quinta-feira, 12 de abril de 2018

Enciclopédia dos Mitos e Lendas do Brasil (Bestiário) Mapinguari.

No Nepal, eles tem o Yeti.

Nos Estados Unidos e Canadá, eles tem o Pé-Grande (Bigfoot ou Sasquatch).

Na Indonésia, eles tem o Orang Pendek.

Na China, eles tem o Yeren.

Ao redor do Mundo, todos tem sua versão do estranho ser que se assemelha a um Macaco gigante.

No Brasil não seria diferente, Membro desta família de Primatas Criptoides, eu apresento para aqueles que não o conhece o Mapinguari.

A 1° vez que ouvi falar do mito do Mapinguari foi no programa Infantil Catalendas, digamos que foi um episódio assombroso para uma criança de 9 anos de idade (Tinha o do Chupa-Chupa Também). A história apresentada no Catalendas, aguçou minha imaginação em pesquisar mais sobre essa Criatura Fantástica que habita a Floresta Amazônica.


Um dos motivos que me fez escrever esse Post e esse episódio

O Mito.

Dentre a gamas de Monstros da Mitologia Brasileira, sem sombra de dúvidas o Mapinguari (ou Mapinguary, também designado isnashi) e o mais obscuro do folclore Brasileiro em geral. Tal ser é um animal fabuloso, humanóide e todo cabeludo, (Não é a toa que pertence ao Ramo da Criptozoologia). Seus pelos o tornam invulnerável à bala, exceto na parte correspondente ao umbigo. Segundo a lenda, é um terrível inimigo do homem, de quem devora somente a cabeça.

Seu mito é mais popular na Amazônia. Seu domínio estende-se pelo Pará, Amazonas, Acre e Bolívia. Tal ser vivificado pelo medo de uma população meio nômade que mora nas matas, subindo os rios, acampando nas margens desertas dos grandes lagos e lagoas sem nome.

Segundo povos nativos da região fronteiriça entre os dois países, quando o Mapinguari percebe a presença humana fica de pé e alcança facilmente dois metros de altura. Caçadores e trabalhadores de todos os ofícios citam o Mapinguari como um verdadeiro demônio do Mal. Não tem utilidades ou vícios cuja satisfação determine aliança momentânea com os religiosos cristãos. É um matador por natureza.

O Mapinguari, ao contrário de outras entidades fabulosas, não anda durante a noite, porque prefere dormir e descansar durante a noite, mas também existe a versão de que ele só pode ser visto em feriados e dias santos. O perigo é de dia, a penumbra no meio das florestas fechadas que mal deixam passar a luz do Sol. Na obscuridade dos troncos de muitas formas o Mapinguari se destaca, surge bruscamente, para atacar e ferir. Mas não avança silencioso como seria a lógica, e um monstro exibido

Em suas andanças esse bicho segue gritando, quebrando galhos e derrubando árvores, deixando para trás um rastro de destruição. Mostrando para todos "Eu Estou Aqui"

O Mapinguari berra alto, gritos soltos, curtos, horríveis, que deixam suas vítimas atordoadas, sem ação. Algumas vezes emite um grito semelhante ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado e o ataca e devora, começando pela cabeça. Poucos conseguem sobreviver a um encontro com esse animal e, quando isso acontece, geralmente ficam aleijados ou com marcas horríveis pelo corpo. Ou seja se ficar o Bicho pega, se correr o Bicho pega mesmo.

De longe os homens ouvem seus apelos terríveis. E fogem, sem olhar para trás. É como se o Mapinguari estivesse desafiando os corajosos para um encontro supremo, face a face. Esses gritos roucos e contínuos explicam os rumores naturais que a floresta produz e não se consegue de forma sensata explicá-los. Assim, sem uma explicação lógica para os muitos e difusos barulhos e murmúrios da densa e misteriosa mata, os homens logo atribuem ao Mapinguari tal repertório sonoro.

Em uma história contada por Câmara Cascudo, um Mapinguari, enorme, peludo como um coatá (Ateles Marginatus, macaco do Pará), com pés de burro virados para trás, trazia debaixo do braço um pobre homem, morto, gotejando sangue. O monstro, com unhas que pareciam de onça, começou a arrancar pedaços do desgraçado e metia-os na boca, grande como uma solapa, rasgada à altura do estômago. Para outros, a boca do Mapinguari se abre na vertical, e vai do peito até à barriga.

A maioria dos que dizem ter visto o Mapinguari o descrevem como uma criatura alta, que atingiria dois metros de altura quando se põe sobre as duas pernas. Ele também emitiria um cheiro muito forte e extremamente desagradável, semelhante ao de um gambá. Esse mau cheiro faz com que sua presa fique tonta, o que permite ao bicho apanhá-la com facilidade.

Descrito como uma fera de grande porte, coberta de pelos castanhos avermelhados, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré, que curiosamente tal ser evitaria a água, mesmo tendo uma pele semelhante à de um jacaré.

A combinação do couro e pelagem emaranhada concederia ao animal uma proteção efetiva contra flechas, lanças e até mesmo armas de fogo. Com braços longos, ele seria forte o bastante para arrancar palmeiras inteiras do chão. Suas mãos possuiriam longas garras afiadas, semelhantes de uma Onça. Há quem diga que seus pés tem o formato de uma mão de pilão, ou de Burro, virado para trás. Uma coisa é notável, o Mapinguari e uma Quimera de diversos Animais

Para os nativos, o Mapinguari não é afetado por armas alguma a não ser que esta atinja sua enorme boca, que se abre em sentido vertical, e é a única parte sensível a ferimentos.

Segundo o ornitólogo e pesquisador David Oren, uma explicação lendária para o Mapinguari é que seria um índio, um pajé que descobriu o segredo da imortalidade, mas o preço que ele pagou por isso foi se transformar num animal horrível e fedorento.

Segundo Domingos Parintintin, cacique de uma tribo amazônica, a única maneira de matar o mapinguari é dando uma pancada na cabeça do animal. Porém, ele afirma que o melhor a fazer é subir em uma árvore e se esconder, em vez de tentar matá-lo, já que a criatura tem o poder de fazer a vítima ficar tonta e "ver o dia virar noite".

Encontros.

Todos os Mitos tem uma origem na Realidade, com o Mapinguari não seria diferente.

O zoólogo americano Randy Merril, tem estudado consistentemente o mito do Mapinguari há anos. Ele escreveu vários trabalhos a respeito e dois livros a respeito de mitos e lendas amazônicas sob uma visão da criptozoologia. Merril entrevistou representantes de vários povos nativos que disseram ser a besta, muito mais do que uma lenda. Para essas tribos, que inclui os Bakairi, Bororo, Cinta Larga, Kayapó e Nambikiwara, a criatura é bastante real e representa um perigo que espreita as selvas, ocultando-se dos homens e atacando quando lhe convém.

Merril acredita que o Mapinguari é um criptidio pré-histórico, um animal que viveu há milhões de anos e que de alguma forma sobreviveu nas profundezas mais remotas das selvas, aprendendo a se esconder e evitar o contato com o homem.

O zoólogo francês Bernard Heuvelmans, considerado o pai do estudo de criptids, foi um dos primeiro pesquisadores a mencionar esta lenda sul-americana. Muitos estudiosos consideram que o Mapinguari pode ser o equivalente ao pé-grande ou sasquatch da América do Norte. Desde meados da década de 1970, relatos a respeito de avistamentos do Mapinguari tem sido estudados por criptologistas.

Em 1937 um espécime teria espalhado o pânico no Mato Grosso depois de atacar e matar mais de uma centena de cabeças de gado. A criatura supostamente arrancava a língua dos animais e as devorava, o que lhe valeu o apelido de "come língua". Já em 1967, outra narrativa mencionava o ataque de um casal de Mapunguari a um grupo de caçadores nos arredores de Codajás.

Caçadores do lago do Badajós no estado do Amazonas, afirmaram ter atirado em uma fêmea (porque viram algo como seios, mas que estavam cobertos de pelos) que havia atacado um dos caçadores, porém, mesmo ferida, atraiu a atenção do macho, através de urros altos. Logo apareceu o macho de aproximadamente uns 2,5 m de altura, muito forte e peludo veio em defesa da fêmea e tentou atacar o grupo de caçadores que fugiram em uma canoa. Este ser não entrou na água para persegui-los e foi embora com a sua fêmea ferida. E quem contou esta história foi o senhor José lima que hoje mora em Manaus, uma testemunha que viu um Mapinguari de perto e disse que ele se assemelha em tudo com o pé-grande americano, porém mais peludo.

Diego de La Rosa The Mapinguari.
Entretanto, a história mais detalhada e fascinante a respeito de um contato com a criatura data de 1983 e envolve um homem identificado como Inocêncio, que trabalhava como guia de expedições internacionais no Rio Urubu. O trabalho de Inocêncio era capturar espécimes de macacos que seriam levados por pesquisadores norte-americanos. Enquanto explorava uma região isolada da selva, Inocêncio e sua equipe encontraram pegadas de um animal de grande porte que eles acreditavam se tratar de um primata. O grupo se embrenhou na mata em busca do animal, acreditando que a descoberta poderia lhes render uma boa recompensa. No terceiro dia de uma perseguição que os levou a uma área inexplorada, a equipe decidiu acampar em uma clareira. Durante uma noite particularmente escura, uma coisa vil e assustadora começou a espreitar os limites do acampamento produzindo um ruído que deixou os homens nervosos. Não era nada que mesmo eles, mateiros experientes e conhecedores da floresta, já haviam ouvido. O som, segundo as testemunhas se assemelhava a um grito gutural de homem, acompanhado de um rosnado de gelar o sangue. 

Inocêncio ordenou que os homens atiçassem a fogueira já que ela parecia manter a coisa, seja o que fosse, afastada. Os homens se armaram e dispararam seus rifles para o alto na esperança que o som afastasse o bicho. Mas o ruído teve o efeito contrário e o animal parecia cada vez mais próximo. Um dos guias nativos então cedeu a superstição e começou a gritar que se tratava de um mapinguari e que a fera mataria a todos.

Foi então que algo muito pior aconteceu. Os homens escutaram o som de algo grande e pesado se movimentando na mata, amassando as plantas e agitando a vegetação enquanto avançava. A respiração da fera era poderosa, como a de um touro furioso. Os homens se posicionaram perto da fogueira e se puseram a observar aflitos. De repente, uma silhueta enorme surgiu nos limites da luz produzida pela fogueira, uma coisa selvagem, equilibrando-se em duas pernas, agitando seus braços longos e gritando furiosamente. O guia nativo, um índio bororo chamado Jurandir caiu de joelhos gritando enlouquecido ao se deparar com o monstro do folclore do seu povo: o Mapinguari.

Inocêncio congelou por um segundo, incapaz de entender o que estava vendo bem diante de seus olhos. A coisa soltou um brado de desafio, o sinal de que pretendia investir contra o grupo aterrorizado. Agindo por instinto, os outros membros da expedição apontaram seus rifles e dispararam na direção da criatura. Embora tenha sido baleada por vários disparos, a coisa parecia apenas mais enfurecida pelo estrondo das armas de fogo. Ele avançou alguns metros, impelindo seu corpo com os braços no chão, como um gorila. Felizmente a barragem de disparos de espingarda e rifle surtiu algum efeito. A coisa se deteve, rosnou novamente, um brado alto que chegou a atordoar os homens, e então, rápido como quando apareceu, ela mergulhou na floresta, em fuga desabalada.

Os homens ficaram paralisados, incapazes de perseguir a coisa. Estavam aterrorizados demais para ir atrás daquela fera que por um instante pareceu muito perto de fazer a expedição em pedaços. Os homens se sentiam drenados de seu ímpeto, enfraquecidos e confusos. Alguns choravam ou tinham reações emocionais conflituosas: chorando ou gargalhando sem parar. Inocêncio mandou que detivessem Jurandir, que parecia ter sido o mais afetado pela visão. O índio babava, virava os olhos e comia terra. O desacordaram com um coronhada na cabeça para que não continuasse fazendo sandices. Em seguida decidiram procurar algumas árvores altas e passar o resto da noite em cima dela. Alternando turnos de guarda, os homens ainda conseguiam ouvir a coisa à distância com seus urros bestiais.

Quando finalmente amanheceu e os homens tomaram coragem de descer das árvores e encontraram na clareira as marcas de sangue e pegadas da coisa. Sentiam ainda no ar um fedor azedo de animal selvagem que sem dúvida emanava da criatura. O grupo desfez o acampamento e começou a retornar imediatamente para a civilização sem descansar e sem olhar para trás. Eles tinham uma história inacreditável para relatar quando atingissem o povoado mais próximo.

Jurandir, o nativo que perdeu a razão diante da criatura, mais calmo, explicou aos outros o que era aquela fera. Ele contou que se tratava de um monstro das tradições orais dos Bororo, uma besta que habitava os recônditos mais ermos da selva: o Mapinguari. Encontrar aquele bicho na mata era o mesmo que topar com a morte. Eles haviam tido muita sorte de afugentá-lo pois quando o Mapinguari sente o cheiro de sangue fica enlouquecido. Se um deles tivesse sido ferido, nada poderia deter o monstro.

Jurandir completou a narrativa sugerindo que o urro do Mapinguari fazia as pessoas ficarem desorientadas. O berro do animal causava náusea e tontura, alguns até caíam inconscientes dominados pelo terror que ele provocava nas suas presas.

O visitante misterioso jamais foi identificado.

A história de Inocêncio, um homem respeitado na região e tido como um mateiro experiente se espalhou. Ninguém duvidava que os homens tinham visto alguma coisa na mata, a expressão deles e a maneira como relataram a história, deixava claro que eles não estavam inventando aquilo. Na floresta acontece muitas coisas estranhas e homens como Inocêncio não precisavam fabricar histórias como aquela.

Origens.

A história ganhou notoriedade como uma das primeiras narrativas a respeito do Mapinguari. Embora muitos pesquisadores mundo a fora considerem que a misteriosa criatura seja um tipo de primata desconhecido, ou mesmo um "homem-macaco", existe outra teoria que explicaria a existência do monstro. Uma Preguiça-Gigante.

Preguiça gigante em posição de combate, em reconstituição
do escultor Jim Humble para o escritor Gaddy Bergmann
Lançada pelo paleontólogo argentino Florentino Ameghino, no fim do século XIX, seria o fato da sobrevivência de algumas preguiças gigantes (Pleistoceno, 12 mil anos atrás) no interior da floresta Amazônica.

Histórias análogas são contadas na Patagônia argentina. Na década de 1890, o explorador argentino Ramon Lista disse ter encontrado um grande animal desconhecido ao caçar na Patagônia. Tentou atirar, mas as balas aparentemente não fizeram efeito. Florentino Ameghino, ou ouvir a história de Lista, ligou-a a relatos nativos dos indígenas da Patagônia, sobre um animal semelhante em cuja pele as flechas penetravam com dificuldade. Pedaços de pele de preguiças pré-históricas que foram preservados mostram ossículos dermais que podem tê-las protegido contra predadores e, possivelmente, também as protegeriam de flechas e balas. Ameghino chamou a suposta preguiça gigante moderna de Neomylodon listai em homenagem a Ramon Lista.

Fósseis desses enormes animais, que atingiam quase três metros de altura e pesavam mais de 250 quilos, foram encontrados em várias partes da América do Sul da Patagônia até a Bacia Amazônica. Os Milodontes desapareceram há mais de 10 mil anos, provavelmente extintos pela ação do homem que constituía seu único inimigo natural. Com uma pele grossa e grande ferocidade quando encurralado, um Milodonte podia ser um inimigo bastante perigoso. Sua pele densa e a pelagem forneciam uma boa armadura natural, enquanto que, garras longas poderiam facilmente matar um homem.

Seria possível que as tradições orais de povos nativos, passadas através das gerações, se conectem a narrativas tão antigas remontando até a época em que esses animais conviviam com antepassados primitivos? Uma vez que os Milodontes eram inimigos poderosos, talvez isso tenha dado ensejo para a criação da maioria das lendas, afinal a maioria destas se baseia em algum fundo de realidade.

Na Década de 90 a maior expedição organizada com o intuito de encontrar o Mapinguari (Ou Preguiça-Gigante) e comprovar sua existência foi chefiada pelo ornitólogo norte-americano, naturalizado Brasileiro, David Oren, ex-diretor de pesquisa no Museu Emílio Goeldi, em Belém, e atual coordenador de biodiversidade do Ministério da Ciência.

Numa viagem ao Acre nos anos 90, Oren conheceu um homem (Seria esse homem Inocêncio?) que disse ter visto uma fêmea de Mapinguari com filhotes e descreveu como eram as fezes do animal, qual era sua comida predileta e outros detalhes de sua biologia. “Eu estava diante de uma pessoa que claramente não estava mentindo”, disse “A luz acendeu: o que esse homem estava descrevendo só podia ser uma preguiça-gigante.”

Oren se convenceu de que o bicho avistado por várias pessoas era uma preguiça-gigante, um animal terrestre que povoou as Américas no passado. O problema é que esse grupo de mamíferos está extinto há mais de 10 mil anos. A pergunta é! Poderia uma dessas grandes preguiças terrestres ter sobrevivido – e passado pouco percebida – até os dias de hoje?

Na dúvida, Oren decidiu ir atrás. Conseguiu algum financiamento para realizar expedições em busca de indícios da existência do Mapinguari. Realizou um trabalho de Sherloquiano, correndo atrás de pistas que levantava em relatos de encontros. 

Cerca de 100 pessoas disseram para Oren ter tido contato ou pelo menos ter ouvido o grito do Mapinguari, entre 60 e 80  testemunharam que virão o animal. Algumas afirmam te-lo matado, mas não conseguiram chegar perto porque ficaram embriagadas, desnorteadas e intoxicadas com o fedor. Foi atrás de unhas e de pelos que um caçador dizia ter capturado. Procurou, em vão, a pata de um mapinguari que um outro atirador teria decepado. Falou com índios, mateiros, policiais.

Um seringalista chegou a oferecer uma recompensa para quem matasse o bicho, e um seringueiro entrevistado por Oren afirma que o matou, mas não conseguiu chegar perto para tirar uma amostra de cabelos e unhas para levar para o dono do seringal. Ele tirou a camisa e a envolveu no pescoço, tapando o nariz, mesmo assim ficou embriagado. A sorte dele é que estava acompanhado de um amigo que havia corrido assim que o bicho apareceu. O amigo serviu de guia para abandonar o local depois.

Teve até uma expedição na Cabeceira do Rio Urubu, onde ocorreu o encontro com a criatura em 83. Durante a expedição a equipe de Oren recolheu tufos de pelo castanho escuro, fezes e pegadas, mas uma análise desses indícios demonstrou que respectivamente o pelo pertencia a cotia, enquanto as fezes eram de tamanduá. As pegadas, não foram identificadas, mas uma vez que os moldes não foram bem feitos, nada pode ser apurado, como o mesmo declarou “podem ser facilmente forjadas”. 

Em 1993, Oren sugeriu que preguiças gigantes poderiam explicar alguns relatos de mapinguari num artigo na revista Goeldiana. Em 2001, relatou o resultado de sua busca pelo mapinguari num artigo na revista Edentata , numa edição que trazia na capa uma ilustração do artista americano Alexis Rockman . Na cena representada por ele, humanos se apoiam sobre a maior das preguiças gigantes que já existiu, recém-abatida pelos caçadores.

Ilustração de Alexis Rockman
No artigo, Oren atualizou sua hipótese – que muitos colegas haviam achado “extremamente controversa”, conforme ele admitiu. O pesquisador justificou assim as buscas pelo mapinguari: “Mesmo que haja apenas uma pequena possibilidade de que essas histórias tenham base factual, parece válido do ponto de vista da conservação trabalhar, ainda que apenas para efeito de raciocínio, com a possibilidade de que haja uma forma adicional de Xenarthra, por mais improvável que seja, nas florestas da Amazônia.”

Sites de criptozoologia frequentemente identificam o Mapinguari com o Megatério, a maior das preguiças gigantes. Esse animal de quatro toneladas ou mais, 6 metros de comprimento e mais 3 metros de cauda era grande demais para ser relacionado à lenda, mas houve dezenas de outros gêneros e centenas de espécies de preguiças terrestres, incluindo muitas espécies de tamanho adequado e que sobreviveram até tempos suficientemente recentes (cerca de 8.000 a.C.) para terem sido vistas pelos ancestrais dos ameríndios e, talvez, sobreviverem em seu folclore. O Mylodon, preguiça gigante da Patagônia, pesava cerca de 300 kg, tinha 3 metros de comprimento e seus subfósseis (incluindo pedaços de pele congelada) foram encontrados em cavernas associadas a ocupação humana. Pelo menos uma espécie, Megalocnus rodens, de até 90 kg, parece ter sobrevivido nas montanhas de Cuba até o século XVI, a julgar por subfósseis encontrados na região.

Por falar em Preguiças, no episódio do Catalendas sobre o Mapinguari, Dona Preguiça, que narra todos os causos para Preguinho, diz que o maior medo do Mapinguari são, Preguiças. Esse é um Plot Twist interessante, o Mapinguari, temer o que seria sua real origem.

Fontes.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Catalendas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mapinguari

http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Mapinguari

http://www.assombrado.com.br/2014/03/mapinguari-o-monstro-da-amazonia-lenda.html

https://jornalggn.com.br/blog/lucianohortencio/a-lenda-e-a-lambada-do-mapinguari

http://mundotentacular.blogspot.com.br/2018/04/a-volta-do-mapinguari-relatos-de.html

http://mundotentacular.blogspot.com.br/2010/12/algo-lovecraftiano-vagando-pela.html

http://visitcryptoville.com/2014/09/30/brazils-mapinguari/

http://mysterious-amazon.blogspot.com.br/p/david-oren.html

https://www.facebook.com/criptozoologiacientifica/photos/a.909817715759449.1073741828.909802855760935/914164165324804/?type=3

http://www.almanacre.com/2013/09/mapinguari.html

http://piaui.folha.uol.com.br/da-preguica-ao-ciclope/

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT260362-17773,00.html

https://www.researchgate.net/profile/David_Oren3

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