quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Enciclopédia dos Mitos e Lendas do Brasil: A Cidade de Paititi.

As tradições orais Incas relatam um reino mágico escondido na selva amazônica, ao leste da área dos Andes em Cuzco, Peru. Este lugar é chamado de Paititi: A Cidade do Ouro Perdida. Paititi refere-se a lendária cidade perdida localizada no leste do Andes, escondida em algum lugar remoto das florestas tropicais do sudeste do Peru, norte da Bolívia e sudoeste Brasil.

No Peru a lenda de Paititi gira em torno da história do herói cultural Inkarrí que, depois de fundar Q'ero e Cuzco, recuou para a selva de Pantiacolla, para viver o resto de seus dias na sua cidade de refúgio de Paititi. Outras variantes da lenda dizem que Paititi era um refúgio inca na zona fronteiriça entre a Bolívia e o Brasil.

Ao longo dos anos, muitos exploradores, caçadores de tesouros e arqueólogos têm ido em busca da lendária cidade de ouro, mas encontrar este lugar misterioso está longe de ser algo fácil, pois a selva amazônica pode ser um lugar perigoso e inóspito. Tráfico de cocaína, extração ilegal de madeira e mineração também são abundantes nesta parte do Peru, e muitos exploradores que se aventuram por estas bandas, acabam sumindo no local e nunca mais ouvimos falar deles. Esta é a razão pela qual muitas pessoas morrem a procura de saber mais sobre Paititi.

Mapa de Paitit. Créditos Acredite ou não.
O Mito de Paititi.

Segundo algumas lenda locais, Paititi (ou talvez El dorado), teria como capital uma cidade chamada Manoa. Uma história passada pelos índios aos conquistadores espanhóis, dizia que Paititi seria um reino encantado, perdido em meio às selvas, outrora habitado por uma estranha raça de seres, adoradores do Sol, cujo nome seria Ewaipanomas - desprovidos de pescoço e cujos rostos ficariam situados à altura dos seus peitos. E os seus templos e imponentes palácios seriam ornados do mais puro ouro. Dizem as lendas que o chefe supremo dessa civilização seria um homem conhecido como "Príncipe Dourado", ou "Eldorado", dotado de aparência resplandecente, cujas vestes e até mesmo o próprio corpo seriam recobertos de ouro, ornados ainda pelas mais belas e valiosas jóias - segundo descrito pelo historiador Fernandes de Oviedo, em 1535.

Mario Polia. Créditos: Acredite ou não.
Em 2001, o arqueólogo italiano Mario Polia descobre o relatório do padre Andrea Lopez nos arquivos dos jesuítas em Roma. Este relatório falava acerca da misteriosa cidade de Paititi, ou talvez Eldorado - um reino perdido situado nos lados inexplorados das florestas peruanas, na região abrangida pelas densas e hostis Selvas Amazônicas. Segundo esse relatório, os missionários Jesuítas daqueles tempos, liderados pelo Padre Andrea Lopez, teriam encontrado Paititi, ou Eldorado (segundo descreveram uma cidade adornado pelo ouro, prata e pedras preciosas) e pediram, então, a devida permissão ao Papa para evangelizar os seus habitantes, o que foi de pronto negado e abafado pela Igreja Católica, escondendo ainda a sua localização, de modo a "evitar uma corrida do ouro ao local e, ainda, a eventual ocorrência de uma histeria em massa".

A partir do ano de 2001, uma equipe finlandesa/boliviana investigou a perigosa selva por dois anos. Eles encontraram algumas ruínas intrigantes perto de Riberalta, na Bolívia, que continham fragmentos de cerâmica Inca, mas nenhum ouro, prata ou qualquer outro tesouro foi encontrado pelos estes exploradores.

Em 2008, uma agência de notícias estatal do Peru informou que “uma fortaleza arqueológica” havia sido descoberta no distrito de Kimbiri e que o prefeito do distrito estava sugerindo que a tal fortaleza era a cidade perdida.

Mayor Guillermo Torres, o explorador em questão, descreveu as ruínas de uma fortificação de aproximadamente 40.000 metros quadrados, perto de uma área conhecida como Lobo Tahuantinsuyo. A descoberta era intrigante, sem dúvida, mas especialistas não estavam colocando muita fé que o lugar era de fato a lendária cidade.

Em 1984, o lendário explorador Greg Deyermenjian, começou a explorar a área norte e nordeste de Cusco. Em 1994, Deyermenjian e sua equipe se juntaram ao principal explorador do Peru, Dr. Carlos Neuenschwander, este que já vinha realizando sua própria investigação sobre a cidade Paititi e sobre o planalto Pantiacolla desde os anos 50.

Créditos: Acredite ou não.
Os exploradores encontraram restos de um antigo Inca, bem como uma habitação pré-Inca aparentemente, eles também foram os primeiros a escalarem um outro pico tropical lendário, conhecido como “Llactapata”. No caminho de volta, eles atravessaram as remotas montanhas empoeiradas da Cordilheira de Lares e Lacco, de onde é possível ver o Rio Paucartambo e Mapacho. Os exploradores passaram por impressionantes locais Incas e finamente por construções Incas como o Tambocancha e Uncayoc.

Já em 1995, os exploradores descobriram imensos picos, que pareciam chegar a uma altura bastante incomum para montanhas tropicais além dos Andes. O local inteiro estava envolto no que parecia ser um espesso manto de vegetação verde. Mas infelizmente não era a cidade procurada.

Ao longo de muitos anos, Deyermenjian e sua equipe descobriram inúmeros sítios arqueológicos Incas desconhecidos, como fortalezas, pequenos centros de produção agrícola, vários cemitérios e cidades completamente preenchidas com centenas de construções, mas ainda não foram capazes de localizar o lendário Paititi.

Fontes.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paititi

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-37578969

https://acrediteounao.com/paititi-a-cidade-do-ouro-perdida/

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