sexta-feira, 12 de abril de 2019

CriptoZoologia.

Criptídeo de André Thevet. Créditos: Wikipédia.
Criptozoologia é o estudo de espécies animais lendárias, mitológicas, hipotéticas ou avistadas por poucas pessoas. Inclui também o estudo de ocorrências de animais presumivelmente extintos. A criptozoologia aborda ainda os seus tópicos de um ponto de vista antropológico, procurando relacionar os mitos de várias culturas com animais extintos ou desconhecidos. O termo foi cunhado sobre as expressões cripto- (do grego kryptós, é, ón 'oculto') e zoologia (o ramo da Ciência que estuda os animais).

Os biólogos e zoólogos que seguem uma perspectiva mais tradicional, consideram a criptozoologia como uma pseudociência, fazendo um paralelo com a astrologia em relação à astronomia. É um exemplo de pseudociência, pois baseia-se fortemente em evidência anedótica, histórias e avistamentos.

Apesar de alguns ramos da criptozoologia desafiarem a lógica científica, há exemplos que mostram que este ramo da biologia pode ter mais credibilidade do que seria de se esperar. Os criptozoólogos citam com frequência exemplos como a lula-gigante, o celacanto, o ornitorrinco e o dragão-de-Komodo, todos animais reais e estudados que foram em tempos considerados fantasias alucinadas.

Animais Tidos como Criptidos que a Ciência Provou sua Existência.
  1. Aardvark (Porco-Formigueiro) – Animal tubulidentato africano muito pouco conhecido. O único sobrevivente da família Orycteropodidae.
  2. Celacanto – peixe pré-histórico que vive nos mares africanos.
  3. Dragão-de-komodo – lagarto gigante que vive na Indonésia.
  4. Gorila – primata gigante da África.
  5. Lula-gigante – segundo maior invertebrado existente na Terra.
  6. Lula-colossal – maior invertebrado existente na Terra.
  7. Ocapi – animal da selva africana, parente da girafa, mas com pescoço curto e listras como uma zebra.
  8. Ornitorrinco – mamífero aquático da Austrália. Possui um bico e põe ovos.
  9. Moa – ave extinta que habitava regiões da Nova Zelândia. Desprovida de asas, ela chega a medir cerca de 3 metros de altura.
  10. Guepardo – grande felino da savana africana que era anteriormente conhecido como “Big Cat” (“Grande Gato”).
  11. Hipopótamo-pigmeu – espécie de hipopótamo de menos parte considerada como extinta, porém, foi redescorberta em 1843.
  12. Bisão – mamífero ungulado e ruminante também considerado como extinto, porém foi redescoberto em 1957.
  13. Golfinho-comum-de-bico-longo – espécie semelhante a um golfinho com um bico de maior extensão que também foi considerado como extinto, porém redescoberto na década de 90.
  14. Monoblastozoa – filo atual de invertebrados reconhecido cientificamente.
  15. Lagarto monitor – lagarto de maior porte confirmado em 1878.
  16. Bonobo – primata de pequeno porte confirmado em 1928.
  17. Cavalo-de-przewalski – cavalo de menor porte também conhecido como Cavalo-Selvagem-da-Mongólia, confirmado em 1881.
  18. Wallabee-de-cauda-pontiaguda – (Onychogalea fraenata) – marsupial tido como extinto, porém confirmado em 1973.
  19. Pecari-de-chaco (Catagonus wagneri) – espécie da família Tayassuidae, confirmado em 1975.
  20. Solifugae – Ordem de Artrópodes da classe dos Aracnídeos.
  21. Zebra-de-burchell (Equus quagga burchelli) – espécie de zebra tida como extinta e redescoberta em 2004.
  22. Haliphron Atlanticus – espécie de polvo, considerada a maior do mundo.
  23. Galiteuthis phyllura – Moluscos cefalópodes que englobam lulas transparentes pertencentes à família Cranchiidae.
  24. Marta-americana – Mustelídeo, confirmado em 1850.
  25. Elefante-Pigmeu-de-Bornéu – espécie elefante de menos porte.
  26. Macaco narigudo – espécie de macaco caracterizado por possuir um nariz mais longo do que os outros de sua espécie.
  27. Tubarão de Illinois – comprovado ser um tubarão da Gronelândia pela equipe da série MonsterQuest.
Lista de Animais Estudados na Criptozoologia.
  1. Agogwe - Macaco bípede pequeno da África Oriental. Podem ser Australopithecus que sobreviveram a extinção.
  2. Anaconda gigante - Serpente Gigante em que acredita-se viver na América do Sul
  3. Arqueopterix - Elo perdido entre os dinossauros e aves, é tido atualmente como extinto, apesar de ainda haver quem cogite sua atual existência nos dias de hoje.
  4. Ahool - um morcego gigante que se acredita viver na Indonésia.
  5. Macaco-de-loys - um mono que se acredita existir na América do Sul, o que pela ciência atual seria impossível. Talvez seja uma espécie de macaco da região que se assemelha a um mono devido à evolução paralela.
  6. Baleia de Giglioli - uma baleia com duas barbatanas dorsais.
  7. Bessie - semelhante a Monstro do Lago Ness, habita o Lago Erie.
  8. Besta de Bladenboro - também chamada de Besta Vampira, é uma espécie de puma que habita a Carolina do Norte.
  9. Besta de Bray Road - uma espécie de bípede peludo que habita Elkhorn, Winsconsin.
  10. Besta de Busco - seria uma espécie monstruosamente grande de tartaruga aquática.
  11. Besta de Gévaudan - mamífero carnívoro estranho da França que dizem ser semelhante ao extinto Andrewsarchus.
  12. Besta de Exmoor - grande felino negro que habita a região de Exmoor.
  13. Bunyip - animal misterioso semelhante ao extinto Diprotodon que se acredita viver nos lagos da Austrália.
  14. Cooquie Weezy - uma espécie de orca com patas e pelos pelo corpo que acredita-se viver no Mar do Caribe, pode ser um possível cetáceo com características primitivas.
  15. Con rit - criatura gigante aquática que se acredita ser semelhante a um milípede. Caso exista, deve ser um crustáceo enorme e longo.
  16. Dobhar chu - mamífero aquático que se acredita ser semelhante a um crocodilo peludo. Talvez seja uma população de Pakicetus que escapou a extinção. Se existir será considerado uma espécie primitiva de cetáceo, assim como lêmures são considerados primatas primitivos.
  17. Deinotherium - Proboscídeo fóssil que alguns afirmam ter avistado na África.
  18. Diabo de Jersey - estranha espécie de cavalo bípede com asas, habita Nova Jersey, EUA. Muitos criptozoologistas modernos o consideram uma criatura pseudocriptozoologica e descartam que pertença a sua área de estudo.
  19. Diplocaulus - Uma espécie de anfíbio pré-histórico que acredita-se viver até os dias de hoje.
  20. Dragão - Um ser com aparência de lagarto e com asas geralmente semelhantes a asas de morcegos, muito semelhantes aos Pterossauros.
  21. Emela-ntouka - animal africano aquático que é descrito como uma estranha mistura de crocodilo com rinoceronte. Dizem que é herbívoro, mas que costuma matar elefantes.
  22. Gambo - mamífero marinho que se acredita ser semelhante a um golfinho peludo e com patas traseiras. Caso exista, deve ser um dos cetáceos mais primitivos já descobertos.
  23. Gato de chifres - um mamífero semelhante a um gato, porém com chifres na cabeça que se acredita viver na Indonésia. Se existir é a primeira espécie de mamífero carnívoro com chifres já descoberta.
  24. Golfinho Rinoceronte - uma espécie de golfinho com duas barbatanas dorsais.
  25. Grootslang - uma espécie de serpente gigante cavernícola da África do Sul.
  26. Homem-Mariposa - Conhecido também como Mothman. Uma minoria dos criptozoologistas preferem inclui-lo como uma criaturas criptozoologica. Ufólogos teorizam que o Mothman possa ser uma espécie alienígena que visita a Terra.
  27. Igopogo - semelhante ao Monstro do Lago Ness, habita o Lago Simcoe, Canadá.
  28. Inkanyamba - espécie de serpente aquática, habita os lagos da África do Sul.
  29. Issie - semelhante ao Monstro do Lago Ness, habita o Lago Ikeda, Japão.
  30. Jacaré Luminoso - ser crocodiliano luminescente que habita o Lago Tarumã na cidade de Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil.
  31. Jasconius - um peixe gigante do tamanho de uma ilha que habita os oceanos.
  32. Kraken - uma lula-colossal que seria tão grande capaz de afundar um navio com os próprios tentáculos, primeiramente citada na Mitologia Nórdica. É possível que o kraken seja simplesmente a lula-colossal, não uma espécie separada.
  33. Kongamato - animal voador africano que antes se acreditava ser um pterossauro. Hoje acredita-se que se existir é mais provavelmente uma espécie gigante de morcego.
  34. Kasai-Rex - uma espécie de Dinossauro Terópode carnívoro que acredita-se viver na África
  35. Lagarto peludo - acredita-se ser uma espécie de lagarto que possui de alguma maneira pelos, ou estruturas semelhantes a pelos. Talvez seja um mamífero muito primitivo e semelhante a um lagarto.
  36. Lusca - um monstro marinho que muitos acreditam ser uma espécie de polvo-gigante.
  37. Mapinguari - mamífero bípede sul-americano que se acredita ser uma população sobrevivente de preguiças-gigantes. Talvez seja um primata aparentado com o Ameranthropoides.
  38. Mamute - Animais fósseis que pertenceram ao gênero Mammuthus,á família Elephantidae, na ordem dos Proboscídeos, há ainda quem cogita sua existência atualmente na Rússia.
  39. Megalania - lagarto pré-histórico gigantesco aparentado com os dragões-de-komodo, que acredita-se viver na Austrália. Apenas fósseis foram encontrados mas caso for encontrado um indivíduo vivo será considerado o maior réptil terrestre conhecido.
  40. Minhocão - animal sul-americano que se acredita ser uma minhoca ou outro verme (talvez um anfíbio) de tamanho gigantesco que vive no subterrâneo.
  41. Mokele-mbembe - animal africano de pescoço longo que se acredita ser semelhante aos extintos saurópodes.
  42. Mbielu-Mbielu-Mbielu - uma espécie de Estegossaurídeo, talvez até o próprio Kentrossaurus,que acredita-se viver no Congo.
  43. Monstro de Flatwoods - Ser deformado avistado em Flatwoods, Virginia ocidental, USA. De acordo com a criptozoologia, é um suposta criatura pseudocriptida não identificada, que a ufologia popularmente credita com uma origem extraterrestre.
  44. Monstro do Lago Iliamna - semelhante ao Monstro do Lago Ness, habita o Lago Iliamna, Alasca.
  45. Monstro do Lago Ness - também chamado de Nessie, são criaturas com pescoço longo e corpo de réptil, semelhantes aos extintos plesiossauros. Se existirem, podem ser tartarugas gigantes, um tipo se foca com pescoço longo, ou algo completamente diferente de tudo que conhecemos.
  46. Orang Pendek - hominídeo primitivo de baixa estatura, que se acredita viver nas florestas do Sudeste da Ásia. Alguns cientistas sugerem que ele seja uma sobrevivência do Homo floresiensis.
  47. Pé-grande - primata gigante e bípede. Há vários relatos de americanos e canadenses que alegam tê-lo visto em regiões na fronteira entre os dois países.
  48. Pterossauros - Répteis Arcossauros alados extintos, há quem sustente sua existência atual.
  49. Sereia - Mulher com cauda de peixe; habita os mares e oceanos, às vezes lagos e rios. Teoriza que sereias na realidade são primatas que retornaram ao mar e que possui um ancestral em comum com os seres humanos.
  50. Serpente do mar - animais gigantes de corpo alongado que se acredita viverem nos oceanos do mundo inteiro. São provavelmente os criptidos mais conhecidos e muitas teorias já foram criadas para explicar o que eles são, entre elas: mosassauros que escaparam da extinção, cobras marinhas gigantes, enguias gigantes, uma espécie de mamífero marinho alongado parente das baleias ou talvez das focas, etc...
  51. Shunka warakin - animal norte-americano que dizem ser semelhante a uma hiena.
  52. Tatzelwurm - animal estranho, semelhante a um grande lagarto que possui as pernas dianteiras mas não as traseiras. Alguns acreditam ser um anfíbio.
  53. Treptoplax reptans - espécie do filo Placozoa que até hoje não foi confirmada sua existência. Foi descoberto em 1896, não-patenteado e nunca mais visto. Na Wikispecies é tido como um provável sinônimo de Trichoplax Adhaerens, a única espécie conhecida do filo Placozoa, que também até hoje não se sabe sua afinidade, podendo ser aparentados com os Poríferos.
  54. Tigre-da-Tasmânia - Espécie de tigre considerada extinta. O último da espécie foi gravado da década de 30.
  55. Tigre de Queensland - marsupial carnívoro semelhante a um tigre que se acredita viver em Queensland, na Austrália. Podem ser Leões-Marsupiais que escaparam a extinção.
  56. Tigre-de-Ennedi - acredita-se ser uma espécie sobrevivente de Tigre-dente-de-sabre
  57. Tigre de Java - apesar de ser dado como extinto, acredita-se na sua sobrevivência até os dias atuais.
  58. Tilacino - tido como extinto atualmente pela caça predatória, é bastante provável que seja mais um tido como extinto que realmente não o foi.
  59. Trunko - um animal marinho com tromba de elefante, rabo de lagosta e pele branca. Alguns acreditam ser uma carcaça de baleia, outros acham ser uma nova espécie de baleia.
  60. Unicórnio - Cavalo branco com um chifre na testa. Especula-se que na realidade possam ser Elasmotheriuns que escaparam a extinção.
  61. Urso nandi - mamífero semelhante a um urso, porém que vive na África, onde pelo que se sabe não existe nenhum tipo de urso. Talvez seja uma nova espécie de babuíno, de hiena ou realmente um urso, nesse caso seria o Agriotherium, uma espécie de urso que habitou a África na última Era do Gelo.
  62. Verme da Mongólia - animal que se acredita viver no deserto de Gobi, na Mongólia. Dizem que é semelhante a um verme, porém maior e muito venenoso.
  63. Waheela - mamífero carnívoro semelhante a uma mistura de lobo com urso que se acredita viver no Canadá. Se existir pode ser da família dos extintos cães-ursos.
  64. Waitoreke - mamífero aquático pequeno semelhante a uma lontra que já foi avistado na Nova Zelândia, onde pelo que sabemos, não existem mamíferos nativos em nenhuma das ilhas.
  65. Yehren - hominídeo primitivo aparentado com o Pé-grande e com o Yeti, mas que viveria nas florestas da China.
  66. Yeti - mamífero que vive nas montanhas do Tibete e na cordilheira do Himalaia e que se assemelha a uma mistura de mono com urso. Ele também é chamado de "Abominável Homem Das Neves". Se assemelha com o pé-grande. Hoje em dia muitas pessoas acreditam que seja real.
  67. Zamba zaraa - se acredita ser semelhante a um ouriço de cauda longa, porém capaz de inflar o corpo como um baiacu. Vive no deserto de Gobi, na Mongólia.
  68. Zuiyo Maru - uma criatura marinha estranha. Alguns acreditam se um Plesiossauro, ou um tipo de tubarão.
Criptozoologia e Pseudociência.
(Por Sharon Hill - Publicado no Committee for Skeptical Inquiry).

Quando eu era criança, os livros de criptozoologia defendiam repetidamente a existência de criaturas como o Pé Grande e o monstro do Lago Ness usando as mesmas histórias dramáticas. No início, eu era influenciada por essas histórias, mas, eventualmente, eu fiquei entediada com elas. Alguma coisa estava faltando. Somente histórias não iam tão longe; Eu realmente queria um argumento coerente com estrutura e detalhes. E eu não encontrei nada disso nos livros de criptozoologia, na minha infância.

A maioria do material criptozoológico popular remontam as mesmas velhas histórias e contos. Em 19 de maio de 2011, no site Boing Boing, um blog popular da Internet que aponta coisas legais e interessantes acontecendo, Maggie Koerth-Baker escreveu sobre um novo recurso da revista Popular Science, destacando artigos da revista. Ela ligou isso a uma galeria de artigos rotulados como “uma breve incursão ás pseudociências populares” (disponível no http://is.gd/2bnQoV). Um artigo de 1952 descreveu uma aventura de um caçador do homem das neves, no qual Koerth-Baker observou: “É fácil ver que o escritor se sentiu tão imerso na emoção da caçada que ele parou de se questionar se havia realmente qualquer coisa para caçar” (www.boingboing.net/2011/05/19/hunting-the-yeti-wit.html). No artigo de 1952 chamado de “O [abominável] Homem das neves definitivamente existe”, com um breve gracejo, Koerth-Baker diz que este olhar para trás no tempo é um “pontapé nas calças”, pois parece dirigir-se ao fato de que embora a denominada “Ciência Popular” esteja tão certa que o Homem das neves existe, ainda não temos nenhum Abominável Homem das Neves para mostrar.

Loren Coleman do Cryptomundo, um dos sites criptozoológicos mais conhecidos da rede, tomou como exceção a utilização da palavra pseudociência por Koerth-Baker em referência a criptozoologia (veja www.webcitation.org/5yxUGuhIp). Parece que o co-criador do Boing Boing David Pescovitz também pensou que Koerth-Baker estava sendo depreciativa. No primeiro comentário após o post de Koerth-Baker, Pescovitz disse que “as opiniões sobre esses assuntos variam entre os contribuintes [do Boing Boing]”. Pescovitz tem muitas vezes escrito sobre temas criptozoológicos, incluídos no Museu Criptozoológico de Coleman, em Maine, sob uma luz favorável.

Mas espere: Koerth-Baker usou o próprio título de “Ciência Popular” para o recurso quando ela mencionou a pseudociência. Ela era apenas a mensageira; a “Ciência Popular” em si, não o Boing Boing, mostra uma coleção de asneiras em seus próprios arquivos. Coleman escolheu criticar Koerth-Baker por participar de “transgressões… fora do limite”. Ele continuou: “Ela não se incomodou que mesmo pessoas bem-intencionadas podem tão cegamente bater num grupo inteiro de pessoas cientificamente, com o ceticismo em mente de humilhantes categorizações que têm pouco ou nenhum fundamento na verdade”.

Irei levar como exceção a opinião de Coleman. Eu examinei a “ciência” da criptozoologia e assuntos paranormais. Vamos falar um pouco sobre a perícia caseira e o uso da palavra pseudociência para descrever a criptozoologia para ver se o campo é, de fato, científico e criticamente cético.

Criptozoologistas tem um clássico relacionamento de amor e ódio com a comunidade científica. Este campo tem uma história de interesse de cientistas credenciados, incluindo antropólogos, zoólogos e biólogos. (Para saber mais sobre esse assunto no contexto da investigação do pé grande especificamente, veja o livro de Brian Regan Searching for Sasquatch). No entanto, a maioria dos entusiastas da criptozoologia são amadores sem treinamento formal de ciência. Eles seguem o Cryptomundo, assistem a documentários de televisão, leem seus livros, e talvez até mesmo participam de grupos de pesquisa.

Anos atrás, eu compartilhei uma história local interessante com Coleman. Ele passou para uma lista de e-mails, se identificando e dizendo como estava chocado; a “Criptozoologista de Sharon Hill”, eu não me chamava disso. Eu aprendi rapidamente que qualquer um pode chamar a si mesmo de criptozoologista. Você não precisa de qualificações ou de formação especial, apenas de interesse e conhecimento dos jargões (e, o mais importante, uma reverência pelos auto-nomeados peritos). Coleman riu das minhas objeções, dizendo-me que eu não havia entendido o seu senso de humor.

Não quero menosprezar o site Cryptomundo, mas meus comentários em vários posts de lá com frequência tem sido excluídos e, em alguns casos, alterados porque eram críticos das afirmações de Coleman. Neste tema mais recente, Coleman incluiu um dos meus comentários ligando ao meu site. No entanto, ele adicionou um link no comentário direcionando os leitores para um site cético, mostrando claramente a sua audiência (alguns dos quais muitas vezes se referiam aos céticos como “scoftics“) onde residem as minhas afiliações. A comunidade cripto é calorosa e acolhedora para os profissionais que lhes são simpáticos, mas os seus membros mostram um enorme desprezo para os cientistas e investigadores críticos de suas reivindicações.

Na verdade, tenho formação científica e licenciatura em um campo científico; Eu tenho feito trabalhos de laboratório, trabalhos de campo e pesquisas. No entanto, eu não me sentiria confortável chamando-me de criptozoologista por várias razões. Embora eu tenha gostado da biologia da vida selvagem e da zoologia desde que eu aprendi a ler, eu não sou uma especialista treinada nestes assuntos, e eu não estou dedicada a estudar estes campos. Eu preferia ganhar esse rótulo e respeito através de um bom trabalho.

Não podemos fugir e auto-rotular especializações em ciência. Um cientista em nossa sociedade supostamente deve ter, pelo menos, uma formação especializada e uma licenciatura em um campo científico. Muitas pessoas colocam os cientistas sob um padrão ainda maior, esperando que estejam atualmente trabalhando no campo e realizando ativamente a pesquisa, produzindo dados e publicando estudos. Mas é a educação e a formação de um cientista que é a parte mais crítica. Isso requer prática para aprender a pensar cientificamente. É preciso esforço para reunir resultados de pesquisas cuidadosas, e a ciência é uma cultura especial que tem regras. As normas do que se espera para realizar a pesquisa científica são rígidas, o que dá a ciência sua alta credibilidade.

Chamar um campo de “pseudociência”, sem dúvida, irá gerar controvérsias por causa das ideias coloridas do conhecimento gerado no campo, bem como de seus participantes, mas ele também é usado para descrever um processo de trabalho. Uma linha subjetiva pode ser estabelecida entre ciência e pseudociência, dependendo de qual critério você usa (coletivamente referido como o “problema da demarcação”). “Pseudociência” é um termo claramente pejorativo destinado a definir uma área fora do estabelecimento ou julga-o como inferior à ciência genuína. Ninguém deliberadamente chama a si próprio de pseudocientista. Eu prefiro um outro termo para os esforços pseudocientíficos: “farsa de inquérito”. Onde a criptozoologia normalmente se qualifica.

“farsa de inquérito” é sobre o processo de investigação pseudocientífica e por que os resultados desse processo são inferiores a investigação científica. Uma investigação amadora, na maioria das vezes, não consegue atingir o patamar elevado da ciência por uma variedade de razões. Os métodos de grupos de investigação amadores parecem científicos, com olhares científicos, e podem enganar muita gente para pensar que eles são científicos, mas existem argumentos claros do por que eles não são.

O principal problema, e o ponto que Koerth-Baker chega em seu comentário é que, em geral, criptozoologistas assumem que uma criatura misteriosa está lá fora para eles encontrarem. Eles começam com um viés: Eles são os defensores. Eles não estão testando uma hipótese, e sim buscando provas para apoiar a sua posição. A resposta já está em sua cabeça. (O mesmo pode ser dito para a maioria dos caçadores de fantasmas e ufólogos). Eles também começam com a pergunta errada. Em vez de se perguntarem, “O que aconteceu?”, Eles perguntam: “É um criptido?” e imediatamente buscam as possíveis soluções.

Certamente alguns são piores do que outros. Eu admiro vários denominados criptozoologistas que têm realmente um grande conhecimento e alguns relatórios baseados em condutas científicas. Os meus dois blogs favoritos são o Tetropod Zoologia (http://scienceblogs.com/tetrapodzoology) de Darren Naish e o blog pessoal de Karl Shuker (www.karlshuker.blogspot.com/). Meu podcast favorito, Monster Talk (www.skeptic.com/podcasts/monstertalk/), que traz cientistas genuínos para falar sobre fenômenos criptozoológicos.

O que eu não admiro é quando os ideais básicos da ciência são ignorados: ter uma boa bolsa de estudos em pesquisa, coleta de dados e documentação de qualidade, uma devida publicação, ceticismo e crítica aberta. Em vez disso, a maior parte dos criptozoologistas populares são apenas um amontoado de pessoas que usam as mesmas ideias de má qualidade, uma tonelada de campanhas publicitárias, uma especulação desenfreada, e suposições infundadas – chegando a usar até mesmo teorias de conspiração e, muitas vezes, explicações paranormais.

Amadores e não-cientistas podem fazer ciência, e a criptozoologia poderia ser uma ciência. No entanto, não vejo isso muitas vezes ocorrendo. É preciso um grande esforço para fazer uma investigação adequada, o que exige recursos e uma dedicação à ciência e à verdade que os entusiastas de criptidos não têm.

Eu quero que a qualidade das normas sejam melhoradas qualitativamente para que resolvam, com uma análise racional, os avistamentos das pessoas e os relatos de incidentes estranhos. Você não pode chegar lá indo pelos mesmos caminhos que os últimos criptozoologistas foram, como Coleman frequentemente cita. Qualquer site que alega ser científico deve entregar um exame apropriado das reivindicações, uma investigação aprofundada, uma literatura racional e respostas bem pensadas para críticas. Uma boa notícia para os sites de informações sobre criptozoologia é que eles terão tudo isso sem recorrer a campanha publicitária a fim de aumentar a receita publicitária. Uma excelente investigação já está sendo feita lá fora, como as realizadas por Daniel Loxton, Michael Dennett, Benjamin Radford, Blake Smith, Joe Nickell e David Daegling. Acho que uma crítica detalhada e com uma avaliação cuidadosa, o objetivo destas perguntas curiosas de criptografia serão muito mais gratificantes do que aquelas histórias de aventuras sensacionalistas ou alegações com falsas provas em sites de notícia (que quase sempre acabam viralizando). Eu finalmente encontrei um exame satisfatório de criptidos que eu estava procurando o tempo todo de autores com uma abordagem mais cética.

Meu desejo é que o campo da criptozoologia continue a melhorar. Vários bons trabalhos saíram nos últimos anos, e mais está por vir. Estou animada para estas novas vozes iniciem uma discussão com um nível superior de qualidade e examinem o campo a partir de uma perspectiva mais esclarecida, seguindo em frente, sem mais pseudociência!

Fontes.                                                                                                                                            050 de 186

https://pt.wikipedia.org/wiki/Criptozoologia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_animais_estudados_na_criptozoologia

http://www.alemdaciencia.com/tag/criptozoologia/

https://universoracionalista.org/criptozoologia-e-pseudociencia/

https://maringapost.com.br/ahduvido/50-criaturas-lendarias-animais-da-criptozoologia/

https://acrediteounao.com/10-estranhas-tribos-antigas-que-exploradores-afirmaram-existir/

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