quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Enciclopédia das Lendas Urbanas: O Carona do Além / da Morte / O Passageiro (Assassino) do Banco de Trás.

Lendas urbanas, mitos urbanos ou lendas contemporâneas são pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, por e-mails ou pela imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno. São frequentemente narradas como sendo fatos acontecidos a um "amigo de um amigo" ou de conhecimento público.

Muitas delas já são bastante antigas, tendo sofrido apenas pequenas alterações ao longo dos anos. Muitas foram mesmo traduzidas e incorporadas a outras culturas. É o caso, por exemplo, da história da loira do banheiro, lenda urbana brasileira que fala sobre o fantasma de uma garota jovem de pele muito branca e cabelos loiros que costuma ser avistada em banheiros, local onde teria se suicidado ou, em outras versões, sido assassinada.

Outras dessas histórias têm origem mais recente, como as que dão conta de homens seduzidos e drogados em espaços de diversão noturna que, ao acordarem no dia seguinte, descobrem que tiveram um de seus rins cirurgicamente extraído por uma quadrilha especializada na venda de órgãos humanos para transplante.

Muitas das lendas urbanas são, em sua origem, baseadas em fatos reais (ou preocupações legítimas), mas geralmente acabam distorcidas ao longo do tempo. Com o advento da Internet, muitas lendas passaram a ecoar de maneira tão intensa que se tornaram praticamente universais. Universais a Ponto de sempre terem variações.

Neste 2° Índice Enciclopédico deste ano falarei da Lenda do Carona do Além / da Morte / O Passageiro (Assassino) do Banco de Trás. Lendas que seguem os mesmo Honorífico do Mito do Opala Preto.

1° Variação: O Carona do Além.

No Dia de Finados, Lisley está voltando de uma visita que fez para sua tia Olívia, já falecida e enterrada no Cemitério do (Qualquer um de sua cidade). No caminho de volta, Lisley, avista na beirada da Estrada, um Homem de terno preto com o rosto todo desfigurado, acenando querendo carona.

Assustada com aquela criatura horrorosa, a moça acelera o carro e sai cantando pneu pela estrada, naquela escuridão.

Atormentada com o Fantasma que a pedia Carona, a cada quinze minutos, o Fantasma, aparecia na beira da Estrada lhe pedindo Carona, e ela acelerava ainda mais, inconformada e nervosa com a perseguição que o Fantasma lhe fazia.

Chegou um certo momento na Estrada, que o pneu do Carro de Paula explodiu, após ela sem querer cantar tanto pneu, com os sustos do Fantasma, que o pneu estava a cada vez mais careca e acabou explodindo. Sozinha e sem pneu para o carro, e ainda mais, com medo, Lisley, vagarosamente saiu do carro, para procurar alguém que poderia lhe ajudar a arranjar um pneu novo, mas em volta, havia só mato, mato e mais mato, e ela a cada vez mais apavorada e com medo do espírito aparecer de novo.

Andando mais um pouco, ela encontrou um pequeno rancho e lá dentro um homem trabalhava, ela chegou mais próximo e contou ao homem o que lhe acontecera, o homem era engenheiro, e ali dentro do rancho, havia um pneu que o homem não usava, a acompanhou e colocou o pneu no carro dela, mais aliviada, ela pediu obrigado e seguiu viagem, quando estava no caminho, e foi olhar para o espelho, no Banco de trás, ela viu o Homem que estava lhe pedindo carona, sentado. Sem reações e aflita de medo, ela o perguntou:

- Porque você me segue?

- Custa dar uma carona para mim? Estou indo para onde você vai? - Respondeu.

2° Variação: A Carona da Morte.

Vitória é uma moça muito bonita, morena e magra que nas ferias resolveu viajar. Quando estava indo tranquilamente, no meio do caminho, o pneu fura o carro derrapa e sai da pista.

Bela assustada resolve chamar o borracheiro e depois segue para o posto de gasolina onde vê um homem de terno com a cara ferida e rasgada pedindo carona, pouco depois o homem desaparece misteriosamente. Vitória segue sua viagem, mas em todo canto que ela olha lá esta aquele homem feio lhe pedindo carona.

 Já de noite o pneu de Vitória fura novamente e ela com muito medo daquele homem feio resolvem pedir ajuda para um senhor em sua casa que a ignora.

De repente Vitória avista um marinheiro que a ajuda a trocar o seu pneu e da carona ao rapaz, depois Vitória da de cara com aquele homem pedindo carona e tenta atropelá-lo fazendo varias curvas, o marinheiro achando que Vitória é uma louca desce do carro e vai embora, Vitória implora para ele não a deixar sozinha, mas ele segue.

 Desesperada Vitória liga para sua casa e quem atende é Fernanda, a nova governanta da casa e fala que a mãe de Vitória esta em uma clinica para loucos.

 - Não, ela nunca teve problemas mentais! - Retruca Vitória.

 - Tudo aconteceu recentemente, há três dias quando Vitória, a filha mais nova dela morreu em um acidente de carro, quando o carro derrapou e saiu da pista. Vitória sem dizer mais nada desliga o telefone boquiaberta, entra no carro, olha para trás e vê o tal homem, que diz:

- Agora você entendeu Vitória que estamos indo para o mesmo lugar?!

 E os dois desaparecem misteriosamente.

Lisley e Vitória  suaram frio, não compreendendo o que o espirito zombeteiro queria dizer com aquelas palavras, apenas uma Luz tão forte se revela na estrada. Uma Carona para a entrada do Mundo dos Mortos.

3° Variação: O Passageiro (Assassino) do Banco de Trás.

“A história que vou contar é verídica e foi tão chocante na época que se tornou notícia em vários estados americanos. Tornou-se notícia de jornal, história  na internet e chegou a ser tema de alguns filmes de terror em Hollywood.”

Amanda estava numa alegria contagiante. Enquanto dirigia o carro que seu pai havia emprestado, cantava em alto e bom som a música que tocava no rádio do carro. Amanda havia ganhado uma bolsa de estudos em Oklahoma e apesar de morar no Texas, estado vizinho, toda a família vibrou com a conquista da moça. É costume nos Estados Unidos após a formatura, entre os dezoito e dezenove anos, os filhos irem morar longe, estudarem em universidades em outras cidades e estados.

O carro estava cheio de caixa e outras coisas de Amanda. Quando saiu de mudança, o pai disse que poderia levar o carro que ele iria buscar no final de semana. Então Amanda ganhou estrada e foi cruzar o imenso estado do Texas, dirigindo sozinha… Um pouco com medo, por causa da aventura nova, mas cheia de coragem e esperanças.

Amanda sabia que sua vida começaria agora. Faculdade, amigos novos, namorados, festas, bebidas, porres dignos da sua idade e também algum estudo de vez em quando para não deixar os pais tristes. Por isso seu coração era só alegria e a rádio local parecia adivinhar as músicas que lhe vinham à mente para satisfazer este momento mágico de extrema alegria.

A noite caiu rápida e com a escuridão veio uma chuva que aos poucos aumentava até tornar-se uma tempestade. Os faróis do carro iluminavam a estrada negra e as gotas grossas da chuva pareciam dançar na luz. Era um trecho nada urbano e muitas árvores e uma vegetação densa corriam paralelas à estrada. Apesar do bom humor de Amanda a menina não deixou de notar que a pouca iluminação na estrada e a pouca sinalização tornavam o seu caminho até a felicidade um verdadeiro desafio que com certeza ela iria vencer.

Olhou para os lados e os galhos e as copas das árvores pareciam mãos retorcidas tentando agarrá-la na estrada. Era um medo infantil e infundado, mas era normal, pensou consigo.

Estava frio, escuro e chovendo. Ela estava sozinha e dirigindo em uma daquelas intermináveis estradas do Texas e mesmo sem querer, lembrava de histórias de terror que havia aprendido com os amigos nos acampamentos de verão. Eram histórias de caronas homicidas ou fantasmas que vagavam por estradas desertas.


– Que bobagem! Até parece que eu pararia o carro. Eu não vou parar o carro por nada desse nunca agora nesta escuridão e nem aqui, no meio do nada.

Como atendendo a um carma maligno ou talvez uma ironia sombria, uma luz começa a piscar no painel do carro. Amanda olha e percebe que a gasolina está além do nível da reserva e que provavelmente a gasolina iria acabar a qualquer momento.

– Ai meu Deus… Não! Agora não! – Amanda abaixou a volume do rádio e começou a prestar atenção à estrada. Após uma curva sinuosa, a garota sorri e torce para que o carro consiga chegar até um posto obscuro que apareceu do nada à margem da estrada.

O carro entra suavemente no posto de gasolina e Amanda estaciona em frente a uma das bombas de gasolina, olha para o lado e buzina na esperança de alguém vir atendê-la. Enquanto espera, Amanda olha a sua volta e sente um mal estar repentino. A estrada é só escuridão, pouco além apenas mato, e o posto parece abandonado. Tudo no posto é velho e gasto. As bombas de gasolina são antigas e tão gastas, descascadas e enferrujadas. A luz do único poste do posto piscava e soltava algumas faíscas em meio às gotas grossas de chuva e ao fundo, o próprio posto parecia uma oficina velha ou algum tipo de ferro-velho abandonado. Amanda pegou sua bolsa para pegar o cartão de crédito, aproveitou para ver seu celular e percebeu que estava sem sinal. Fixou seus olhos no indicador de bateria e em sua distração nem percebeu que um vulto surgiu num salto ao lado do seu vidro no carro. Ele bateu no vidro três vezes e olhou para dentro do carro.

Amanda olhou assustada e percebeu um homem loiro de aspecto rude e olhos penetrantes. Ele usava um macacão cinza e uma capa de chuva. O boné em sua cabeça cobria parte do rosto e tufos de cabelos desgrenhados saltavam por baixo do boné de frentista. O homem olhava de forma estranha para ela e para dentro do carro, como se procurasse algo. Não querendo ir contra seu sexto-sentido e seu medo natural, Amanda aperta apenas de leve o botão do vidro elétrico e baixando apenas o espaço de dois dedos e passa o cartão de crédito ao homem:

– Encha o tanque, por favor! – ela falou alto, quase num grito pois o barulho da chuva era enorme.

O frentista pega o cartão e antes de partir olha por cima do ombro em direção a Amanda. Esse gesto faz com que ela sinta seu sangue gelar. Mesmo assim ela se controla e aguarda impacientemente a transação com o cartão.

Dois minutos depois a homem volta e bate novamente no vidro. Mas desata vez diz numa voz engasgada e entrecortada:

– Mo – moça! O Ca – cartão! FFF foi negado. A op op operadora está no  telefone. T t tem que vir vir comigo!

Amanda sentiu um calor e uma aflição tomou conta dela. Era lógico que aquilo estava estranho demais. Ela estava com medo e lembrou-se do seu pai. Queria que ele estivesse lá. Mas, não estava e ela teria que resolver sozinha. Respirou fundo e disse por cima do vidro da janela:

– Só um minutinho. Estou indo. – abriu sua bolsa e discretamente pegou uma lata de spray de pimenta. Escondeu em sua mão dentro da manga de sua capa. Colocou o gorro da capa e abriu a porta. Desceu e correu até a porta do escritório do posto. O frentista seguiu atrás.

Assim que entraram Amanda  sentiu-se em meio a um filme de terror. O local era totalmente abandonado com cadeiras caídas e de pernas para o ar, armários enferrujados e sujos de poeira, balcões imundos e jornais jogados por todos os lados. Apanhou o telefone amarelado pelo tempo e gaguejou:

– A – alô?

Um bip repetido e contínuo indicou à menina que não havia ninguém do outro lado da linha – mas o que está acontecendo? Mal ela havia perguntado e olhando para trás pode ver o frentista rapidamente trancando a porta da sala e vindo diretamente em sua direção.

-Não! – ela gritou e recuou para trás.

O frentista agarrou seus ombros e cerrou os dentes. Entre o canto da boca sussurrou: – Pa- pa-para com isso! Pare!

Amanda atirou-se para o lado e gritou novamente tentando abrir a porta, caiu no chão e o frentista agarrou suas pernas. Ela virou-se e pode ver a cara de ódio que ele fazia. Agarrou então a lata de spray de pimenta e acertou uma grande borrifada nos olhos do frentista que caiu no chão gritando e gaguejando.

O frentista agonizava no chão e então Amanda aproveitou para dar-lhe um chute na virilha e agarrou as chaves que estavam em seu cinto. Abriu a porta e saiu correndo em disparada. Olhou para trás e pode ver o mostro ainda levantando para persegui-la. Ela entrou no carro e travou as portas. No momento em que ia colocar a chave na ignição suas mãos tremeram e ela derrubou as chaves do carro.  Abaixou rapidamente e quando levantou assustou-se por ver o maldito frentista ainda esmurrando a janela do carro e gritando palavras inteligíveis no meio da chuva.

Assim que ligou o carro, Amanda pisou no acelerador e derrubou o frentista no meio da estrada. Acelerava o máximo que podia tentado deixar um pesadelo para trás. Assim que levantou do chão, o frentista ainda tentou correr atrás do carro, mas Amanda estava longe. Ele parou no meio da estrada escura e ainda tentou numa última esperança vencer sua gagueira e gritar bem alto para que a moça pudesse escutar:

– TEM UMA PESSOA ESCONDIDA NO BANCO DE TRÁS DO SEU CARRO!

No dia seguinte a polícia encontrou acidentado em uma árvore, o carro de uma moça. O pára-brisa estava despedaçado e o corpo estava decapitado. Uma cabeça estava caída numa poça de sangue em cima do banco de passageiros. No banco de trás uma machado ensanguentado repousava com se fosse um passageiro que pediu carona. Seu silêncio guardava o segredo de uma viagem macabra com um destino certo: A Morte!

Ressalvas.

As 3 lendas Descritas fazem parte das chamadas Lendas Automobilistas, como o Opala Preto e o Trem/Ferrovia Fantasma. As duas primeiras com essas principais variações envolvem mais o campo sobrenatural do que natural.

O Passageiro (Assassino) do Banco de Trás. (também conhecida como Farol Alto) é uma lenda urbana comum conhecida principalmente nos Estados Unidos e Reino Unido. Foi observada pela primeira vez pelo folclorista Carlos Drake em 1968 em textos coletados por estudantes da Universidade de Indiana.

A lenda envolve uma mulher que está dirigindo e sendo seguida por um estranho em um carro ou caminhão (Como visto Acima). O perseguidor misterioso pisca seus faróis alto. Quando ela finalmente chega em casa, ela percebe que o motorista estava tentando avisá-la de que havia um homem (um assassino, estuprador ou paciente com transtorno mental escapado) escondido em seu banco de trás. Cada vez que o homem se sentava para atacá-la, o motorista de atrás usava seus faróis altos para assustar o assassino, no qual ele se abaixava.

Em algumas versões, a mulher para em um posto de gasolina para abastecer, e o atendente pede-lhe para entrar para resolver um problema com seu cartão de crédito. Dentro da estação, ele pergunta se ela sabe que há um homem em seu banco de trás. (Um exemplo desta versão pode ser visto no episódio de 1998 de Millennium, "The Pest House".)
  • Interpretações.
A história é muitas vezes contada com uma moral. O atendente é muitas vezes um lenhador, um camionista ou um homem de aparência suspeita: alguém que a condutora desconfia sem razão. Ela assume que é o atendente que quer lhe fazer mal, quando na realidade é ele quem salva sua vida.
  • Na Cultura Pop.
  1. No filme de John Carpenter, Halloween (1978), a personagem Annie Brackett é assassinada quando ela entra no carro e o assassino Michael Myers se esgueira por trás do banco de trás e corta sua garganta.
  2. O filme Urban Legend (1998) começa com este cenário.

Fontes.                                                                                                                                         009 de 186

http://lendasassustadorasmais.blogspot.com/2012/06/o-carona-do-alem.html

https://mega-contos.blogspot.com/2012/12/a-carona-da-morte.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Assassino_no_banco_de_tr%C3%A1s

https://aminoapps.com/c/creepypastabr_pt/page/blog/lenda-urbana-o-passageiro-do-banco-de-tras/g025_pYdS6uodBMKwmJYlbWN1w3KRMkV00

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