.500 anos ou 5.000 anos estamos falando de milhões. Em alguns textos, está escrito que a civilização teria existido ali há 350, 450 ou até 600 milhões de anos.

"Isso não faz o menor sentido do ponto de vista da história geológica e biológica do nosso planeta", responde Neves.

A segunda informação completamente errada sobre Ratanabá tem a ver com o suposto tamanho da cidade. Algumas postagens dizem que ela seria maior que a Grande São Paulo.

Mais uma vez, isso está em desacordo com as evidências científicas. "Ainda não temos uma estimativa exata de quantas pessoas viviam nessas cidades da Amazônia, mas certamente elas não tinham o tamanho de São Paulo de jeito nenhum", diz Neves.

"Para ter ideia, no século 16, as cidades mais populosas do mundo provavelmente eram Istambul, na Turquia, e Tenochtitlán, no México. E elas tinham 50 mil, no máximo 200 mil habitantes", calcula o professor da USP.

Atualmente, a Grande São Paulo abriga cerca de 22 milhões de habitantes.

Mapa da Grande São Paulo, segundo o que dizem Ratanabá seria maior que toda essa Região

Neves calcula que, antes da chegada dos europeus nas Américas, existiam cerca de 10 milhões de indígenas em toda a Amazônia. "E esse número caiu muito a partir do século 17 por conta das guerras e das epidemias", ensina.

O terceiro argumento que confere musculatura aos boatos sobre Ratanabá tem a ver com túneis encontrados na região amazônica ou com imagens aéreas, que mostram linhas retas e quadrados perfeitos, visíveis entre as copas das árvores.

Esses túneis, defendem as postagens nas mídias sociais, serviriam de passagem secreta e conectariam diversas partes da América do Sul.

As linhas retas, por sua vez, não existem na natureza e seriam fruto de trabalho humano, garantem os boatos.

Neves esclarece que realmente existem túneis na Amazônia. "As imagens divulgadas provavelmente vêm da região do Forte Príncipe da Beira, em Rondônia, que era um posto colonial português."

Forte Príncipe da Beira, em Rondônia, quase na divisa entre Brasil e Bolívia, que foi Construído no Século XVIII. Créditos: G1/Roberto Castro/Ministério do Turismo

"Essas construções estão relacionadas às disputas de fronteira entre Espanha e Portugal nas proximidades do rio Guaporé ao longo do século 18", complementa.

Mas e as linhas retas? Pelas poucas imagens disponíveis, Neves acredita que elas sejam de uma região próxima da fronteira entre os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas.

"Essas formações são conhecidas há muito tempo e realmente parecem linhas perpendiculares, o que é uma coisa incomum", avalia.

"As principais suspeitas são de que seja uma formação natural de calcário ou algum tipo de rocha que segue esse padrão", diz o arqueólogo.

"É improvável que aquilo seja de autoria humana. Mas, caso realmente tenha sido feito pelos povos locais, essas construções não devem ter mais do que 2,5 mil anos", completa.

Cidades Perdidas na Amazônia.

Diz a Lenda, que uma expressão bastante usada aqui no Brasil, chamada de Complexo de Vira-Lata, foi cunhada por Nelson Rodrigues, escritor e Dramaturgo de respeito, a qual se referia originalmente ao trauma sofrido pelos brasileiros em 1950, quando a Seleção Brasileira foi derrotada pela Seleção Uruguaia de Futebol na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã. O Brasil só teria se recuperado do choque (ao menos no campo futebolístico) em 1958, quando ganhou a Copa do Mundo pela primeira vez. O fenômeno também é referido como vira-latismo.

Para Rodrigues, o fenômeno não se limitava somente ao campo futebolístico:

“Por "complexo de vira-lata" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima." 

O que isso tem havê com este Post de uma Cidade Perdida? Tudo havê.

Por que temos uma fascinação histórica sobre as civilizações do Oriente Médio Europeias, Asiáticas e o Egito? Exatamente, o alto grau de desenvolvimento que essa civilizações conseguiram a milênios atrás. As Civilizações Pré-Colombianas, principalmente os Incas, Astecas e Mais, o que eles tem de diferente, para as Civilizações Pré-Cabralinas. 

Cadê as Piramides? Cadê as Cidades?

Exatamente, o Complexo de Vira-Latesco com nossa História criar situações assim, pelo simples fato de não termos encontrado monumentos em pedra nos inferioriza de tal forma que imaginamos que formações naturais seriam artificiais.

Um dos Grandes exemplos disto seria o Manuscrito 512, da qual detalha uma cidade no Interior da Bahia, outro grande exemplo, a Pedra da Gávea que seria a Tumba de um Rei Fenício.

Digamos que não aceitamos bem a história de termos choupanas simples e madeiras vermelhas. 

Ratanabá seria essa resposta para a falta de civilizações altamente avançadas no Brasil.

Contudo, sim existem vários indícios de que a Amazônia foi muito habitada no passado, mas não nesse passado.

O interessante que 1 semana antes da tal Ratanabá foi publicado na Nature, um belo trabalho científico, mostrando cidades perdidas na Amazônia Boliviana. Mas olha a diferença, foram usadas técnicas clássicas para esse estudo como o LIDAR uma ferramenta que consegue penetrar a mata fechada e revelar antigos sítios arqueológicos.

Através do LIDAR a vegetação é virtualmente excluída de modo que é possível analisar o que estava escondido embaixo da mata. A equipe desse trabalho encontrou 26 locais e urbanização, sendo 11 deles inéditos na Amazônia Boliviana. Seriam cidades que existiram por ali entre 500 e 1400 d.C. ou seja, um período muito mais plausível com a realidade.

Sim existem assentamentos humanos na Amazônia, agora se são feitas de Ouro  outra História

Os pesquisadores encontraram vestígios de pirâmides com mais de 20 metros de altura e outras características que indicam que viveram ali entre milhares e poucas milhões de pessoas. Vale lembrar que na Amazônia Brasileira também existem indícios de antigas cidades, e centros urbanos, principalmente no Alto Xingu, onde poderiam existir urbanizações com dezenas de milhares de pessoas.


"Sabemos que a Amazônia foi densamente ocupada no passado e que os povos que viveram lá deixaram marcas muito visíveis do modo de vida que tinham, com valas em formato geométrico e estradas lineares", resume Neves.

"E temos dados que nos mostram de forma muito segura uma relação direta entre os indivíduos que fizeram essas construções no passado e os povos indígenas de hoje."

"Não se trata, portanto, de uma civilização perdida, que desapareceu há milhões de anos", assegura o pesquisador.

De acordo com o Painel Científico para a Amazônia, publicação coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que tem um capítulo sobre os povos que viviam na região antes da chegada dos europeus, há evidências de que essa floresta tropical é ocupada por indígenas há 12 mil anos.

"Durante essa longa história, as sociedades indígenas desenvolveram tecnologias que eram altamente adaptadas às condições locais e otimizadas para a expansão do sistema de produção de alimentos", escreve o grupo de especialistas que assinam o documento, liderado por Neves.

"A arqueologia amazônica mostra quão profunda é a história indígena na região, caracterizada pela diversidade cultural e agro-biológica. Trata-se de um dos poucos centros independentes de domesticação de plantas no planeta e um dos primeiros centros produtores de cerâmica no Novo Mundo", segue o texto.

"Todas essas tecnologias podem inspirar novas formas de urbanismo, manejo dos dejetos e sistemas integrados do uso da terra", finalizam os autores.

Para Neves, esse conjunto de evidências permite enxergar a Amazônia como um "patrimônio biocultural", com uma interação entre a ação humana e a natureza ao longo de milênios.

"Portanto, para proteger a Amazônia, precisamos fortalecer as populações locais, como os indígenas, os ribeirinhos, os quilombolas e os caboclos, porque elas têm um papel muito importante na construção e na manutenção desse patrimônio biocultural", conclui o arqueólogo.

Busquem Conhecimento.

Ok, que foi que revelou tal cidade, sabemos que tudo e um retalhos de Mitos e Lendas. Mas quem a revelou uma semana após a publicação da Nature sobre as verdadeiras civilizações na Amazônia? Pois bem, quem revelou Ratanabá foi um instituto, chamado Dakila Pesquisas, que não tem qualquer vinculação com institutos de pesquisas de universidades ou órgãos oficiais e nem artigos em publicações científicas.

Desde o início do mês os ditos pesquisadores da Dakila têm divulgado o anúncio da chamada “cidade perdida” há 450 milhões de anos. Nenhum deles têm currículo Lattes ou dizem quais são suas formações que levariam à tamanha descoberta. Fazendo uma pesquisa na internet logo se descobre os ideais da Dakila : defender a terra plana ou melhor Convexa, que a Amazônia não queima, e atuar contra a vacina. Dizem-se cientistas, mas são contra a ciência.

O CEO ou líder do instituto é Urandir Fernandes de Oliveira. Assim, ele é definido no site do instituto: “'A história do mundo é apenas a biografia de grandes homens'. Seus feitos, suas conquistas e as marcas que eles deixam na humanidade constroem as pontes que a levam adiante. Esta é a história de Urandir."

Mas quem é Urandir Fernandes de Oliveira?

Urandir e uma figura bem conhecida, seja no meio cientifico, quanto no meio Ufológico, da qual nestes dois meios tão próximos e distaste ao mesmo tempo, e visto com desconfiança, seja pela anti-ciência da qual vem difundido nos últimos anos ou pelas fraudes ufológicas atribuídas a ele.

Um dos grandes feitos de Urandir foi em 2010, quando ele chegou a ser destaque no jornalismo “investigativo” da Record que exibiu no horário nobre da emissora uma reportagem onde afirmava realizar sessões de “conversa” com um extraterrestre chamado “ET Bilu”.

Oliveira chegou a ser homenageado pela Assembleia de Legislativa do Mato Grosso do Sul  e recebeu o título de cidadão campo-grandense na Câmara Municipal.

Sua tese de que a “Amazônia não queima” chegou a ser levada por Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Anual da Organização das Nações Unidas – ONU de 2020. Ele repete a teoria em relação ao Pantanal. Anti-Vacina e Terraplanista (ou Terra-convexista), entre as teses de Urandir Oliveira: a pandemia é uma arma biológica e 87% da população mundial tem uma limitação intelectual e por isso se vacina.

Tá o mesmo cara que está envolvido com um alien com nome de cachorro, ganhou tanta mídia? 

Ratanabá seria uma estória exclusiva dos nichos conspiracionistas que não seria vista pela grande mídia, contudo às conexões políticas que foram feitas com o atual governo, casou bem como Governo Brasileiro trata a Ciência, com desdém, dando mais atenção a pseudagens sem sentido. O caldo entorna quando pessoas ligadas ao atual governo esta de fato ligada as pesquisas de Urandir.

Na última terça-feira (14), o ator Mario Frias revelou em sua conta do Twitter que em 2020, enquanto ainda era secretário especial da Cultura, recebeu em seu gabinete Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Associação Dakila Pesquisas. Segundo Mario, durante o encontro o empresário apresentou “um documento que resume os estudos iniciados pela associação desde 1992, ano em que Ratanabá teria sido descoberta”.

Segundo os pesquisadores da Dakila, Ratanabá é o real interesse dos estrangeiros do Brasil, das Ongs internacionais e até de Elon Musk, que todos estariam atrás desse grande tesouro soterrado.

Uma última Curiosidade sobre este caso é o Nome Ratabaná. 

Segundo os Propagadores da Teoria, Ratanabá é uma palavra do idioma Irdin que significa “dos reinos para o mundo” 

Ratan = imperadores, império, império dominante. 
Kinaba = mundo, mundo sou “os que transitam entre os mundos”. 

A junção das duas palavras Ratanabá significa “do Império para o mundo” ou “dos reinos para o mundo” ou“capital do mundo”.

É o que é o Idioma Irdin? Na Filologia não se tem muita informação sobre esse idioma, mesmo alegando ser o mais antigo do Mundo. Contudo no esoterismo existe bastante informação sobre o Irdin, dizendo ser o Idioma dos Anjos, a Língua das Esferas, o idioma que comunica a todos os seres a partir da Quinta Dimensão de Consciência. 

Quando as evidências se baseia mas em mitos e lendas, sabemos bem o que isso quer dizer não é mesmo.

Cortina de Fumaça.

Agora por que Ratanabá voltou com força nesta semana? Provavelmente fora do Brasil quando se pesquisa sobre Amazônia levam a cidade.

Antes de Ratanabá surgir na Mídia, algo sobre a Amazônia eram discutidas, além dos Desmatamentos e Queimadas uma situação chamou a atenção, O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, funcionário licenciado da Funai, desapareceram no dia 5 de junho de 2022 enquanto percorriam uma região remota do estado do Amazonas, palco de conflitos entre indígenas e invasores de terras. 

Polícia Federal, Polícia Civil do Amazonas, Marinha e voluntários indígenas realizam buscas. Dom Philips e Pereira desapareceram quando percorriam de barco o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. Eles foram vistos pela última vez na manhã daquele domingo, quando deixaram a comunidade de São Rafael.

Enquanto o Mundo queriam respostas para aonde os dois homens estavam, é o que aconteceu com eles.
Isso pressionou o atual Governo, que tem uma política não tão favorável a preservação da Amazônia e olha com bons olhos a Bancada do Boi que deseja transformar a mesma floresta em um grande pasto. O Governo Bolsonaro ver com bom olhos o Garimpo, afinal eles podem explorar o verdadeiro El Dorado, que está escondido sob o manto verde da Floresta. podem não ser cidades que vertem ouro, contudo vertem minérios de Ferro, Alumínio, Cobre, Ouro, Manganês, Caulim, Estanho e, eventualmente, Gás.

Exploração predatória da Amazônia, algo que vai contra o que Dom e Bruno pensavam. O simples desdem que o governo deu ao desaparecimento a eles, e a impulsão de Ratanabá criou se a Cortina de fumaça perfeita, contudo menos eficiente.

Afinal no começo desta semana falaram tanto da cidade perdida, quanto dos aventureiros perdidos, que infelizmente foram assassinados, mortos numa disputa entre a preservação do bioma amazônico, e a destruição do mesmo.

Fontes. 

Ratanabá: arqueólogo explica por que lenda de 'cidade perdida na Amazônia' não faz sentido





Desaparecimento de jornalista e indigenista: o que se sabe

Mario Frias dá atenção para conspiração de “Ratanabá” e revela que recebeu o criador do “ET Bilu”

Ratanabá: Saiba se a cidade perdida na Amazônia brasileira é real 

https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/16795?locale=pt_BR

Os Ets de Urandir

As sete raças-raízes

Após morte de Bruno Pereira e Dom Phillips, ONU pede proteção a ativistas e reforço na Funai

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