O medo passou depois que eu assistir o(s) filme(s). Mais o mito dos Bonecos amaldiçoados e bastante forte nos compêndios das Lendas Urbanas.
Boneca (do espanhol "muñeca") é um dos brinquedos mais antigos e mais populares em todo o mundo. Reproduz as formas humanas, predominantemente a feminina e a infantil, e muitas vezes é considerada como um brinquedo que prepara para a maternidade. As bonecas podem ser confeccionadas com diferentes materiais, sendo eles: pedras, argila, madeira, ossos, papeis, barro, pano, papel, porcelana, borracha, plástico entre outros, é acompanhando a evolução dos mesmos e as novas tecnologias.
Em muitas culturas, ela é um brinquedo associado às meninas, no entanto, existem versões de bonecos direcionados aos meninos, guardando ambos, como elemento essencial para a sua caracterização, as formas que lembram a humana, ou humanizada.
As bonecas, e suas variantes masculinas, diferenciam-se de outros tipos de bonecos que representam outras formas de vida, como animais do mundo real, do mundo da fantasia, da literatura, do cinema ou do imaginário popular.
Hoje em dia os Bonecos tem sido brinquedos tradicionais de crianças, mas em tempos antigos (E ainda hoje) os bonecos foram usados como representações de divindades, e desempenhavam um papel importante em cerimônias religiosas e vários outros rituais.
E ai que a Lendas dos Bonecos Amaldiçoados se casam com a magia dando origem a dezenas de lendas e suas Versões. Das dezenas de bonecos que poderia citar neste Posts, citarei dois bonecos principais que difundiu com força a lenda de brinquedos estranhos aqui no Brasil. Quando se fala em Bonecos amaldiçoados, logo vem em mente o Boneco do Fofão e a Boneca da Xuxa.
O Boneco do Fofão.
Vale lembrar ou informar para os mais novos quem era o Fofão (Tudo bem eu nasci depois do fofão).
No início dos anos 80 o programa infantil matinal mais assistido era o "Balão Mágico" e passava na Rede Globo. Os apresentadores eram Simony (que na época tinha uns 10 anos), Cascatinha (o Seu Geraaaaaaldo, da Escolinha do Professor Raimundo) e Fofão (Interpretado pelo ator e humorista Orival Pessini, que faleceu no dia 14 de outubro de 2016). Depois se uniram ao elenco Tob, Mike, Luciana, Ricardinho e Jairzinho ( Filho de Jair Rodrigues e cantor atualmente).
Era uma época diferente, afinal estamos falando dos Anos 80 (Algo que vai render um post) em que as crianças realmente se comportavam como crianças. Era um tempo onde existiam bandas infantis que ganhavam muito dinheiro só fazendo músicas para crianças.
Nesta época mágica, (da qual meu Pai tinha em torno de seus 17 para 18 anos) as crianças eram simplesmente crianças, foi que nasceu uma das mais cabulosas e sinistras Lendas Urbanas Brasileira: A Lenda do Boneco Amaldiçoado do Fofão!
Voltando aos anos 80. O Fofão era essa figura simpática ao lado. Ele era um alienígena do planeta "Fofolândia" e no início nem sabia falar. Ele emitia uns grunhidos que só a Simony entendia. Com o tempo, aprendeu o português e passou a divertir a criançada da Geração X (Ou Y). O Fofão fez muito sucesso e acabou mudando de emissora, tendo seu programa próprio na Bandeirantes (Hoje conhecida apenas como Band).
Seu sucesso se refletia nas vendas de produtos com sua marca. Eram lancheiras, camisas, Shampoos, calçados, revistas em quadrinhos, LPs (Disco de Vinil, popularmente chamado de bolachões) e até uns lanches tipo waffles e bombons de gosto horrível da Dizioli que só o próprio Fofão gostava.
Enfim, como apresentado, o que um simpático personagem tem havê com bonecos malditos?
Um dos produtos mais vendidos foi o Boneco do Fofão. Foram mais de 4 milhões vendidos. A empresa que o fabricava era a "Mimo", pouco expressiva num ramo em que a "Estrela" dominava.
Em uma época que não existia Smartphones Iphones, Videosgames (Ok, existi, existia como dito no livro, e documentário 1983 mas não era algo acessível a todos)
Simpático o boneco, não é? |
Acontece que, um belo dia, um desses bonecos quebrou. Uma mãe desesperada notou a coisa mais horrenda do mundo. Havia um punhal dentro! Ao sacudir o boneco, ela percebeu que a coisa era mais séria. Além do punhal, existia uma bela quantidade de velas pretas e outras coisas que ela não soube identificar. Outros dizem que o boneco do Fofão vinha com um revólver dentro dele.
Não demorou para surgirem várias histórias tenebrosas envolvendo o boneco. Assassinatos, incêndios, maridos traindo suas mulheres...Era tudo culpa do Fofão e seu boneco amaldiçoado!
Uma história que tirou o sono de crianças, deixou pais transtornados, provocou formadores de opinião a formar opiniões excêntricas, causou rixas, intrigas e picuinhas nos cantos dos recreios e nos quartos de meninos e meninas. Instigou o interesse anatômico de futuros médicos. Foi assunto de programas de rádio e TV. Povoou os pesadelos de uma geração. Tem gente que jura até hoje que viu o boneco se mexer sozinho inúmeras vezes.
Como sempre uma noticias destes o que provocou?
Foi um massacre... Quase todos os bonecos foram destruídos...Muitos deles queimados! Isso a contra gosto das crianças que, influenciadas pelo poder maléfico do boneco, não queriam se separar do brinquedo.
Vamos às explicações.
O que realmente existia era uma espécie de haste plástica que conectava a cabeça ao corpo para dar mais estabilidade. Numa das fotos acima ela pode ser vista. Por ter sua ponta afilada, muita gente relacionou a um punhal. E as velas? Bom...o enchimento do boneco era variado. Geralmente alguns que abriram o boneco encontraram coisas variadas. Em uma entrevista para a Mundo Estranho, Deusenir Prieto, que na época fora gerente de desenvolvimentos na Mimo, disse que o enchomento do boneco era de microesferas de isopor. Como o material não nos dava estabilidade no boneco, precisaram desenvolver uma estrutura em que se fixava a cabeça e, posteriormente, a introduzia no corpo, com boneco já envasado com as microesferas. Para facilitar o processo, essa estrutura tinha forma alongada, o que se assemelhava a uma adaga.
O fato é que essa lenda decretou o fim das vendas do boneco. Mas o deixou famoso para todo o sempre!
Alguns acreditam que a lenda tenha sido criada por uma empresa concorrente para dar fim ao número crescente das vendas do boneco do Fofão.
A Boneca da Xuxa.
Xuxa Meneghel, a apresentadora, atriz, cantora, empresária, filantropa e modelo brasileira. Duas vezes vencedora do Grammy Latino de melhor álbum infantil, é conhecida mundialmente pelo epíteto de Rainha dos Baixinhos.
Xuxa construiu o maior império de entretenimento infantil ibero-americano, presente em todo Brasil, países da América Latina, Estados Unidos e Europa. Nos anos 1990 chegou a apresentar programas de TV no Brasil, Argentina, Espanha e Estados Unidos simultaneamente, atingindo cem milhões de telespectadores diariamente. Os programas produzidos na Argentina pela rede de televisão Telefe eram retransmitidos para 17 países da América Latina e Estados Unidos. Como cantora lançou 28 álbuns de estúdio, 13 compilações, oito álbuns em espanhol, além de três DVDs com registros de shows, quatro opções de box com coleções, 200 Videoclipes e mais de 110 singles, que já venderam mais de 50 milhões de cópias. O seu terceiro disco foi o responsável por seu maior recorde fonográfico, o Xou da Xuxa 3, com 3,3 milhões de cópias vendidas no Brasil estabelecendo-se como o álbum mais expressivo em vendas no mercado brasileiro na década e o segundo de toda a história do país. Ela se tornou a primeira artista a superar a marca de 3 milhões de cópias vendidas de um único LP. Entre 1986 e 1992, chegou a receber cerca de 139 discos de ouro, 52 de platina e 10 de diamante - atingindo 18 milhões de álbuns vendidos em seis anos. É a artista com o maior número de vendas pela gravadora Som Livre. Dos dez discos mais vendidos da história do Brasil, quatro são de Xuxa.
Xou Xatânica. |
Com esse sucesso, existem duas alternativas para isso o 1° mais obvio de todos, trabalho e dedicação, o 2° preferido dos folclóricos conspiracionistas, ela fez um acordo com o cara lá de baixo.
Essa história tem várias versões, alguns dizem que a boneca da Xuxa era amaldiçoada e que à noite ela ganhava vida e matava as criancinhas (há também quem diga que ao invés de matar as crianças, a boneca fazia com que elas matassem seus pais).
Essa lenda foi constatada no ano em que a boneca da Xuxa foi lançada. Em um registro da polícia foi marcado que uma Mãe deu de presente essa boneca para sua filha, e deixou brincando com ela, a mãe foi arrumar a casa e passara 1 hora e sua filha não saiu do quarto, passou 2 horas e ela não saiu, 3, 4 horas e ela nem deu sinal, a mãe já preocupada (por que era hora do café da tarde) abriu o quarto da menina, quando vê sua filha degolada com uma faca na mão e a boneca em cima dela.
Não se sabe o certo dessa história, mas a mãe nunca dera uma faca para a filha. Esta é uma segunda suposta história sobre a boneca da Xuxa, na cidade (Jardinópolis - SP), muitos ficaram sabendo sobre um estranho fato acorrido lá pelo ano de 1993, uma mãe muito pobre estava desempregada, e estava para chegar o aniversario de sua filha, que pedira para a mãe a boneca da Xuxa, pois era a boneca do momento. A mãe então resolveu fazer um pacto com "homem lá de baixo". Uma semana depois ela arrumou um bico, e com o dinheiro comprou a boneca para a menina. A menina muito contente sempre dormia com a boneca. Mas ao passar alguns dias a criança acordava com pequenas marcas de arranhado pelo corpo, que aos poucos foram aumentando até o dia que a mãe a encontrou morta toda arranhada, o mais impressionante é que a boneca da Xuxa estava com as unhas compridas e cheias de sangue. A sequência de fatos terminou quando a mãe resolveu levar a autora do suposto crime à Catedral. O objetivo era exorcizar o brinquedo.
O Mito da mulher que fez o Acordo com o Cara lá de Baixo chegou a Sorocaba com o seguinte enredo: Uma boneca possuída pelo diabo, com unhas e seios crescidos, estaria acorrentada no museu sacro da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Ponte. O brinquedo teria atacado e ferido uma criança, enquanto dormia, na periferia de Sorocaba. A notícia se alastrou de forma rápida e uma multidão foi à igreja em 9 de novembro de 1989 para encontrar a tal autora da agressão. O monsenhor Mauro Vallini, então pároco da matriz, precisou fechar as portas do local para minimizar o tumulto e procurou a imprensa e a polícia para avisar que tudo aquilo não passava de um boato. Esse fato ocorreu há quase 30 anos e ainda é lembrado como uma das mais famosas lendas urbanas do município.
Naquela época, o caso foi noticiado com destaque pelos jornais Cruzeiro do Sul, Diário de Sorocaba e O Estado de S. Paulo. O assunto mexeu com os moradores da cidade, principalmente com quem possuía a boneca. A assistente administrativa Ariane de Góes, 28 anos, ganhou um exemplar logo após o surgimento do boato e trancava o brinquedo dentro do guarda-roupa, sempre no período da noite. "Tinha medo", diz. "Passou um tempo e eu joguei fora porque ninguém a quis de presente", lembra.
Já a publicitária Mary Ellen da Silva, 26 anos, ganhou a boneca da Xuxa em 1994 e não tem lembranças boas do brinquedo. "Eu não gostava dela e, quando ficava sozinha, nem mexia na boneca", lembra.
O psicólogo Alexandre de Freitas disse que a ciência explica o motivo de as pessoas acreditarem em uma boneca capaz de ganhar vida e praticar tais atos de crueldade. "Muita gente crê no espiritual, no sobrenatural, principalmente para explicar o que não se compreende", comenta. Ele próprio foi até a Catedral, em 1989, para tentar ver o brinquedo. "As portas já estavam fechadas", completa.
O atual pároco da Catedral, Tadeu Rocha Moraes, disse que desconhecia o caso em Sorocaba - em 1989, o padre desempenhava a função na igreja de Santa Rita. Segundo ele, o fato não passa de um boato e não há nenhuma boneca guardada nas dependências da matriz.
O boato não ficou restrito em terras sorocabanas. Em Minas Gerais, uma criança teria achado uma faca dentro da boneca da Xuxa. A garota, ao ouvir uma ordem do brinquedo, pegou a lâmina e matou a sua mãe. E vale uma ressalva: nenhum boletim de ocorrência sobre o caso foi feito em Sorocaba.
Curiosamente, na época em que a lenda dos Bonecos Amaldiçoados foram lançados, e a mesma que surgiu a franquia dos Filmes Chucky, O Brinquedo Assassino. O longa-metragem conta a história de um matador em série à beira da morte, que utiliza conhecimentos de vodu e incorpora a sua alma em um boneco. Na sequência, um menino inocente ganha o mesmo boneco de presente de sua mãe e vê a vida virar uma aterrorizante perseguição, já que a alma do assassino quer o corpo do garoto para continuar a viver.
Bonecos que ganham vida e matam pessoas com algum proposito macabro, e algumas das versões mais estendidas, diziam que esses bonecos eram fabricados por uma seita satânica e que essa seita os “carregava” com energias “demoníacas” para levar as crianças para o “mal”. Foram tantas versões sobre o assunto que chegaram a chamar os inocentes brinquedos de Caixas de Pandora.
Fontes.
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/conheca-a-historia-real-que-inspirou-o-filme-do-boneco-chucky/
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