segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O Incidente em Marshall County.

Não há qualquer evidência amplamente aceita que corrobore a existência de vida extraterrestre; no entanto, várias reivindicações controversas já foram feitas. A crença de que alguns objetos voadores não identificados (OVNI's) podem ter origem extraterrestre e alegações de abdução alienígena são rejeitadas pela maior parte da comunidade científica. A grande maioria dos relatos de OVNI's podem ser explicados por avistamentos de aeronaves humanas, fenômenos atmosféricos ou objetos astronômicos conhecidos; ou são apenas hoaxes.

Após o Caso Roswell, ocorrido em 1947 na localidade de Roswell, no Novo México, Estados Unidos, várias teorias conspiratórias sobre a presença de seres extraterrestres no planeta Terra se tornaram um fenômeno cultural generalizado no país durante a década de 1940 e no início da era espacial na década de 1950, o que foi acompanhado por uma onda de relatos de avistamentos de OVNI's. A sigla "OVNI" foi criada em 1952, no contexto da enorme popularidade do conceito de "discos voadores", logo após o avistamento de um OVNI pelo piloto Kenneth Arnold em 1947, em Washington. Os documentos Majestic 12, publicados em 1982, sugerem que houve um interesse genuíno em teorias da conspiração envolvendo OVNIs dentro do governo dos Estados Unidos durante os anos 1940.

No Brasil, casos envolvendo OVNIs ou supostas aparições de seres extraterrestres também tornaram-se mais frequentes depois de Roswell. Um dos casos mais famosos foi o da "Operação Prato", o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 1977 e 1978, através do Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de fenômenos desconhecidos que envolviam luzes que supostamente tinham um comportamento hostil e que eram relatadas pela população do município de Colares, no norte do estado do Pará. Outro caso bastante conhecido no país é o do Incidente de Varginha, em 1996, quando moradores do município de Varginha, Minas Gerais, alegaram terem visto os corpos de três seres alienígenas. Três jovens da cidade ainda mantêm a versão de que teriam visto um dos seres ainda com vida.

Val Johnson no local do incidente. Repare na marca deixada no asfalto pela viatura policial.
Créditos: Portal Fenomenum.
O Caso.

Val Johnson, xerife do condado de Marshall estava de plantão à noite, não muito longe da fronteira de Dakota do Norte, quando por volta de 01h40, ele observou uma luz intensa através da janela lateral de sua viatura policial. Devido à altura em que ela se encontrava, o policial pensou tratar-se de um pequeno avião com as luzes acesas preparando-se para pousar. Ele conduziu seu veículo pela estrada virando à esquerda, entrando em uma estrada próxima, com o intuito de se aproximar do objeto a fim de identificá-lo com clareza. Repentinamente, a estranha luz, que se encontrava a aproximadamente uma milha e meia ( ), aproximou-se muito rapidamente do veículo posicionando sobre a viatura. A luz era tão intensa que Johnson teve sua vista ofuscada rapidamente. Em seguida, ele ouviu um barulho como se o pára-brisas do automóvel estivesse se quebrando. Pouco depois, o policial perdeu a consciência.

Aproximadamente 30 minutos depois, por volta das 2:20 hs, o xerife Johnson recobrou os sentidos. Seu veículo estava parado no acostamento da rodovia. Ele sentia-se lento e instável. Logo entrou em contato por rádio solicitando ajuda de outros policiais que estivessem em áreas próximas. Um deles chamou uma ambulância que o atendeu. Os para-médicos constataram que o policial encontrava-se em leve estado de choque, apresentava os olhos irritados como se tivesse sido exposto à luz de solda elétrica.

Análises posteriores no local e no carro do xerife revelaram evidências físicas interessantes. No veículo haviam danos peculiares que não haviam antes do episódio. Um farol interno, posicionado próximo à porta do motorista estava danificado em quatro pontos no lado esquerdo. Haviam também uma rachadura no pára-brisa, do lado do motorista, que vinha de cima para baixo, com aparentemente quatro pontos de impacto. O relógio interno estava funcionando, mas 14 minutos atrasado. O cabo da antena que existia no capô do veículo estava dobrada a seis polegadas da base, em um ângulo de 60°. Outra antena, situada perto do pára-brisa, no lado esquerdo, estava dobrada em um angulo de 90 graus perto do topo. Essencialmente, todos os danos no veículo ocorreram no lado esquerdo.

O episódio foi investigado tanto pelo departamento de polícia quanto por ufólogos do Center for Ufos Studies. Ambas as investigações excluíram a possibilidade de fraude por parte do xerife Johnson e colisão com pequenas aeronaves. Especialistas da Ford Motors ( o veículo utilizado era um Ford LTD, ano 1977) e engenheiros da Honeywell examinaram os danos no veículo e encontraram detalhes interessantes. Um deles, Meridan French, especialista em pára-brisas da Ford, declarou que "após vários dias de reflexão sobre os padrões de rachadura e a seqüência aparente de fraturas, ainda não tenho explicação para o que parecem ser forças internas e externas que atuaram quase simultaneamente. Eu só posso concluir que as rachaduras eram de origem mecânica desconhecida".

Nenhuma causa pôde ser detectada para o relógio estar 14 minutos atrasado, o dano peculiar na antena e outras evidências físicas encontradas. O olho de Johnson sarou rapidamente e não ficou qualquer seqüela decorrente do contato.

"Aqui é o Xerife Johnson. Eu deponho em relação ao incidente que aconteceu em 27 de agosto de 1979, às 1:40 da madrugada, na seção oeste do condado de Marshall, aproximadamente 10 milhas a oeste de Stephen, Minnesota. Este oficial estava em patrulha de rotina, descendo a oeste pela rodovia 5. Eu peguei a intersecção entre a Rodovia 5 a Estadual 220. Quando eu olhei em direção ao sul da 220 para checar o tráfego, eu percebi uma luz muito intensa, com 8 ou 12 polegadas de diâmetro, e a 3 ou 4 pés do solo. As bordas eram muito definidas. Eu primeiro pensei que talvez fosse uma aeronave com problemas, pois parecia que estava com as luzes de aterrissagem ligadas. Eu me dirigi para o sul na 200. Eu dirigi por 1,3 milhas quando a luz interceptou meu veículo causando os danos no farol, perfurando a lataria e danificando as antenas do veículo.

Neste ponto, a interceptação da luz, eu perdi a consciência por aproximadamente 39 minutos. Deste ponto da intersecção, minha viatura procedeu a sul aproximadamente 854 pés, numa altura em os freios foram acionados por forças desconhecidas por mim, pois não me lembro de ter feito isso, e eu deixei aproximadamente 99 pés de marcas pretas na rodovia até o local onde o carro parou, no acostamento. Às 2:19 hs eu irradiei um 10-88 (código informando que o oficial precisava de auxílio), para meu assistente em Warren.

Ele enviou um oficial de Stephen que veio até mim e conduziu a situação da melhor forma. Ele chamou a ambulância que me transportou para o Hospital Warren, para exames complementares, raios-x e observação.

Na hora em que o oficial chegou, eu me queixei que tinha os olhos muito doloridos. No Hospital Warren, foi diagnosticado que eu tinha um caso de queimadura por solda nos olhos. Meus olhos foram tratados com alguns colírios e bandagens adesivas e instruções para mantê-los em descanso por aproximadamente 24 horas. Às 11 horas, o xerife Dennis Breckie, meu chefe, me levou para minha residência em Oslo, e transportou-me até um oftalmologista em Grand Forks, Dakota do Norte.

Ele examinou meus olhos e disse que eu tive alguma irritação nas porções internas do olho que poderiam ser causadas por algum tipo de luz intensa após escuridão. Isso é tudo o que eu tenho a acrescentar exceto que meu relógio dentro do veículo e meu relógio de pulso mecânico ambos apresentam 14 minutos de atraso".

Os ufologistas consideram o incidente um dos eventos envolvendo a natureza dos OVNI's o mais significativos e mais divulgados dos anos 70. Allan Hendry, do Centro de Estudos sobre OVNIs, investigou o dano ao carro de Johnson junto com outros aspectos do incidente e concluiu que Johnson não havia fraudado o evento. De acordo com outro ufólogo, Jerome Clark, Johnson se recusou a fazer um teste de polígrafo porque achava que isso "apenas satisfaria a curiosidade mórbida das pessoas". Em seu livro de 1983, UFOs: The Public Deceived, Philip Klass argumentou que todo o evento era uma farsa, e que Johnson havia deliberadamente danificado seu próprio carro de patrulha.

Fontes.




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