segunda-feira, 13 de agosto de 2018

O Trágico Caso Crixás.

Não há qualquer evidência amplamente aceita que corrobore a existência de vida extraterrestre; no entanto, várias reivindicações controversas já foram feitas. A crença de que alguns objetos voadores não identificados (OVNI's) podem ter origem extraterrestre e alegações de abdução alienígena são rejeitadas pela maior parte da comunidade científica. A grande maioria dos relatos de OVNI's podem ser explicados por avistamentos de aeronaves humanas, fenômenos atmosféricos ou objetos astronômicos conhecidos; ou são apenas hoaxes.

Após o Caso Roswell, ocorrido em 1947 na localidade de Roswell, no Novo México, Estados Unidos, várias teorias conspiratórias sobre a presença de seres extraterrestres no planeta Terra se tornaram um fenômeno cultural generalizado no país durante a década de 1940 e no início da era espacial na década de 1950, o que foi acompanhado por uma onda de relatos de avistamentos de OVNI's. A sigla "OVNI" foi criada em 1952, no contexto da enorme popularidade do conceito de "discos voadores", logo após o avistamento de um OVNI pelo piloto Kenneth Arnold em 1947, em Washington. Os documentos Majestic 12, publicados em 1982, sugerem que houve um interesse genuíno em teorias da conspiração envolvendo OVNIs dentro do governo dos Estados Unidos durante os anos 1940.

No Brasil, casos envolvendo OVNIs ou supostas aparições de seres extraterrestres também tornaram-se mais frequentes depois de Roswell. Um dos casos mais famosos foi o da "Operação Prato", o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 1977 e 1978, através do Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de fenômenos desconhecidos que envolviam luzes que supostamente tinham um comportamento hostil e que eram relatadas pela população do município de Colares, no norte do estado do Pará. Outro caso bastante conhecido no país é o do Incidente de Varginha, em 1996, quando moradores do município de Varginha, Minas Gerais, alegaram terem visto os corpos de três seres alienígenas. Três jovens da cidade ainda mantêm a versão de que teriam visto um dos seres ainda com vida.

O Caso.

13 de Agosto de 1967, na cidade de Crixás, do Estado de Goiás, ocorreu um dos mais impressionantes casos da Ufologia Brasileira, da década de 1960. Este caso envolveu o capataz Inácio de Souza, na ocasião com 41 anos, e sua Esposa, Maria de Souza. Ele era um homem simples e analfabeto, mas que era muito valorizado pelo dono da fazenda onde trabalhava e morava desde 1961. Ele nunca tinha visto um OVNI ou mesmo ouvido falar em discos voadores.

Na ocasião, Inácio de Souza voltava para casa, na fazenda Santa Maria, por volta das 16:00. Ao chegar, foi calorosamente recebido por sua mulher do lado de fora. Ambos ainda não haviam percebido nada de anormal, até dirigirem o olhar para o pasto próximo da casa, que é cortado por uma pista de pouso de aviões.

No fim da pista de pouso havia um estranho objeto que foi descrito por Inácio como sendo uma bacia virada de boca para baixo, tendo um tamanho estimado de 35 metros de diâmetro. Mas, num primeiro momento, Inácio e sua esposa realmente não deram muita atenção. O fato é que o proprietário da fazenda, o senhor Ibiracy de Moraes, era um fazendeiro realmente rico e poderia estar testando algum tipo de veículo novo para o Exército brasileiro – o que, se fosse o caso, não seria a primeira vez. Mas logo o casal percebeu que algo estranho estava acontecendo.

Mesmo estando a uma distância razoável, o casal percebeu que havia “três crianças” aparentemente nuas em volta do objeto. Isso teria indignado Inácio que classificava tal ato como uma afronta para a sua esposa. Inácio passou a caminhar diretamente na direção daquelas “crianças”. Mas, ao se aproximar um pouco mais, levou um susto: não estavam nuas, mas sim vestidas com uma roupa inteiriça colada no corpo e de cor amarela. Todas eram calvas e tinham uma aparência bastante incomum. Só que naquele momento as criaturas também perceberam o casal e um deles apontou diretamente para Inácio e sua esposa. Imediatamente, os três seres começaram a correr em suas direções, ficando claro que iriam abordá-los.

Inácio de Sousa relata sobre a ocasião:
Créditos: Portal Fenomenum.
"Eu e Maria voltamos para Crixás e os seres estavam lá. Eu pensei que eles eram pessoas que vieram nos visitar, mas eu estava com um pouco de medo do tipo de avião que eles tinham. Eram pessoas da mesma aparência que nós, exceto que pareciam carecas (Não sei se eles tinham cabelo). 
Eles estavam brincando, e brincavam como crianças, mas em silêncio. Quando eles nos viram, eles nos apontaram o dedo e começaram a correr na nossa direção. Gritei para minha esposa para ir correndo para a casa. Como eu tinha comigo uma espingarda, eu atirei em um que estava mais próximo. 
Neste momento, saiu do avião, como uma lanterna, uma luz verde acertou-me no peito, no lado esquerdo. Eu caí no chão. Minha mulher correu em minha direção, tomando a arma, mas os homens já estavam de volta no avião, que decolou em um voo vertical, em alta velocidade, e fazendo um barulho semelhante ao das abelhas.

Inácio dispara e acerta em cheio a cabeça de um dos seres que, segundo sua estimativa, deveria estar a um pouco mais de sessenta metros de distância. Inácio era conhecido na região por ser um excelente atirador.
Ele acertava qualquer coisa com extrema precisão a uma distancia de até cem metros.
O próprio proprietário da fazenda, o Sr. Ibiracy de Moraes, comentou que Inácio acertava uma pomba em pleno voo a várias dezenas de metros de distância.

No entanto os seres haviam parado e pegado o que tinha sido atingido por Inácio, sendo que eles já estavam entrando no disco carregando o ser baleado. Logo em seguida, o disco começou a emitir um forte zumbido e ganhar altura lentamente em sentido vertical.

O caso de Crixás chegou ao conhecimento dos ufólogos através do dono da fazenda, Sr. Ibiracy de Moraes (Que na época pediu para permanecer anônimo, da qual adotaram o Pseudônimo de A S. M) que não estava presente no momento em que o caso ocorreu. Ele chegou ao local três dias depois do evento, encontrando Inácio já doente. Mais tarde contatou ufólogos do Grupo Gaúcho de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (GGIOANI), presidido pelo ufólogo Felipe Machado Carrión. 

Ibiracy, além de proprietário a fazenda era industrial. Ele relata: 
“Cheguei na fazenda três dias após o evento e eu não sabia de nada. Descendo do meu avião, a esposa de Inácio, me esperava e disse que ele estava doente. Como era um homem forte, que nunca caído enfermo, eu fui para a casa dele e, vendo ele deitado, eu lhe disse enfaticamente: ‘O que você tem, rapaz?’.  
Então ele respondeu: "Patrão, eu matei um homem!’. 
Eu fiquei surpreso e eu perguntei-lhe: ‘Mas como você pôde fazer isso?’. 
Em seguida, Inácio, narrou detalhadamente com o que tinha acontecido, explicando que estava fora, e que havia se assustado com estes homens pensando que eles iriam sequestrar a família". 
Créditos:Portal Fenomenum.
O Sr. Ibiracy. já tinha conhecimento sobre fatos ufológicos, mas resolveu não comentar sobre estes fatos com Inácio, que pensava que os homens que havia visto vinham da cidade de São Paulo. Ele decidiu-se então a analisar o local de pouso do objeto para ver se haviam manchas de sangue do homem ferido por Inácio. Ele não encontrou nenhum vestígio. O proprietário achou isso muito estranho, pois Inácio não errava um tiro a 60 metros de distância. Além disso, ele estava com um “peso na consciência por ter matado um homem”.

Segundo o Sr. Ibiracy de Moraes:
"No primeiro e segundo dias, Inácio sofria de náuseas, formigamento e dormência em todo o corpo e suas mãos tremiam. Decidi levá-lo para Goiânia para fazer um exame completo e recomendei-o manter silêncio sobre o fato.  
Em Goiânia, o médico (sem saber do que se tratava) verificou a existência de uma queimadura circular de 15 cm de diâmetro no lado esquerdo do tronco, quase até o ombro. Para tratar queimaduras, ele decidiu aplicar o remédio Ungüento de Picrato de Butesin.  
Quanto aos outros sintomas, ele diagnosticou como sendo originado em uma erva daninha, que ele supôs que Inácio tenha comido. 
Então eu decidi dizer ao médico o que tinha acontecido. Surpreso, ele perguntou ao Inácio: "Alguém mais viu esses homens? Inácio respondeu: ‘minha esposa’. Então o médico me puxou para um canto e me perguntou se eu nunca tinha falado com o Inácio sobre OANIs (Objetos Aéreos Não identificados). Eu disse a ele que não.  
Ele decidiu, então, perguntar ao Inácio se ele já tinha visto em qualquer ocasião este tipo de aeronave, ou se alguém já tinha falado sobre isso. Inácio respondeu: ‘Não, senhor, eu nunca vi nem ouvi’.  
O médico então solicita o pagamento de internação clínica para Inácio e pediu um exame completo de fezes, urina e sangue. Quatro dias depois de ser colocado sob observação, Inácio foi liberado para casa.  
Surpreendido por não terem mantido o tratamento, eu fui ver o médico. Este me disse que o caso de Inácio era fatal, e que os exames mostraram que ele estava sofrendo de leucemia, e teria não mais que 60 dias de vida ao máximo. Ele me disse ainda, que esquecesse tudo o que aconteceu, como se não tivesse acontecido nada, pois tinha um nome a preservar e que tudo isso só iria causar pânico. Quanto a mim, eu não ouvi nada e não sei. Tenho uma reputação e para mim esse é um caso de leucemia". 
Nos dias que se seguiram houve uma constante degradação no estado de saúde de Inácio. Ele apresentou em todo o seu corpo, manchas na pele de cor branco-amarelada, do tamanho de uma unha, ao mesmo tempo em que sentia dores terríveis. Quando faleceu, em 11 de outubro de 1967, ele estava muito magro. Mesmo em meio a tanta agonia, Inácio recomendou que sua esposa queimasse o colchão, a cama e seus pertences depois de sua morte. Ele tinha 41 anos e era pai de cinco filhos. No atestado de óbito, o médico colocou como causa da morte leucemia.

É interessante notar que nesse caso houve uma clara situação de confronto. No entanto, é difícil afirmar que se trate de uma hostilidade extraterrestre gratuita.

Fica claro nesse caso que o raio que atingiu Inácio no ombro pode ter sido uma resposta imediata ao comportamento hostil de Inácio que, num primeiro momento, baleou uma das criaturas. Se por um lado é complicado tentar analisar o comportamento extraterrestre, por outro lado temos uma característica humana facilmente detectável: A nossa xenofobia.

Numa analogia rápida à questão, os primeiros contatos dos irmãos Villas Boas com os índios xavantes foi drástico e complicado, pois os xavantes atacaram o seu avião – um ÓVNI para eles – com flechas, conforme foi fotografado e documentado na época.

Créditos: Portal Fenomenum.
A situação de agressão do caso de Crixás revela o perigo que se esconde por trás de um contato imediato. Inácio possivelmente já sofria de leucemia antes do seu contato. Com a exposição à energia emitida pelo objeto seu processo foi acelerado, resultando em sua morte, 60 dias depois. Não é apenas um feixe emitido pelo objeto que pode trazer prejuízos à saúde da testemunha. Aproximar-se destes aparelhos quando pousados, ou mesmo andar e permanecer por muito tempo dentro de marcas produzidas por suas aterrissagens é igualmente danoso à saúde.

Também nos leva a uma outra constatação: os extraterrestres parecem não hesitar em responder com hostilidade quando são atacados. Grande parte da casuística ufológica demonstra que o fenômeno é esquivo, evitando um maior contato.

Aparentemente, os tripulantes dos ÓVNI's, seja lá quem forem, adotam posturas de não agressão, mas em algumas situações extremas, parecem realmente dispostos a responder uma agressão de forma também violenta. Todo cuidado é pouco.

Fontes.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Vida_extraterrestre

http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1960/crixas

https://www.cryptocreepy.org/2018/04/o-violento-e-tragico-caso-crixas.html

Livros
  • BULHER, Walter e PEREIRA, Guilherme. O Livro Branco dos Discos Voadores. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.
  • PEREIRA, Jader. Tipologia dos humanóides extraterrestres. Coleção Biblioteca UFO, nº 1, Março 1991.
Boletins: B63 Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores - Edição 1975

Nenhum comentário:

Postar um comentário