domingo, 29 de abril de 2018

Enciclopédia Das Lendas Urbanas / Dos Mitos e Lendas do Brasil: O Corpo-Seco.


Lendas atravessam gerações. Gerações modificam suas lendas de acordo com a casualidade da mesma. Com a Expansão da Urbanidade, lendas, antes contidas nos rincões interioranos, são Kibados para a cidade, assumindo uma lugar numa Mitologia Urbana.

Mas alguns teimam em fincar seus pés, em suas raízes originárias. A Lenda do Corpo-Seco e uma destas. Corpo-Seco ou Unhudo (Mesmo ambos sendo semelhante existem variações em seus mitos, neste Post Tratarei do Mito do Corpo-Seco), é um suposto homem que passou a vida batendo e respondendo os pais. Sim, Mito de um homem, que desafiou a temida havainada na Bunda e Cintada quente no Lombo. Esse sim pode ser chamado de Bichão.

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O Corpo-Seco é uma assombração cuja lenda, relativamente recente, de meados do século XX, é contada principalmente em São Paulo, da qual seu mito se eclipsa com outro Mito famoso no Interior, o do Unhudo (Vai ter um Post somente dele em breve).

A Origens da lenda levam a um tal de Zé Maximiano, morador do município de Monteiro Lobato, região da Serra da Mantiqueira, conhecido por bater em seus pais. Quando Morreu, dito por alguns de Morte Matada, (Assim designados os infelizes que são assassinados, diferente do Morte Morrida, que morreu de causas naturais) Foi sepultado no Cemitério Municipal. Porém algo aconteceu com o defunto. Nem Deus o quis no céu e mandou descer, Nem o Diabo o quis (Provavelmente temendo perde seu posto de Coisa Ruim) sua alma permaneceu em terra habitando o corpo, mas nem mesmo a Sepultura o queria.

Como diz a frase, os incomodados que se mudem, sem muito o que fazer, passou a assombra o Local. Rejeitado pelo céu, rejeitado pelo Inferno, e até pela própria Sepultura, assombrar o cemitério era o que ele poderia fazer.

Logico que teria consequências em assombrar um cemitério, pessoas temendo tal criatura que saia de sua tumba e perambulava depois da Meia-Noite, assombrando coveiros e vigias, alem de pessoas que passavam próximo ao cemitério, resolveram transferir a assombração para outro local. Um local aonde tanto a criatura poderia ficar e nenhum transeunte seria ofendido por ela.

Por recomendação do padre da cidade, decidiram por uma gruta cuja entrada era delimitada por um córrego, pois, a lenda diz que tal entidade não atravessa a água. Um amigo do defunto, chamado de Pedro Vicente, encarregou-se de fazer o transporte. O corpo foi colocado em um balaio e, ainda por recomendação do padre, Pedro levou consigo uma vara de marmelo, pois havia risco do morto se rebelar e, nesse caso, o jeito era bater-lhe com a vara. Dito e feito, o Corpo-Seco tentou agarrar o amigo a fim de matá-lo, mas foi repelido com varadas.

Em novo Lar, o Corpo-Seco passou a parasitar troncos de Árvores. Se o Corpo-seco ao menos tocar no tronco da árvore, ela pode secar e apodrecer.

E como toda Lenda, existem os estupidamente corajosos que seguem o principio de Tomé, só acredito vendo, e Acabam pagando com a vida por sua corajosa estupidez. O Corpo-Seco dá um abraço mortal, pois tem unhas compridas e esmaga a pessoa no seu abraço.

Há também outra lenda variantes sobre ele, diz que ele era um fazendeiro muito egoísta e mesquinho, que apanhava suas frutas para que todos não pegassem e depois de morto fica cuidando das suas frutas e mata quem chega perto do seu pomar.

Tem o costume de aparece na beira dos rios e açudes e se alguém aparece, pede para ser transportado para a outra margem. Em troca, promete revelar o esconderijo de um tesouro. Seja no barco ou nas costa do benfeitor, quando está no meio do curso d'água, a assombração começa a pesar e assim, afunda pequenas embarcações ou a pessoa que o carrega nas costas matando sua vítima por afogamento.

No interior de São Paulo há uma variante desta lenda: Outros contam que ele fica nas estradas tocaiando os transeuntes dos quais, ao modo dos vampiros, chupa o sangue para se manter na Terra, afinal parasitar árvores não é o suficiente.

Há ainda relatos do corpo-seco no estado do Amapá, Paraná, Amazonas, Minas Gerais, no Nordeste brasileiro e em alguns países africanos de língua portuguesa, relatados por soldados brasileiros veteranos da missão UNAVEM III e na região Centro-Oeste do Brasil, principalmente.

Serra do Corpo-Seco em Ituiutaba, MG.
Em Ituiutaba, Minas Gerais, há uma variação desta lenda, onde conta-se que o corpo-seco - depois de ser repelido pela terra várias vezes - é levado por bombeiros à uma aparente caverna em uma serra que fica ao sul do município. Dizem que quem passa à noite pela estrada de terra que margeia a "serra do corpo-seco", consegue ouvir os gritos do corpo-seco ecoando de dentro da caverna. Á mãe o amaldiçoa antes de morrer, por ter sido usada como cavalo pelo filho.

Fontes.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo-seco

https://www.zona33.com.br/2013/09/joao-davilla-lenda-do-corpo-seco.html

https://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/corpo_seco.htm

http://www.assombrado.com.br/2014/01/a-lenda-do-corpo-seco.html

http://trilheirosdeituiutaba.blogspot.com.br/2009/03/serra-do-corpo-seco_13.html

https://www.escritasombria.com.br/lenda-do-corpo-seco/

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