sexta-feira, 4 de maio de 2018

O Caso de Bebedouro.

OVNI é um estímulo visual que provoca um relato, por um ou mais indivíduos, de alguma coisa vista no céu e que o observador não identifica como tendo uma origem natural ordinária, parecendo suficientemente enigmática a ponto de comprometê-lo a fazer um relatório a polícia, autoridades do governo, para a imprensa, ou a representantes de organizações civis devotadas ao estudo desses objetos. Essa é a definição acadêmica para OVNI, expressa no Relatório Condon, produzido por um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado, sob direção científica do físico nuclear Dr. Edward Condon e financiado pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Foi endossado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

A grande enciclopédia dos OVNIs e relacionados chegou em Maio. E a 1° Postagem deste mês e de um caso fantástico, classificado na Escala Hynek de um CE III (Contato Imediato de 3° Grau) Ou 4° nas Escalas Modernas: O Caso de Bebedouro.

04 de Maio de 1969, José Antônio da Silva, um soldado da Polícia Militar de Minas Gerais estava pescando numa lagoa em Bebedouro, próximo à Matozinhos (MG), quando por volta das 15 horas ouviu um ruído no mato atrás de si. Ao olhar para atrás observou alguns vultos no meio dos capins altos. Ele ouviu gemidos abafados sendo logo em seguida sendo atingido por uma rajada de Luz em sua perna. Segundo seu relato:

"Parecia fogo, mas não era, porque não me queimou. Era um facho de luz esverdeada no centro e avermelhada nas bordas.

Sentindo câimbra e adormecimento nas pernas, ele se ajoelhou, deixando cair o caniço e ficou incapaz de andar ou reagir. Então, dois indivíduos pequenos, de 1,20 metros, levantaram-no pelas axilas, arrastando-o pelo matagal pantanoso até um aparelho em forma de carretel. Era um cilindro cinzento, de 2 metros de altura, apoiado numa plataforma circular preta, se 2,50 m de diâmetro, no solo. Na extremidade superior havia outra plataforma circular, um pouco maior, uns 3 metros de diâmetro. Entraram, por uma abertura na parte cilíndrica, num compartimento quadrangular, todo iluminado porém sem luzes aparentes.

Representação do UFO que abduziu o policial José Antônio da Silva (A Esquerda). Aparência inicial dos tripulantes que abduziram o policial (A Direita). Créditos: Alberto Francisco do Carmo.
Os estranhos tripulantes vestiam roupa clara, brilhante (Semelhante a Alumínio), engomada nas articulações dos joelhos e cotovelos. Cobrindo a cabeça, um capacete de cor cinza fosca, como alumínio sem brilho, redondo na parte de trás de "esquinado na frente", aplainando-se a partir da testa, exceto ao nível do nariz, onde havia a saliência correspondente. Na altura dos olhos dois orifícios redondos. Aparentemente rígida, essa máscara descia larga sobre os ombros e não tinha conexão com o vestuário. Da parte inferior saía um tubo semelhante a plástico que passando sobre o peito e sob as axilas, terminava num pequeno bujão fixado nas costas.

Era grande o contraste entre os tripulantes e José Antônio, que vestia apenas um calção curto, de camurça amarela, com um grande rosário enrolado na cintura e um gorro de meia de mulher na cabeça, coberto por outro, de malha preta.

Dentro do aparelho os homenzinhos sentaram o soldado em um banco cúbico, sem pernas, e colocaram na sua cabeça um capacete idêntico aos que usavam. Também desse capuz saía um tubo, mas ele não ficou sabendo se lhe adaptaram o bujão às costas. Pensa que, talvez, este estivesse atrás do banco, embora não o tenha visto.

Sentando um de cada lado, no mesmo banco, os dois estranhos seres amarraram-lhe os pés e depois a cintura com material com um material ressecado, áspero". Depois amarraram-se a sí próprios. Então, entrou outro tripulante, sentando-se à sua frente em um banco isolado e, após prender-se acionou uma alavanca fechando a escotilha e decolando a nave.
A bordo do aparelho, os tripulantes retiram o escafandro mostrando sua real aparência (A Esquerda). Retrato falado dos tripulantes. Note a aparência da boca, como fenda vertical (Centro). Representação do momento em que um dos tripulantes leva estranho aparelho à boca (A Direita). Créditos: Alberto Francisco do Carmo.
Logo após a decolagem, os tripulantes começaram a falar animadamente, em idioma desconhecido. A medida que o aparelho subia a respiração do soldado tornava-se mais difícil. A certa altura, além do abatimento normal, sentiu o organismo cansado, quase paralisado. Sua posição foi se tornando cada vez mais incômoda "devido, talvez à dureza do banco, ao adormecimento das pernas e ao peso do capacete", cujas quinas machucavam os ombros e a nuca. Já lhe parecia que a viagem não teria fim quando a nave apoiou-se em algum lugar e parou. Os homenzinhos se desamarraram, desamarrando depois a testemunha, fechando os orifícios da mascara de modo que ele não pôde ver, apenas escutar o que acontecia. Em seguida pegaram-no pelas axilas e o levaram à outro lugar onde também havia um banco duro. Só então abriram os orifícios da mascara. Ele percebeu que estava em um grande salão, tendo à sua frente um indivíduo sem máscara e sem uniforme de voo, conversando alegremente com os três tripulantes que estavam sem seus capacetes.
Representação do momento em que José Antônio senta em um banquinho ao centro do aparelho. Créditos: Alberto Francisco do Carmo
Segundo José estes seres tinham cabelos longos, ondulados e avermelhados, barba espessa e comprida, chegando até o abdômen; pele clara; olhos arredondados, grandes, com esclerótica mais escura do que a pele, pupilas bem escuras; sobrancelhas grossas; nariz afilado e comprido; orelhas grandes, despontadas na parte superior, boca larga, parecendo boca de peixe. O Soldado assistia os seres curiosos com seu equipamento de pesca e cada um deles o analisavam.


Seu angulo de visão era muito pequeno, mas forçando a posição viu ao lado num estrado, enfileirados, em decúbito dorsal, desnudos quatro homens. Pareciam mortos. Da qual o deixou terrivelmente assustado. Dois deles eram robustos, sendo um deles negro e outro claro. Os dois outros eram franzinos e brancos. Acima desse estrado viam-se desenhos coloridos de seres e coisas da Terra: animais, casas, cidades, árvores, mar, automóveis, caminhões e aviões.

Por meio de gestos, desenhos e palavras repetidas, tentaram fazer-se entender. O militar percebeu que eles queriam algumas armas terrestres.

Interrompendo a "conversação", entrou um deles servindo uma bebida amarga, de cor verde escura, depositado em um copo cúbico que o soldado só tomou depois que viu alguns beberem a droga. Beber foi uma operação muito difícil, porque, para levar o cálice à boca, tiveram que movimentar sua máscara e esta machucava sua nuca, que estava ferida, mas após isto sentiu-se mais disposto.

Representação do objeto que um dos tripulantes segurava
(Acima). Representação do objeto semelhante à uma arma,
portada por um dos tripulantes (Abaixo).
Créditos: Alberto Francisco do Carmo
Dentre os aspectos abordados na tentativa de comunicação, José não tem dúvidas de que aqueles indivíduos estavam insistindo para que ele os auxiliassem em seus propósitos relacionados com nossa sociedade. O líder propôs-lhe levá-lo de volta à Terra, onde durante três anos, ficaria colhendo informações para eles. Mandaria depois buscá-lo para junto deles, afim de que estudasse ali num período de 7 anos. Finalmente, deixa-lo-iam definitivamente na Terra, como um guia para a sua gente.

Como resposta, José Antônio fez o sinal negativo, para indicar sua recusa e, manipulando o rosário começou a rezar em voz alta, mas o chefe, demonstrando irritação arrancou o crucifixo.
Subitamente, enquanto os homenzinhos examinavam o crucifixo e as contas, surgiu um homem, aparentemente humano, com aproximadamente 1,70, com roupa escura, semelhante à um hábito de frade. Este ser, que estava descalço, tinha barba e cabelo compridos, alourados, pele clara e corada. Os pequenos seres que lá estavam aparentemente não viram a entrada deste outro e durante todo o tempo em que lá permaneceu não demonstraram tê-lo visto.

A presença desta figura trouxe alívio à José Antônio, que classificou como "uma boa pessoa, um dos nossos". Ele animou-se ainda mais com a mensagem que recebeu nesse momento. Segundo ele este ser teria passado revelações que deveriam ser transmitidas somente após receber novas instruções, por volta de três anos depois.

Da mesma forma como surgiu o "frade" desapareceu. Os outros seres ainda se mostravam irritados. O líder deu um sinal aos guardas que vendaram a mascara de José Antônio e o preparam para a viagem de volta que transcorreu exatamente como na vinda. Ele foi deixado próximo à um córrego, em uma pequena pedreira. Daquele córrego bebeu de sua água e foi capaz de pegar alguns peixes com a vara que foi devolvida. Ali permaneceu por algum tempo em semi-consciência. Apenas sua carteira de identidade, que os alienígenas haviam examinado, havia desaparecido.

Só como raiar do dia ele conseguiu recobrar totalmente os sentidos. Caminhando tropegamente ele encontrou uma rodovia. Perguntou à uma pessoa que passava onde ele estava. O cidadão respondeu que estava a 32 Km de Vitória (ES) e era dia 9 de maio.

José Antônio, em fotografia recente segurando uma
fotografia da época do caso.
Créditos: Alberto Francisco do Carmo
Ele caminhou com dificuldade, pois a perna direita estava inchada até a altura do joelho e três feridas abertas nos ombros e abaixo da nuca, provocadas pela fricção do capacete e doíam bastante. Aceitou uma carona que o deixou perto da cidade de Colatina. Ao chegar à estação ferroviária para pegar o trem para Minas conversou com um agente local. Este informou-o que o mesmo demoraria muito. O agente levou-o até sua residência ali perto para que pudesse fazer um lanche.

Ao chegar em Belo Horizonte ele foi abordado pelo agente de segurança Geraldo Lopes da Silva, a quem contou a ocorrência e por quem foi encaminhado ao Quartel de onde seguiu para a residência do Major Célio Ferreira.

José desapareceu por 4 dias e meio

Quando viveu essa experiência, José Antônio da silva tinha 24 anos, era solteiro, soldado nº 33930 da Polícia Militar de Minas Gerais e ordenança do então Sub-comandante de Guardas da PMMG, Major Célio Fernandes.

Esta Abdução poderia ser apenas uma visão. Jacques Vallee aponta alguns ​​paralelos entre a experiência do homem e as provações de iniciação.

Os rituais de iniciação são caracterizados pelas seguintes cenas gerais:

  1. O candidato é confrontado por membros do grupo ocultista usando uma fantasia especial; 
  2. Ele é vendado; 
  3. Ele é conduzido pelo braço ao longo de uma rota difícil; 
  4. Ele é levado para uma câmara especialmente projetada, sem janelas; 
  5. Ele é levado à presença de um "mestre"; 
  6. Ele é confrontado em um teste e feito para responder a perguntas; 
  7. Ele é mostrado uma variedade de símbolos projetados para lembrá-lo da morte; 
  8. A situação sugere que ele não sobreviva à provação; 
  9. Ele recebe comida ou bebida do ritual; 
  10. Ele é vendado novamente e levado para fora. 
Todos esses elementos estão presentes no caso de Bebedouro.

Fontes.

BULHER, Walter e PEREIRA, Guilherme. O Livro Branco dos Discos Voadores. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.

B47 Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores - Edição 94-98

B63 Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores - Edição 1975

http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1960/bebedouro

http://www.ufocasebook.com/dasilva.html

http://www.ignaciodarnaude.com/avistamientos_ovnis/Humanoides%201969%20Sighting%20Reports.htm

http://www.ignaciodarnaude.com/ufologia/index.html

https://www.ufo.com.br/artigos/o-fantastico-caso-bebedouro

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