sábado, 10 de agosto de 2019

Qual Cavaleiro do Zodíaco Você é?

A astrologia (do grego astron, "astros", "estrelas", "corpos celestes", e logos, "palavra", "estudo") é uma Pseudociência. segundo a qual as posições relativas dos corpos celestes poderiam prover informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos relacionados à vida do ser humano. É, como tal, uma atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como ferramenta de entendimento das personalidades humanas. O cientista suíço Carl Gustav Jung fez estudos a respeito da astrologia; uma de suas teorias baseadas na mesma é a teoria da Sincronicidade. É largamente refutada por uma parte da sociedade por não ter embasamento científico real.

Os registros mais antigos sugerem que a astrologia surgiu no terceiro milênio a.C. Ela teve um importante papel na formação das culturas, e sua influência é encontrada na astronomia antiga, nos Vedas, e em várias disciplinas através da história. De fato, até a Idade Moderna, astrologia e astronomia eram indistinguíveis. A astronomia começou a divergir gradualmente da astrologia desde o tempo de Cláudio Ptolomeu, e essa separação culminou no século XVIII com a remoção oficial da astrologia do meio universitário.



O Relógio de Fogo.
Os astrólogos afirmam que o movimento e as posições dos corpos celestes podem influenciar diretamente ou representar eventos na Terra e em escala humana. Alguns astrólogos definem a Astrologia como uma linguagem simbólica, uma forma de arte, ou uma forma de vidência, enquanto outros definem como ciência social e humana.

Nenhum estudo científico realizado até hoje mostrou a eficiência da astrologia para descrever personalidades ou fazer previsões e, por isto, ela é considerada pela comunidade científica uma pseudociência ou superstição, não compatível com o Método Científico. No paradigma da física moderna, não existe nenhuma forma de interação que poderia ser responsável pela transmissão da suposta influência entre uma pessoa e a posição de planetas e estrelas no céu no momento do nascimento. Além disso, todos os testes feitos até agora, mantendo métodos rigorosos para incluir um grupo de controle e mascaramento adequado entre experimentadores e sujeitos, não resultaram em qualquer efeito além do puro acaso. Por outro lado, alguns testes psicológicos mostram que é possível elaborar descrições de personalidade e previsões suficientemente genéricas para satisfazer a maioria dos membros de um grande público ao mesmo tempo. Este é o efeito conhecido como o Efeito Forer.

Horóscopo.

Durante séculos, a astrologia se baseou na observação de objetos celestes e no registro de seus movimentos. Mais recentemente, os astrólogos têm usado dados coletados pelos astrônomos e organizados em tabelas chamadas efemérides, que mostram as posições dos corpos celestes.

A ferramenta principal da astrologia é o Horóscopo. Este mapa é um diagrama bidimensional que representa a posição dos corpos celestes vistos de certo local, que pode variar desde o centro da Terra, à sua superfície, e até tendo o Sol como ponto central. A interpretação do mapa leva em consideração:
  • Posição destes corpos em relação aos signos do zodíaco;
  • Cálculo das dignidades astrológicas;
  • Posição absoluta e relativa destes corpos dentro de um dos sistemas de casas astrológicas;
  • Os aspectos astrológicos: relação trigonométrica dos corpos celestes entre si.
Há, no entanto, diferenças na forma como estes apoios básicos são usados nas diferentes tradições, as quais incluem: desenvolveram, ao observar o céu, um ou outro tipo de calendário, para medir as variações do clima no decorrer do ano. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como a chegada das chuvas ou do frio. Esse conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras ideias de constelação surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento das estrelas.

Também de maneira geral estas tradições incluem abordagens diferentes, entre elas:
  • Astrologia ocidental (Vide Cavaleiros do Zodíaco);
  • Astrologia chinesa (Vide  As Aventuras de Jackie Chan);
  • Jyotish ou Astrologia védica;
  • Astrologia cabalística;
  • Astrologia natal: estudo do mapa natal e seus desdobramentos;
  • Astrologia horária: o ramo divinatório da Astrologia, analisa um mapa feito para o momento em que a questão é formulada;
  • Astrologia eletiva: a determinação do melhor momento para empreender algo;
  • Astrologia mundial: correlação entre eventos históricos e aspectos entre os planetas lentos;
  • Astrologia agrícola: o uso da posição dos planetas nas práticas agrícolas.
Ao longo do tempo, a astrologia deixou sua marca na linguagem: influenza, nome antigo dado à gripe, veio da atribuição pelos médicos de causas planetárias à doença. Desastre vem da expressão latina dis aster (má estrela). Considerar vem de sider, porque se acreditava que o ferro vinha do espaço.

Embora a astrologia ocidental use quase que exclusivamente o zodíaco tropical, a astrologia hindu usa o zodíaco sideral, que é mais próximo da posição astronômica dos astros no céu, mas seguindo a mesma forma de divisão do céu que o Tropical.

Técnicas Astrológicas.

A astrologia atual recorre, essencialmente, à interpretação do Mapa Natal do indivíduo (ou entidade) em estudo, e na associação dos significados astrológicos ao contexto da situação apresentada em consulta.

A análise preditiva recorre ainda a algumas técnicas específicas, entre as quais os Trânsitos (comparação da posição dos planetas, num determinado momento, sobre o Mapa Natal do objecto de análise), as Progressões (primárias, secundárias, e terciárias), as Direções de Arco (sendo o Arco Solar o mais utilizado), e o Retorno Solar (cálculo de um novo Mapa para o momento do ano em que o Sol passa exatamente em cima do grau em que estava no momento de nascimento da entidade em análise).

A Astrologia Horária, apesar de ter quase desaparecido ao longo do século XX, tem voltado nos últimos anos, em grande parte devido ao renovado interesse em explorar as técnicas tradicionais da Astrologia antiga.

Conceitos clássicos
  • Os signos e as características humanas
Segundo Bruno Ferreira Pires em seu site Vivastro, os signos do zodíaco representam características da psicologia humana na forma que segue:
  1. Áries—ação, impetuosidade, impulsividade.
  2. Touro—calma, possessividade, inércia.
  3. Gêmeos—dúvida, dispersão, movimento.
  4. Câncer—sentimento, acolhimento, intuição.
  5. Leão—honra, egocentrismo, coragem.
  6. Virgem—espiritualidade,humanismo, perfeccionismo.
  7. Libra—equilíbrio, diplomacia, diálogo.
  8. Escorpião—intensidade, sexualidade.
  9. Sagitário—objetividade, individualidade.
  10. Capricórnio—persistência, trabalho, resistência.
  11. Aquário—originalidade, criatividade, eloquência.
  12. Peixes—sensibilidade, sensitividade, idealismo.
  • Os signos e as partes do corpo.
Segundo Marcus Manilius (século I) em seu poema Astronomica, os signos do zodíaco regem as partes do corpo na forma que segue:
  1. Áries—cabeça
  2. Touro—pescoço e garganta
  3. Gêmeos—pulmões, braços e ombros
  4. Câncer—peito, seios e estômago
  5. Leão—coração e parte superior das costas
  6. Virgem—abdômen e aparelho digestivo
  7. Libra—rins, região lombar e pele.
  8. Escorpião—genitais
  9. Sagitário—quadris e coxas
  10. Capricórnio—joelhos, ossos e pele
  11. Aquário—pernas e tornozelos
  12. Peixes—pés
A "astrologia médica" usa também associações entre planetas e partes do corpo.
  • Pedras Zodiacais.
  1. Áries -- Jade , Diamante
  2. Touro -- Cristal de Rocha , Esmeralda
  3. Gêmeos -- Crisoprásio , Pérola
  4. Câncer -- Pedra da Lua , Rubi
  5. Leão -- Ouro, Diamante
  6. Virgem -- Aventurina , Safira
  7. Libra -- Lápis-lazúli , Opala
  8. Escorpião -- Turmalina , Topázio
  9. Sagitário -- Olho-de-tigre , Turquesa
  10. Capricórnio -- Zircão , Granada
  11. Aquário -- Heliótropio , Amenstista
  12. Peixes -- Onix , Água-marinha, ametista
História.

As primeiras cartas estelares do Egito datam de cerca de 4.200 a.C. e, embora sejam astronômicas, não se pode afirmar que houvesse distinção, àquela época, entre astronomia e astrologia.

Historiadores afirmam que a astrologia surgiu na Suméria, por volta do IV milênio a.C. Por este motivo, durante muitos séculos, na Europa, os astrólogos foram chamados de caldeus. Uma das mais antigas referências foi encontrada em Nínive (Babilônia), na biblioteca de Assurbanípal. No entanto, a observação do céu à procura de presságios pode ser bem anterior, naquela região de clima imprevisível, onde as cheias dos rios Tigre e Eufrates não obedeciam um ritmo anual como as do Nilo.

Em tempos mais recentes, tem-se discutido a possibilidade de ser outra a origem da astrologia: a civilização do Vale do Indo, ou de Harapa. Em comum, essas duas civilizações compartilham a ênfase no papel das estrelas, pano de fundo e baliza do movimento do Sol e da Lua. Em Harapa teria se originado o conceito de nakshatra (sânscrito, "os imortais"), manazil (árabe) ou mansão lunar, que mais tarde daria origem ao zodíaco. Em ambas regiões o Sol causticante não é, como na fria Europa, o doador da vida, e sim a Lua, com as marés que provoca no mundo físico e nos seres vivos. Portanto, os nakshatras mediam a passagem da Lua pelo céu, sendo cada um destes asterismos a medida de arco média percorrida pela Lua em um dia.

Os sacerdotes caldeus nos legaram a primeira noção de zodíaco, ao observar que o Sol e a Lua cruzavam sempre as mesmas constelações dentro de uma faixa celeste que chamaram de Caminho de Anu. Contra o fundo de estrelas fixas, cinco estrelas errantes se moviam, os planetas, e seu caminho também se restringia ao espaço delimitado no céu pelo movimento aparente do Sol, a eclíptica. As eclipses eram, aliás, um dos mais importantes presságios para todos os povos antigos.

As previsões eram um guia para a agricultura, as cheias dos rios e outros fenômenos naturais, sendo depois estendidas para catástrofes decorrentes de ação humana, como guerras.

Fragmentos de documentos do reinado de Sargão da Acádia, (2 870 a.C.) mostram que as previsões eram feitas com base no movimento do Sol e da Lua, dos planetas, de cometas, meteoros e outros fenômenos. Mesmo as condições atmosféricas ao começo do dia, que possivelmente era medido a partir do pôr do sol, indicavam como seria o dia seguinte. Se esse dia era o primeiro do mês lunar, as previsões se estendiam para o mês, se era o primeiro do ano (medido pelo nascimento ou ocaso heliacal de determinada estrela), valiam para o ano.

Do tempo do rei assírio Assurbanípal (século VII a.C.) são as mais antigas efemérides escritas que nos chegaram. Isto mostra que, à época, o conhecimento dos ciclos dos planetas era suficiente para permitir elaborar tábuas de seu movimento.

A astrologia babilônica se dedicava a prever eventos que influenciavam a vida coletiva, através de seu efeito sobre o rei, que personificava o bem-estar do reino. Após a tomada de Alexandria é que a astrologia começou a estudar o homem. O horóscopo mais antigo para uma pessoa data de 20/04/409 a.C.

No Egito surgiu Hermes Trismegisto que, afirmam alguns, é o escritor de um livro, o livro de Thot. Esse livro foi resultado de sua Obra e é em si mesmo o Tarot. Dentro dessa Obra a relação astrológica é sempre muito clara em função da relação dos astros, os elementos e a natureza nas relações humanas. O mais conhecido livro de Hermes Trismegistus é a Tábua de Esmeralda que tem instruções a cerca do aperfeiçoamento espiritual humano. O Kaibalion, foi um livro escrito por 3 Iniciados que falam a respeito dos ensinamentos herméticos e suas leis.

Na Grécia foi fundada, por volta de 640 a.C., uma escola onde se ensinava astrologia. Aristóteles (que difundiu a ideia dos quatro elementos - água, fogo, ar e terra - influenciando o comportamento), Hiparco (que descobriu a precessão dos equinócios) e Ptolomeu (que apresentou em livros muito do que se sabe atualmente das bases principais da astrologia) são figuras importantes, que usavam a astrologia principalmente para reis e países. Mas ainda na Grécia este estudo se popularizou.

Em Roma a astrologia era consultada pelo povo e por reis e rainhas, inclusive o Imperador Augusto cunhou moedas com o seu signo. E Tibério estudava o mapa astrológico dos seus rivais. Cláudio, porém, expulsou os astrólogos da Itália.

A decadência do Império Romano significou a decadência da cultura legada da Grécia e do Oriente. A astrologia caiu para um estado de superstição, fato que levou a Igreja Católica a condená-la, ignorando as referências astrológicas no Evangelho de Mateus (os reis magos) e no Apocalipse. Assim, Agostinho de Hipona, que estudara astrologia, a renega após sua conversão.
  • Na Idade Média.
A filosofia e a cultura clássicas sobreviveram durante a Idade Média européia graças aos árabes e ao Califado de Bagdá. Bagdá, capital do estudo astronômico no século X, foi sede também de uma astrologia de cunho empírico, estritamente prática e previsiva, como convinha a esse povo que criou o comércio internacional. O maktub árabe passaria a fazer parte da astrologia mediterrânea.

Isidoro de Sevilha (c. 636) foi um dos primeiros a separar astrologia e astronomia, embora ambas tenham sido separadas apenas no século XVI, quando o sistema de Copérnico substitui o de Ptlomeu.
  • Astrologia Árabe.
O maior astrólogo árabe foi Albumazer. Seu livro Introductorium in astronomiuum foi um dos primeiros a ser traduzido, no início da Idade Média, na Espanha. Nas Universidades da Espanha e Itália havia cadeiras de Astrologia. Estudos indicam que a astrologia influenciou inclusive a Cabala.

Outro árabe importante foi Abu'l-Rayhan Muhammad Ibn Ahmad Al-Biruni.

Difusão Européia.

Na Idade Média da Europa surgem astrólogos e defensores da astrologia em vários países.
  • Michael Scott (morto em 1235) a defendeu em seu Liber introductorium.
  • Santo Alberto Magno (c. 1200-1280), em resposta à discussão entre teólogos sobre ser a astrologia "ciência legítima" ou "arte adivinhatória", separou a astrologia das associações pagãs que ganhara no ocaso do Império Romano. Percebeu o valor teológico da ciência e filosofia gregas a árabes e recuperou os ensinamentos esquecidos de Aristóteles.
  • Tomás de Aquino (c. 1225-1274) viu os ensinamentos da astrologia como complementares à visão cristã.
  • Na Universidade de Bolonha, onde estudaram Dante e Petrarca, a cátedra de astrologia foi instalada em 1125.
Na Idade Média os astrólogos eram chamados mathematici, pois a astrologia era a aplicação mais importante da matemática. A prática da medicina era baseada na determinação astrológica do tratamento adequado, portanto os médicos também eram matemáticos (como Tycho-Brahe).

Dante expõe ao ridículo, no Inferno da Divina Comédia, os astrólogos Guido Bonatti (conselheiro de Guido de Médici) e Michael Scott, mas por misturarem eles necromancia à astrologia, abusando dos conhecimentos que tinham obtido.

Cecco d'Ascoli, professor de astrologia em Bolonha, foi queimado vivo na fogueira em 1327 não por ser astrólogo, mas por suas opiniões heréticas.

Renascença.

O Renascimento trouxe uma difusão da astrologia, apoiada inclusive pelo Papado.

Copérnico (seu trabalho sobre o heliocentrismo foi conhecido devido a um astrólogo - Reticus - que o imprimiu e acrescentou, com o consentimento do autor, um capítulo sobre Astrologia), Paracelso (botânico), Nostradamus, Tycho Brahe (médico e astrônomo), Galileu, Kepler e Newton estudaram e usaram a astrologia.

Copérnico, ao propor o heliocentrimo, recuperava o conhecimento de Aristarco. Tycho-Brahe viria, com suas acuradas observações dos movimentos planetários, na Dinamarca, a fornecer dados para comprovar a teoria de Copérnico. Kepler foi assistente de Tycho-Brahe. Em seu Concerning the more certain fundamentals of astrology (1602), expõe em 75 teses a forma como o Sol, a Lua e os planetas influenciam os acontecimentos na Terra.

A Astrologia e a Astronomia eram, de início, um mesmo estudo. Tycho Brahe, por exemplo, nascido em 1546, era médico e astrônomo em Copenhague, mas também astrólogo do rei da Hungria.

Já na época de Isaac Newton, a astrologia já estava totalmente desacreditada, como pode ser visto pelo seu livro Diálogos astronômicos entre um cavalheiro e uma dama: em que a doutrina da esfera (celeste), usos dos globos (terrestres) e os elementos de astronomia e geografia são explicados.

Tempos Modernos.

Pesquisadores modernos aplicaram à Astrologia o mesmo rigor científico que a qualquer outra hipótese testável. Os resultados foram negativos. Por exemplo, John Maddox, editor da revista Nature, comentou:
... uma das coisas que publicamos acerca de astrologia alguns anos atrás, foi um cuidadoso estudo feito na California com a colaboração de 28 astrólogos da região de São Francisco e um bocado de analisados - 118 ao total. Cartas lunares foram feitas pelos astrólogos e verificou-se que os analisados não podiam reconhecer suas próprias cartas com mais precisao do que por acaso... isso me é uma convincente e derradeira demonstração do quão bem as coisas funcionam na prática. Meu desgosto é que há pessoas inteligentes, pessoas capazes perdendo seu tempo pegando o dinheiro de outras pessoas nessa causa perdida.
Em Outros Países.

Na Índia a astrologia Jyotish é usada habitualmente há longo tempo. Na China a astrologia continua a florescer. Ambas, bem como a astrologia reintroduzida no Egito no período helenístico, têm forte influência da astrolgogia grega, sendo portanto tardias.

O Tibete tem sua astrologia, mais recente, que é usada em diagnósticos médicos, entre outras utilidades.


Já os maias tinham uma astrologia autônoma, desenvolvida em seus observatórios astronômicos extremamente precisos.

As Várias Astrologias.
Um missionário da Idade Média conta que encontrou o ponto
onde océu e a Terra se encontram. Créditos: Wikipédia
  • Além da que se chama hoje ocidental, são praticadas hoje no mundo todo outras formas de astrologia.
  • Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa.
  • A Índia conheceu a astrologia da antiga Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C.
  • Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. Um padre espanhol, que acompanhou a tomada de Hernán Cortés, codificou a astrologia dos Astecas.
  • A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada por Alice Bailey. Alan Leo e Charles Carter são dois de seus expoentes, e dessa linha surgiu a Faculdade de Astrologia de Londres.
  • Depois dos estudos de astrologia e alquimia por Carl Gustav Jung, a "astrologia psicológica" tomou corpo em bases principalmente junguianas, embora exista uma "astrologia transpessoal" baseada no trabalho de Roberto Assagioli.
  • Mais recentemente, há um renascimento da "astrologia clássica", com grande número de obras da antiguidade e renascença sendo retraduzidas para o inglês, a partir de originais em árabe, grego e latim.
Astrologia e Ciência.

A comunidade científica não considera a astrologia uma ciência, embora haja astrólogos que procurem dar respeitabilidade às suas atividades usando justificações que afirmam serem científicas. Um grande número de astrólogos praticantes e de "filósofos da astrologia" a vê como uma arte baseada em conhecimento técnico, conhecimento tradicional e uma concepção sistêmica do universo.

Uma das ideias base da astrologia, talvez seu pilar fundamental, é a de que "os eventos na Terra estão relacionados aos movimentos dos planetas no céu"; ou de forma explícita, que o posicionamento dos astros no momento do nascimento de uma pessoa determinam não apenas o seu caráter mas também seu destino. Contudo, não há consenso entre os astrólogos sobre como se processa esta relação: uns a atribuem à influência de campos eletromagnéticos ou semelhantes, vínculo imediatamente rechaçado pela ciência; outros a ciclos, analogia, sincronicidade, ou outras formas de correlação mais sutis, nenhuma delas apoiada em qualquer fundamento científico sólido, contudo.

Na tentativa de estabelecer reconhecimento pela ciência oficial, o trabalho estatístico de Michel Gauquelin analisando exaustivamente a possível influência de determinados planetas no sucesso profissional via confronto de dados coletados com o mapa astral de diversas personalidades importantes em várias áreas de atuação é amplamente citado pelos astrólogos quando se encontram em meios acadêmicos; contudo, a pergunta chave ainda persiste: "Por que as posições de outros planetas contra o céu ao fundo, conforme vistos da Terra, deveriam ter quaisquer correlações com as macromoléculas que se denominam vida inteligente e um planeta inferior?" Os astrólogos não fornecem resposta conclusiva aceitável, científica ou não, à questão.

Uma questão importante que pesa contra a validade da astrologia atrela-se aos gêmeos univitelinos. A concepção é única, e há casos em que "o encontro com a luz" dá-se com diferença de menos de um minuto, de forma que as posições dos astros no céu são, para ambos, exatamente as mesmas uma vez consideradas as incertezas intrínsecas à confecção de seus mapas astrais. Contudo, não raro são os casos em que os gêmeos têm personalidades e destinos muito distintos um do outro. A situação mostra-se análoga ao se considerarem casos de nascimentos simultâneos a partir de mães diferentes. Outra questão importante atrela-se à não falseabilidade das afirmações astrológicas. São poucas para não dizer inexistentes as "previsões" astrológicas que não se mostram vagas o suficiente para se aplicarem a qualquer situação.

Geoffrey Dean, pesquisador australiano que realizou testes extensivos sobre astrologia, inverteu as leituras astrológicas de 22 pessoas, substituindo as frases originais dos horóscopos por outras que diziam o oposto. Ainda assim, as pessoas nesse estudo disseram que as leituras se aplicavam a elas tão frequentemente (95% das vezes) quanto as pessoas a quem foram dadas as leituras corretas. Aparentemente, aqueles que procuram astrólogos desejam apenas uma orientação, qualquer que seja ela.

Para o físico britânico Stephen Hawking, contudo, "... o verdadeiro motivo porque a maioria dos cientistas não acredita em astrologia não é a existência de provas científicas ou falta delas, e sim o fato de ela não ser compatível com outras teorias [científicas] testadas pela experiência." Seguindo-se o seu raciocínio, o estabelecimento do modelo heliocêntrico por Nicolau Copérnico e Galileu Galilei bem como o estabelecimento da mecânica celeste por Isaac Newton - desvendando a regularidade e estabelecendo a previsibilidade com precisão outrora inimaginável dos movimentos dos planetas no céu - transformaram a astrologia em algo extremamente inaceitável (ao menos racionalmente).

Fontes.                                                                                                                                            106 de 186

https://pt.wikipedia.org/wiki/Astrologia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_astrologia

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