quarta-feira, 18 de abril de 2018

Um Presente Para O Homem Que Tem Tudo. 1° Parte.

É um pássaro? É um avião? Não e o
Super-Homem!
Há 80 anos, em Abril de 1938, surgia um dos maiores ícones do universo dos quadrinhos de herói: o Superman. “E assim começam as mais surpreendentes aventuras do mais sensacional personagem de quadrinhos de todos os tempos”, dizia o início da edição número um da revista Action Comics, responsável por apresentar o alterego de Clark Kent.

A 1° edição foi profética em dizer que o Superman é o mais sensacional personagem de quadrinhos de todos os tempos. Inegavelmente o 1° contato com Super herói na Infância foi o Homem Azul, de capa vermelha, e cuecas sob a calças, possivelmente foi o 1° herói que falamos e conhecemos o nome.

Com 8 décadas de história (E olha que foram milhares), muita coisa foi mudada, muita coisa se perdeu e muita coisa permaneceu, o que pode dar um nó na cabeça dos fãs. Mas algo parece inalterado desde a década de 30: Sua Super força, seu manto Azul, e capa vermelha, e sua eterna paixão por Lois Lanes.

Aqui vamos ter diversas Informações compiladas, em homenagem ao homem que tem Tudo.

Criação do Superman.

A criação do Superman é atribuída ao roteirista Jerry Siegel e ao desenhista Joe Shuster. Embora o personagem tenha sido publicado oficialmente em 1938, na primeira edição da Action Comics, pela então "National Publications", editora que viria a ser conhecida posteriormente como "DC Comics", ele havia sido concebido pela dupla cerca de cinco anos antes. Em 1931, os dois se conheceram quando eram estudantes no Glenville High School em Cleveland, e trabalharam juntos no jornal escolar, o "Glenville Torch", e em outros projetos pessoais, como Science Fiction, uma revista produzida e disponibilizada de forma independente, e considerada um dos primeiros fanzines a serem criados nos Estados Unidos. Em 1933, na terceira edição desse fanzine, seria publicada a história The Reign of the Superman, um conto de ficção científica protagonizado pelo primeira versão do personagem, então concebido como um vilão, e caracterizado como um ser humano que havia adquirido superpoderes após entrar em contato com uma rocha extraterrestre.

Em 1933, após a produção de Science Fiction ser descontinuada na quinta edição, Siegel e Shuster produziriam The Superman, uma história no então recente formato de revista em quadrinhos, mas esta acabaria sendo rejeitada por editoras e destruída quase que integralmente por um frustrado Shuster. Essa segunda versão do personagem era igualmente um ser humano, mas, ao contrário da criação anterior, possuía características de um herói. O personagem de The Superman não tinha superpoderes, e foi concebido como um possível aventureiro típico do gênero pulp, que se sobrepunha à ficção científica nessa rejeitada proposta. O conceito seria aproveitado em Slam Bradley, um personagem similar que surgiria na primeira edição da revista Detective Comics, em 1937.


Entre 1934 e 1937, paralelamente aos outros contos, tiras e histórias em quadrinhos que produziam, a dupla trabalharia na ideia de uma versão definitiva de "Superman": um ser alienígena, dotado de superpoderes, e que atuaria como herói. O personagem reuniu elementos presentes em histórias de outros personagens da época, como uma identidade secreta ou o uso de uma capa, mas a soma de suas características peculiares o tornaria suficientemente distinto de tudo o que havia sido produzido até então, e estabeleceria um novo gênero, as histórias em quadrinhos de super-herói, a partir da sua publicação oficial e imediato sucesso em 1938. Alguns dos elementos comumente associados à história de origem do personagem já se faziam presentes nessa versão, embora Siegel e Shuster viessem a revisá-la em 1939, conforme davam continuidade à produção de novas tramas com o personagem. A publicação do personagem se deu após a dupla ter concordado em vender os direitos sobre Superman para a editora, e a disputa judicial acerca da propriedade do personagem se estendeu por anos, com a dupla buscando provar que criara o personagem antes de ter sido contratada pela editora para produzir a história publicada em 1938.

The Reign of the Superman

No inicio, o Azulão foi pensado para ser um vilão. Em Janeiro de 1933, na 3° edição da Science Fiction: The Advance Guard of Future Civilization com argumento de Jerry Siegel, e ilustrações de  Joe Shuster e contada a estória de The Reign of the Superman (O Reino do Superman).

Careca, Megalomaníaco, é quer dominar o Mundo, Luthor e você.
Escrita por de Siegel, a trama tinha como cenário os Estados Unidos durante a Grande Depressão, e apresentava a primeira versão de "Superman": um indigente chamado "Bill Dunn", que enquanto aguardava na fila de uma ação social era abordado por um cientista, o professor "Ernest Smalley", que o convence a participar como cobaia de um experimento em troca de comida e roupas. Smalley havia encontrado um meteoro, extraído da rocha substâncias químicas que não correspondiam à nada encontrado na tabela periódica, e pretendia aplicar essas substâncias estranhas em Dunn. O teste químico acaba por conceder poderes telepáticos à cobaia, que escapa e o que inicialmente se revela como telepatia começa a progredir cada vez mais, ao ponto de Dunn se tornar capaz e dominar mentalmente outras pessoas. Decidido a enriquecer, Dunn usa seus poderes inicialmente para "assaltar" outras pessoas, fazendo com que elas entreguem suas bolsas e carteiras para ele. Com o tempo, começa a fazer apostas, sempre garantindo a própria vitória, e a manipular o mercado de ações, obtendo grandes lucros. Quando Smalley observa o sucesso de sua cobaia, tenta aplicar o mesmo teste químico em si, mas é assassinado por Dunn, que não quer rivais. Megalomaníaco, Dunn decide intervir numa conferência, controlando os políticos e estadistas ali presentes de forma a criar uma guerra mundial, um cenário que lhe permitiria surgir como um novo governante e dominar o planeta. O plano, entretanto, não chega à sua conclusão porque os efeitos do teste químico eventualmente se dissipam, e Dunn volta a ser uma pessoa comum.

O conceito do "Übermensch", conforme estabelecido por Nietzsche em seu livro Assim Falou Zaratustra, é comumente apontado como uma das influências de Siegel em The Reign of the Superman, entretanto, o autor mencionaria o bíblico Sansão e os autores Winsor McCay e H.G. Wells como suas influências ao ser questionado em numa extensa entrevista concedida em 1983 à editora Fantagraphics Books para o segundo número da revista Nemo.

Anteriormente, o personagem Doc Savage, também conhecido como "o homem de bronze", já chegara a ser descrito durante uma história como sendo "super", mas esta não era uma alcunha que ele adotava, ao contrário de Dunn, que na história atendia pelo nome de "super-homem".

The Reign of the Superman marca a primeira vez que uma publicação trazia um personagem com nome "Superman". Alguns dos elementos que posteriormente seriam associados à mitologia do personagem já se faziam presentes: 
  • O vilão era careca, como Lex Luthor é; 
  • Uma rocha alienígena com propriedades extraordinárias alterava a fisiologia das pessoas, como a kryptonita é; (Na série animada Liga da Justiça Luthor exposto a kryptonita acaba contraindo câncer)
  • E o papel do herói era desempenhado por um repórter, o personagem "Forrest Ackerman", que aparecia brevemente na história para confrontar um cada vez mais poderoso Dunn. Ackerman era um repórter aparentemente pacato, mas que não era tão indefeso quanto parecia - características que seriam posteriormente associadas a Clark Kent - e seu nome era uma homenagem ao autor de mesmo nome, na época, ainda um fã de histórias de ficção científica como Siegel.
Em 1983, Siegel declararia que a estória havia sido integralmente escrita em 1932, e tinha como objetivo brincar com a temática dos homens considerados "super", como Sansão ou Hércules, colocando esse tipo de personagem como um vilão, diferentemente dos "super-homens" até então estabelecidos.

1933, The Superman.

E se o Superman fosse uma força para o bem ao invés de para o mal? 
Jerry Siegel, após The Reign of the Superman.
A partir de 1933, o personagem passaria por uma série de reformulações nas mãos dos dois autores, que passariam a oferecê-lo a diversas empresas, sempre com resultados negativos Siegel reescreveria a personagem como um herói, mantendo pouca ou nenhuma semelhança com o vilão de mesmo nome, e começou a procurar uma editora que o publicasse. Paralelamente, trabalhava em outros conceitos e personagens ao lado de Shuster, com o objetivo de produzir não mais contos, mas uma tira de jornal. O primeiro desses projetos foi a série Interplanetary Police, que chegara a ser elogiada por editoras, mas não era contratada. Uma crítica comum ao trabalho dos dois era de que seus conceitos não eram sensacionais o suficiente para chamar a atenção do público - e era justamente isso que eles pretendiam fazer com a segunda versão de Superman.

O formato da revista em quadrinhos americano foi, em muitos aspectos, criado em 1933, quando surgiram Famous Funnies e Funnies on Parade. As duas publicações tinham como objetivo aproveitar as páginas coloridas das tiras publicadas nos jornais de domingo, reunindo-as num formato diferenciado: embora impressas no formato tabloide, as páginas eram dobradas e cortadas de forma a produzir uma revista de formato menor que pudesse ser vendida ao preço de 10 centavos de dólar. O novo formato, intitulado Comic Book ou comics era destinado à tiras de jornal bem-sucedidas, e não apresentava nenhum material inédito até que Consolidated Books Publishing publicara uma revista em quadrinhos de 48 páginas em preto-e-branco intitulada Detective Dan: Secret Operative No. 48. Era a primeira aparição do personagem "Dan Dunn", e a primeira vez que uma revista daquele formato trazia material inédito ao invés de republicações. Recordando-se do que sentira ao ver aquela inédita revista, Siegel declararia em 1983: "ocorreu-me que [eu e Shuster] poderíamos fazer uma revista em quadrinhos cujo personagem fosse mais interessante que esse, que mais parecia uma derivação de Dick Tracy.

A Consolidated prometia, ao final daquela primeira edição, continuar publicando mais aventuras do personagem, e isso levou a dupla a trabalhar numa proposta para a editora: The Superman. O título era presunçoso, e a capa trazia dizeres hiperbólicos: o novo Superman era anunciado como "o personagem de ficção mais surpreendente de todos os tempos" e sua história era "uma trama de ficção científica em desenhos". Uma resposta por parte da editora demoraria meses e, quando enfim tiveram seu trabalho avaliado, foi para receber uma frustrante resposta: não havia planos para dar continuidade à revista Detective Dan, e, mesmo se os houvesse, ainda seria necessário um acordo com os artistas envolvidos. Se isso não fosse possível, seria cogitada a publicação de The Superman como substituto. Vendo a carta como um encorajamento, Siegel e Shuster continuaram aguardando uma oportunidade de ver seu personagem publicado - mas a editora nunca mais manifestou interesse em publicar revistas em quadrinhos.

Frustrado, e se sentindo culpado pelo fracasso, Shuster destruiu todas as páginas da história. A capa sobreviveu apenas porque Siegel a resgatou do fogo. Siegel e Shuster descreveram essa versão da personagem como sendo comparável a Slam Bradley, uma personagem que a dupla criou em 1937 para a primeira edição de Detective Comics. Siegel, declararia, em 1983, que Bradley era "projeto piloto" de Superman: "Superman já havia sido criado, e nós não queremos dar a ideia Superman; mas nós apenas não poderíamos resistir colocar em Slam Bradley algumas das coisas slambang que sabíamos seria em Superman, se e quando chegamos Superman lançado". O novo personagem era um homem comum, sem super-poderes, mas um "homem de ação", que não usava nenhum uniforme especial e não tinha receios em enfrentar bandidos. Para Daniels, esse segundo "Superman" era "um personagem genérico baseado numa variedade de fontes, sejam pulps ou tiras [de jornal], e dificilmente se tornaria algo tão memorável quanto o terceiro e definitivo Superman, cuja criação viria a seguir. Uma influência da época eram as histórias do personagem Popeye, um marinheiro dotado de grande força, cujas histórias possuíam um forte teor humorístico, mas fizeram Siegel refletir sobre como seria uma trama dramática e mais realista em que o personagem fosse capaz dos mesmos "grandes feitos" que Popeye, que incluíam força suficiente para quebrar paredes e resistência à balas. Siegel e Shuster pretendiam criar um herói que, como Sansão e Hércules, tivesse grande força, mas que lutasse contra a injustiça social e o crime.

Período entre 1933 e 1938.

Em 1983, Siegel declararia à revista Nemo que os eventos que levariam a criação da definitiva versão de Superman começaram em 1934, pouco mais de um ano após o fracasso com The Superman. Essa versão do personagem fora concebida para uma tira de jornal e não para uma revista em quadrinhos, inicialmente. Alguns relatos apontam que o personagem ainda possuía algumas características da versão anterior nas primeiras tentativas de licenciamento, e não é claro a partir de que momentos os autores começaram a modificar o personagem. Ainda em 1934, Siegel e Shuster teriam oferecido o personagem para publicação na revista Famous Funnies, mas a proposta foi rejeitada pela editora sem nem mesmo ter sido avaliada. A dupla também ofereceu as tiras Spy e Superman ao estúdio Eisner & Iger, que trabalhava tanto com tiras de jornal, quanto com revistas em quadrinhos, Will Eisner mandou uma carta para a dupla dizendo que eles não estavam prontos e sugeriu que Shuster se matriculasse no Cleveland Institute of Art.

Há relatos conflitantes, que apontam que fora a história The Superman que teria sido oferecida como tira de jornal, e que a repetida rejeição nos anos seguintes à esta proposta é que teria levado Shuster a queimá-la. A destruição, entretanto, impede qualquer precisão quanto ao conteúdo de The Superman e os próprios autores já não se recordavam do conteúdo quando entrevistados. Ainda que ambos concordassem que aquela versão do personagem não tinha super-poderes, Shuster afirmou na entrevista realizada em 1983 que o personagem usava uma capa, enquanto Siegel tinha dificuldades em se recordar desse uniforme. O próprio Siegel admitia que não se lembrava da história, e que havia recorrido à Shuster, anos antes, para tentar se lembrar do material que acreditava ter sido produzido no início de 1933.

Na entrevista de 1983, Siegel narrava que teria tido a ideia para a terceira versão de Superman numa noite em 1934, em que teria passado uma madrugada inteira escrevendo dezenas de roteiros com o personagem, estabelecendo sua história de origem, a identidade secreta como "Clark Kent", o elenco de apoio e quais seriam os primeiros criminosos que ele enfrentaria. Todo esse material seria a base para a história publicada em 1938, bem como para as tiras de jornal publicadas a partir de 1939. A ideia de fazer o personagem ter uma "identidade secreta" surgira naquela noite, e Shuster teria criado o visual tanto de "Clark Kent" quanto de "Superman" na manhã seguinte, imediatamente após tomar conhecimento das ideias de Siegel. Nesse mesmo dia, ele também teria produzido o arte para muitos dos roteiros produzidos na noite anterior, trabalhando um dia inteiro no projeto, "tomado pelo mesmo entusiasmo que Jerry [Siegel], desenhando o mais rápido possível". Siegel declararia na mesma entrevista que as tiras de jornal que seriam publicadas a partir de 1939 foram todas produzidas nesse dia. Daniels classifica o relato como "um conto repetido à exaustão". O cineasta e professor Brad Ricca, membro da Case Western Reserve University e um estudioso da história de Cleveland, produzira o documentário Last Son, sobre os eventos ocorridos da década de 1930 que levaram à criação do personagem, e rejeita essas declarações, apontando registros que indicariam que o processo para criar Superman se estendeu por anos e que a própria dupla teria admitido isso em outras entrevistas O livro Homens do Amanhã - geeks, gângsteres e o nascimento dos gibis, de Gerard Jones, igualmente estabelece que a criação de Superman como super-herói foi "um longo processo" - mas a sua veracidade é contestada pelos familiares de Siegel.

Criando Lois Lane e Clark Kent.

Joanne Siegel, em foto de 1976. Antes de se casar
com o escritor Jerry Siegel em 1948, a modelo havia
servido de inspiração para o artista Joe Shuster na
concepção de Lois Lane, em 1935, cerca de três anos
antes da publicação de Action Comics #1.
Na entrevista de 1983, a esposa de Siegel, Joanne, declararia que havia conhecido o seu marido nesse período, ao ser contratada como modelo para as tiras.[40] Relatos posteriores à entrevista de 1983 detalhariam a situação: em 1935, enquanto estudante colegial, Jolan Kovacs publicou um anúncio em uma edição do jornal The Plain Dealer, em Cleveland, no estado americano de Ohio.[41] No anúncio, Kovacs se colocava disponível para ser contratada como modelo.[42] Shuster, que à época estava desenvolvendo uma proposta para uma nova tira de jornal com "Superman", respondeu ao anúncio, contratando Kovacs para servir de modelo para uma personagem desenvolvida por Siegel para a tira, "Lois Lane", uma repórter e interesse romântico de Superman.

Obituários à época do falecimento dela, em 2011, apontariam que Shuster alegadamente usara Jerry Siegel como modelo para "Superman" e Joanne como modelo para "Lois Lane". Os dois posariam para o artista, que tomaria as expressões faciais e os maneirismos de Kovacs como inspiração para os quadros destacando a repórter. Kovac adotaria posteriormente o nome artístico "Joanne Carter" e, pouco após a Segunda Guerra Mundial encontraria Siegel numa festa beneficente em Nova Iorque. Os dois iniciariam um relacionamento e, em 1948, se casariam, e "Joanne Carter" se tornaria oficialmente "Joanne Siegel".

Siegel faleceria em 1996, sempre afirmando que a personalidade de Joanne era tão marcante que influenciara suas histórias. Segundo a filha do casal, Laura, "ela [Joanne] não havia simplesmente posado, mas desde o dia em que ele [Jerry Siegel] a conheceu, era a personalidade e o jeito dela que seriam colocados na personagem. Era não apenas uma mulher bonita, mas também muito esperta e determinada, e cheia de energia. Era uma mulher corajosa. Essa coragem inspiraria profundamente Siegel, que retrataria Lois Lane como tão corajosa quanto Superman. A personagem se tornaria, nas primeiras revistas publicadas entre 1938 e 1947, um ícone do feminismo nas histórias em quadrinhos. Essa série de eventos são rejeitados pela primeira esposa de Siegel, Bella, e pelo filho do casal, Michael. O relato contido em Homens do Amanhã narra uma diferente história: Joanne Siegel só teria conhecido o roteirista em 1948, após ele ter se divorciado de Bella, e não teria sido a inspiração para Lois Lane.

Joanne Siegel manteve sua versão mesmo após a publicação do livro de Jones, apontando que a versão dos fatos ali contida era baseada em relatos inverídicos por parte da primeira família de Siegel. Um jornalista de Cleveland, Mike Sangiocomo, apontaria que antes de Joanne, outras mulheres já haviam declarado terem trabalhado como modelo para a criação de Lois Lane, e Ricca já havia declarado que suas pesquisas o levaram a conclusão de que Lois Lane poderia ser baseada em outras mulheres que não Joanne Siegel. Em seu documentário, Ricca expõe que uma "Lois Amster", uma colegial por quem Jerry Siegel teria sido apaixonado durante a adolescência, teria sido a inspiração para a personagem. Na entrevista de 1983, Siegel já havia admitido que as paixões platônicas que enfrentara durante a adolescência o ajudaram a conceber "Clark Kent", mas Ricca verificou a existência de cartas de Siegel à Lois, e as entrevistas que conduziu com Amster lhe permitiram concluir pela inspiração. Para Ricca, entretanto, o relato de Joanne Siegel não deixa de ser verdadeiro: ela poderia ter sim sido uma das inspirações, e o anúncio no Plain Dealer que ela afirmou ter sido publicado realmente existiu, então os eventos que ela e os autores afirmam ter ocorrido seriam verdadeiros.

Daniels, ao comentar sobre os eventos relacionados à criação de Lois Lane no livro Superman: The Complete History, publicado em 1998, consideraria os diferentes relatos de Siegel e Shuster, e sustentaria a tese de que "Lois Lane" era baseada em Lois Amster, uma paixão platônica de Siegel, que à época afirmara que nunca havia tido nenhum relacionamento com o colega. Enquanto Siegel sempre se recusava a comentar sobre o relacionamento entre os dois, ela declarou que ele "era um rapaz estranho" que costumava encará-la durante as aulas, mas que nunca foram amigos, e nem sequer conversaram alguma vez durante todo o período em que estudaram juntos. Essa rejeição seria determinante para o "triângulo amoroso" entre Lois, Clark e Superman. Clark era o "homem desajeitado" que correspondia ao próprio Siegel, e era apaixonado pela mulher forte, Lois, que o rejeitava e tratava mal, pois só se interessa pelo Superman, o "homem admirável", sem saber que este secretamente era Clark. Clark seria um reflexo "quase masoquista" dos próprios autores, segundo Daniels, sendo um rapaz "timído, míope, trabalhador e socialmente desajeitado" que, por mais que tivesse boas qualidades, não atraía a atenção da mulher que desejava.

A perspectiva de Siegel, de ser rejeitado e ignorado, teria influenciado o relacionamento ficcional de Clark Kent e Lois Lane nas primeiras histórias. Para Daniels, os conceitos criados por Siegel era uma "compensação" acerca de uma possível infelicidade. Ele "criou a versão definitiva de um sonho quase universal: ser alguém com qualidades escondidas que poderiam um dia trazer admiração". Dessa forma, o fato de Superman se disfarçar como Clark Kent seria uma piada sobre Lois Lane, que poderia ser vista como "uma mulher superficial, que dispensava um homem decente (no caso, seu colega de trabalho Clark) para sonhar com um homem musculoso", sem saber que eles eram a mesma pessoa. Clark Kent, então, seria um personagem com quem seria fácil um leitor comum se identificar, pois qualquer pessoa entenderia o conflito de ser julgado por padrões superficiais.

Lois não era uma vilã, e sua superficialidade em relação ao colega de trabalho seria compensada por várias qualidades. Corajosa, independente e ambiciosa, a fictícia mulher era tão admirável quanto o super-herói por quem era apaixonada. Daniels apontava que existiam "poucas dúvidas" de que Joanne havia sido contratada pela dupla para posar para as tiras de jornal que pretendiam produzir. As tiras originais teriam sido produzidas em 1934, e refeitas entre 1935 e 1937, quando Shuster já havia decidido que pretendia adotar um estilo mais realista em seus desenhos. Daniels não incluiu Jerry Siegel dentre as pessoas presentes no encontro entre Shuster e Joanne, mas sim a mãe de Shuster, que teria acompanhado de perto a sessão de desenhos, que teria ocorrido num dos cômodos da residência de Shuster, durado uma hora e custado US$ 1.50 ao artista. Para Daniels, Siegel só conheceu sua futura esposa após a sessão, tendo aguardado na sala de estar de Shuster enquanto eles desenhavam. Joanne, então uma adolescente, teria decepcionado Shuster por causa de sua magreza, pois havia concebido Lois Lane como "uma mulher voluptuosa". Entretanto, o penteado adotado pela inexperiente modelo, bem como o seu rosto, teriam servido para as feições adotadas para a personagem.

Criando o Superman Definitivo.

Shuster afirmaria, em 1983, que apenas Lois Lane tivera uma modelo - no caso, Joanne - para a elaboração do visual. Segundo a própria Joanne, ele estava na época redesenhando as tiras que já haviam produzido, buscando um visual mais realista e menos "cartunesco" para o trabalho. Quando perguntado se havia utilizado algum homem como modelo para Clark Kent ou Superman, Shuster declarou: "Ele [Superman]foi inspirado por muitos heróis da ficção e dos clássicos. E, claro, eu me inspirei nos filmes. No cinema mudo, meu herói era Douglas Fairbanks, que era um homem ágil e atlético. Então eu acredito que ele tenha sido uma inspiração para nós, inclusive nas suas atitudes. Ele fazia uma pose que eu costumava usar quando desenhava Superman. Se reparar em seus papéis, incluindo 'Robin Hood', ele sempre ficava parado com suas mãos nos quadris e os pés separados, rindo, como se não levasse nada à sério. Clark Kent, por sua vez, tinha um pouco de Harold Lloyd nele, eu suponho".


A inspiração em Fairbanks não se limitou às poses adotadas por Superman. O uniforme do personagem fora inspirado nas roupas que o ator utilizara em filmes como The Mark of Zorro e Robin Hood. A capa serviria para dar mais movimento às cenas, e o personagem inicialmente não usaria botas, mas sandálias. O nome "Clark Kent" foi uma ideia de Siegel, que combinou os nomes dos atores "Clark Gable"e "Kent Taylor", e, segundo Shuster, "Metrópolis, a cidade base de operações do Superman, veio do filme de Fritz Lang Metrópolis de 1927". A partir de The Superman, o trabalho de Edgar Rice Burroughs começara a ter grande influência sobre os roteiros de Siegel, e na entrevista de 1983, Shuster afirmaria que o seu colega roteirista pretendia "inverter a fórmula comum de levar o herói para outro planeta, colocando o super-herói num ambiente familiar e ordinário, ao invés de fazer o contrário, como era feito na maioria das histórias de ficção científica". Inicialmente, o personagem não voava, mas dava grandes saltos, como John Carter, um dos personagens de Burroughs. Siegel, inclusive, adotava similar explicação científica de diferentes gravidades: John Carter era capaz dos grandes saltos porque Marte era menor que a Terra, e Superman era igualmente capaz de dar grandes saltos porque Krypton era um planeta muito maior que a Terra.

Origens (Do Superman).

Superman é originário do planeta Krypton, onde nasceu com o nome de Kal-El, filho de Jor-El e Lara Lor-Van. Seu pai descobriu que o núcleo de Krypton estava instável e assim o planeta estava prestes a se autodestruir quando este chegasse à massa crítica, mas seu apelo para os governantes de Krypton de uma evacuação dos habitantes não foi ouvido. Jor-El então decidiu salvar sua família, construindo diversos foguetes de teste (um dos quais saiu com o animal de estimação da família, Krypto). Quando percebeu que não conseguiria uma nave para todos antes da explosão, decidiu salvar seu filho, colocando o bebê Kal-El em uma pequena nave rumo à Terra, onde o Sol amarelo e menor gravidade lhe dariam superpoderes.

A nave de Kal-El aterrissou no estado americano do Kansas, sendo encontrado pelo casal Jonathan e Martha Kent. Ambos decidiram criar o bebê como seu filho, dando-lhe o nome de Clark. Clark cresceu na fazenda dos Kent próximo à cidade de Smallville, descobrindo habilidades sobre-humanas que os Kent convenceram que seriam bem empregadas no combate ao crime. Eventualmente Clark decidiu manter os poderes em segredo para garantir a segurança da família e amigos, criando a identidade secreta de Superman e um uniforme a partir das roupas encontradas em sua nave. Na vida adulta, Clark se mudou para Metrópolis e se tornou repórter do Daily Star, cujo editor era George Taylor, mais tarde se mudando para o Daily Planet, sob o editor Perry White. No jornal se tornou amigo do fotógrafo Jimmy Olsen e desenvolveu um romance com a colega de trabalho Lois Lane, que frequentemente se tornou alvo dos inimigos de Superman. Seu arquiinimigo é Lex Luthor, um cientista e empresário megalomaníaco que conheceu Clark Kent durante sua adolescência em Smallville, e sua maior fraqueza é a kryptonita, um mineral feito dos restos radioativos de Krypton.


Embora Superman seja descrito como "O Último Filho de Krypton", ao longo de sua vida descobriu outros sobreviventes de seu planeta natal. Sua prima Kara Zor-El chegou à Terra em um meteoro de kryptonita e eventualmente assumiu a identidade de Supergirl. O criminoso General Zod foi aprisionado em uma dimensão-prisão, a Zona Fantasma, pouco antes da destruição de Krypton, e se tornou um dos grandes inimigos de Superman após sua libertação. Além disso, toda uma cidade, Kandor, foi miniaturizada e roubada pelo vilão Brainiac antes do planeta explodir.

Evolução da Caracterização.

Superman, dada a natureza seriada da publicação em quadrinhos e a extensão da existência da personagem, evoluiu como uma personagem conforme suas aventuras se incrementaram.

Os detalhes da origem do Superman, relacionamentos e habilidades mudaram significativamente no decorrer da publicação da personagem, do que é considerada a Era de Ouro dos Quadrinhos até a Era Moderna. Os poderes e vilões foram desenvolvidos na década de 1940, com o Superman desenvolvendo a habilidade de voar em 1941. O personagem descobriu a origem de Krypton em 1949. O conceito foi originalmente estabelecido para o leitor em 1939, nas tiras diárias do Superman Os anos 1960 viram a introdução de um segundo Superman, o Kal-L. A DC estabeleceu um multiverso dentro do universo fictício que suas personagens habitavam. Isto permitiu que personagens publicadas em 1940 existissem ao mesmo tempo que suas contrapartes atualizadas publicadas na década de 1960. Isto foi explicado para o leitor através da noção de que dois grupos de personagens habitavam terras paralelas. O Superman da Terra 2 foi introduzido para explicar ao leitor como o Superman era membro tanto do grupo de super-heróis da década de 1940 Sociedade da Justiça da América quanto do grupo da década de 1960 Liga da Justiça da América.

Os anos 1980 viram radicais revisões da personagem. DC Comics decidiu remover o multiverso de modo a simplificar sua linha de quadrinhos. Isso levou a toda história das personagens DC ser reescrita, incluindo Superman, em sequência ao primeiro grande evento (crossover) da história dos quadrinhos, chamado de Crise nas Infinitas Terras. Após esta maxissérie em 12 partes, John Byrne reescreveu Superman, removendo várias convenções estabelecidas e personagens da continuidade, incluindo Superboy e Supergirl. Byrne também restabeleceu os pais adotivos do Superman como personagens. Na continuidade anterior, as personagens haviam morrido cedo na vida do Superman (na época em que Clark Kent era um estudante colegial).

Os anos 1990 viram Superman ser assassinado por um vilão, Apocalypse, [50] mesmo que a personagem tenha sido posteriormente ressuscitado. Superman também casou com Lois Lane, no ano de 1996. Teve seus poderes transformados em pura energia elétrica após a saga Noite Final, onde esta fase ficou conhecida como Superman Azul e Vermelho. Na década de 2000, Superman virou vegetariano, e sua origem foi novamente revisitada em 2004. Em 2006, Superman perde seus poderes, mas eles foram restabelecidos em um ano fictício Atualmente Superman teve toda a família de Krypton trazida de volta (saga "Nova Krypton") e seu pai (Jonathan Kent) morto (após a saga "Brainiac"). Além de que o escritor Geoff Johns está reescrevendo a origem do Superman, onde ele fará amarras de todo tipo de origens já publicada, conceitos do passado, etc (igualmente feito com a personagem Lanterna Verde).

Na década de 2010, o personagem acabou sendo relançado durante um evento da DC Comics, conhecido como Os Novos 52. Nessa nova fase, o herói tinha um relacionamento amoroso com a Mulher-Maravilha e era mais jovem do que suas versões anteriores.

Personalidade.

Nas histórias originais de Siegel e Shuster, Superman era rude e agressivo. O personagem interferia para parar ladrões, bandidos, mortes e violência doméstica, com uma maneira de fazer mais brutal do que tem hoje e um código moral menos rigoroso do que o usado nas histórias atuais. Escritores depois, suavizaram o personagem e incutiram um senso de idealismo e código moral de conduta. Embora não fosse sangue frio como Batman em seus primeiros contos, os quadrinhos de Superman que apareceram na década de 1930 não se preocupavam com os danos que poderia causar a sua força, jogando vilões de modo que provavelmente morreriam, embora essas mortes fossem raramente mostradas explicitamente. Isto terminou em 1940, quando o novo editor Whitney Ellsworth instituiu um código de conduta obrigatório para seus personagens, o que não permitiria Superman matar. Esta mudança refletiu-se as mesmas histórias, onde, ocasionalmente, seja na narrativa ou no diálogo, Superman lembra ter jurado que nunca tomaria uma vida humana e que se realmente fazê-lo, simbolicamente penduraria a capa e se aposentaria.

O personagem atual adere a um estrito código moral, que é muitas vezes atribuído aos valores da região do Meio-Oeste americano com o qual ele foi educado. Dentro do universo ficcional da DC Comics, o seu compromisso para operar dentro da lei tem sido um exemplo para muitos heróis, mas criou ressentimento em outros que se referem a ele pejorativamente como o "grande escoteiro azul". Superman tem-se mantido bastante inflexível sobre isso, causando tensão na comunidade de super-heróis, especialmente com a Mulher Maravilha, depois que ela matou Maxwell Lord.

Como parte de sua história sempre inclui a perda de seu planeta natal Krypton, o personagem de Superman é mostrado geralmente muito super-protetor em relação a Terra, especialmente com a família e os amigos de Clark Kent. Esta mesma perda, combinado com a pressão para usar seus poderes de forma responsável, provoca uma sensação de estar sozinho no planeta, apesar de seus amigos, esposa e pais adotivos. Encontros com pessoas que também vieram de Krypton como Poderosa, Mon-El, General Zod tem o decepcionado. A chegada da Supergirl, que além de ser confirmada como nascida em Krypton, mas também como sua prima, conseguiu aliviar um pouco a sua solidão.

Em Superman/Batman 3 (Dezembro de 2003), escrito por Jeph Loeb, Batman comentou: "É uma dicotomia notável. De várias maneiras, Clark é o mais humano de todos nós. Então ... ele atira fogo do céu, e é difícil não pensar nele como um deus. E temos sorte de que isso não lhe ocorre" Mais tarde, no início da Crise Infinita, Batman, o repreende por se identificar demais com a humanidade e falhar em procurar a forte liderança que os heróis necessitavam.

Superman: Birthright estabeleceu que Superman era um vegetariano estrito.

Poderes e Habilidades.

Superman possui poderes extraordinários e é tradicionalmente descrito como "mais rápido que uma bala, mais poderoso do que uma locomotiva, capaz de saltar prédios altos em um único salto", sentença original de Jay Morton e foi usado pela primeira vez em seriados de rádio de Superman e nos curtas de animação de Max Fleischer, bem como na série de TV dos anos 50. Para a maior parte de sua existência, o famoso arsenal de poderes de Superman incluem super força descomunal, invulnerabilidade, super velocidade(pode chegar a velocidades de Wally West, poder de visão (raios-x, calor, telescópico, infravermelho e microscópica), super audição e Super respiração, que permite que soprar temperaturas de congelamento e exercer a força de um vento de furacão.

Em sua concepção original e, tal como apresentado em suas primeiras histórias, os poderes do Super-Homem foram relativamente limitados, consistindo de força sobre-humana capaz de levantar um carro sobre a cabeça, correr a velocidades incríveis e saltar uma distância de quatro metros em um salto, por isso, com uma pele muito resistente que não pode ser atravessada por qualquer coisa ou um pouco mais fraco do que a explosão de um projétil de artilheria. Siegel e Shuster comparam a força e habilidades de salto com as de uma formiga e gafanhoto.

Quando os irmãos Fleischer criaram a série animada, eles acharam difícil animar o Superman saltar com frequência, por isso pediram a DC Comics para alterar para a capacidade de voar. Este foi conveniente, especialmente para curtas-metragens que de outra forma teriam gasto um tempo precioso em animar Clark Kent se movimentando de lugar para lugar.

Os roteiristas aumentaram gradualmente os poderes do Superman para níveis muito mais elevados durante a Era de Prata, em que Superman poderia voar para outros mundos e galáxias e até mesmo através dos universos com facilidade relativa, geralmente voando através do sistema solar para parar meteoros que se dirigiam à Terra, ou mesmo apenas para ter um momento de silêncio. Como resultado, esses escritores encontraram-se cada vez mais difícil de escrever histórias do Superman, onde sofreram desafios credíveis, que fez várias tentativas para controlar as habilidades do personagem. O mais significativo, realizado por John Byrne em 1986, estabeleceu uma série de obstáculos intransponíveis para suas habilidades: mal consegue sobreviver a um impacto nuclear e as habilidades de voo espacial se limitam a sua capacidade de prender a respiração; em seguida, uma fraqueza que ele iria atribuir é o poder que possui a magia sobre ele, então ataques mágicos e seres sobrenaturais são capazes de ferir ou pôr em perigo de morte, mesmo se eles são tecnicamente mais fracos do que ele mesmo. Níveis de poder de Superman têm vindo a aumentar novamente desde então, e agora tem a força necessária para lançar montanhas, resistir a choques nucleares facilmente e voar para o sol sem ferimentos, e sobreviver no vácuo do espaço sem oxigênio.

A fonte dos poderes do Super-Homem mudou sutilmente ao longo da sua história. Na primeira, foi dito que seus poderes vieram de sua herança de Krypton, que o tornou muito mais evoluído do que humanos. Isso logo mudou e a origem de seus poderes atribuíam à gravidade do planeta Krypton ser muito maior do que na Terra, semelhante ao personagem John Carter de Edgar Rice Burroughs. Enquanto os poderes do Super-Homem cresciam, a implicação de que todos os kryptonianos tenham os mesmos poderes tornou-se um problema para os escritores, como uma raça de seres dessa magnitude teria sido difícil para exterminar apenas com a explosão de seu planeta natal. Para contrariar esta situação, os autores afirmaram que kryptonianos, cuja estrela nativa Rao era vermelha, apenas adquiriam poderes enquanto sob os raios de um sol amarelo, na maioria das histórias recentes tentaram estabelecer um equilíbrio entre as duas explicações. Na história do Reino do Amanhã, que se passa décadas no futuro, Luthor diz que com a idade avançada Superman acumulou muita energia amarela em seu corpo que nem sequer kryptonita pode o matar.

Superman é vulnerável a kryptonita verde, resíduos minerais de Krypton transformado em material radioactivo pelas mesmas forças que destruíram o planeta. A exposição à radiação da Kryptonita verde anula os poderes do Super-Homem e o imobiliza, sofrendo dores e náuseas; exposição prolongada pode significar morte. O único material na Terra que podem protegê-lo da Kryptonita é o chumbo, que bloqueia a radiação. O chumbo também é a única substância conhecida através da qual Superman não pode ser ver através usando sua visão kryptoniana de Raios-X, como estabelecido e apresentado ao público em 1943, na série de rádio, para permitir que o ator de Superman, Bud Collyer, desse um descanso.Embora kryptonita verde é a sua forma mais comum, os escritores introduziram muitas variantes ao longo dos anos: vermelho, ouro, azul, branco e preto, cada uma com seus próprios efeitos específicos.

Também têm se visto mudanças em seus poderes no cinema, com a maior mudança nos desenhos animados, como implicado no "All Star Superman" para carregar o objeto mais denso e pesado criado pelo homem na Lua pesando 6,6 sextiliões de toneladas. Ele também foi mostrado para ser mais rápido do que a velocidade da luz em "Superman o filme", ​​insinuando que o personagem não só é capaz de voltar no tempo, mas que viaja na mesma ou até mesmo cria portais para universos paralelos. Outro dos poderes mostrados no novos desenhos animados de super herói é a sua capacidade para expandir seu próprio campo eletromagnético (All Star Superman) e ser capaz de mover objetos sem tocá-los fisicamente, criar campos de força em torno não só dele mas da maioria das pessoas ou objetos e a capacidade de manipular objetos remotos eletrônicos.

Também têm se visto mudanças nos poderes do Superman em filmes cinematográficos do mesmo, sendo a prova disto o último filme do herói lançado em junho de 2013 sob o nome de "Superman:O Homem de Aço" em que nos mostra Superman com certas limitações no uso dos seus poderes. como por exemplo a sua capacidade de voar, que, em vez de ter a capacidade de voar à velocidade da luz, o personagem simplesmente pode ultrapassar a barreira do som.

Action Comics #1.

Action Comics #1 é a edição de estreia da mesma. Publicada originalmente nos Estados Unidos em Abril de 1938 pela "Detective Comics, Inc", uma empresa que posteriormente seria incorporada à DC Comics, uma subsidiária do grupo Time-Warner. Apresentando em sua capa uma famosa imagem de Superman carregando com as mãos um automóvel, a revista é considerada o "marco zero" das histórias em quadrinhos americanas de super-herói[4] e é um dos, se não "o" mais valioso item colecionável de todo o mercado, sendo uma das edições mais procuradas e valorizadas por aficcionados. Um exemplar original em bom estado dessa primeira edição já chegou a ser leiloado por 1,5 milhões de dólares em 2010 — e sua capa já foi alvo tanto de homenagens quanto de debate.

A revista seguiu sendo publicada pela editora, e se tornaria cada vez mais associada à Superman, embora ele seja o protagonista de apenas uma das várias histórias publicadas na primeira edição da revista, que então se caracterizava como uma antologia. Embora registros indiquem que o personagem existia desde 1933 em versões preliminares, Action Comics #1 trouxe a primeira história de Superman escrita e desenhada por seus criadores, Jerry Siegel e Joe Shuster, a ser oficialmente publicada e comercializada. Além desta, a revista trouxe também as primeiras histórias de Zatara e Tex Thompson, outros dois personagens que posteriormente se popularizariam como parte do elenco de super-heróis da editora.

Ainda em 1939 já se percebia o impacto do sucesso de Action Comics com Superman: Bob Kane foi contratado pela editora para criar "um novo combatente do crime", que veio a ser publicado na 27ª edição da Detective Comics. Batman, inicialmente chamado de "Bat-Man", posteriormente viria a se tornar o herói mais popular da revista, e de forma similar ao que ocorria com Superman em Action, passaria a figurar na maioria das capas da publicação.

Se no final da década de 1930 a revista já vendia cerca de 500 mil exemplares, na década de 1940 esse número já havia quase dobrado, com cada exemplar vendendo 900 mil cópias, uma tiragem à época superada apenas pela revista Superman, lançada em 1939.
(Curiosidade. Cada revista era vendida a 10 centavos de dólar, que hoje equivale a US$ 2 dólares. 900X 0,10 = 90,000 mil dólares nos anos 30/40. No dia de Hoje, essa mesma quantidade (900 mil) geraria US$ 1,8 Milhões de dólares a Action Comics, o mesmo preço por uma Edição de 1938 em bom estado)
Action passaria a focar-se majoritariamente nas histórias de Superman, e as tramas iriam evoluindo, refletindo o cotidiano dos Estados Unidos: Se nas suas primeiras aparições Superman enfrentava criminosos comuns e políticos corruptos, com o tempo suas histórias passariam a ganhar um viés mais "extraordinário" com o surgimento dos primeiros "supervilões" a enfrentar o personagem. O Ultra-Humanoide já havia aparecido numa história isolada em 1939, mas seria na década seguinte que personagens dessa categoria se tornariam mais populares: Lex Luthor, o Galhofeiro e o Homem dos Brinquedos surgiriam nos anos seguintes.

Outras editoras também perceberam o impacto causado pelo personagem e passaram a publicar histórias de "super-heróis". Dentre os personagens que surgiriam estavam "Wonder Man", "Master Man", "Steel Sterling" e "Mr. Muscles" - este último criado pelo próprio Jerry Siegel após ele ser demitido pela DC Comics. A própria figura do "super-herói combatente do crime" teria surgido na primeira edição da revista, e esta seria, segundo a imprensa, a sua mais marcante característica, e não apenas "conter a primeira aparição de Superman":

O fato não é que Action Comics #1 contem a primeira aparição de Superman, mas sim que contem a primeira aparição do super-herói moderno.

Todos os estereótipos do gênero foram combinados pela primeira vez nessa revista: superpoderes, identidade secreta, origens pseudocientíficas e roupas apertadas. Superman era uma junção entre mito grego e Flash Gordon, vivendo uma porção do cotidiano comum. E é essa mesma combinação que se vê ainda hoje, com as bem-sucedidas franquias cinematográficas baseadas em Batman, no Homem de Ferro e nos X-Men.

Mark Seifert, do site Bleeding Cool, apontararia em um texto sobre a iminente possibilidade do título ser relançado com um novo número 1 que "nunca haverá outra edição como esta. Em 1938, Action Comics 1 mostrou ao mundo o Superman de Jerry Siegel e Joe Shuster, mudando o mundo dos quadrinhos e do entretenimento, e pelos 73 anos seguintes Superman se tornaria um dos mais conhecidos personagens fictícios do mundo". Em artigo publicado em 2008 sobre o aniversário da editora DC Comics, o jornalista Marcus Vinicius de Medeiros apontaria que, com a publicação de Action Comics #1, Jerry Siegel e Joe Shuster teriam criado "o personagem mais significativo, reconhecido e relevante de todos os tempos, dando início a um gênero, uma Era, uma indústria, algo maior em que acreditar, uma força que ressoa até hoje e não pode ser detida. Eles criaram o Superman (Super-Homem), o gênero dos super-heróis, a Era de Ouro dos Quadrinhos, a própria indústria das revistinhas, a crença em que um homem pode voar e fazer qualquer coisa, resultando hoje no conjunto editorial chamado DC Comics, que há 70 anos encanta o mundo com personagens maravilhosos e envolventes". Vincent Zurzolo, sócio da "ComicConnect.com", site responsável por intermediar expressivas vendas de exemplares da primeira edição da revista nos valores de US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão, declararia ainda, em entrevista, quando questionado sobre o valor da revista, tanto cultural quanto monetário:

Alguns dos empresários de maior sucesso hoje eram geeks ontem. Eles não querem um Van Gogh ou um Picasso. Querem colecionáveis que tenham significado para si.

Valor da Primeira Edição.

Se sua mãe reclama da pilha de quadrinhos
e mangás deixados no canto do quarto,
simplesmente diga, estou guardando dinheiro
para o Futuro.😃
Estima-se que, da tiragem inicial, existam somente cerca de cem exemplares restantes. Um exemplar de Action Comics #1 em boas condições de conservação é, ao lado de Detective Comics #27 (a primeira aparição de Batman) e Superman vol. 1 #1 (a primeira revista dedicada exclusivamente à Superman, lançada em 1939), um dos mais valiosos itens colecionáveis do mundo, quando se trata de histórias em quadrinhos. O site norte-americano Nostomania, especializado na avaliação de exemplares clássicos, atribui à uma hipotética edição em impecável estado de conservação, tanto da 27ª edição de Detective quando da 1ª de Action um valor de mercado superior à 3 milhões de dólares.

Em um leilão realizado em 2009, uma cópia da primeira edição cujo estado de conservação foi avaliado em 6,0 pelo Comic Guaranty LLC foi vendida por 317 mil doláres. Em fevereiro do ano seguinte, uma cópia avaliada em 8,0 foi vendida por um milhão de dólares, o mais expressivo valor já conseguido até então por um único exemplar de qualquer revista em quadrinhos. Em março de 2010, uma outra cópia - cujo estado de conservação foi avaliado em 8,5 pela organização - foi vendida por 1,5 milhão, tornando-se a mais cara revista em quadrinhos já adquirida, bem como a mais bem avaliada cópia de uma publicação clássica.

Mesmo um exemplar avaliado como 5,0 possui significativo valor de mercado: em julho de 2010, o site da rede de televisão ABC destacou a história de uma família americana que, na iminência de ver sua casa ser hipotecada, após a mesma pertencer à família por mais de 50 anos, descobriu um exemplar de Action Comics #1 dentre os bens armazenados no porão da residência. Avaliada em cerca de 250 mil dólares, a revista foi oferecida ao banco como garantia e em setembro do mesmo ano, leiolada por 436 mil dólares, valor mais que suficiente para saldar as dívidas da família.

Destes possíveis cem exemplares restantes, há, além destas três, outras seis cópias conhecidas. Dentre as quatro com avaliações superiores à "6,0", uma, avaliada como "6,5", foi leiloada em junho de 2011 por 625 mil dólares. Uma destas quatro pertence ao lojista Edgar Church, e seu alegado elevado estado de conservação a fez ser considerada como a mais valiosa revista em quadrinhos do mundo. As outras duas cópias, avaliadas em "3,0" e "6,0" na escala de conservação, foram leiloadas, respectivamente, em abril de 2010 e março de 2009.

Uma cópia foi roubada do ator Nicolas Cage, um ávido colecionador de histórias em quadrinhos, em 2000. Em março de 2011, foi encontrado em um armário no Vale de San Fernando e foi verificado pelo ComicConnect.com como sendo a cópia vendida a ele anteriormente. Cage já havia recebido um pagamento de seguro pelo item. Acredita-se que uma cópia vendida por US$ 2,16 milhões em 30 de novembro de 2011 através da ComicConnect.com tenha sido a mesma, roubada em 2000 e recuperada em 2011.

Uma revista em quadrinhos CGC 9.0, com páginas brancas, foi leiloada no eBay em agosto de 2014. O vendedor Darren Adams, dono de uma loja de quadrinhos em Federal Way, Washington, comprou a edição da propriedade de um homem que originalmente comprou a edição de uma banca de jornal em seu lançamento em 1938. O comprador original morava em altas altitudes em West Virginia e armazenava os quadrinhos em uma pilha com outros, o que fornecia as condições ótimas "frescas, secas e escuras" que davam certo aos quadrinhos. idade, de acordo com Adams. Os quadrinhos trocaram de mãos duas vezes antes do leilão; vendido pela primeira vez como parte de uma venda da propriedade quando o comprador original morreu quarenta anos após a sua publicação, e depois para uma terceira pessoa que guardou por cerca de trinta anos.

Alguns anos antes do leilão, Adams foi contactado por esta terceira pessoa, e vendo a condição primitiva da história em quadrinhos, comprou-o por uma "soma de sete dígitos". Ele segurou o quadrinho por alguns anos antes de decidir vendê-lo, mantendo a existência dele como um segredo, até mesmo rejeitando uma oferta de US$ 3 milhões para comprar a hq. Em sua decisão de vender, ele optou por usar o eBay em vez de outras casas de leilões como a Heritage House, acreditando que o site de leilões alcançaria um público mais amplo e se ajustaria melhor à natureza da peça. Após discussões com o site, Adams e eBay também fizeram doações de 1% da venda para a Fundação Christopher & Dana Reeve, refletindo sobre Christopher Reeve. O papel de Superman em filmes. O leilão terminou em 24 de agosto de 2014 e foi vendido por mais de US$ 3,2 milhões. Este foi o valor mais alto já pago por uma única edição de uma revista em quadrinhos. Os compradores foram Vincent Zurzolo e Stephen Fishler, proprietários da Metropolis Collectibles ; Zurzolo esperava que o valor da revista em quadrinhos continue a aumentar com o tempo.

O valor da revista já foi mencionado inclusive em outras mídias: No episódio "Homie the Clown" da série de animação Os Simpsons, o personagem Krusty é retratado como sendo um astro de cinema e televisão tão rico que era capaz de usar uma cópia de Action Comics #1 para acender um cigarro.

Abril Ou Junho?

Sim, se você olhou a 1° Capa do Azulão e viu "June (Junho) de 1938" deve ter se perguntado; Se ele faz 80 anos em Abril, por que está escrito Junho na Capa? Se você leu em todos os Blogs e portais de noticia relacionados aos 80 anos do Super e viu a Capa da Action Comics #1 June 1938, primeiramente imaginou que estivessem errados na Informação, mas não. Datar algo com dias, semanas, até meses de antecedência e algo bastante comum na mídia impressa. O nome disto, de anteceder uma publicação, é Data de Cobertura.

Data de cobertura refere-se à data exibida nas capas de publicações periódicas, como revistas e histórias em quadrinhos. Esta não é necessariamente a data verdadeira da publicação (a data de venda ou data de lançamento ). Para algumas publicações, a data de capa não pode ser encontrada na capa , mas sim em uma capa interna ou em uma página interna.

Nos Estados Unidos, no Canadá e no Reino Unido, a prática padrão é exibir em capas de revistas uma data que é algumas semanas ou meses no futuro, a partir da data de publicação ou lançamento. Existem duas razões para essa discrepância:

  • Primeiro, permitir que as revistas continuem aparecendo "atuais" aos consumidores mesmo depois de terem estado à venda por algum tempo (já que nem todas as revistas serão vendidas imediatamente). 
  • Segundo, para informar as bancas quando revista não vendida pode ser removida dos estandes e devolvida ao editor ou ser destruída (neste caso, a data de capa é também a data de retirada).

Os semanários (como o Time e o Newsweek ) geralmente são datados com uma semana de antecedência. Monthlies (como a National Geographic Magazine ) geralmente são datados um mês antes e os trimestres são geralmente datados de três meses à frente.

Em outros países, a data de cobertura geralmente corresponde mais de perto à data de publicação e pode, na verdade, ser idêntica às revistas semanais.

Em todos os mercados, é raro as revistas mensais indicarem um dia específico do mês: assim, as edições são de Abril de 20XX e assim por diante, enquanto as revistas semanais podem ser datadas de 18 de Abril de 20XX.

Se no Brasil e comum estampa na capa, ou internamente a data de lançamento (30 de Fevereiro de 20XX) As revistas em quadrinhos americanas estampam em suas capas não a data de lançamento de cada edição, mas sim a de recolhimento, o que ocorre dois meses depois. Embora alguns fontes apontem o lançamento como sendo em julho de 1938, por esta ser a data que consta na capa, esta é a data de recolhimento.

Superman no Brasil.

Superman apareceu no Brasil pela primeira vez em Dezembro de 1938 (8 Meses depois da 1° estreia), no suplemento chamado A Gazetinha #445, do jornal A Gazeta de propriedade do jornalista Cásper Líbero. Com os direitos adquiridos por Adolfo Aizen, as aventuras do Homem de Aço passam para a lendária revista "O Lobinho".

Com a criação da EBAL em 1945, o editor Aizen lança as histórias da personagem em uma revista em quadrinhos chamada Superman. A revista foi publicada por 35 anos, de 1947 até 1983, um recorde do gênero. Não conseguindo manter mais os direitos, a EBAL repassou a personagem para a Editora Abril, que seguiu com as publicações até a virada do milênio. Desde 2002, as histórias de Superman são publicadas pela Panini Comics.

Superman ou Super-Homem?

Para aqueles que leram as histórias do herói até alguns anos atrás, é estranho ver o nome Superman sendo utilizado, ao contrário da tradução à língua portuguesa, Super-Homem. Não há exatamente um consenso. Os DVDs do herói, por exemplo, trazem o nome "Superman" em suas caixas, o chamam de "Super-Homem" na dublagem em português e "Superman" nas legendas também em português. Já o desenho animado da década de 1990 o chamava de "Super-Homem" enquanto em sua continuação direta, Liga da Justiça, ele virou novamente Superman.

Quando as primeiras histórias da personagem chegaram ao Brasil, nos anos 40 e 50, era comum a tradução e a adaptação dos nomes. Sendo assim, a escolha óbvia era Super-Homem, apesar de que sua primeira revista se chamava Superman (EBAL, novembro de 1947) e dentro da revista era chamado de Super-Homem. Entretanto, após várias décadas, a globalização mostrou que ter um nome diferente do país originário da personagem pode ser muito prejudicial financeiramente.

Isso acontece porque bonecos, camisas e outros objetos promocionais são fabricados normalmente em apenas um país (a China, por exemplo) e depois exportados ao mundo todo e, na embalagem, consta o nome original da personagem. Quando o produto chega a um país onde esse nome é diferente, o importador se vê obrigado a gastar ainda mais dinheiro em novas embalagens e adaptações.

Foi por esse motivo que, na versão brasileira da série Lois e Clark: As Novas Aventuras do Superman, o nome do super-herói não foi traduzido. Preferiu-se utilizar Superman em vez de Super-Homem.

Com o sucesso da série, o nome Superman tornou-se mais comum entre os fãs. Assim a Editora Abril, que era a responsável pelas histórias em quadrinhos da personagem no Brasil, aproveitou a oportunidade e começou a usar a versão em inglês.

Algo parecido já havia acontecido nos anos 1980 dentro do universo do Superman. Desde as primeiras histórias no Brasil o nome de Lois Lane era adaptado como Miriam Lane. A Editora Abril aproveitou os acontecimentos de Crise nas Infinitas Terras, em 1987, para poder finalmente grafar o nome da forma original.

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Fontes













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