O Guajara é uma entidade zombeteira (brincalhona), muito conhecida do povo Tremembé, (grupos indígenas que atualmente vivem em certas regiões do estado do Ceará). Esta entidade também é conhecida como Duende dos Manguezais, Guari e Pajé do Rio, habitando os mangues de Almofala, no Ceará.
Esse “fantasma” travesso açoita os cães e imita sons variados (p. ex., vozes de animais, ruídos de caçador, árvores sendo cortadas, coletores de mel, etc.), tudo para zombar e se divertir com o temor que causa. Dizem que, algumas vezes, assume a forma de um pato, quando entra nas casas, onde brinca e assusta pessoas. Os pescadores relatam que se alguém sair para pescar no mangue e, de repente, começar a escutar barulhos estranhos, sons de machado, gritos ou assobios, deve voltar para casa imediatamente, pois é sinal de mal-agouro do Guajara e aviso de que, neste dia, a pescaria será ruim.
Caso o pescador insista e desobedeça, será castigado com febre e dores no corpo todo, como se houvesse sido açoitado pelos galhos do mangue que o Guajara carrega na mão. Assim, para escapar de ser atormentado, o caranguejeiro ou pescador deve sempre levar um pouco de fumo e colocar nas raízes do mangue como oferenda.
De acordo com a tradição, o duende é invisível, derivando o pavor pela sua diversidade de simular sons. Além disso, açoita os cachorros, que podem falecer depois do terrível castigo. Aos viajantes impõe a companhia do medo ao gritar pelo caminho.
É também chamado de Guari e Pajé do Rio. Suas características, de acordo com Câmara Cascudo, o aproximam do Saci, Curupira, Caipora, e por conta da moradia, há elementos do Pescador Encantado.
Fontes. 054 de 186
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guajara
http://www.crusta.com.br/biblio/04.Cap%C3%ADtulos/24-educacao_ambiental_manguezais_cap05_lendas_misticismo.pdf
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