Curupira segundo o escultor Mello Witkowski Pinto Via Fantastipédia. |
Menino Travesso, que juntamente com o Saci-Pererê gosta de pregar peças em caçadores e viajantes incautos, quando bravo, agride caçadores ou os confunde, impedindo-os de caçar ou levando a se perderem e acidentarem. Suas raízes mitológicas são de origem indígena, como a maioria dos contos folclóricos, oriunda da região amazônica, localizada no norte do País.
Seu Nome Curupira ou "Currupira" procedem do tupi kuru'pir, que significa "o coberto de pústulas". Segundo Stradelli, procedem de curu, contração de curumi, que significa "menino", e pira, que significa "corpo", significando, então, "corpo de menino". É mais conhecido por esse nome na Amazônia, no Maranhão e no Sudeste do Brasil, exceto Espírito Santo.
Entidades análogas são conhecidas como Caapora ou Caipora, no Nordeste do Brasil e Espírito Santo; Kilaino, entre os bacaeris do Mato Grosso; Maguare, na Venezuela; Selvaje, na Colômbia; Chudiachaque, no Peru; e Kaná, na Bolívia.
O Curupira, pertencente ao que alguns chama de os cinco grandes, as cinco grandes lendas das quais grande parte das crianças da pré-Escola é do fundamental se lembram decor: Saci Pererê, Curupira, Mula Sem Cabeça, Iara, é Lobisomem.
História.
Um dos mais populares e espantosos entes fantásticos das matas brasileiras, o curupira é um anão de cabeleira ruiva, pés ao inverso, calcanhares para a frente. A mais antiga menção de seu nome é de José de Anchieta, em São Vicente, em 30 de maio de 1560:
"É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios, chamam Curupira, que acontece aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhos disso os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras coisas semelhantes, como uma espécie de oferenda, rogando fervorosamente aos Curupiras que não lhes façam mal."
Nenhum outro fantasma brasileiro colonial determinou oferenda propiciatória.
Demônio da floresta, explicador dos rumores misteriosos, do desaparecimento de caçadores, do esquecimento de caminhos, de pavores súbitos, inexplicáveis, foi lentamente o Curupira recebendo atributos e formas físicas que pertenciam a outros entes ameaçadores e perdidos na antiguidade clássica. Sempre com os pés voltados para trás e de prodigiosa força física, engana caçadores e viajantes, fazendo-os perder o rumo certo, transviando-os dentro da floresta, com assobios e sinais falsos.
Para os índios e os bandeirantes, o Curupira era considerado uma criatura perigosa, demoníaca, maliciosa, é bastante temida. Isto, pois o mesmo esta associado a muitos casos de violência, abusos sexuais, rapto de crianças e horror psicológico. Capaz de enfeitiçar as crianças, o Curupira as raptava e somente depois de sete anos elas eram devolvidas aos pais. Por isso, ficou conhecido com fama de mau espírito, disposto a assombrar as noites dos índios e dos bandeirantes.
Um dos mais populares e espantosos entes fantásticos das matas brasileiras, o curupira é um anão de cabeleira ruiva, pés ao inverso, calcanhares para a frente. A mais antiga menção de seu nome é de José de Anchieta, em São Vicente, em 30 de maio de 1560:
"É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios, chamam Curupira, que acontece aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhos disso os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras coisas semelhantes, como uma espécie de oferenda, rogando fervorosamente aos Curupiras que não lhes façam mal."
Nenhum outro fantasma brasileiro colonial determinou oferenda propiciatória.
Demônio da floresta, explicador dos rumores misteriosos, do desaparecimento de caçadores, do esquecimento de caminhos, de pavores súbitos, inexplicáveis, foi lentamente o Curupira recebendo atributos e formas físicas que pertenciam a outros entes ameaçadores e perdidos na antiguidade clássica. Sempre com os pés voltados para trás e de prodigiosa força física, engana caçadores e viajantes, fazendo-os perder o rumo certo, transviando-os dentro da floresta, com assobios e sinais falsos.
Para os índios e os bandeirantes, o Curupira era considerado uma criatura perigosa, demoníaca, maliciosa, é bastante temida. Isto, pois o mesmo esta associado a muitos casos de violência, abusos sexuais, rapto de crianças e horror psicológico. Capaz de enfeitiçar as crianças, o Curupira as raptava e somente depois de sete anos elas eram devolvidas aos pais. Por isso, ficou conhecido com fama de mau espírito, disposto a assombrar as noites dos índios e dos bandeirantes.
Geralmente, o Curupira se apresenta como um menino de cabelos vermelhos, peludo, com os pés virados para trás (no rio Negro); privado de órgãos sexuais (Pará); ou com dentes azuis ou verdes e orelhudo (rio Solimões). Às vezes, aparece montado em um caititu (suíno selvagem). No Maranhão, mora nos tucuns (espécie de palmeira frutífera), procura as margens do rio para pedir fumo aos canoeiros e vira-lhes as canoas quando não lhe dão. Costuma-se atribuir-lhe uma força física extraordinária.
Supõe-se que emite gritos, assobios e gemidos que imitam um animal ou uma ave e fazem o caçador perder-se na floresta ao tentar persegui-lo.
Segundo uma crença generalizada, é o responsável pelos estrondos da floresta. Armado com um casco de jaboti, bate nas árvores para ver se conservam-se fortes para resistir as tempestades. No Alto Amazonas, porém, bate o calcanhar.
Do Maranhão para o sul até o Espírito Santo, seu apelido constante é Caipora. Eduardo Galvão informa: "Curupira é um gênio da floresta. Na cidade ou nas capoeiras de sua vizinhança imediata não existem currupiras. Habitam mais para longe, muito dentro da mata. A gente da cidade acredita em sua existência, mas ela não é motivo de preocupação porque os currupiras não gostam de locais muito habitados."
Na versão mais tradicional, supõe-se que o Curupira deseja apenas ser aplacado com presentes. Para não serem incomodados, os seringueiros e caçadores, adaptando um costume indígena, fazem oferendas de pinga e fumo.
"Gostam imensamente de fumo e de pinga. Seringueiros e roceiros deixam esses presentes nas trilhas que atravessam, de modo a agradá-los ou pelo menos distraí-los. Na mata, os gritos longos e estridentes dos Currupiras são muitas vezes ouvidos pelo caboclo. Também imitam a voz humana, num grito de chamada, para atrair vítimas. O inocente que ouve os gritos e não se apercebe que é um Currupira e dele se aproxima perde inteiramente a noção de rumo."
Tal tradição de oferecer pinga e fumo, ainda ocorrer nos rincões do Brasil.
Muitas vezes, ele pode ser confundido com outro, a lenda do Caipora (Que tem um capítulo nesta Enciclopédia). O fato é que ambos possuem os mesmos gostos e funções semelhantes. Os dois personagens gostam muito de fumar e de beber, são muito ágeis e, sobretudo, zeladores das florestas. Alguns vão mais além atribuindo um parentesco entre os dois.
Tal tradição de oferecer pinga e fumo, ainda ocorrer nos rincões do Brasil.
Muitas vezes, ele pode ser confundido com outro, a lenda do Caipora (Que tem um capítulo nesta Enciclopédia). O fato é que ambos possuem os mesmos gostos e funções semelhantes. Os dois personagens gostam muito de fumar e de beber, são muito ágeis e, sobretudo, zeladores das florestas. Alguns vão mais além atribuindo um parentesco entre os dois.
Segundo o pintor Manoel Santiago, "as índias adolescentes, ao doce embalar das redes de tucum, adormecem sonhando com o Curupira. Se alguma delas cometer uma falta e não a puder justificar, logo será acusado o Curupira pelo crime de sedução."
Créditos: Cris de Lara. |
Em tempos mais modernos, atribui-se a essa entidade o papel de defensor da fauna e da flora em proveito dos povos da floresta tradicionais: tolera aqueles que caçam para comer, mas persegue caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória, principalmente os que caçam fêmeas prenhes e matam filhotes.
Uma característica e, talvez o ponto fraco do Curupira, é a sua curiosidade. Assim, a lenda adverte que para escapar de suas armadilhas, a pessoa deve fazer um novelo com cipó e esconder bem a ponta.
Muito curioso, ele fica entretido com o novelo e a pessoa consegue fugir.
O estado de São Paulo, pela lei de 11 de setembro de 1970, assinada pelo governador Roberto Costa de Abreu Sodré, "institui o Curupira como símbolo estadual do guardião das florestas e dos animais que nela vivem." No município de Olímpia, nesse estado, por mais trinta anos consecutivos, não são assinados quaisquer documentos oficiais durante a semana em que ocorre o Festival de Folclore, no mês de agosto, período em que a autoridade municipal é representada pelo Curupira, que exerce seu poder protegendo a população local e os visitantes que ali comparecem, pássaros, matas, etc. No Horto Florestal da capital paulista há um monumento ao Curupira, inaugurado no Dia da Árvore, 21 de setembro, no Dia da Árvore (21 de setembro), mais seu dia é comemorado 17 de julho.
Relatos modernos envolvendo o desaparecimento de caçadores ilegais e madeireiros que ocorrem dentro das matas são obra do Curupira. Tráfico de animais silvestres e devastação da Amazônia, mesmo o mito sendo um mito de fato, é um alerta sobre a conservação da Natureza, que infelizmente continua a ser ignorado.
Fontes.
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