domingo, 18 de março de 2018

O Legado de Stephen Hawking.

Sabe aquelas pessoas que você tem a sensação de que nunca vão morrer? Pois é, uma delas morreu Quarta-Feira Passada. Se você ficou preso em um buraco negro, ou se perdeu nas linhas atemporais do Tempo-Espaço e está retornando agora para a Internet

Stephen William Hawking, físico teórico e cosmólogo britânico, morreu na última Quarta-Feira, 14 de Março de 2018. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano emérito na Universidade de Cambridge,[6] um posto que foi ocupado por Isaac Newton, Paul Dirac e Charles Babbage. Foi, pouco antes de falecer, diretor de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica (DAMTP) e fundador do Centro de Cosmologia Teórica (CTC) da Universidade de Cambridge.

Hawking morreu em sua casa em Cambridge, Inglaterra, no começo da manhã de 14 de Março de 2018, com a idade de 76 anos. Sua família anunciou que ele morreu em paz. Ele foi elogiado por figurar na ciência, entretenimento, política e outras áreas. A bandeira do Gonville and Caius College de Cambridge ficou hasteada em meio mastro e um livro de condolências foi assinado por estudantes e visitantes.

Biografia.

Considerado um dos cientistas mais influentes do mundo desde Albert Einstein, não só por suas decisivas contribuições para o progresso das teorias que explicam o Universo, mas também por sua constante preocupação em aproximar a Ciência das pessoas.

Ele também enfrentou com coragem uma doença motora degenerativa, que o deixou em uma cadeira de rodas e sem capacidade para falar de maneira natural. Por anos usou um sintetizador de voz para se comunicar. O cientista morreu por complicações da doença diagnosticada quando tinha 22 anos. Hawking sofria com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Hawking desafiou o prognóstico dos médicos, que lhe previram uma vida curta, e continuou elaborando teorias e divulgando a Ciência por mais de 50 anos.

Stephen William Hawking  nasceu em 8 de janeiro de 1942 (exatamente no aniversário de 300 anos da morte de Galileu). Seus pais eram Frank Hawking, um biólogo pesquisador que trabalhava como parasitólogo no Instituto Nacional de Pesquisa Médica de Londres, e Isabel Hawking. Teve duas irmãs mais novas, Philippa e Mary, e um irmão adotivo, Edward. Hawking sempre foi interessado por ciência. Em sua infância, quando ainda morava em St Albans, estudou na St Albans High School for Girls (garotos de até 10 anos eram educados em escolas para garotas) entre 1950 e 1953 - ele foi um bom aluno, mas não era considerado excepcional.

Entrou, em 1959, na University College, Oxford, onde pretendia estudar matemática, conflitando com seu pai, que gostaria que Stephen estudasse medicina. Como não pôde, por não estar disponível em tal universidade, optou então por física, formando-se três anos depois (1962). Seus principais interesses eram termodinâmica, relatividade e mecânica quântica. Obteve o doutorado na Trinity Hall em Cambridge em 1966, de onde era um membro honorário. Depois de obter doutorado, passou a ser pesquisador e, mais tarde, professor no Gonville and Caius College. Depois de abandonar o Instituto de Astronomia em 1973, Stephen entrou para o Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica tendo, entre 1979 e 2009, ano em que atingiu a idade limite para o cargo, ocupado o posto de professor lucasiano de Matemática, cátedra que fora de Newton, tendo sido professor lucasiano emérito da Universidade de Cambridge.

Casou pela primeira vez em julho de 1965 com Jane Hawking, separando-se em 1991. Casou depois com sua enfermeira Elaine Mason em 16 de setembro de 1995, da qual se divorciou em 2006. Hawking continuou combinando a vida em família (seus três filhos e três netos) e sua investigação em física teórica junto com um extenso programa de viagens e conferências.

Hawking era portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma rara doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais, sendo uma doença que ainda não possui cura. A doença foi detectada quando tinha 21 anos. Em 1985 Hawking teve que submeter-se a uma traqueostomia após ter contraído pneumonia visitando o CERN na Suíça e, desde então, utilizava um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, foi perdendo o movimento dos braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo que sua mobilidade era praticamente nula. Em 2005 Hawking usava os músculos da bochecha para controlar o sintetizador, e em 2009 já não podia mais controlar a cadeira de rodas elétrica. Desde então outros grupos de cientistas estudaram formas de evitar que Hawking sofresse de síndrome do encarceramento, cogitando traduzir os pensamentos ou expressões de Hawking em fala. 

A versão mais recente, desenvolvida pela Intel e cedida a Hawking em 2013, rastreava o movimento dos olhos do cientista para gerar palavras, embora o cientista tenha afirmado em seu site oficial que preferia usar o "cheek tracking" (rastreamento da bochecha) para utilizar a interface ACAT (Sistema desenvolvido pela Intel). "No entanto, embora eles funcionem bem para outras pessoas, eu ainda acho que o interruptor na minha bochecha é mais fácil e menos cansativo de usar".

Em 9 de janeiro de 1986, foi nomeado pelo papa João Paulo II membro da Pontifícia Academia das Ciências.

Em 2015, em Londres, Drake, Martin Rees e o empresário russo Yuri Milner, juntamente com Stephen Hawking, anunciaram suas intenções de fornecer US$ 100 milhões em financiamento ao longo da próxima década para os melhores pesquisadores do SETI, através do projeto Breakthrough Listen, que permitiria que novos levantamentos de dados rádio-ópticos pudessem ocorrer usando os mais avançados telescópios. Em dezembro de 2017, Hawking processou o governo britânico por querer privatizar o Serviço Nacional de Saúde.

O Que É a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

A palavra amiotrófica vem do grego: A que significa "não", mio se refere a "músculo" e trófica significa "alimento". "Amiotrófica" significa, portanto, "ausência de nutrição muscular", o que descreve a característica atrófica do tecido muscular em desuso. O termo "lateral" se refere à topografia das lesões na medula espinhal, onde as células nervosas afetadas estão localizadas. Como essa área se degenera, forma-se cicatriz ou endurecimento (esclerose) na região.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença do neurônio motor e doença de Lou Gehrig, é uma doença que causa a morte dos neurônios de controle dos músculos voluntários. Alguns também usam o termo doença do neurônio motor para um grupo de condições que ELA é o mais comum. ELA é caracterizada por rigidez muscular, espasmos musculares, e, gradualmente, piora da fraqueza, devido aos músculos diminuindo de tamanho. Isto resulta em dificuldade de fala, deglutição, e, eventualmente, da respiração.

A causa não é conhecida em 90% a 95% dos casos. Cerca de 5-10% dos casos são herdados a partir dos pais da pessoa. Cerca de metade destes casos genéticos são devido a um de dos dois genes específicos. O diagnóstico é baseado nos sinais e sintomas com testes feitos para descartar outras causas possíveis.

Não há cura conhecida para a esclerose lateral amiotrófica. Um medicamento chamado riluzol pode prolongar a vida por cerca de dois a três meses. Ventilação não-invasiva pode resultar na melhoria da qualidade e duração da vida. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas geralmente começa em torno dos 60 anos de idade e em casos herdados, em torno de 50 anos de idade. A sobrevivência média de início para a morte é de dois a quatro anos. Cerca de 10% sobrevivem mais de 10 anos. A maioria morre de insuficiência respiratória.

Descrições da doença datam de pelo menos 1824, por Charles Bell. Em 1869, a conexão entre os sintomas e os fatores de problemas neurológicos foi descrita pela primeira vez por Jean-Martin Charcot, que, em 1874, começou a usar o termo esclerose lateral amiotrófica. Ela tornou-se conhecida nos Estados Unidos no século XX, quando, em 1939, afetou o jogador de beisebol Lou Gehrig e mais tarde em todo o mundo ao afetar o astrofísico Stephen Hawking. Em 2014, vídeos do Desafio do Balde de Gelo tornou-se viral na internet e aumentou a conscientização pública sobre a condição.

Aparições na Cultura Popular.

Em 1993 participou num episódio da série Star Trek: The Next Generation numa cena em que é um holograma, conjuntamente com Newton e Einstein, jogando cartas com o personagem Data.

Fez algumas participações em The Simpsons, Futurama, Dexter's Laboratory, The Fairly OddParents, Family Guy e na tira de jornal Dilbert. No Filme Super-Herói - O Filme (Superhero The Movie), filme esse que faz o Capitão America enlouquecer nas referências encontramos um cômico, rude e mesquinho Stephen Hawking (Interpretado por Robert Joy) que é sucessivamente ferido durante todo o filme.

Recentemente fez uma participação numa propaganda do Discovery Channel chamada Eu amo o Mundo, onde ele disse "Boom De Ya Da".

Em 2012, participou num episódio de The Big Bang Theory, onde conversa com Sheldon Cooper. Neste episódio, Sheldon Cooper cometeu um erro básico de aritmética e desmaiou na frente de Stephen. No mesmo ano, Hawking leu um discurso durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2012 em Londres.

Músicas.

Em 1994, Hawking apareceu na propaganda de uma empresa de seguros. Uma frase citada por ele no anúncio ("As maiores realizações da humanidade surgiram de conversas, e os maiores fracassos de não se conversar. Isso não precisa ser assim.") inspirou David Gilmour, da banda britânica Pink Floyd, que sampleou a voz sintetizada do físico na canção "Keep Talking" do álbum The Division Bell.

Vinte anos depois, o álbum feito a partir das sobras de estúdio de The Division Bell, The Endless River, usa um sample de Hawking gravado para um comercial na faixa "Talkin' Hawkin'".

Em 2012, Hawkings teve uma de suas falas sampleadas na canção "Entry of the Flame", presente no álbum Enlightenment: Music for the opening ceremony, que é o álbum oficial dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2012, que foram realizados em Londres.

Em 2015, mais uma vez sua voz sintetizada foi sampleada na canção "Galaxy Song", presente no álbum "Stephen Hawking Sings Monty Python".

Críticas.

Apesar de ter sido um físico conhecido e renomado, muitos físicos criticaram Hawking, argumentando que ele agia mais como um astro pop do que como um físico. Críticas a parte, acredito que agir como um Astro Pop da ciência fez as pessoas olhar a ciência com outros olhos, a tornando mais interessante.

Em 2004, ao ter anunciado que havia solucionado o paradoxo da informação, Hawking chamou a atenção de físicos do mundo inteiro, porém nunca apresentou nenhum cálculo que comprovasse isso. Dez anos depois, chegou a dizer que os buracos negros não existem, apesar de ser consenso entre os físicos que eles existem, porém novamente ele disse sem nenhuma comprovação matemática. Novamente em 2014, ele alertou a humanidade que a manipulação de Bóson de Higgs poderia levar à destruição do universo, mas a comunidade científica não deu apoio a essa tese. Hawking chegou, inclusive, a apostar com um físico da Universidade de Michigan que o Bóson de Higgs não existia. Peter Higgs, que fez a descoberta do Bóson de Higgs, disse que era difícil discutir com Hawking por causa de seu status de celebridade. Mario Novello disse que atualmente a ciência se tornou midiática e Hawking atuava como uma celebridade.

Ateísmo.

Hawking se descrevia como ateu. O que não foi surpresa nenhuma que quando foi noticiado sua morte, Alguns mais fanaticos, na Internet zombou de sua morte e de seu ateísmo.

Em algumas ocasiões, usou a palavra "Deus" em seus livros e discursos, mas, segundo ele próprio, no sentido metafórico e relativo. Sua ex-esposa Jane afirmou que, durante o processo de divórcio, ele se descreveu como ateu. Hawking declarou que não era religioso no sentido comum, e que acreditava que "o universo é governado pelas leis da ciência. As leis podem ter sido criadas por um Criador, mas um Criador não intervém para quebrar essas leis". Hawking comparou a ciência e a religião durante uma entrevista, dizendo "há uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade, e a ciência, que se baseia na observação e na razão. A ciência vai ganhar porque ela funciona".

Em alguns trechos de seus livros, Hawking também parece seguir uma linha de pensamento similar à de Einstein e Espinoza, no que tange à admiração e o deslumbre pela ordem e complexidade presentes no universo, ainda que nunca tenha referido a si próprio como panteísta. No livro "Uma breve história do tempo" ele cita que "tanto quanto o Universo teve um princípio, nós poderíamos supor que tenha um Criador". Ainda nesse livro, ele diz que "no entanto, se nós descobrirmos uma teoria completa...então nós conheceríamos a mente de Deus".

Porém, em seu mais recente e polêmico livro "The Grand Design", Stephen Hawking mudou suas antigas declarações sobre a ideia de um criador e afirma que "Deus não tem mais lugar nas teorias sobre criação do universo, devido a uma série de avanços no campo da física". No livro, afirma que "Por haver uma lei como a gravidade, o universo pode e irá criar a ele mesmo do nada. A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada, é a razão pela qual o universo existe, pela qual nós existimos", dizendo que o Big Bang foi simplesmente uma consequência da lei da gravidade. Hawking também cita a descoberta, feita em 1992, de um planeta que orbita uma estrela fora do Sistema Solar, como um marco contra a crença de Isaac Newton de que o universo não poderia ter surgido do caos.

Obras.

Os principais campos de pesquisa de Hawking foram cosmologia teórica e gravidade quântica. Em 1971, em colaboração com Roger Penrose, provou o primeiro de muitos teoremas de singularidade; tais teoremas fornecem um conjunto de condições suficientes para a existência de uma singularidade no espaço-tempo. Este trabalho demonstra que, longe de serem curiosidades matemáticas que aparecem apenas em casos especiais, singularidades são uma característica genérica da relatividade geral.

Hawking também sugeriu que, após o Big Bang, primordiais ou miniburacos negros foram formados. Com Bardeen e Carter, ele propôs as quatro leis da mecânica de buraco negro, fazendo uma analogia com termodinâmica. Em 1974 calculou que buracos negros deveriam, termicamente, criar ou emitir partículas subatômicas, conhecidas como radiação Hawking, além disso, também demonstrou a possível existência de miniburacos negros. Hawking também participou dos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica no início da década 80 com outros físicos como Alan Guth, Andrei Linde e Paul Steinhardt, teoria que tinha como proposta a solução dos principais problemas do modelo padrão do Big Bang.

Hawking escreveu diversos livros que ajudaram a divulgar complexas teorias cosmológicas em linguagem fácil para leigos. O primeiro foi Uma Breve História do Tempo, escrito entre 1982 e 1984 e vendendo mais de 10 milhões de cópias. Obras seguintes incluem O Universo numa Casca de Noz (2001), Uma Nova História do Tempo (2005, versão atualizada de sua estreia co-escrita com Leonard Mlodinow) e God Created the Integers (2006). Em parceria com sua filha Lucy, Hawking também escreveu livros infantis sobre o universo com George e o Segredo do Universo (2007) e suas duas continuações.

O asteróide 7672 Hawking foi nomeado em sua homenagem.

Cinebiografias.

A vida de Stephen Hawking já foi contada em dois documentários e dois filmes. Os documentários foram A Brief History of Time (1991), em que Errol Morris usou o livro homônimo como base para relatar a vida do cientista, e Hawking (2013), narrado pelo próprio Hawking.

Em 2004, o filme televisivo Hawking foi lançado pela BBC Two. Dirigido por Philip Martin, o filme estrela Benedict Cumberbatch como Hawking, focando em seu período na Universidade de Cambridge.

Outra biografia mais abrangente foi lançada nos cinemas em 2014, The Theory of Everything (No Brasil e em Portugal A Teoria de Tudo), baseado no livro de memórias de Jane Hawking, Travelling to Infinity: My Life with Stephen. Dirigido por James Marsh e estrelando Eddie Redmayne como Hawking e Felicity Jones como Wilde, o filme começa com Hawking conhecendo a futura esposa em Cambridge e vai mostrando as dificuldades da vida do casal enquanto Hawking alcançava a fama com suas teorias e tinha seu corpo definhado por uma doença motora degenerativa. Após assistir uma versão finalizada do filme, Hawking aprovou a biografia e permitiu aos cineastas usarem sua voz sintetizada e protegida por direitos autorais na versão final. A interpretação de Hawking por Redmayne garantiu-lhe o Oscar de melhor ator.

Incríveis Coincidências & Outras Curiosidades.

Algo que muitos viram, uma coincidência um tanto quanto interessante, Uma coincidência que envolve Galileu Galilei, Albert Einstein e o Dia do Pi, Para a Física, algo que esses 4 assuntos estão relacionados, e um sincronismo inacreditável

  • Hawking nasceu exatamente 300 anos do aniversário da morte de Galileu, no dia 8 de Janeiro.
  • Hawking morreu em plenitude no Aniversário de 139 anos (Faça a soma que quiser) de Einstein, 14 de Março.
  • Ambos Hawking e Einstein  morreram com 76 Anos (Faça a soma que quiser), Galileu com 77.
  • Ambos Hawking e Einstein, o 14 de Março e conhecido como dia do Pi 3,14.

Sempre que eu pesquisava algo em torno de Viajantes do Tempo e Extraterrestres, Stephen Hawking estava relacionados a esses assuntos, geralmente era como um crítico a essas áreas.

Em 28 de junho de 2009, às 12h, Stephen Hawking se posicionou em frente à porta de entrada de um elegante salão da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e esperou. O lugar tinha sido decorado com balões, e a mesa central estava forrada de aperitivos e, claro, champanhe, sua bebida favorita. Hawking, permaneceu ali, esperando, sem tirar os olhos da porta fechada.

Mas ninguém entrou. Em 1992, Hawking já tinha proposto que as viagens no tempo são impossíveis. E para provar sua tese, fez uma festa que apenas os viajantes do Tempo saberiam da mesma. O Experimento foi para mostrar que os aspirantes a Trunks do Futuro não existem e outra parte para “trollar” todos os teóricos que pensam que esse tipo de viagem é possível.

Ou quem sabe, todos os viajantes do tempo podem estar em um pub, rindo do pobre Hawking e suas antigas ideias anti-viajantes. Não é uma hipótese provável, embora ainda hoje não podemos descartá-la.

Em 2010, Hawking afirmou que os humanos deveriam ter cuidado ao tentar fazer contato com aliens, em 2016 reforçou mais uma vez sua preocupação. As palavras de aviso estão no documentário Stephen Hawking’s Favorite Places ("Os Lugares Favoritos de Stephen Hawking"). No filme de 30 minutos, Hawking viaja pelo universo em uma nave fictícia. Entre os lugares “visitados” por ele, está o Gliese 832c, um planeta parecido com a Terra, que fica relativamente perto, a 16 anos luz.

“Se existir vida inteligente lá, nós devemos ouví-la”, afirmou. “Um dia receberemos um sinal de um planeta como este, mas devemos ter cuidado ao respondê-lo. Encontrar uma civilização avançada pode ser como o encontro entre Colombo e os índios. Nós sabemos que isso não acabou muito bem.”

Como já havia afirmado anteriormente, para Hawking, basta olhar a nós mesmos para ver como a vida inteligente pode evoluir para algo que não queremos encontrar.

Legado.

A BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, selecionou cinco das grandes contribuições que o físico britânico deu ao mundo.

1 - Buracos Negros.

Stephen Hawking dedicou toda a carreira a pesquisar as leis do Universo. Muitos dos teoremas elaborados por ele, contudo, estão relacionados aos buracos negros.

Trata-se de regiões do espaço que possuem forças gravitacionais tão intensas que nada consegue escapar delas. Nem mesmo a luz - daí o nome "buracos negros".

A ideia data do século 18 e é, portanto, anterior a Hawking. Mas foi a Teoria Geral da Relatividade, elaborada por Albert Einstein em 1915, que ajudou a entender que a deformação no espaço-tempo causada pela massa de corpos celestes está ligada à força da gravidade. Quanto maior a massa do corpo, maior a deformação e, por sua vez, maior a força da gravidade.

Nos anos 1970, Stephen Hawking usou os estudos de Einstein para descrever a evolução dos buracos negros do ponto de vista da física quântica. E descobriu que não retêm tudo dentro deles.

"Se você cair em um buraco negro, não desista. Existe uma forma de sair de lá", disse numa palestra em 2015 na Suécia.

"Eu acho que minha maior conquista será (mostrar) que os buracos negros não são completamente negros", disse o físico à BBC no ano passado. "Efeitos quânticos", continuou ele, "faz com que eles brilhem como corpos quentes com uma temperatura menor, quanto maior o buraco negro".

Esse resultado foi completamente inesperado e mostrou que existe uma relação profunda entre gravidade e termodinâmica. Para Hawking, essa é a chave para ajudar a resolver os paradoxos da mecânica quântica e a relatividade geral, duas áreas da física que ainda estão em busca de consenso.

2 - Radiação Hawking.

Ao desenvolver o conceito chamado Radiação Hawking, o físico explicou como informações das partículas ficariam na fronteira, ou no horizonte dos buracos negros.

Para ele, a física quântica ajuda a entender que os buracos negros são capazes de emitir energia, perder matéria e até desaparecer. E os efeitos quânticos seriam os responsáveis pelos buracos negros perderem parte de sua característica.

Roland Pease, repórter de Ciências da BBC, explica: "Um buraco negro levaria muito tempo para evaporar dessa maneira, mas em seus últimos anos, Hawking disse que ele expiraria em uma explosão de energia equivalente a um milhão de megatons de bombas de hidrogênio".

Em 2008, quando o maior acelerador de partículas do mundo, o Grande Colisor Elétron-Pósitron (LHC, na sigla em inglês), foi inaugurado na Suíça, criou-se uma grande expectativa de que miniburacos negros seriam criados, provando, na prática, a teoria de Hawking.

Se isso tivesse acontecido, Roland Pease afirma que o britânico teria "com certeza" recebido o Prêmio Nobel. Mas não foi o caso. O LHC não permitiu comprovar a teoria do físico britânico.

3 - O Big Bang.

O trabalho que Stephen Hawking conduziu sobre os buracos negros ajudou a provar a ideia de que uma grande explosão, chamada Big Bang, foi o princípio de tudo. Ainda que tenha sido desenvolvida na década de 1940, a teoria do Big Bang não foi aceita imediatamente por todos os estudiosos do cosmos.

Em colaboração com o matemático britânico Roger Penrose, Hawking se deu conta de que os buracos negros eram como o Big Bang ao contrário. Segundo o físico, os cálculos usados para descrever os buracos negros também serviam para descrever "a grande explosão".

Roland Pease explica que, "enquanto outros pesquisadores lutavam para descrever um breve momento na vida de uma molécula usando leis quânticas, Hawking (juntamente com o físico James Hartle) mostrou que era possível encapsular a história de todo o Universo em uma única equação matemática".

A equação ficou conhecida como o Estado de Hartle-Hawking, que os dois pesquisadores britânicos costumavam chamar de "função de onda do universo".

Sobre essa forma de explicar o Universo, Roland Pease afirma: "Porque a equação é autossuficiente, ela começa em uma singularidade no início dos tempos e se fecha com outra no fim dos tempos e, se necessário, o histórico pode saltar entre estes dois extremos".

Juntando todos esses conceitos, uma das afirmações mais ousadas de Hawking foi considerar que a Teoria Geral da Relatividade de Einstein implicava que o espaço e o tempo começaram no Big Bang e acabaram em buracos negros.

"Einstein estava errado quando disse que 'Deus não joga dados'. A existência dos buracos negros sugere não apenas que Deus brinca de dados, mas também nos confunde ao jogá-los onde não podem ser vistos", disse o físico no livro A Natureza do Espaço e do Tempo, publicado em 1996.

Para Hawking, nenhuma lei da física se aplica até a ocorrência do Big Bang. O Universo evoluiu de maneira independente ao que havia antes. Até a quantidade de matéria no Universo pode ser diferente do que havia antes da explosão, porque a Lei de Conservação da Matéria não se aplicaria ao Big Bang.

4 - A Teoria de Tudo.

Stephen Hawking atraiu muita atenção ao sugerir, por meio da Teoria de Tudo, que o Universo evolui segundo leis bem definidas.

No livro de mesmo nome, Hawking mergulha nas histórias das teorias do universo. Começa com Aristóteles, que afirmou que a Terra era redonda, e vai até à descoberta da lei de Hubble, mais de dois mil anos mais tarde, que mostrava que o universo se encontra em expansão.

Na obra, ele traz elementos da física moderna, fala dos buracos negros, do tempo-espaço e das perguntas ainda sem respostas. E defende combinar teorias parciais em uma única.

"Esse conjunto de leis pode nos dar respostas a perguntas como qual foi a origem do Universo", declarou Hawking.

"'Até onde vamos - e haverá um final? E se for assim, como terminará?' Se encontrarmos uma resposta para isso, será o maior triunfo da razão humana, porque conheceríamos a mente de Deus", prometeu em Uma Breve História do Tempo, publicado em 1988.

5 - Breve história do tempo.

Apesar da complexidade de todos esses conceitos, Hawking fez um grande esforço para difundir a cosmologia em termos fáceis de serem compreendidos pelo público em geral.

"Eu quero que meus livros sejam vendidos em lojas de aeroporto", declarou em uma entrevista ao jornal americano The New York Times, em dezembro de 2004. O livro Uma Breve História do Tempo vendeu mais de 10 milhões de cópias no mundo.

Ainda assim, Hawking tinha consciência de que as vendas não eram sinônimo de leitura completa da obra. Anos depois, ele publicou uma versão mais leve e fácil de digerir.

O grande talento de Hawking, que, para muitos, o faz digno de um Prêmio Nobel que não veio durante sua vida, era combinar distintos campos da física, mas igualmente importantes: gravitação, cosmologia, teoria quântica, termodinâmica e teoria da informação.

Fontes.

http://www.hawking.org.uk/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Stephen_Hawking

https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein

https://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei

https://pt.wikipedia.org/wiki/Esclerose_lateral_amiotr%C3%B3fica

https://pt.wikipedia.org/wiki/Superhero_Movie

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-43398810

http://blog.estantevirtual.com.br/2018/03/14/albert-einstein-stephen-hawking-e-coincidencias/

https://hora7.r7.com/prisma/trend7/stephen-hawking-coincidencia-com-pi-einstein-e-galileu-no-dia-da-morte-14032018

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/09/stephen-hawking-afirma-que-devemos-ter-cuidado-ao-contatar-ets.html

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-43405426

https://universoracionalista.org/o-dia-em-que-stephen-hawking-organizou-a-festa-do-seculo/


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