sábado, 25 de agosto de 2018

O Fantástico Caso Lins

Não há qualquer evidência amplamente aceita que corrobore a existência de vida extraterrestre; no entanto, várias reivindicações controversas já foram feitas. A crença de que alguns objetos voadores não identificados (OVNI's) podem ter origem extraterrestre e alegações de abdução alienígena são rejeitadas pela maior parte da comunidade científica. A grande maioria dos relatos de OVNI's podem ser explicados por avistamentos de aeronaves humanas, fenômenos atmosféricos ou objetos astronômicos conhecidos; ou são apenas hoaxes.

Após o Caso Roswell, ocorrido em 1947 na localidade de Roswell, no Novo México, Estados Unidos, várias teorias conspiratórias sobre a presença de seres extraterrestres no planeta Terra se tornaram um fenômeno cultural generalizado no país durante a década de 1940 e no início da era espacial na década de 1950, o que foi acompanhado por uma onda de relatos de avistamentos de OVNI's. A sigla "OVNI" foi criada em 1952, no contexto da enorme popularidade do conceito de "discos voadores", logo após o avistamento de um OVNI pelo piloto Kenneth Arnold em 1947, em Washington. Os documentos Majestic 12, publicados em 1982, sugerem que houve um interesse genuíno em teorias da conspiração envolvendo OVNIs dentro do governo dos Estados Unidos durante os anos 1940.

No Brasil, casos envolvendo OVNIs ou supostas aparições de seres extraterrestres também tornaram-se mais frequentes depois de Roswell. Um dos casos mais famosos foi o da "Operação Prato", o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 1977 e 1978, através do Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de fenômenos desconhecidos que envolviam luzes que supostamente tinham um comportamento hostil e que eram relatadas pela população do município de Colares, no norte do estado do Pará. Outro caso bastante conhecido no país é o do Incidente de Varginha, em 1996, quando moradores do município de Varginha, Minas Gerais, alegaram terem visto os corpos de três seres alienígenas. Três jovens da cidade ainda mantêm a versão de que teriam visto um dos seres ainda com vida.

A cidade de Lins, destacado em vermelho no mapa de São Paulo. Créditos: Portal Fenomenum.

O Caso.

Na madrugada de 25 de agosto de 1968 ocorreu um fato do sanatório Serafim Ferreira, em Lins (SP), que pelo seu aspecto abalou a opinião pública amplamente divulgado por jornais e revistas do país. Quatro meses após a ocorrência, a SBEDV entrevistou a principal protagonista do caso, D. Maria José Cintra, em sua residência na localidade de Caiçara, que fica a 45 minutos a pé do sanatório.

Segundo seu depoimento, por volta das 5 horas da manhã do dia 25 ela levantou-se, e fazia sua oração diária quando ouviu ruídos estranhos parecidos com "estalinho" no lado de fora, no pátio do sanatório. Ela abriu a janela pensando tratar-se de um carro mas ao invés disso viu um vulto de uma mulher em frente à porta do sanatório.

D. Maria disse para ela esperar que já abriria a porta. ela vestiu seu jaleco e desceu as escadas em direção à porta. Como de praxe ela perguntou se era internamento. A estranha mulher respondeu em um idioma desconhecido e lhe apresentou um frasco, de uns 20 cm de comprimento. D. Maria pensou que a visitante queria água e levou-a até o bebedouro automático em outro hall de entrada. Enquanto enchia o frasco ela reparou nas características do frasco. Ele parecia muito bem feito e tinha uma certa beleza. Após isso a visitante estendeu um canequinha para recolher mais água.

Na Esquerda, a protagonista Maria Cintra, reconstituindo o caso, por ocasião da investigação da Força Aérea Brasileira através do SIOANI. No Centro Maria Cintra ao lado do investigador da FAB Major Zani. Na direita, a janela do quarto onde Maria Cintra se encontrava, por ocasião do início do contato. Abaixo, Maria Cintra reconstitui o momento em que enche uma vasilha de água, a pedido da Ufonauta. A senhora à direita fez o papel da alienígena. Créditos: Portal Fenomenum.
Enquanto a visitante bebia D. Maria Cintra falava que a água dali era boa sem receber qualquer comunicação em resposta. A seguir a visitante dirigiu um olhar de interesse em dois automóveis estacionados do lado de fora que estavam visíveis através dos vidros da porta. Percebendo o olhar de questionamento a testemunha explicou que um dos automóveis era do médico de plantão e o outro era do administrador.
Após isso as duas voltaram pelo mesmo corredor. Ao chegar no pátio ela entregou o frasco à visitante que segurou uma das mãos da atendente e com a outra deu tapinhas amistosos nas costas de D. Maria ao mesmo tempo em que pronunciava as palavras "embarúra, embaúra, embaúra".

Quando a visitante saiu D. Maria estava começando fechar a porta mas parou ao perceber que a visitante, ao invés de seguir para a saída, foi em direção à canteiros em sentido oposto à saída. Esse caminho a levaria até muros altos do pátio. Nesse momento acendeu-se uma luz difusa sobre a região dos canteiros. D. Maria percebeu logo que se tratava de um objeto em formato de pêra flutuando a quase um metro do chão.

Em uma das vigias do objeto D. Maria viu mãos acionando dispositivos em um painel. Quando a visitante chegou no objeto este decolou emitindo os mesmos ruidos de estalinho ouvidos por D. Maria antes do episódio.

A1.Maria Cintra indicando a marca que surgiu no local onde o OVNI pousou. 2.Maria Cintra indicando a marca que surgiu no local onde o OVNI pousou. 3.O local onde o UFO pousou ficou esterilizado por algum tempo. 4.Desenho de Dna. Maria referente ao objeto pousado a frente do hospital. Créditos: Portal Fenomenum.
Muito assustada D. Maria fechou a porta. Devido ao susto ela teve micção involuntária e sudorese. Suas vestes ficaram muito encharcadas. Assim que o administrador do sanatório acordou ela relatou-se o episódio. Este não acreditou no relato e sentiu-se ofendida com a reação do administrador e sua esposa.

D. Maria levou-os até o local onde o objeto descera e constataram perplexos marcas de sapato dentro do sanatório (tanto de D. Maria quanto da visitante). No lado de fora, sobre o gramado, havia uma depressão circular com grama chamuscada, de aproximadamente 2 metros de diâmetro por 15 de profundidade.

D. Maria descreveu a mulher como aparentemente normal, com 1,60 de altura, pele clara, vestindo capa cor azul clara, brilhante, sobre um vestido de gola alta e mangas compridas. Trazia uma espécie de touca na cabeça com tecido semelhante ao da capa.

O caso foi investigado pelo SIOANI, na época um órgão da FAB destinado a pesquisa ufológica.

"Fiquei completamente perplexa com este incidente. Os Oficiais da Força Aérea Brasileira estiveram aqui e retiraram amostras do local onde o objeto estava, e depois as enviou para o instituto tecnológico de São José dos Campos. Passado um tempo observei que nem um tipo de vegetal voltou a crescer no local onde o aparelho pousou", finalizou Maria José Cintra.

Fontes.







Livros
  • BULHER, Walter e PEREIRA, Guilherme. O Livro Branco dos Discos Voadores. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.
  • B64 - PEREIRA, Jader. Tipologia dos humanóides extraterrestres. Coleção Biblioteca UFO, nº 1, Março 1991.
Boletins
  • B38 Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores - Edição 66-68
  • B63 Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores - Edição 1975
Artigos de Revistas
  • SBEDV. Contatos com extraterrestres no Brasil. Revista UFO, Campo Grande, nº 1, p.5 p.11, março 1988.
  • LAUDA, Jaime. UFO Clássico: Caso Maria Cintra - Lins, 1968. Ufologia Nacional e Internacional, Campo Grande, nº 1, p. 9, março 1985.
Documentos Oficiais
  • Documentos do SIOANI - Original Colorido
  • Documentos do SIOANI - Preto e Branco
  • Boletim do SIOANI 002

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