sexta-feira, 9 de março de 2018

Misticismo Nazi, 3° Parte. A Sociedade do Vril.

Em 1935, o cientista de foguetes alemão e autor de ficção científica Willy Ley fugiu da Alemanha Nazista e foi para os Estados Unidos. Em um artigo publicado dois anos mais tarde, ele mencionou que havia um grupo chamado Wahrheitsgesellschaft (Sociedade pela Verdade) que se formou para procurar a existência da Sociedade do Vril, a fim de construir uma máquina de movimento perpétuo, entre outros objetivos mencionados no artigo. Com base na menção de Ley sobre o grupo, outros pesquisadores começaram a fazer afirmações de que uma verdadeira Sociedade Vril existia na Alemanha, tendo se mantido desde antes a depois da Segunda Guerra Mundial.

Nesta 3° Parte, da qual rebusco as teorias mais absurdas, dignas de uma ficção bem elaborada, nos entretemos com a Sociedade Vril. Certamente você já deve ter ouvido falar sobre a Sociedade Vril, que é um tema problemático nos dias de hoje: de um lado por conta da ausência de provas autênticas de que a sociedade tenha de fato existido e, por outro lado, por haver uma abundância de pessoas e relatos da época que afirmam que a sociedade era real.

Não obstante que existe uma certa confusão quanto ao nome. Tanto a sociedade Thule quanto o Vril eram pertencente a mesma raiz Nazista, alguns consideram que tanto uma quanto a outra eram a mesma sociedade, não é incomum encontrar ambos os nomes juntos (Sociedade Vril-Thule).

No Post Anterior, aprendemos que a Sociedade Thule, além de ter patrocinou o Partido Nazi, era adepta do ocultismo Com a Sociedade Vril é a mesma coisa. A diferença dos Thulistas para os Vrillistas, e que essa sociedade se liga a alguns fatores pseudocientíficos, Entre os principais estão a Terra Oca, e os Discos Voadores. Mas o que torna a Sociedade Vril realmente estranha é que sua fundação. Primariamente se baseia em uma Estória de Ficção Científica, de um autor que frequentemente é motivo de Piadas nos dias de hoje.

A Sociedade Do Vril.
À primeira vista, a Sociedade Vril não deveria fazer parte de nosso assunto, que realça mais a política, mas ela é uma das sociedades secretas das mais interessantes que jamais existiu.  É por isso que precisamos absolutamente mencioná-la.  Não existe nenhum livro na Alemanha sobre essa Sociedade Vril e qualquer documento que poderia relacionar-se com esse nome, ou mesmo lembrar esse nome, foi muito bem subtraído pelos “Aliados”.  Mas como poderemos ver, não foi tudo que “desapareceu”.  
Capítulo 29 do Livro “As Sociedades Secretas e seu poder no século XX” de Jan Van Helsing, 1998  – A Sociedade Vril,  páginas 172 a 208.
A segunda metade do século XIX e o início do século XX foram marcados por um crescimento explosivo de Filosofias Espiritualistas e de Grupos Radicais.

No primeiro grupo, destacou-se Helena Petrovna Blavatsky, mais conhecida como Madame Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica e autora de um compêndio filosófico-religioso, que se tornaria um guia, de avançada profundidade para a época, denominado "A Doutrina Secreta", editado em 1885. Blavatsky era uma ocultista célebre, que percorreu os quatro cantos do mundo, incluindo grandes períodos de permanência no Tibet, onde teve profundas experiências místicas, dando origem à doutrina teosófica que, a seu turno, foi capaz de "ocidentalizar" ensinamentos esotéricos orientais. A despeito de seus ensinamentos a doutrina criada por Blavatsky não teve o cuidado de medir as palavras, em seus textos filosófico-religiosos, a fim de que não fossem mal interpretados no futuro.

Era comum seus textos teosóficos exaltarem uma raça raiz de origem hindo-ariana, classificada como superior a uma outra raça de pele escura. O livro também se referia aos Mestres de grande sabedoria e poder, tutores da Sociedade Teosófica, como pertencentes à "Grande Fraternidade Branca", elemento que também foi interpretado por um viés racista. Finalmente, o livro fazia uso de termos como 'raças menos desenvolvidas' ou 'raças primitivas', o que, do mesmo modo, foi entendido como elemento de discriminação.

As teorias de Madame Blavatsky contemplavam o surgimento de uma sexta sub-raça raiz, uma raça avançada que, profeticamente, substituiria a nossa atual, quinta e seria formada por seres alvos, de olhos claros e de estatura elevada, os arianos, a raça superior.

A doutrina teosófica, mal interpretada segundo os atuais teosofistas, foi o motivo perfeito para que grupos racistas defendessem a separação das outras raças, atribuindo-lhes a culpa por todo o mal da sociedade moderna. Tendo como base a Teosofia, parecia inegável para esses grupos que a miscigenação era a causa do enfraquecimento da humanidade.

A Sociedade do Vril não tem nenhuma atividade ou documentos relatados até o ano de 1915. Alguns teóricos acreditam que Karl Haushofer, aluno do mágico e metafisico russo Georg Ivanovitch Gurdjieff, a fundou, entre os ano de 1918-1919 uma 2° ordem esóterica, semelhante a Thule, formulada em 1918 por Walter Nauhaus. Antes ser conhecida por esse nome, seu 1° nome era os “Irmãos da Luz” que adotou, mais tarde, o nome de  Sociedade do Vril. O Motivo desta crença se baseia na devoção do mesmo por Arthur Schopenhauer e, durante a estadia no extremo oriente, começou a interessar-se pelos ensinamentos esotéricos orientais. Tornou-se suficientemente fluente para traduzir textos hindus e budistas, tornando-se uma autoridade em misticismo oriental. Algo que o próprio negou, no fim da guerra.

Louis Pauwels, em seu livro Monsieur Gurdjieff , descreve Haushofer como ex-aluno de Georg Ivanovitch Gurdjieff. Outros, incluindo Pauwels, disseram que Haushofer criou a Sociedade do Vril e que ele era um membro, da Sociedade Thule. Georg Ivanovitch Gurdjieff e Karl Haushofer afirmavam ter contatos com fontes tibetanas que tinham o segredo dos “superhomens”. Há quem afirme que o poder persuasivo de Hitler advinha dos segredos ensinados por Gurdjieff, que tinha aprendido com os Sufis e os Lamas tibetanos, e estava familiarizado com os ensinamentos Zen da Sociedade Japonesa do Dragão Verde.

Stefan Zweig menciona que a história terá que julgar o quanto ele contribuiu conscientemente para a doutrina nazista, à medida que mais documentação fica disponível. Zweig o credita como o criador do conceito de Lebensraum, usado no sentido psicológico das energias relativas de uma nação.

Nesta sociedade se encontravam também “Os Mestres da Pedra Negra” (DHVSS), uma nova fundação ramificada dos Templários oriundos da Germanenorden (ou Ordem dos Teutões) de 1917, e os Cavaleiros  Negros  do  “Sol Negro” (A Schwarze Sonne), a elite da Sociedade Thule e das  WAFFEN S.S.

Se compararmos a Sociedade Vril com a Sociedade Thule, a diferença pode resumir-se no seguinte: a Sociedade Thule ocupava-se das coisas materiais e políticas  (Afinal a mesma apoiou o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista). Enquanto que a Sociedade Vril tinha ocupações referentes sobretudo aos assuntos não físicos,  não materiais, mas ao “além”. Mas essas duas sociedades, Thule e Vril tinham, mesmo assim, alguns pontos em comum.

As duas sociedades estudaram sobre a Atlântida,  sobre Thule,  “a Ilha dos Bem Aventurados” de Gilgamesh, sobre Shambala, sobre Aghartha, os antigos relatórios originais entre os povos germânicos e os mesopotâmicos, assim como os antigos santuários espalhados pelo planeta como  Stonehenge  com seus obeliscos em círculo de pedras erguidas.

Não é a toa que quando se falam em Thule se fala e Vril, e vice-versa. Mas devem está se perguntado, O que é o Vril?

O Vril é a suposta energia ou magia à qual a Sociedade Thule ansiava alcançar. O mais notório membro desta seita possivelmente foi Adolf Hitler, devido a sua contribuição ativa em relação ao grupo, porém não há registros de que Hitler era um membro oficial (Ou seja toda e qualquer teoria relacionada a parte Mística do Nazismo, Hitler de alguma forma era jogado no epicentro da mesma).

O objetivo da sociedade fundada por Haushofer, assim como a Thule, era de explorar as origens da raça ariana e praticar exercícios de concentração para a acordar as forças dos Vril-yans.

E nesta parte em que a Ficção entra com tudo nesta sociedade.

Sim, a origem desta sociedade começa na  Era Vitoriana (Inglaterra, que ironicamente era a principal inimiga da Alemanha Nazista durante a 2° Grande Guerra), o Vril, foi citado pela primeira vez em 1872, por meio do lançamento do livro de ficção científica chamado “The Power of the Coming Race”, algo que, em uma tradução livre, seria “O Poder da Raça do Futuro”. De autoria de Edward Bulwer-Lytton Escritor/Ocultista, Lytton, originalmente fora membro da Ordem Hermética da Golden Dawn, uma dissidência da Rosa-Cruz inglesa, Lytton possuía vasto conhecimento esotérico. O que ele fez, no entanto, foi escrever um simples livro de fantasia e ficção.

O livro de Lytton contava a respeito de uma raça avançada, constituída de um povo nobre, de pele e olhos claros e estatura elevada, denominada Vril-ya, detentores de enormes poderes, pelo fato de fazerem uso do Vril, uma substância energética usada para todos os fins, para curar ou para matar, para construir ou para destruir. O Vril era um fluido maravilhoso que concentrava energia e que era a base de toda a civilização Vril-Ya, uma força energética de poder ilimitado (Faz sentido os Nazistas quererem dominar tal força). O protagonista do livro acidentalmente descobre a civilização vivendo num mundo subterrâneo paradisíaco e faz com eles contato. Fica sabendo então da importância do Vril e de como ele poderia ser usado para despertar uma nova Era de Ouro para a humanidade. No final do livro, os Vril-ya revelam ter poder suficiente para destruir o mundo, se assim o desejarem. Mas ao invés disso, eles esperam entrar em contato com uma raça humana superior a quem pretendem transmitir seu legado quando chegar o momento.

(E nesta Parte que as Teorias da Terra Oca e do Rei do Mundo Subterrâneo se casam com as teorias conspiratórias envolvendo os Nazistas, algo que vai ficar para um Post a Parte)

O livro foi um enorme sucesso e foi parcialmente responsável por uma onda de especulações de que a Terra era realmente oca e cheia de alienígenas, que estavam arquitetando uma maneira de sair das profundezas e tomar a superfície terrestre, se livrando de nós, meros humanos. Vários outros livros chegaram a dizer que os Vril-ya eram supostamente os descendentes de Atlântida e rastejaram até o núcleo da terra para escapar do dilúvio que havia destruído a cidade lendária, sendo dessa forma o romance um favorito entre os verdadeiros crentes da civilização perdida. Além disso, o termo Vril tornou-se amplamente utilizado como uma descrição do “elixir que dá vida”.

A Ambição de Descobrir Vril-Ya.

Em si pode parecer absurdo que uma trama fictícia desse tipo tenha exercido tamanho impacto em círculos ocultistas,  mas foi exatamente o que aconteceu. Esse tipo de coisa parece ser um prato cheio para a mente perigosa de indivíduos com bons níveis de argumentação.

O simbolismo da história e a noção de que um povo receberia uma recompensa por manter seu sangue puro, calou fundo entre os ocultistas. Com base no livro, eles assumiram que a raça escolhida para suceder aos Vril-Ya era a dos germânicos, sendo também contaminados pela ambição de dominar o mundo. A ficção foi encarada como realidade, e o livro passou a ser uma espécie de guia do que estava por vir.

Com base nisso, a Sociedade do Vril foi fundada entre os anos de 1918-1919, em um hotel próximo da cidade alemã bávara de Berchtesgaden. No início ela foi chamada de Sociedade Germânica de Metafísica e contava com poucos membros.  Entre seus fundadores principais estavam Rudolf von Sebottendorff e Dietrich Eckhart.

Rudolf von Sebottendorff era um ocultista, alquimista e maçom que havia participado da fundação da Sociedade Thule em 9 de novembro de 1918. Ele adotou um novo nome e agregou um título, o de Barão, mesmo sem pertencer a nobreza.  Para muitos ele era um aproveitador, envolvido com magia negra e satanismo que se tornaria agente nazista e espião em Constantinopla durante a Guerra.

Dietrich Eckhart, por sua vez era um estudante de medicina que não terminou o curso e posteriormente, se tornou jornalista. Era viciado em morfina e esteve várias vezes internado em sanatórios e manicômios. Foi amigo íntimo de Adolf Hitler de 1919 a 1923, quando faleceu. Era um anti-semita furioso e tinha uma personalidade dominadora. Eckhart conheceu Hitler por ocasião de seus discursos políticos e exerceu enorme influência sobre o futuro Führer, incutindo-lhe a ideologia nazista. Era um 'gênio louco', passava-se por profeta, e acreditava na vinda de um Salvador para a Alemanha.

Expedição Nazista ao Tibet.

Maria Orsic.
Outro membro da Sociedade, que se juntou posteriormente era Jörg Lanz von Liebenfels um jornalista e místico que também se viu fascinado pela ideia do Vril. Liebenfels já havia criado um culto Ariosofista, em que exaltava a superioridade ariana; realizava rituais esotéricos na cidade de Carnuntum, na Áustria, local de uma batalha onde os alemães derrotaram os romanos, em tempos idos. A partir de 1905, editou o periódico anti-semita "Ostara", que tinha entre seus leitores assíduos Dietrich Eckhart e Adolf Hitler. Foi Liebenfels quem atribuiu a Hitler grande capacidade mediúnica.

Em dezembro de 1919, um quarto membro se juntou ao grupo e ajudou a atrair ainda mais seguidores para a Sociedade recém constituída. Era a médium austríaca Maria Orsic que alegava ter recebido transmissões telepáticas sobre a criação da Sociedade Vril e de sua importância para a humanidade. Maria era uma medium famosa em toda Alemanha, que alegava ter visões a respeito do futuro glorioso da nação. Ela defendia que caberia ao povo alemão a primazia na transformação da humanidade.

Essas quatro pessoas dariam origem a um grupo constituído com os mais sinistros objetivos, direcionado para a perpetuação materialista, cujos membros compartilhavam de ideias nefastas e que ajudariam a cimentar a base do pensamento do Partido Nazista.

Alguns historiadores modernos taxam os membros da Sociedade Vril de loucos, ocupados na busca de uma substância de existência impossível. Realmente eram loucos maldosos, mas, na realidade, o Vril que procuravam parece se tratava de uma energia esotérica potencializada. Ocultistas esclarecidos especulam que as forças esotéricas, produzidas através de diversas práticas mágicas (cerimônias de magia negra, rituais tântricos, orgias sexuais, sacrifícios de crianças entre outras modalidades) podem ser compreendidos como uma forma de energia.

Segundo Roger Bottini Paranhos o vril é uma fonte de energia que foi amplamente utilizada na Atlântida (Vai ter um post a parte) outra civilização lendária que teria se válido do Vril no seu auge. Segundo Bottini, o Vril no futuro vai substituir as atuais fontes de energia, primitivas e poluentes, que impactam diretamente no aquecimento global. Nos livros "Atlântida – No Reino da Luz" e "Akhenaton - A Revolução Espiritual do Antigo Egito" Roger afirma que os atlantes precisaram salvaguardar a energia vril dos capelinos (Os Exilados da Capela de Edgard Armond), que tinham o interesse de utilizar seu potencial para magia negra.

É inegável entretanto, que os membros da Sociedade procuravam avidamente por quaisquer indícios do Vril ao redor do mundo. Seguindo as previsões de Maria Orsic, eles se envolveram em expedições arqueológicas e antropológicas em uma desvairada busca por todo o globo, principalmente pelo Tibet, onde acreditavam, residiam seus antepassados arianos. Estavam tão convencidos destas evidências que chegaram a medir os crânios dos tibetanos, convencidos que eles eram os ancestrais dos arianos. Também acreditavam que suas buscas revelariam artefatos da Atlântida.

Nazistas no Tibet.
A essa altura, os delírios dos membros da Sociedade se tornaram ainda mais bizarros. Maria Orsic havia criado um Círculo interno de mulheres com habilidades mediúnicas cuja função era estabelecer transes e localizar qualquer possível fonte do Vril. Karl Haushofer (o alegado fundador da Ordem) foi incumbido de realizar as investigações na Ásia e, apesar de não ter encontrado o Vril, trouxe de lá a suástica, que era essência um simbolo positivo de prosperidade, mas que foi modificado pelos nazistas para ser o distintivo do movimento. O símbolo substituiu o "Sol Negro", um brasão cujas origens estão envoltas em denso simbolismo esotérico.

As mulheres tinham grande influência na Sociedade, eram chamadas de Vrilerinnen Fraus. Duas delas se converteram em verdadeiras Profetizas dentro da Sociedade. Maria Orsic e uma outra medium conhecida apenas pelo nome de Traute em determinado momento se tornaram líderes da Sociedade. Elas mantinham os cabelos longos, realizavam adivinhações e previsões diversas após relações sexuais. Traute chegou a realizar uma predição na qual, após uma relação sexual, viu surgir de seus órgãos genitais a figura do Führer, o futuro salvador da Alemanha, e o identificou como Adolf Hitler. Em algumas dessas sessões mediúnicas, as sacerdotisas diziam manter contato com seres de outras realidades, dimensões, planos...

Não se sabe ao certo quantos membros do Partido Nazista, políticos, empresários e apoiadores aderiram à Sociedade Vril, mas as conexões estabelecidas entre os membros e pessoas importantes na Sociedade Alemã é inquestionável. Em 1933, ano em que os Nazistas chegaram ao poder, muitas pessoas influentes, ricas e formadoras de opinião foram convidadas a participar das celebrações. Foi através desse vínculo que a Sociedade conseguiu se estabelecer no Partido, alinhando seu discurso à doutrina nazista.


Alguns setores do Partido haviam sido convencidos pelos membros da Sociedade secreta que o Vril era essencial para a conquista da Europa e depois do mundo. Nessa época, a medium Maria Orsic relatou que o Vril seria utilizado como matriz energética das mais variadas armas. Ele seria, por exemplo, o combustível para máquinas aéreas em forma de disco (inspiradas pelos Vimanas indianos) que seriam usadas como a arma mais eficaz para derrotar os inimigos da Alemanha.  A Alemanha buscou criar os Discos Voadores através de um projeto chamado Die Glock (Farei um Post a Parte sobre Óvnis Nazistas). Orsic teria visto em um dos seus transes que o Exército Alemão se tornaria uma Máquina de Guerra imbatível graças a substância mística.

O 3° Reich ao Redor do Mundo.

A procura pelo Vril levou alemães e austríacos a praticarem todo o tipo de sortilégio, principalmente o tantrismo negro, realizado durante cerimônias orgiásticas nas sedes da Sociedade Secreta. O propósito desses ritos não era apenas localizar o Vril, mas segundo boatos assassinar inimigos políticos e desafetos canalizando energia mística com o intuito de matar, ferir ou aleijar.

Para alguns pesquisadores, a Sociedade Vril contou com alguns indivíduos chave do Governo alemão entre os seus membros estariam entre outros: Herman Göering (criador da Lufftwaffe), Heinrich Himmler (o homem forte da SS), Alfred Rosenberg (idealizador da Teoria Racial e promotor do Extermínio Judeu), Rudolf Hess (político proeminente do partido nazista), Martin Bormann (chefe da chancelaria nazista), que seriam membros com maior ou menor influência dentro da Sociedade. Não obstante, todos teriam passado pelas iniciações e rituais que envolviam verter sangue sobre o símbolo da sociedade. Muito se discute se Hitler também fazia parte da Sociedade Vril, mas segundo a maior parte dos historiadores, ainda que o Führer não fizesse parte ativamente, é razoável supor que ele conhecia e aceitava suas atividades.

De todos os membros da Alta-Cúpula do Partido Nazista, é provável de Heinrich Himmler fosse o mais envolvido com a Sociedade Vril. O interesse de Himmler pelo ocultismo é bastante conhecido e foi ele o responsável por introduzir muitos elementos de simbolismo místico no Terceiro Reich. Ele comandava a SS com base em suas convicções políticas mas, antes de tudo, seguindo suas concepções ocultistas.

Himmler teria sido um membro ativo da Sociedade Vril e se dedicava a participar de celebrações místicas, fazendo disso uma religião. Realizava casamentos, rituais místicos tântricos, iniciações, evocações e sacrifícios. A cerimônia de casamento de uma prima de Eva Brown, esposa de Hitler, foi realizada por Himmler.

A SS, sob seu comando, além de representar uma força de batalha, formada pela nata dos soldados alemães, se tornou uma força acessória da Sociedade Vril, adaptando iniciações e outras atividades que envolviam a doutrina. Sua obsessão pelo ocultismo era tal, que mandou modificar o Castelo de Wewelsburg, utilizando mão de obra escrava de prisioneiros de guerra, para que se tornasse um templo dedicado ao Nazismo e doutrinas obscuras. Não por acaso, muitos dos símbolos presentes nas paredes e câmaras de Wewesburg eram dedicados a Sociedade Vril. O Sol Negro, estava entalhado no alto da Torre Norte do Castelo, local onde ficava o Templo em que ocorriam as celebrações mais importantes, como a iniciação dos membros da SS.



Mais profundamente nesse mesmo castelo, situa-se uma cripta, destinada à realizações de rituais ainda mais profanos (supostamente até missas negras) onde, após sua morte, Himmler pretendia guardar suas cinzas. O castelo encontra-se intocado até os dias de hoje, emanando energias deletérias produzidas em seu passado macabro.

No decorrer da Segunda Guerra, a Sociedade Vril continuou desfrutando de certo prestígio, mas esse durou apenas até o conflito se equilibrar e começar a pender contra a Alemanha Nazista. Apesar de contar com muitos membros dentro do Partido e nas Forças Armadas, a Sociedade começou a ficar em segundo plano diante de outros grupos como a SS de Himmler.

Karl Haushofer, o explorador que buscou o Vril incessantemente foi interrogado pelo Padre Edmund Walsh, em nome das forças aliadas, para determinar se deveria ou não comparecer perante o tribunal de Nuremberg, por crimes de guerra. No entanto, o Padre declarou-o como não tendo cometido tais crimes. Entre 10 a 13 de Março de 1946, suicidou-se com a sua mulher, tomando arsênio.

Nos últimos dias da Guerra, Heinrich Himmler foi promovido a Comandante das Forças do Reno, um título que o colocava como segundo homem mais importante da Alemanha. Himmler usou seu novo posto para costurar uma rendição com os Aliados,o que enfureceu o Führer que mandou prendê-lo. Himmler pressentindo o perigo tentou escapar e foi capturado pelos britânicos. Sob custódia, ele ingeriu duas pílulas de cianureto e morreu em 23 de maio de 1945.

Maria Orsic e Traute desapareceram misteriosamente em 1945, junto com seu grupo de Vrilerinnen Fraus. Acredita-se que elas possam ter escapado para a Itália e se misturado aos milhares de refugiados de guerra que vagavam pela Europa na época. Alguns supõem que ela estava tentando retornar para a Croácia que era a pátria de seu pai. Teóricos conspiracionistas acreditam que ela tenha sobrevivido à Guerra e que tentou reerguer a Sociedade Vril nos anos seguintes. Outros viajam um pouco mais dizendo que tenham fugido para Aldebaran nos Óvnis.

Essa vai ficar para um Próximo Post.

Fontes.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Misticismo_nazi

https://en.wikipedia.org/wiki/Occultism_in_Nazism

https://pt.wikipedia.org/wiki/Germanenorden

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https://pt.wikipedia.org/wiki/OVNIs_nazistas

https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/36502-voce-ja-ouviu-falar-da-assustadora-sociedade-secreta-vril-.htm

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https://www.vice.com/pt_br/article/9kwyja/hitler-usou-lobisomens-vampiros-e-astrologia-lavagem-cerebral-alemanha

http://segundaguerra.net/adolf-hitler-o-nazismo-e-o-ocultismo-parte-1/

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https://en.wikipedia.org/wiki/The_Morning_of_the_Magicians

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