sábado, 5 de janeiro de 2019

Enciclopédia dos Mitos e Lendas do Brasil: Teju Jagua.

A Hidra de Lerna (em grego antigo: Ὕδρα), na mitologia grega, era um monstro, filho de Tifão e Equidna, que habitava um pântano junto ao lago de Lerna, na Argólida, hoje o que equivaleria à costa leste da região do Peloponeso. A Hidra tinha corpo de dragão e várias cabeças de serpente. Segundo a lenda, as cabeças da Hidra podiam se regenerar; algumas versões dizem que, quando se cortava uma cabeça, cresciam duas em seu lugar, mas as primeiras versões da lenda não incluíam essa característica.

A Hidra era tão venenosa que matava os homens apenas com o seu hálito e os comia; se alguém chegasse perto dela enquanto ela estava dormindo, apenas de cheirar o seu rastro a pessoa já morria em terrível tormento.

Na Mitologia Guarani também temos a nossa Hidra, que atende pelo nome de Teju Jagua. De fato existe poucas Informações (Sempre desencontradas) sobre o Teju Jagua. São mais desenhos e representações artísticas sobre tal criatura, do que informações a respeito da mesma.

Teju Jagua ou Teiú-iaguá (também escrito  Teyú Yaguá) é o primeiro filho de Tau e Kerana e um dos sete lendários monstros da mitologia guarani.

Créditos: CroctopusArt/ deviantart.com
Por causa da maldição colocada em Tau por Arasy por estuprar Kerana, os descendentes de Tau foram amaldiçoados para sempre com uma aparência deformada e monstruosa.

Assim, o primeiro filho do casal foi um enorme lagarto com sete cabeças de cachorro e olhos que disparam fogo. Suas sete cabeças de cachorro dificultam qualquer movimento. Algumas versões da história dizem que Teju Jagua tem apenas uma cabeça de cachorro gigante. Mas todas as versões concordam que ele tem uma capacidade limitada de se movimentar.

Sua aparência era o mais horrível de todos os sete irmãos. No entanto, sua ferocidade foi temperada pela escolha de Tupã. Ele ficou calmo e inofensivo. Ainda ele era temido por seu olhar ardente.

Ele se alimenta de frutas e seu irmão Yasy Yateré lhe deu mel, sua comida favorita. Muitos acreditam que tal monstro tem preferência por carne humana e os atrai para a sua caverna, afim de devorá-lo.

Os nativos locais o consideravam como aquele que dominava as cavernas, considerado o senhor (Ou Divindade) das cavernas e aquele cuja missão era cuidar e proteger as árvores e os frutos.

Ele também foi considerado o monstro que protegia os tesouros escondidos da raça guarani. Por ter afundado em pó de ouro (Itaju), sua pele brilhava como ouro e pedras preciosas depois de rolar no ouro e nas riquezas de Itapé.

Sua localização e entre os Abismos da da lendária colina de Yaguarón, no Paraguai, e no cerro do Jarau, no Rio Grande do Sul, aonde o Brasil faz fronteira com o Uruguai (E mais fácil encontrar variações desta Lenda na Wikipédia de Língua espanhola do que a Portuguesa). Tudo em meio a um imenso tesouro.

Nativos também afirmaram que de vez em quando, durante o verão, seu irmão levou para Jaci Jaterê um colar de ouro e diamantes, para se molhar e beber nos córregos da região, como Ypacaraí, Avay ou o fluxo da lendária Ypoá.

Escritor e estudioso Paulo Carvalho Neto nos diz em seu livro Folclore do Paraguai em 1933 Ramon I. Cardozo pegou em Villa Rica uma história de Teju Jagua:
"Durante o governo progressista e patriótica de Don Carlos Antonio Lopez, o Português Don Luis Casa chegou ao Paraguai  e estabeleceu-se em Villa Rica do Espírito Santo, que, entre as cidades do interior a fama pela beleza de suas mulheres, a riqueza do seu solo e instalações para o trabalho. Don Luis Início contrata a ligação com uma senhora Guaireña e construiu uma casa grande que, devido às suas complicações internas, naturalmente, chamou a atenção dos colonos simples que não conheciam qualquer outro conforto de construção fora do que os espanhóis deixaram. aquele cavalheiro lusitano,um cavalheiro rico que fingiu viver na colina de Ybytyruzu como um presente feudal. 
D. Luis era um homem rico, mas de natureza um tanto bizarra; ele gostava de viver isolado, dentro de seu castelo e com a família trancada sob sete chaves. D. Luis é o conhecido hoje por Dávidsoncué. O interior da casa para a época terá sido verdadeiramente novo; Ele oferece particularidades, como ainda pode ser visto: uma série de salas, algumas iluminadas, outras escuras, na forma de um labirinto. O povo Guaireno não explicou essa estrutura especial da casa, não entendeu o objeto das peças da prisão e muito menos o confinamento de clausura do proprietário. 
Manteve relações com pouquíssimas pessoas e não saiu de casa senão para visitar o seu estabelecimento pecuário que o tinha na sociedade como um dos homens influentes da época "(...)" Não faltou quem diga que D. Luis havia escondido no labirinto de seu castelo o Teju Jagua, monstro devorador de homens e poder destrutivo invencível. Eu tive que atraí-lo com carne humana para usá-lo, algum dia, na busca de quem sabe qual plano. Logo esta lenda tomou corpo e vida. Todos acreditavam nela cegamente, a ponto de ninguém se atrever a passar a noite perto da casa de D. Luís".
Fontes.                                                                                                                                     003 de 186 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teju_Jagua

https://es.wikipedia.org/wiki/Tey%C3%BA_Yagu%C3%A1

http://cryptidz.wikia.com/wiki/Teju_Jagua

http://www.portalguarani.com/967_ramon_elias/8884_teju_jagua__escultura_del_museo_mitologico_ramon_elias.html

http://portal-dos-mitos.blogspot.com/2014/02/tau-kerana-e-os-sete-monstros-lendarios.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidra_de_Lerna

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