sábado, 14 de abril de 2018

Trump Apertou o Botão do Juízo Final(?).

No dia 6 de abril de 2017, forças americanas lançaram 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea de Al Shayrat, perto de Homs, por volta das 21:40 (hora de Brasília), 4:40 na hora local da Síria. Os mísseis foram lançados de dois porta-aviões e tiveram como alvos “aeronaves, abrigos de aviões, áreas de armazenamento de combustível, logística e munição, sistema de defesa aérea e radares”.

Na noite do ataque, o presidente americano recebia em um jantar na Flórida o presidente da China, Xi Jinping, que foi comunicado sobre a ação antes que ela fosse iniciada. Menos de três horas depois do lançamento, o Pentágono divulgou vídeos do lançamento dos mísseis.

Ainda segundo o Pentágono, aproximadamente 20% do poderio aéreo das forças sírias foi destruído no ataque de abril de 2017, mas o governo local afirmou que a base já estava operando novamente dois dias depois.


O ataque foi a primeira ação direta dos E.U.A contra Assad. Trata-se de uma mudança significativa na ação americana na região, pois até então os E.U.A apenas vinham atacando o Estado Islâmico.

O governo americano bombardearam a Síria em resposta a um ataque químico que matou mais de 80 pessoas naquele 6 de Abril. Na época a agência estatal síria afirma que nove civis, entre eles crianças, morreram. O Exército sírio diz que 6 pessoas morreram, mas não indica se as vítimas são civis ou militares. Já o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), de oposição ao presidente sírio, Bashar Al-Assad, afirma que quatro soldados morreram.

Sexta-Feira, 13 de Abril de 2018, praticamente um ano da 1° investida, Estados Unidos, Reino Unido e a França anunciaram na noite desta sexta-feira 13 que lançaram um ataque em conjunto contra estabelecimentos de armas químicas na Síria, em resposta ao suposto ataque químico contra a cidade de Duma no dia 7 de abril. O regime sírio nega o uso de armas químicas, que são proibidas por convenções da ONU. Rússia e Irã, os principais aliados da Síria, criticaram fortemente os ataques coordenados dos 3 países.

A sensação de uma possível 3° Guerra Mundial se tornou evidente nesta 13 de Abril.

Imagem do céu de Damasco nas primeiras horas do dia 14 de abril durante ofensiva dos Estados Unidos (Foto: AP Photo/Hassan Ammar)

1 Minuto Para a Meia-Noite.

Em Janeiro postei algo relativo ao avanço de 2 Minutos para a Meia-Noite, no final daquela postagem teorizei que em 2019 o relógio avançaria para 23:58:30, 1 minuto e meio para a Meia-Noite. Como a Ofensiva conjunta de E.U.A, Reino Unido e França, ou fui muito conservador ou tolo em imaginar que o Relógio avançaria 30 Segundos. Não fiquem surpresos em imaginar que Ano que vem, estamos na Casa dos 23:59:00.

As forças aéreas e marinhas dos três países lançaram os primeiros ataques por volta das 21:00 de Washington (22:00, no horário de Brasília), durante o pronunciamento do presidente americano Donald Trump na Casa Branca. Os sistemas de defesa da Síria reagiram, atingindo 13 mísseis em Al Kiswah, nos subúrbios de Damasco.

O Pentágono anunciou que três alvos foram atingidos na Síria: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs (Perto da base aérea de Al Shayrat), a leste de Damasco – em que os EUA acreditam que estavam estoques de gás Sarin – e uma base na mesma cidade que também teria armas químicas.

Reações dos Aliados (Dos Sírios).

O presidente russo, Vladimir Putin, classificou de "agressão contra um Estado soberano" o ataque dos Estados Unidos e seus aliados contra a Síria, e acusou Washington de ajudar com sua ação os terroristas que atuam no país árabe.

"Com as suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria. Eles levam sofrimento para a população civil, e de fato, toleram os terroristas que torturam há sete anos o povo sírio", comentou.

Putin ainda pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Já o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou que “tais ações não serão deixadas sem consequências”.

"Todas as responsabilidades estão com Washington, Londres e Paris. Insultar o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível. Os EUA – possuidores do maior arsenal de armas químicas – não têm direito moral de culpar outros países”, diz uma nota da embaixada russa.

A porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, escreveu no Facebook: "Aqueles por trás disso (ataques) reivindicam liderança moral no mundo e declaram que são excepcionais. É preciso ser realmente excepcional para bombardear a capital da Síria em um momento em que a cidade ganhou uma chance de um futuro pacífico".

Já o Irã, o principal aliado da Síria no Oriente Médio, denunciou "uma agressão tripla" e também alertou para "consequências regionais", informou a TV al-Manar, controlada pelo grupo extremista Hezbollah.

Segundo a agência de notícias AFP, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Bahram Ghasemi, afirmou que "os Estados Unidos e seus aliados não têm prova e, sem sequer esperar por uma posição da Organização para a Proibição às Armas Químicas, realizaram este ataque militar...e são responsáveis pelas consequências regionais (dele)".

Acredita-se que o Irã tenha deslocado centenas de militares e gastado bilhões de dólares para ajudar Assad durante a guerra civil.

Milhares de milicianos muçulmanos xiitas armados, treinados e financiados pelo Irã (muitos dos quais integram o grupo extremista Hezbollah, atuantes também do Iraque, Afeganistão e Iêmen) também vêm ao lado das forças do governo sírio.

Em resposta ao ataque, o Hezbollah disse, por meio de um comunicado, que "a guerra que os Estados Unidos estão lutando contra a Síria, contra a população da região e movimentos de libertação e resistência, não cumprirá seus objetivos".

Reações dos Aliados (Dos EUA).

A ação na Síria foi apoiada pela premiê britânica Theresa May e pelo presidente francês Emmanuel Macron. Em comunicado, May disse que a ação não significa uma intervenção na guerra da Síria. Segundo May, a intervenção não deve escalar a tensão na região e o Reino Unido fará o possível para evitar a morte de civis.

A França já estava disposta a intervir militarmente na Síria desde 2013, quando a propalada "linha vermelha" do uso de armas químicas teria sido ultrapassada pelo regime de Bashar al-Assad em um ataque nos subúrbios de Damas. Na ocasião, o então presidente François Hollande se viu obrigado a conter seus mísseis por causa do recuo de última hora de seu colega americano, Barack Obama, que decidiu consultar o Congresso e suspender a operação. Cinco anos depois, o presidente Emmanuel Macron, com as mesmas intenções de seu predecessor, encontrou um aliado determinado na figura do atual titular da Casa Branca, Donald Trump, numa atitude que suscita debate na classe política do país.

"O ataque está restrito a capacidades do regime sírio de armas químicas". "A linha vermelha estabelecida pela França em 2017 foi cruzada. Então, ordenei às forças armadas francesas que interviessem esta noite, como parte de uma operação internacional em coalizão com os Estados Unidos e o Reino Unido e direcionada contra o arsenal químico clandestino do regime sírio”, afirmou Macron.

Em sua iniciativa militar contra a Síria, Macron se distancia de seu maior parceiro europeu, a Alemanha, a chanceler Angela Merkel mais uma vez não aderiu à coalizão, e se aproxima dos Estados Unidos, com quem tem conhecidas diferenças, seja em relação ao acordo nuclear iraniano ou à questão climática.

Para o analista Bruno Cautrès, do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences-Po), a intervenção não deverá ter consequências significativas para o chefe da nação junto à opinião pública, o que só ocorreria se houvessem vítimas no seio das forças francesas ou na população civil síria. Ainda assim, o governo terá de se justificar diante do Parlamento, como prevê a Constituição Francesa.

Macron (em primeiro plano), acompanhado de Trump e Theresa May, premier do Reino Unido: aliança militar foi responsável por ultimos ataques à Síria. Créditos: STEPHANE DE SAKUTIN / AFP





Segundo a Constituição, o governo deve informar o Parlamento no mais tardar três dias após qualquer intervenção militar no exterior, com a possibilidade da realização de um debate, sem, no entanto, submissão a voto. O primeiro-ministro, Édouard Philippe receberá os presidentes do Senado e da Assembleia Nacional na manhã deste domingo, e um debate parlamentar sobre a questão deverá ocorrer no início da semana.

A oposição não perdeu tempo em criticar a iniciativa bélica do governo Macron. Para o presidente do grupo no Senado do partido conservador Os Republicanos, Bruno Retailleau, o ataque "corre o risco de fomentar o terrorismo": "A voz da França só é forte se for singular, só é útil se privilegiar o diálogo. Emmanuel Macron alinha a diplomacia da França com a de Donald Trump", escreveu em seu Twitter. O líder do movimento da esquerda radical França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, denunciou uma operação militar organizada "sem prova, sem mandato da ONU, sem acordo europeu e sem voto do Parlamento". No mesmo tom, a presidente do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, alertou para um ataque de "consequências imprevisíveis e potencialmente dramáticas": "A França perde, de novo, uma ocasião de aparecer na cena internacional como uma potência independente e de equilíbrio no mundo", disparou também via Twitter. Já o ex-presidente François Hollande apoiou seu sucessor, definindo o ataque como "justificado", desde que seja seguido de uma "pressão diplomática e política" sobre a Rússia e o Irã.

Diferentemente de Trump e da primeira-ministra britânica, Theresa May, o presidente francês não fez uma declaração televisiva sobre a operação, reservando sua aparição para a entrevista que concederá neste domingo à noite para o canal BFMTV e o site de notícias Mediapart, anteriormente programada. Mas não foram poupados esforços para fundamentar a primeira ação de seu quinquênio como "chefe de guerra". O governo multiplicou as operações de comunicação — não faltou uma imagem do presidente com seu Estado Maior na célula de crise do Palácio do Eliseu —, e divulgou um relatório de cerca de dez páginas com detalhadas informações técnicas e de inteligência que atestariam o uso de armas químicas por parte das forças de Bashar al-Assad e, desta forma, justificariam o ataque da coalizão. O documento procura responder, inclusive, à questão sobre qual seria o interesse de Bashar al-Assad em utilizar armas químicas neste momento, vista a "esmagadora superioridade" de suas forças no conflito. Para os serviços de inteligência franceses, a estratégia de Damas teria o objetivo de "punir e provocar pânico nas populações civis presentes nas áreas ocupadas pelos rebeldes opositores ao regime, obrigando-as à rendição".

No próximo dia 23, Emmanuel Macron desembarcará em Washington para uma visita de chefe de Estado aos EUA. No dia seguinte, fará uma viagem oficial a São Petersburgo, na Rússia, para participar do fórum econômico internacional do qual a França é o país convidado de honra, ocasião em que encontrará o presidente Vladimir Putin.

Explosões em Damasco e Resposta.

Créditos: G1
O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, disse em coletiva de imprensa no Pentágono que os ataques desta sexta usaram o dobro do equipamento do ataque do ano passado, quando os EUA também reagiram a um ataque químico atribuído ao regime de Assad, que havia deixado 86 mortos dois dias antes.

Mattis também explicou que neste ano os alvos também foram diferentes. No ano passado, os EUA atacaram aviões que distribuíam armas químicas, enquanto nesta sexta os alvos foram as armas.

“Claramente o regime de Assad não entendeu a mensagem do ano passado. Desta vez, nós e nossos aliados golpeamos com mais força. Juntos, enviamos uma clara mensagem a Assad e seus tenentes assassinos”, disse James Mattis.

A TV Síria divulgou que ataques aéreos atingiram a capital Damasco e áreas ao redor, e que os sistemas de defesa sírio reagiram atingindo 13 mísseis em Al Kiswah, nos subúrbios de Damasco.

A mídia estatal síria criticou os ataques e chamou a ofensiva de uma violação da lei internacional:

"A agressão tripla é uma violação flagrante do direito internacional", informou a agência de notícias estatal.

Pelo Twitter, a presidência da Síria comentou a ofensiva de EUA, França e Reino Unido. No post, o governo escreveu que "as boas almas não serão humilhadas".

O Ministro da Defesa do Reino Unido diz que mísseis Shadow foram usados contra um depósito 24 kms a oeste de Homs, onde teria sido constatado que o governo sírio faria manutenção de armas químicas. Ele disse ainda que o local atingido fica distante de qualquer ponto habitado.

Segundo a Reuters, o Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH) afirmou que um centro de pesquisa científica e bases militares em Damasco foram atingidos por ataques aéreos. Entre os alvos estão a Guarda Republicana e a 4ª Divisão, unidades de elite do exército sírio.

A agência Reuters e testemunhas afirmaram que diversas grandes explosões foram ouvidas em Damasco, e colunas de fumaça foram vistas na região durante o pronunciamento de Trump.

Trump critica a Rússia e o Irã

Em seu discurso, Trump questionou diretamente Rússia e Irã, aliados do regime sírio: “Que tipo de país quer ser associado com mortes em massa de homens, mulheres e crianças inocentes?”

“As nações podem ser julgadas pelos amigos que mantêm. Nenhuma nação pode ser bem-sucedida em longo prazo promovendo estados desonestos, tiranos brutais e ditadores assassinos”, acrescentou.

“A Rússia precisa decidir se irá continuar nesse caminho sombrio ou se irá se unir aos países civilizados como uma força de estabilidade e paz. Com esperança um dia nos daremos bem com a Rússia e talvez até com o Irã, mas talvez não”, disse Trump.

Trump vinha ameaçando há dias uma resposta ao ataque químico na cidade de Duma. Já no domingo (8), em uma mensagem no Twitter, ele afirmou que Rússia e Irã eram responsáveis por apoiar o “animal” Assad e que haveria um “grande preço” a pagar.

Escalada de Tensão.

Os EUA, a França e o Reino Unido acusam o regime sírio de ser responsável pelo ataque do último dia 7. Nesta sexta, o Departamento de Estado dos EUA disse que tem prova com "um nível muito alto de confiança" de que o governo sírio usou armas químicas em Duma, mas ainda está trabalhando para identificar a mistura de produtos químicos usados

A Síria e a Rússia, sua aliada na guerra, negam que tenham usado armas químicas. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou em Moscou que tem provas irrefutáveis de que as imagens do suposto ataque químico em Duma são uma encenação.

O embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, disse nesta quinta que não descarta uma guerra. O presidente russo, Vladimir Putin, alertou seu colega francês, Emmanuel Macron, contra qualquer "ato imprudente e perigoso" na Síria, que poderia ter "consequências imprevistas".

A Síria advertiu a ONU que não teria "outra escolha" senão se defender caso fosse atacada.

Gás Químico em Duma

Opositores sírios, agentes humanitários e paramédicos alegam que mais de 40 pessoas foram mortas no dia 7 de abril em um suposto ataque químico em Douma, cidade controlada por rebeldes na região de Ghouta Oriental, na periferia de Damasco, a capital da Síria. Essa foi a alegada motivação para o ataque coordenado. E isso gera diversas Perguntas

Assad Usou Ou Não Usou Armas Químicas?

A França diz ter "provas" de que esse tipo de armamento foi usado - pelo menos o gás de cloro.

O governo sírio nega a acusação, e sua principal aliada, a Rússia, diz ter "evidência irrefutável" de que o incidente foi "fabricado" com a ajuda do Reino Unido.

Por Que Douma Foi Atacada?

Em fevereiro, forças leais ao presidente Bashar al-Assad lançaram um ataque em Ghouta Oriental que deixou mais de 1,7 mil civis mortos. Em março, militares dividiram a região em três bolsões - o maior deles ao redor de Douma, onde moram de 80 mil a 150 mil pessoas.

Temendo serem derrotados, grupos rebeldes nos outros dois bolsões concordaram em ser evacuados para o norte do país. Mas o grupo que controlava Douma, o Jaysh al-Islam, permaneceu. No dia 6 de abril, depois de negociações paralisadas com o governo, os ataques aéreos recomeçaram.

O Que Aconteceu No Dia 7 De Abril?

O bombardeio continuou pelo segundo dia, com dezenas de pessoas mortas ou feridas antes do suposto ataque com armas químicas. Ativistas ligados ao Violations Documentation Center (VDC), que reúne supostos casos de violação à lei internacional, registraram dois incidentes separados de bombas lançadas pelas Forças Aéreas da Síria que conteriam substâncias tóxicas.

A primeira ocorreu aproximadamente às 16h (10h de Brasília) e atingiu uma padaria, disse o VDC. Segundo a organização, um agente humanitário da ONG Defesa Civil Síria sentiu o cheio do gás de cloro no ar depois do ataque, mas não conseguiu determinar de onde veio.

"Posteriormente, descobrirmos os corpos das pessoas que foram sufocadas com gases tóxicos. Eles estavam em espaços fechados, buscando abrigo das bombas de barril, o que deve ter causado uma morte rápida e ninguém ouviu os gritos deles", afirmou.

O VDC disse que o segundo incidente ocorreu não muito longe dali, ao leste, perto da Praça dos Mártires, aproximadamente às 19:30 (13:30 de Brasília).

Às 19:45 (13:45 de Brasília), mais de 500 pessoas - a maioria mulheres e crianças - foram levados a centros médicos com sintomas que indicavam exposição a um agente químico, segundo a Defesa Civil Síria e a Sociedade Médica Americana Síria (SAMS), uma ONG que dá apoio a hospitais em áreas controladas pelos rebeldes.

Os pacientes mostravam sinais de "desconforto respiratório, cianose central (pele ou lábios azuis), espuma oral excessiva, queimaduras da córnea e odor semelhante ao cloro", informou um comunicado conjunto publicado no último domingo.

Uma mulher que morreu teve convulsões e suas pupilas estavam dilatadas.

Socorristas que atuavam na busca por feridos dos bombardeios também encontraram corpos de pessoas com espuma na boca, cianose e queimaduras nas córneas, acrescentou a nota.

A União de Assistência Médica e Organizações de Socorro (UOSSM, na sigla em inglês), que dá apoio a hospitais na áreas controladas pelos rebeldes na Síria, também disse que recebeu relatos dos dois incidentes.

Depois do primeiro ataque, as pessoas foram tratadas por dificuldades respiratórias e irritação dos olhos disse a UOSSM.

No segundo, os pacientes foram trazidos para o hospital com forte cheiro de uma substância semelhante ao cloro e apresentando sintomas que incluíam cianose, formação de espuma na boca e irritação da córnea, acrescentou.

Um estudante de medicina que trabalha em um hospital local disse à BBC que havia atendido um homem que morreu.

"Suas pupilas estavam dilatadas e ele tinha espuma na boca. Seu coração batia de forma muito lento. Ele tossia sangue em sua boca também", disse ele.

Dois vídeos divulgados pelo grupo de oposição Douma Revolution mostram o que seriam corpos de crianças, mulheres e homens encontrados em um prédio, supostamente localizado a sudoeste da Praça dos Mártires. Alguns tinham espuma saindo de suas bocas e narizes.

Quantas Pessoas Morreram?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que recebeu registros, por meio de parceiros locais, de "43 mortes relacionadas a sintomas consistentes com a exposição a substâncias químicas altamente tóxicas".

A Defesa Civil Síria e a SAMS disseram que equipes de resgate encontraram 42 pessoas mortas em suas casas. Uma pessoa foi declarada morta ao chegar ao hospital e outras seis morreram durante o tratamento, acrescentaram.

Em um tuíte anterior, posteriormente apagado, a Defesa Civil Síria havia estimado o número de mortos em mais de 150.

A UOSSM informou inicialmente que 70 mortes haviam sido confirmadas. Na segunda-feira, revisou o número para pelo menos 42, mas acrescentou que o saldo de mortos poderia subir.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de monitoramento sediado no Reino Unido, disse que os ataques aéreos ocorridos nos dias 6 e 7 de abril mataram quase 100 pessoas. A organização incluiu 21 pessoas que morreram como resultado de sufocamento, mas ressalvou que foi incapaz de identificar a causa.

O site britânico de jornalismo investigativo Bellingcat disse que havia contado pelo menos 34 corpos nos dois vídeos divulgados pela Douma Revolution.

Segundo o Bellingcat, o prédio perto da Praça dos Mártires onde os corpos foram filmados recebeu a visita de militares russos em 9 de abril.

A Que As Vítimas Poderiam Ter Sido Expostas?

Especialistas dizem que é impossível saber se uma pessoa foi exposta a um agente químico ao olhar para um vídeo ou foto.

A única maneira de confirmar a contaminação é coletar amostras e analisá-las em laboratório. No entanto, a ONU e outras organizações humanitárias internacionais não conseguiram entrar em Douma por causa do cerco do governo.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) disse que uma missão de averiguação tem "coletado e analisado informações de todas as fontes disponíveis". O organismo multilateral havia prometido enviar uma equipe para a Síria que começaria seu trabalho neste sábado.

A Defesa Civil Síria e a SAMS dizem acreditar que as vítimas morreram sufocadas como resultado da exposição a produtos químicos tóxicos, provavelmente um organofosforado - um grupo composto associado a pesticidas e agentes nervosos.

A UOSSM também concluiu que os sintomas das vítimas eram consistentes com a exposição a um agente nervoso, possivelmente misturado com cloro.

Raphal Pitti, do escritório da UOSSM na França, disse acreditar que "o cloro foi usado para esconder o uso de Sarin", um agente nervoso.

Na última quinta-feira, 12 de abril, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que as pessoas foram expostas ao gás de cloro "pelo menos", mas não mencionou qual outro agente químico poderia estar envolvido no ataque.

Os Estados Unidos disseram que os sintomas relatados eram "consistentes com um agente de asfixia e com um agente nervoso de algum tipo".

Dois funcionários não identificados dos EUA também disseram à rede de TV americana NBC News em 12 de abril que testes de sangue e amostras de urina indicaram a presença de cloro e um agente nervoso.

O Que Diz O Governo Sírio?

O governo Sírio, que negou repetidamente ter usado armas químicas, acusou os rebeldes de "fabricar" os relatos.

O representante permanente da Síria na ONU, Bashar al-Jaafari, acusou as potências ocidentais de acusar falsamente o governo de modo a "preparar o terreno para uma agressão contra o meu país, assim como os Estados Unidos e o Reino Unido fizeram no Iraque em 2003".

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em 13 de abril que tem "provas irrefutáveis de que este foi mais um ataque, encenado com a participação de serviços especiais de um Estado que está se esforçando para estar à frente da campanha russófoba".

Lavrov evitou dizer a qual país se referia, mas o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov, disse mais tarde que o Reino Unido estava "diretamente envolvido na provocação".

Ele não forneceu nenhuma prova e um diplomata britânico chamou a acusação de "bizarra" e uma "mentira descarada".

O representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse ao Conselho de Segurança (CS) em 9 de abril que militares russos haviam visitado Douma e coletado amostras de solo que não mostravam presença de agentes nervosos ou substâncias contendo gás de cloro.

"No hospital local, ninguém foi hospitalizado com sintomas de gás sarin ou envenenamento por gás de cloro", acrescentou.

"Nenhum corpo de pessoas que morreram envenenadas foram encontradas, e a equipe médica e os moradores não tinham informações sobre onde poderiam ter sido enterrados".

Ele também observou que um ativista da oposição havia postado um vídeo supostamente mostrando uma bomba química feita de uma lata de gás amarelo encontrada em um quarto em um prédio em Douma.

Nebenzia alegou que o vídeo foi encenado, acrescentando: "A trajetória da suposta bomba é totalmente antinatural. Ela caiu do teto e aterrissou calmamente em uma cama de madeira sem danificá-la de qualquer forma. Foi claramente colocada ali".

Como A Comunidade Internacional Reagiu?

O secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou estar indignado com os relatos em Douma e advertiu que "qualquer uso confirmado de armas químicas, por qualquer parte no conflito e sob quaisquer circunstâncias, é abominável e uma clara violação do direito internacional".

Em 9 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que houve um "ataque hediondo contra inocentes sírios com armas químicas proibidas".

Dois dias depois, ele afirmou, em sua conta no Twitter, que o presidente Assad era "um animal assassino de gás". Na ocasião, também alertou que mísseis americanos "estavam a caminho", depois que a Rússia anunciou que derrubaria qualquer um dos disparos contra a Síria.

Macron prometeu que a França "removerá a capacidade química do regime", mas não "permitirá uma escalada, ou qualquer coisa que possa prejudicar a estabilidade da região".

Já a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse em 12 de abril que o incidente em Douma foi "um ato chocante e bárbaro" e que era "altamente provável" que o governo sírio fosse responsável.

Ela declarou ser "vital que o uso de armas químicas não passasse em branco".

13 De Abril, como foi explicado acima.

3° Guerra Mundial?

Com os Bombardeios ocorridos na Síria, e dado ao fato de quem em Janeiro, o Doomdays Clock está (Simbolicamente) a 2 minutos da Meia-Noite, e as tensões com a República Popular Democrática da Coreia (Do Norte) a sensação de que a 3° Guerra Mundial vai acontecer a qualquer momento. Essa  sensação de quem a tão famigerada 3° Guerra ocorra se tornou mais visível quando um apresentador da Rossiya-24news, pertencente ao Kremlin, aconselhou os cidadãos russos a adquirirem uma série de bens essenciais de sobrevivência, principalmente Iodo para proteger o corpo da radiação proveniente de armas nucleares.

Entre vários conselhos nutricionais, tendo sempre presente o fator "tempo", Alexey Kazakov recomendou os espectadores a comprarem arroz e farinha de aveia, por poderem conservar-se, entre 7 e 8 anos. Aconselhou-os a evitarem o trigo sarraceno, altamente consumido pelos russos, que tem um prazo de validade máximo de um ano.

"Obviamente, podem sobreviver com carne enlatada por algum tempo, até cinco anos. Peixe enlatado pode ser conservado até dois anos. Claro que será difícil viver sem leite, sem açúcar, sem sal. A tradição russa sugere que devemos comprar massa em tempos de crises. Mas os especialistas não recomendam levar esse produto para abrigos antiaéreos".

"A vida no mundo subterrâneo é particularmente difícil para os doces. Chocolates, leite condensado, tudo isso terá que ser deixado para trás", continuou, estragando assim os planos a quem, possivelmente, pensava recorrer aos doces para sobreviver durante uma possível tragédia.

"Sim, a glicose é uma grande fonte de energia, mas os doces causam sede, e a água tornar-se-á a fonte mais preciosa para os moradores dos abrigos antiaéreos", rematou.

Durante a emissão televisiva, Kazakov falou com um especialista, Eduard Khalilov, via Skype, que salientou a importância da água durante períodos de crise. "Quanto mais água, melhor. Podemos sobreviver duas ou três semanas sem comida, mas dificilmente podemos sobreviver três dias sem água", afirmou, acrescentando que a água é, também, necessária para digerir a comida.

Sim um apresentador falar com certa preocupação já indica que pelo lado Russo, as ações dos E.U.A (Representado pelo Próprio Trump) em apertar o Botão do Juízo Final e questão de tempo.

O que seria um Plot Twist já imaginado pelo seus opositores, se tornou real. Durante as eleições a Casa Branca, Trump que na época disputou à Presidência com Hillary Clinton, mencionou que os planos da adversária  para a Síria vão causar a "Terceira Guerra Mundial", devido ao potencial de conflito com as forças militares da Rússia.

Quem diria que aquele que queria evitar (OU ADIAR) a 3° Guerra Mundial, poder ser o responsável por ela.

O Prelúdio da 1° Guerra foi o Atentado de Saravejo.

O Prelúdio da 2° Guerra foi a Invasão da Alemanha Nazista na Polônia.

O Prelúdio da 3° Guerra (Se vier a Ocorrer) vai ser por Mensagem do Twitter.

Fontes.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/trump-agradece-cooperacao-da-franca-e-reino-unido-em-ataque-contra-siria-missao-cumprida.ghtml

https://g1.globo.com/mundo/noticia/como-os-aliados-da-siria-reagiram-ao-ataque-liderado-pelos-eua.ghtml

https://oglobo.globo.com/mundo/macron-supera-diferencas-historicas-com-eua-para-atacar-siria-22591882

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/14/internacional/1523667334_024594.html

https://g1.globo.com/mundo/noticia/trump-anuncia-ataque-na-siria.ghtml

https://g1.globo.com/mundo/noticia/eua-lancam-misseis-na-siria.ghtml

https://g1.globo.com/mundo/noticia/a-guerra-de-versoes-sobre-ataque-quimico-que-detonou-novo-capitulo-no-conflito-na-siria.ghtml

https://g1.globo.com/mundo/noticia/10-perguntas-para-entender-o-ataque-quimico-e-a-origem-da-guerra-na-siria.ghtml

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/04/13/eua-reino-unido-e-franca-irao-realizar-ataques-precisos-na-siria-em-resposta-a-ataques-quimicos.htm

https://www.dn.pt/portugal/interior/estamos-a-caminho-da-iii-guerra-mundial-nove-personalidades-respondem-ao-dn-9257222.html

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2018-04-13-Televisao-russa-alerta-para-a-III-Guerra-Mundial-e-da-conselhos-a-populacao

https://www.jn.pt/mundo/interior/televisao-avisa-russos-do-que-levar-para-abrigos-durante-a-iii-guerra-mundial-9257027.html

http://www.bbc.com/portuguese/internacional-43764615

http://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/noticia/2016/10/hillary-vai-causar-terceira-guerra-mundial-diz-trump.html

https://br.sputniknews.com/opiniao/2018040210888510-eua-terceira-guerra-mundial-motivos/

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