sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Lendas do Papado.

Lendas em torno do papado (também referida como "Teorias da conspiração envolvendo o Vaticano") é um termo genérico para referir-se aos numerosos mitos, teorias de conspiração e lendas envolvendo o papado, a Igreja Católica e a Santa Sé (comumente chamada apenas de "Vaticano").

As lendas mais famosas referem-se principalmente as alegações, por parte de algumas seitas, de que o Papa seria o Anticristo, que o Papa João XXIII manteve contato com alienígenas, que uma mulher foi eleita papa na Alta Idade Média (Papisa Joana) , bem como que São Malaquias no século XII profetizou, sobre o pontificado de cada papa de sua época, até o Juízo Final. Muitas teorias também alegam que a Igreja e seus representantes, estão secretamente controlando a sociedade secular.

"Vicarius Filii Dei".

A teoria de conspiração do termo “Vicarius Filii Dei” (Vigário do Filho de Deus), considerado supostamente uma expansão do título histórico "Vicarius Christi", é uma expressão utilizada na "Doação de Constantino" para se referir a São Pedro. A partir do século XIX, devido a interpretação de Uriah Smith, alguns argumentam que a frase é identificada com o "número da besta" (666), e seria usada na tiara papal, denominando que o papa seria o Anticristo.

Porém devido a ausência de imagens ou qualquer fonte do uso “Vicarius Filii Dei” na tiara ou em mitras, bem como a expressão nunca ter sido utilizada como um título oficial, a reivindicação foi abandonada por diversos adventistas do sétimo dia.
  • O Que é o Vigário de Cristo.
Vigário de Cristo (em latim Vicarius Christi) é uma expressão utilizada no cristianismo de diferentes formas, com conotações teológicas diferentes durante a história. Um vigário é um servo que representa um superior, administrando a posição detida no lugar do verdadeiro soberano; sinônimos incluem “representante” ou “enviado”. O título atualmente é utilizado na Igreja Católica para referir-se aos sacerdotes em geral. No entanto o uso da expressão é mais associada aos bispos e mais concretamente ao Papa. O catolicismo acredita que enquanto os Bispos representam e são sucessores dos Apóstolos de Cristo em suas próprias igrejas locais, o Papa é vigário de Cristo na Igreja Católica.
  • História e Diferentes Usos.
Durante a história do cristianismo, o título de Vigário de Cristo foi utilizado de diferentes formas, com implicações teológicas, pastorais ou temporais diferentes.
  • Uso Para Os Bispos.
O primeiro e o mais antigo registro do conceito de Vigário de Cristo é mencionado na Epístola aos Magnésios de Santo Inácio, bispo de Antioquia, um aluno do Apóstolo João, provavelmente ordenado por Pedro, com um sentido pastoral, escrita entre o ano 88 e 107 d.C. "o seu bispo preside no lugar de Deus (...)". Embora Inácio não utilize explicitamente o termo Vigário de Cristo, ele expõe claramente o conceito.

A partir do século V até o século IX os bispos foram comumente referidos como vigários de Cristo. Também Inocêncio III, mais conhecido pelo uso da expressão para o papa, em seu tratado "De Altaris Mysterio", diz que os bispos são "vigários de Cristo", e explica que é por essa razão, que podem na liturgia usar a saudação “Pax vobis”, mesmo de Jesus, pois são seus representantes. O Concílio Vaticano II, reconfirmou e renovou essa tradição, ensinando que os bispos são "vigários e embaixadores de Cristo" nas suas próprias dioceses, uma descrição reconfirmada pelo Papa João Paulo II na encíclica Ut Unum Sint.
  • Uso Para o Espírito Santo.
O segundo registro do termo Vigário de Cristo é encontrado nas epístolas de Tertuliano no século III, com uma diferente conotação teológica, para referir-se ao Espírito Santo, ou seja, enquanto Cristo não está realizando fisicamente os milagres na Igreja, o Espírito Santo age como seu Vigário em seu nome, realizando milagres e impedindo que a Igreja erre. Porém esse é o único registro escriturístico do uso do termo dessa maneira. É desconhecido se esse termo era de uso freqüente na Igreja dos primeiros séculos ou se foi uma observação pessoal de Tertuliano.
  • Uso Para Os Papas.
Documento emitido pelo Senado em 1615 que concede o título honorário de cidadão romano a Hasekura Tsunenaga, em que o papa é descrito como "Pontífice de Roma e Pastor da Igreja Católica Universal, pai de todo o mundo, e Vigário de Jesus Cristo, Filho Onipotente de Deus". Museu de Sendai. Créditos: Wikipédia
O primeiro registro de um título que reflete um papel do papa como "Vigário" consta em uma carta de 445, do Papa Leão I a Dióscoro de Alexandria, em que designa o Bispo de Roma, como "vigário terreno dos sucessores de Pedro"; pouco tempo depois, em 495, os decretos de um sínodo denominam o Papa Gelásio I como "vigário de Cristo". Nesse caso o título possuí um sentido pastoral, baseado nas palavras de Cristo ao Apóstolo Pedro, considerado pelo catolicismo o primeiro Papa, em «Apascenta os meus cordeiros... Apascenta as minhas ovelhas» (João 21:16-17), assim Cristo tornou a Pedro seu vigário como pastor com a responsabilidade de alimentar seu rebanho (isto é, a Igreja) em seu próprio lugar.

Não obstante, originalmente na Alta Idade Média existiam diversas variantes desse título, como “Vigário de Pedro” (Vicarius Petri), indicando que eles eram os sucessores de São Pedro, "Vigário do Príncipe dos Apóstolos" (Vicarius Principis Apostolorum) ou “Vigário da Sé Apostólica” (Vicarius Soles Apostolica), dentre outras variantes. O fato de que tanto o título de "Vigário de Pedro" quanto "Vigário de Cristo" eram utilizados, pode ser observado pelo fato de que no final do século VIII, o juramento de fidelidade de São Bonifácio ao Papa Gregório II utiliza o primeiro, enquanto algumas décadas depois, o Papa João VIII (872-82), utiliza o segundo. Ainda atualmente, o Missal Romano em suas orações para um papa morto, designa-o de "Vigário de Pedro". A designação de Vigário de Cristo para os papas tornou-se de uso regular a partir do século XIII, devido às reformas empregadas pelo Papa Inocêncio III, Inocêncio frequentemente apelou para este título como prerrogativa para nomear os bispos. Embora ele também, com significado diverso, o atribuí aos bispos igualmente. O Papa Nicolau III (1277-1280) usou o termo Vigário de Deus (uma referência a Cristo como Deus) como um título equivalente.

O Concílio de Florença no "Decreto para os Gregos" (1439), designa o papa como o "verdadeiro Vigário de Cristo", linguagem repetida pelo Concílio Vaticano I (1870) na famosa constituição apostólica dogmática "Pastor Aeternus". A edição de 2009 do Anuário Pontifício, lista-o como o terceiro título oficial dos Papas.
  • Uso Para Os Sacerdotes Em Geral.
O Concílio de Trento reunido no século XVI, no decreto sobre o sacramento da penitência estabele que (...) Nosso Senhor Jesus Cristo, antes de sua ascensão aos céus, deixou os sacerdotes como vigários seus [cf. Mt 16, 19; 18,18; Jo 20,23] ... (emitido na Sessão XIV em 25 de novembro de 1551). Nesse caso em particular o Concílio ensina que o perdão dos pecados e a renovação da graça nos fiéis pelos sacerdotes só é possível porque o próprio Cristo os instituiu seus representantes e vigários, alguns dos textos aos quais usa como justificativa é João 20:23, em que Jesus diz "Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos." A Igreja Católica também acredita que todas as vezes que um sacerdote celebra um sacramento ele age "in Persona Christi", significando que essa ação não é realizada pela pessoa do padre, mas pela própria pessoa de Cristo, que executa aquela ação, através do sacerdote.
  • Uso Secular.
Outro uso da expressão, com um significado diferente, surgiu também em meados do século V e foi utilizado ocasionalmente até o IX, sendo empregado para alguns reis e para juízes. Nas igrejas orientais, na mesma época, o termo foi empregado para referir-se ao imperador bizantino, denotando o ápice do cesaropapismo. Embora os governantes e autoridades seculares, não decidiam sobre a doutrina - que era responsabilidade dos bispos, consideravam que seu papel era manter a adoração apropriada à Deus, assim como a espiritualidade de seus súditos, e preservar a ortodoxia, assim os governantes agiriam como Vigários de Cristo em questões de caráter administrativas e temporais.

Papisa Joana.

A alegação de que uma mulher, muitas vezes chamada de Papisa Joana, tornou-se papa apareceu pela primeira vez em uma crônica Dominicana, em 1250. Ela logo se espalhou por toda a Europa através das pregações de Frades. A história cresceu em embelezamento, mas centrado em um conjunto de reivindicações.

Escrevi um post completo sobre essa Lenda.

A Profecia dos Papas

As Profecia dos Papas, atribuída a São Malaquias, é uma lista de 112 frases curtas em latim, que supostamente descrevem cada um dos Papas (juntamente com alguns Antipapas), começando com o Papa Celestino II (eleito em 1143) e finalizando com um papa descrito na profecia como "Pedro o romano", após seu pontificado, não se sabe o que aconteceria, alguns sustentam que se seguiria o Juízo Final, e outros, somente a destruição da cidade de Roma.

Segundo a lenda, as profecias foram feitas por São Malaquias, bispo de Armagh na Irlanda do Norte. Malaquias em 1139, teria sido chamado a Roma pelo Papa Inocêncio II e lá ele supostamente teve uma visão dos futuros papas, que ele escreveu como uma seqüência de frases enigmáticas. Este manuscrito foi então depositado no Arquivo Romano, e depois esquecido, até sua redescoberta em 1590, quando foi publicado pela primeira vez por Arnold de Wyon, um historiador beneditino, como parte de seu livro Lignum Vitæ. No entanto, as primeiras biografias de Malaquias não fazem nenhuma menção a profecia, nem é mencionado em nenhum registro antes da sua publicação em 1595, o que indica ser uma falsificação do século XV.

Papas Sexualmente Ativos.

(Para Mais Informações Saeculum Obscurum. Pod(r)er e Sexo no Papado.)

Houve vários Papas que foram supostamente considerados sexualmente ativos durante o seu papado, ou mesmo de ter morrido como resultado desta situação, como afirmado por vários historiadores. A figura reiteradamente mencionada como ícone desta faceta da história pontifícia, é Rodrigo Bórgia, que reinou como papa Alexandre VI entre 1492 e 1503. As descrições do papado Bórgia comportam um forte componente político, vinculado ao sentido assumido por este figura como símbolo de uma disputa acerca do lugar a ser ocupado pelo poder petrino na sociedade contemporânea: "A descrição dos Bórgia como escravos de uma sensualidade indomável e de uma ambição assassina reforçou a visão da soberania papal como obstáculo ao amadurecimento da nação italiana. O mito da tirania renascentista inigualável, sem paralelos em qualquer outra época, fez pairar sobre os papas a sombra de “grandes inimigos” da pátria."

Desde a Idade Média, o rito latino (ocidental) da Igreja Católica exigiu que os padres e bispos serem celibatários. Anteriormente, o celibato não era absolutamente necessário para os ordenados, mas ainda era uma disciplina praticada na Igreja primitiva. Neste contexto, o celibato não é sinônimo de abstinência sexual, isso significa que não se casou e só implica a abstinência sexual, porque uma doutrina católica diferente requer a abstinência sexual fora do casamento.

A disciplina do celibato sacerdotal não é considerado um dos dogmas imutáveis infalíveis, mas a doutrina católica diz que a virgindade e o celibato, vivido como abstinência, são mais elevados do casamento, após as cartas de Paulo de Tarso e confirmado por um dogma no Concílio de Trento.

Em alguns casos, um ministro protestante casado que se converte ao catolicismo pode ser ordenado para o sacerdócio. O direito canônico atual permite que o Colégio dos Cardeais eleger um homem casado ao papado. Nas Igrejas Orientais Católicas, os homens casados são rotineiramente ordenados para o sacerdócio, mas não para o episcopado. Segundo os Evangelhos, São Pedro, a quem a Igreja Católica mantém como o fundador, bispo e primeiro papa da comunidade cristã em Roma, era casado. Diversos outros papas também foram casados.

De acordo com a lista padrão, houve 266 papas. Existem várias classificações para aqueles que eram sexualmente ativos em algum momento durante a sua vida. Períodos entre parênteses referem-se ao ano de seus papados. Houve trinta e nove papas desde 1585. Nenhum deles é conhecido por ter sido sexualmente ativo durante seu papado.
  • Papas Supostamente e Factualmente Sexualmente Ativos.
Casados antes de receber ordens sagradas:
  1. São Pedro (Simão Pedro), cuja sogra é mencionada na Bíblia como tendo sido milagrosamente curada (Mateus 8:14-15, Lucas 4:38, Marcos 1:29-31). De acordo com Clemente de Alexandria (Stromata, III, VI, ed. Dindorf, II, 276), Pedro era casado e tinha filhos e sua esposa sofreu o martírio. Em algumas lendas que datam pelo menos do século VI, a filha de Pedro é chamada de "Petronilha".
  2. Papa Sirício (384-399), onde a tradição sugere que ele deixou a esposa e os filhos, a fim de se tornar papa. O número de filhos de Sirício é desconhecido. Escreveu um decreto no 385, afirmando que os padres deveriam parar de conviver com suas esposas.
  3. Papa Félix III (483-492) era um viúvo com dois filhos quando foi eleito para suceder o Papa Simplício em 483. Diz-se que foi o trisavô de Gregório, o Grande.
  4. Papa Hormisda (514-523) era casado e viúvo antes da ordenação. Foi o pai do Papa Silvério.
  5. Papa Silvério (536-537) pode ter sido casado com uma mulher chamada Antônia. No entanto, isto continua a ser debatido pelos historiadores.
  6. Papa Agatão ou Papa S. Agatão (678-681) foi casado por 20 anos com uma leiga com uma filha, antes da maturidade seguiu um convite a Deus e com a bênção de sua esposa tornou-se um monge no mosteiro de Santo Hermes em Palermo. Pensa-se que sua mulher entrou para um convento.
  7. Papa Adriano II (867-872) era casado com uma mulher chamada Estefânia, antes de tomar as ordens, e tinha uma filha. Sua esposa e filha ainda estavam vivas quando foi selecionado para ser papa e residia com ele no Palácio de Latrão. Sua filha foi raptada, violentada e assassinada pelo irmão de um ex-antipapa Anastácio, Eleutério. A mãe dela também foi morta por Eleutério.
  8. Papa João XVII (1003) foi casado antes de sua eleição ao papado e tinha três filhos que se tornaram sacerdotes.
  9. Papa Clemente IV (1265-1268) era casado antes de tomar ordens sacras e tinha duas filhas.
  10. Papa Honório IV (1285-1287) foi casado antes de assumir as ordens santas e teve pelo menos dois filhos. Entrou para o clero após a sua mulher morrer, o último papa a ter sido casado.
Sexualmente ativos antes de receber ordens sagradas:
  1. Papa Pio II (1458-1464) teve pelo menos dois filhos ilegítimos (um em Estrasburgo e outro na Escócia), nascidos antes de entrar para o clero.
  2. Papa Inocêncio VIII (1484-1492) teve pelo menos dois filhos ilegítimos, nascidos antes de entrar para o clero. De acordo com a Encyclopaedia Britannica de 1911, ele "praticou nepotismo abertamente em favor de seus filhos". Girolamo Savonarola acusou-lhe de ambições mundanas.
  3. Papa Clemente VII (1523-1534) teve um filho bastardo antes que tomou ordens sacras. Algumas fontes identificam-no com Alessandro de Médici, Duque de Florença, mas esta identificação não tenha sido determinada.
  4. Papa Gregório XIII (1572-1585) teve um filho bastardo antes de tomar as ordens sacras.
Sexualmente ativos depois de receber ordens sagradas:
  1. Papa Júlio II (1503-1513) teve pelo menos uma filha ilegítima, Felice della Rovere (nascida em 1483, vinte anos antes de sua eleição). Algumas fontes indicam que ele tinha mais duas filhas ilegítimas, que morreram em sua infância. Além disso, alguns contemporâneos (possivelmente difamatórios) relatam a acusação de sodomia. Segundo o Concílio cismático de Pisa em 1511, ele era um sodomita "coberto de úlceras vergonhosas."
  2. Papa Paulo III (1534-1549) realizada fora de sua ordenação, a fim de continuar o seu estilo de vida promíscuo, pai de quatro filhos ilegítimos (três filhos e uma filha) por sua amante Silvia Ruffini. Rompeu suas relações com ela em 1513. Não há evidência de atividade sexual durante seu papado. Fez o seu filho ilegítimo, Pier Luigi Farnese primeiro duque de Parma.
  3. Papa Pio IV (1559-1565) teve três filhos ilegítimos antes de sua eleição ao papado.
Sexualmente ativos durante seu pontificado:

Junto com outras queixas, as atividades dos papas entre 1458-1565, ajudaram a incentivar a reforma protestante.
  1. Papa Sérgio III (904-911) foi supostamente o pai do Papa João XI com Marózia, de acordo com Liutprando de Cremona em sua Antapodosis, bem como a Liber Pontificalis. Contudo, deve-se notar que este é disputado por outra fonte, o cronista Flodoardo (c. 894-966), João XI era irmão de Alberico II de Espoleto, sendo este última a prole de Marózia e seu marido Alberico I de Espoleto. Daí também pode ter sido o filho de Marózia e Alberico I. Bertrand Fauvarque salienta que as fontes contemporâneas que sustentam esta paternidade é duvidosa, sendo Liutprando "propenso ao exagero", enquanto outras referências a esta paternidade aparecem em sátiras escrita por adeptos do Papa Formoso.
  2. Papa João X (914-928) teve casos românticos com tanto Teodora e sua filha Marózia, de acordo com Liutprando de Cremona em sua Antapodosis: "O primeiro dos papas a ser criado por uma mulher e depois destruído por sua filha".
  3. Papa João XII (955-963) (deposto pelo Conclave), foi dito ter transformado a Basílica de São João de Latrão em um bordel e foi acusado de adultério, prostituição, incesto (Fonte: Patrologia Latina). O monge cronista Bento Soracte anotou em seu volume XXXVII que ele "gostava de ter uma coleção de mulheres". Segundo Liutprando de Cremona em sua Antapódose, "que testemunhou sobre seu adultério, que não viram com seus próprios olhos, mas mesmo assim sabiam com certeza: ele tinha fornicado com a viúva de Rainier, com Stephana concubina de seu pai, com a viúva Anna, e com sua sobrinha, e fez do palácio sagrado em um bordel." De acordo com o The Oxford Dictionary of Popes, João XII foi "um cristão Calígula cujos crimes foram rendidos particularmente horríveis pelo gabinete que ocupou." Foi morto por um marido ciumento, enquanto no ato de cometer adultério com a esposa do homem.
  4. Papa Bento IX (1032-1044, novamente em 1045 e, finalmente 1047-1048) foi dito ter conduzido uma vida dissoluta, durante seu papado. Acusado pelo Bispo de Benno Placenta de "muitos adultérios vis e assassinatos." O Papa Vítor III referindo no seu terceiro livro dos Diálogos com os "seus estupros, assassinatos e outros atos inqualificáveis. Sua vida como um Papa tão vil, tão vil, tão execrável, que eu tremo só de pensar nisso." É solicitado São Pedro Damião para escrever um extenso tratado contra o sexo em geral e a homossexualidade em particular. Em seu Liber Gomorrhianus, São Pedro Damião registrou que Bento IX "deleitou-se em imoralidade" e que ele era "um demônio do inferno sob o disfarce de um padre", acusando Bento IX de rotina de sodomia e bestialidade, e foi acusado de ter patrocinado orgias. Em maio de 1045, Bento IX renunciou a seu cargo para exercer o casamento, vendendo seu papado por 1.500 quilos de ouro para seu padrinho, o piedoso sacerdote João Graciano, que se nomeou o próprio Papa Gregório VI.
  5. Papa Alexandre VI (1492-1503) teve um caso muito especial com Vannozza dei Cattanei antes do seu pontificado, com quem teve seus famosos filhos ilegítimos Cesare Borgia e Lucrezia Borgia. Uma amante depois, Giulia Farnese, era irmã de Alessandro Farnese, que depois se tornou Papa Paulo III. Teve um total de pelo menos sete e, possivelmente, tantos como dez filhos ilegítimos.
Suspeitos de terem tido amantes do sexo masculino durante o pontificado:
  1. Papa Paulo II (1464-1471) foi acusado de ter morrido de um ataque cardíaco, durante um ato sexual com um pajem.
  2. Papa Sisto IV (1471-1484) foi acusado de dar dons e benefícios concedidos aos favoritos da corte em troca de favores sexuais. Giovanni Sclafenato foi criado do cardeal Sisto IV para a "ingenuidade, lealdade... e seus outros dons de corpo e alma", de acordo com o epitáfio papal sobre seu túmulo. Tais reivindicações foram gravadas por Stefano Infessura, em seu diarium urbis Romae.
  3. Papa Leão X (1513-1521) foi acusado de ter uma paixão especial por Marc-Antonio Flaminio.
  4. Papa Júlio III (1550-1555) foi acusado de ter tido um longo caso extraconjugal com Innocenzo Ciocchi del Monte. O embaixador de Veneza na época informou que Innocenzo compartilhava o quarto e cama do papa. Segundo o The Oxford Dictionary of Popes, era "naturalmente indolente, dedicou-se a atividades prazerosas com episódios ocasionais de atividade mais graves".
Documentos de Jesus Cristo.

Às vezes, é alegado que existe uma coleção de documentos que se referem diretamente a Jesus, como a ordem de execução de Jesus, assinada por Pôncio Pilatos, ou foram escritos pessoalmente por Jesus, explicando aos seus seguidores como conduzir a formação do Cristianismo após sua morte, ou até mesmo a data exata do seu retorno para a humanidade no juízo final. Estes documentos seriam um segredo bem guardado pela Igreja, e supostamente estão escondidos nos Arquivo Secreto do Vaticano, ou transferidos para um abrigo subterrâneo no caso em que a Alemanha nazista viesse a invadir o Vaticano.

No entanto não há nenhuma evidência sólida para qualquer um dessas alegações, na história, houve somente um documento que foi atribuído ao próprio Jesus, a Carta de Cristo e Abgarus. Estudiosos em geral acreditam que as cartas foram fabricadas, provavelmente no século III D.C. Mesmo em tempos antigos, Agostinho de Hipona e Jerônimo sustentaram que Jesus não escreveu nada durante sua vida. A correspondência foi rejeitada como apócrifo pelo Papa Gelásio I em um sínodo romano (c. 495).

Teorias Conspiratórias envolvendo o Papa João XXIII.

O Papa João XXIII (1881-1963) foi alvo de várias acusações e teorias de conspiração, que são feitas e defendidas maioritariamente por alguns grupos de católicos tradicionalistas, entre os quais se destacam os sedevacantistas e os conclavistas. Como por exemplo, estes grupos minoritários e marginalizados defendem que João XXIII era maçom ou rosacruciano; e era um herege modernista por defender o ecumenismo, a liberdade religiosa e a realização do Concílio Vaticano II. Por acusá-lo de ser um herege, alguns até defendem a teoria conspiratória de que João XXIII era um antipapa que usurpou ilegalmente a cátedra de São Pedro, que devia pertencer ao cardeal Giuseppe Siri

Escrevi um post completo sobre teorias envolvendo João XXIII.

Teorias Conspiratórias Envolvendo A Morte do Papa João Paulo I.

Tumba de João Paulo I. Créditos: Wikipédia.
O Papa João Paulo I morreu em 28 de setembro de 1978 apenas 33 dias após a sua eleição para o papado. A brevidade de seu pontificado e as contradições, erros e imprecisões na versão do Vaticano sobre esta suscitam até hoje especulações a respeito de que teria sido vítima de uma conspiração. Apesar da falta de provas e conclusões, há muito fantasia na hipótese de que o Papa tenha sido envenenado durante a noite.

O Vaticano afirma que o papa João Paulo I morreu de um ataque cardíaco em sua cama, e que a autópsia não foi realizada devido à oposição de alguns membros da família. Alguns aspectos desta declaração oficial, no entanto, foram mais tarde contrariada: não foi o irlandês John Magee (então bispo), que foi secretário pessoal dos papas Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, a primeira pessoa a encontrar o cadáver do papa, mas uma das freiras que cuidavam de afazeres domésticos, como foi conhecido em 1988; a família do falecido papa, em 1991, revelou que não faleceu em sua cama, mas em seu escritório; e, além disso, teria sido feito uma autópsia, de acordo com outros relatórios. Estas inconsistências oficiais, juntamente com outros fatores de desenvolvimento econômico, têm dado origem a teorias conspiratórias que apontam para um envenenamento do pontífice.

Um dos inúmeros boatos surgidos após a morte de João Paulo I diz que seu pontificado entrara em choque com ideias e interesses da Opus Dei. Sua saída repentina do cenário daria espaço a setores da Igreja ligados à Cúria Romana, mais empenhados em combater as tendências socialistas então emergentes no clero em vários países. Alguns especuladores reforçaram a tese com a eleição de João Paulo II, um pontífice conservador em relação a diversas questões, como contracepção e política. De fato, o ainda bispo Luciani desejara ao menos uma revisão das posições tradicionais da Igreja Católica sobre estes temas, consultando-se com especialistas em reprodução humana e com filósofos e pensadores de distintas religiões.

Existem também algumas teses que defendem que os negócios pouco claros entre o Banco Ambrosiano e o Banco do Vaticano foram o motivo do seu assassinato perpetrado pela alta hierarquia da Igreja Católica em cumplicidade com a máfia ligada ao Banco Ambrosiano e as irmandades secretas maçônicas, já que o objetivo deste Papa seria a denúncia de crimes econômicos e tencionando começar esse desafio pessoal dentro da igreja.

Alguns teóricos conspiracionistas ligam a morte de João Paulo (em setembro de 1978) com a imagem do "bispo vestido de branco", dito ter sido visto por Lúcia Santos e os seus primos Jacinta Marto e Francisco Marto, durante as aparições de Nossa Senhora de Fátima em 1917. Em uma carta a um colega, João Paulo disse que ele estava profundamente comovido por ter encontrado com Lucia e prometeu realizar a Consagração na Rússia.
  • Livro de David Yallop.
O jornalista britânico David Yallop publicou em 1984, após longa pesquisa, a obra Em nome de Deus (In God's Name), na qual oferece pistas sobre uma possível conspiração para matar João Paulo I. A dar-se crédito às fontes de Yallop (que incluem inúmeros clérigos e habitantes da cidade do Vaticano), João Paulo I esboçara, no início de seu breve pontificado, uma investigação sobre supostos esquemas de corrupção no IOR (Istituto per le Opere di Religione, a mais poderosa instituição financeira do Vaticano, vulgo Banco do Vaticano), que possuía muitas ações do Banco Ambrosiano. O Banco do Vaticano perdeu cerca de um quarto de bilhão de dólares. Logo após eleger-se papa, ele ficara a par de inúmeras irregularidades no Banco Ambrosiano, então comandado por Roberto Calvi, conhecido pela alcunha de "Banqueiro de Deus" por suas íntimas relações com o IOR. Esta corrupção foi real e é conhecida por ter envolvido o chefe do Banco do Vaticano, Paul Marcinkus, juntamente com Calvi, que era um membro da P2, uma loja maçônica italiana ilegal. Ele foi encontrado enforcado numa ponte em Londres, depois de ter desaparecido antes da corrupção se tornar pública. Sua morte foi inicialmente dada como suicídio, e um segundo inquérito - ordenado por sua família -, em seguida, retornou a um "veredicto aberto".

Entre os envolvidos no esquema, estaria o então secretário de Estado do Vaticano e Camerlengo, Jean Villot, o mafioso siciliano Michele Sindona, o cardeal de Chicago John Cody e o bispo Paul Marcinkus, então presidente do Banco do Vaticano. As nebulosas movimentações financeiras destes não passaram despercebidas pelo "Papa Sorriso". Tambem são citados supostos membros da loja maçônica P2, como Licio Gelli (deve-se ressaltar que pertencer a essa comunidade secreta sempre foi e ainda é considerado motivo de excomunhão pela Igreja Católica).

A Cúria Romana como um todo teria rechaçado o perfil humilde e reformista de João Paulo I. Diversos episódios no livro corroborariam essa tendência: o "Papa Sorriso" sempre repudiou dogmas, ostentação, luxo e formalidades; para ficar num exemplo, ele detestava a sedia gestatória, a liteira papal (argumentando que, por mais que fosse o líder espiritual de quase mil milhões de católicos, não se sentia importante a ponto de ser carregado nos ombros de pessoas). Após muita insistência curial, ele passou a usá-la.

Yallop cita a digitalina (veneno extraído da planta com o mesmo nome) como a droga usada para pôr fim ao pontificado de João Paulo I. Essa toxina demora algumas horas para fazer efeito; Yallop defende que uma dose mínima de digitalina, acrescentada à comida ou à bebida do papa, passaria despercebida e seria suficiente para levar ao óbito. E para o autor de Em nome de Deus, teria sido muito fácil, para alguém que conhecesse os acessos à cidade do Vaticano, penetrar nos aposentos papais e cometer um crime dessa natureza. Outras obras de investigação fontes também lançam a teoria de envenenamento: o livro El día de la cuenta do sacerdote espanhol Jesús López Sáez, pressume que o Papa foi envenenado com uma forte dose de um vasodilatador.

Sem se deter na morte de João Paulo I, Yallop ainda insinuou que João Paulo II seria conivente com todas as irregularidades detectadas no breve pontificado de seu antecessor.
  • Livro de John Cornwell.
As teorias defendidas por Yallop foram parcialmente refutadas pelo escritor John Cornwell, também britânico, em seu livro A Thief in the Night (Um Ladrão na Noite). Em diversos tópicos, como o horário e a causa da morte do Papa, Cornwell contesta as afirmações e provas de Yallop e oferece sua versão, mantendo o debate aberto. Os que defendem as teses expostas em Em Nome de Deus afirmam que Cornwell seria ligado a personalidades influentes da Cúria Romana, embora apontem como ocorrências incomuns a estranheza da maneira como se deu o rápido embalsamamento do papa, as notícias contraditórias sobre quem encontrou o corpo e o fato de João Paulo I não ter sido devidamente atendido por médicos através de procedimentos para a prevenção de sua morte e a corrupção que envolvia Marcinkus.
  • Abbé Georges de Nantes.
O teólogo tradicionalista Abbé Georges de Nantes passou grande parte de sua vida construindo um caso de assassinato contra o Vaticano, coletando depoimentos de pessoas que conheceram o Papa, antes e após a sua eleição. Seus escritos entram em detalhes sobre os bancos e sobre a suposta descoberta de João Paulo I de alguns sacerdotes maçons no Vaticano, juntamente com uma série de suas propostas de reformas e devoção a Fátima.
  • Suposta Previsão de Nostradamus.
Em sua obra Centúrias, o profeta francês do século XVI Nostradamus teria previsto a morte de um papa em circunstâncias muito semelhantes às de um suposto assassinato de João Paulo I (profecia relatada na Centúria 10, Quadra 12), embora não estejam específicas outras circunstâncias, como nome e época:

O papa eleito será traído por seus eleitores,
Esta pessoa prudente será reduzida ao silêncio.
Eles o matarão porque ele era muito bondoso,
Atacados pelo medo, eles conduzirão sua morte à noite.
  • Cultura popular.
  1. O livro de Malachi Martin Vatican: A Novel é um romance com base na história papal recente. Embora oficialmente um trabalho de ficção, Martin propõe a teoria de que o papa foi assassinado pela União Soviética, porque iria abdicar da política benigna de seus dois antecessores, João XXIII e Paulo VI no sentido de acomodar o comunismo, e novamente condená-lo como uma ideologia totalitária ateia. Martin acredita que a estrutura da Igreja foi infiltrada por décadas por agentes Illuminati que alcançaram posições de influência e de alta patente, como Jean-Marie Villot, naquela época Cardeal Secretário de Estado.
  2. O filme de 1990, O Poderoso Chefão III, apresentou um elemento da história retratando a Società Generale Immobiliare a maior empresa imobiliária do mundo, cujo antigo maior acionista era a Santa Sé e o Banco do Vaticano envolvidos no crime organizado durante e depois da morte do velho papa e a eleição de um cardeal fictício chamada Lamberto ao papado. Lamberto leva o nome papal de "João Paulo I" e, como o real Papa João Paulo I, ele morre misteriosamente; depois de um secretário entrar em seu quarto para lhe dar uma xícara de chá, que "iria ajudá-lo dormir", o Papa dorme em paz, porém, mais tarde, uma freira entra no mesmo quarto e tenta acordá-lo de seu sono, verificando que o mesmo está sem vida.
  3. O romance do escritor português Luís Miguel Rocha intitulado O Último Papa e publicado em 2008, apoia a teoria de que João Paulo I foi assassinado.
  4. Em The Company: A Novel of the CIA por Robert Littell, o Papa João Paulo I é assassinado por um assassino contratado pela KGB.
  5. The Last Confession é uma peça escrita por Roger Crane. É um thriller que acompanha as tensões dramáticas, crises de fé, e manobras políticas dentro do Vaticano em torno da morte do Papa João Paulo I. A peça percorreu o Reino Unido na primavera de 2007, antes de ser transferida para o Teatro Haymarket, com um elenco que inclui David Suchet. Posteriormente, foi transmitido pela BBC Radio 4 em 4 de outubro de 2008. Em outubro de 2010, a peça foi levada para a Europa continental pelo Grupo de Teatro Antuérpia "De Speling"
Tentativa de assassinato do Papa João Paulo II.

A primeira tentativa de assassinato do Papa João Paulo II ocorreu em 13 de maio de 1981, uma quarta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O papa foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Ağca, um terrorista turco, enquanto estava a entrar na praça. João Paulo II foi atingido duas vezes e sofreu perda de grande quantidade de sangue. Ağca foi detido imediatamente e posteriormente condenado à prisão perpétua por um tribunal italiano. Mais tarde, o Papa perdoou o terrorista pela tentativa de homicídio. Ele também recebeu o perdão do então presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, a pedido do religioso e foi deportado para a Turquia em junho de 2000.
  • O Atentado.
O local exato do atentando foi marcado no chão da Praça
de São Pedro. Em uma rocha, estão o brasão de armas
de João Paulo II e a data do atentado, em numerais romanos.
Créditos: Wikipédia.
Quando ele entrou na Praça de São Pedro para discursar para uma audiência em 13 de maio de 1981, João Paulo II foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Ağca, um perito atirador turco que era membro do grupo militante fascista Lobos Cinzentos. O assassino usou uma pistola semi-automática 9 mm Browning, atingindo-o no abdômen e perfurando seu cólon e intestino delgado várias vezes. João Paulo II foi levado às pressas para a Policlínica Gemelli. No caminho para o hospital, ele perdeu a consciência. Ele passou por cinco horas de cirurgia para tratar sua perda maciça de sangue e feridas abdominais. Os cirurgiões realizaram uma colostomia, reencaminhando temporariamente a parte superior do intestino grosso para deixar a parte danificada inferior curar. Quando ele ganhou rapidamente a consciência antes de ser operado, ele instruiu os médicos para não remover o seu Escapulário de Nossa Senhora do Carmo durante a operação. O Papa afirmou que Nossa Senhora de Fátima ajudou a mantê-lo vivo durante todo o seu calvário.
“Eu poderia esquecer que o evento (Tentativa de assassinato de Ali Agca) na Praça de São Pedro teve lugar no dia e na hora em que a primeira aparição da Mãe de Cristo aos pastorinhos estava sendo lembrada por 60 anos em Fátima, Portugal? Mas em tudo o que aconteceu comigo naquele mesmo dia, senti que a proteção extraordinária maternal e cuidadosa, acabou por ser mais forte do que a bala mortal.” 
Papa João Paulo II -Memória e Identidade, Weidenfeld & Nicolson, 2005, p.184
Em 2 de março de 2006, uma comissão parlamentar italiana, a Comissão Mitrokhin, criada por Silvio Berlusconi e dirigida pelo senador da Forza Italia, Paolo Guzzanti, concluíram que a União Soviética estava por trás do atentado contra a vida de João Paulo II, em retaliação do apoio dado pelo Papa para a organização Solidariedade, o movimento católico de trabalhadores trabalhadores pró-democracia, uma teoria que já havia sido apoiada por Michael Ledeen e a Agência Central de Inteligência dos Estado Unidos. O relatório italiano declarou que certamente os departamento de segurança da Bulgária Comunista foram utilizados para evitar que fosse descoberto o papel da União Soviética. O relatório afirmou que a Inteligência militar soviética (Glavnoje Razvedyvatel'noje Upravlenije) — e não a KGB — foi responsável. O porta-voz do Serviço de inteligência das Relações Exteriores da Rússia, Boris Labusov, chamou a acusação de ‘absurda’. Embora o Papa tivesse declarado, durante uma visita em maio de 2002, para a Bulgária, que não acreditava que aquele país estivesse envolvido com a tentativa de assassinato, seu secretário, Cardeal Stanisław Dziwisz, alegou em seu livro A Life with Karol, que o Papa estava particularmente convencido que a ex-União Soviética estava por trás da tentativa de assassinato. Bulgária e Rússia contestaram as conclusões da comissão italiana, apontando que o Papa negou a conexão búlgara.

Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassinato de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão. Dois dias depois do Natal em 1983, João Paulo II visitou a prisão onde seu pretenso assassino estava sendo mantido. Os dois conversaram privadamente por 20 minutos.

Internado de urgência na Policlínica Agostini Gemelli, o papa foi submetido a delicada cirurgia de cinco horas e vinte minutos, com extirpação de 55 centímetros de intestino. Em 20 de Junho, 17 dias depois de ter alta, é internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção de cytomegalovirus, resultante da operação anterior.

Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de Maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o ter salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.

Fontes.                                                                                                                                     006 de 186 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lendas_em_torno_do_papado

https://pt.wikipedia.org/wiki/Vig%C3%A1rio_de_Cristo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorias_da_conspira%C3%A7%C3%A3o_envolvendo_o_Papa_Jo%C3%A3o_Paulo_I

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tentativa_de_assassinato_do_Papa_Jo%C3%A3o_Paulo_II

http://fatoefarsa.blogspot.com/2013/06/lendas-em-torno-do-papado-de-roma-um.html

https://www.terra.com.br/noticias/mundo/dia-do-papa-lenda-ou-realidade-conheca-a-historia-da-papisa-joana,4e276ab7376c72bb5abcde318ed9c5f8qcjcRCRD.html

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