segunda-feira, 5 de março de 2018

O Caso Campeche.

Finalmente chegamos no mês de Março. Quem diria que se passaram 2 meses, 59 dias, e damos inicio a mais uma postagem relacionada aos fenômenos dos Discos Voadores (não todos é claro afinal catalogar todos os casos envolvendo o fenômeno Óvni é praticamente impossível) os casos relacionados ao Fenômeno Óvni, principalmente nos dias que eles ocorreram.

Iniciando a tradição de cada mês apresentarei uma imagem diferente de um Alien Aleatório, no inicio de cada postagem

Março será a mesma coisa, da qual apresentarei alguns casos famosos e nem tão famosos em torno Ufologia. Nesta 2° Postagem de Memórias da Ufologia de Março, apresentarei um dos casos mais emblemáticos da mesma: O Caso Campeche.



O Caso Campeche aconteceu no ano de 2004 (que ao lado do ano de 2005 foi o que considero um dos melhores anos da minha vida), e teve Baía do estado de Campeche no México como protagonista. Se o avistamento de umj Óvni em si e impressionante, imagine quando uma câmera infravermelha da Força Aérea Mexicana supostamente filma onze (Sim 11) discos voadores no espaço aéreo daquele país. Isso causou um enorme rebuliço no meio ufológico e entre os céticos, por um lado por haver supostas provas da existência de Ovnis, e outro pela necessidade de maior investigação evitando erros de identidade. O rebuliço deste caso fora ocasionado principalmente entre os militares mexicanos, que chegaram a declarar publicamente que não possuíam uma explicação para o caso, admitindo que se tratar de um registro genuíno de objetos voadores não identificados.

É um daqueles casos que algumas coincidências são realmente impressionantes.

Muito Além da Guerra dos Mundos!

Vamos ao caso. No dia 5 de março de 2004, quando um avião Merlin C-26/A do 501o Esquadrão da Força Aérea Mexicana efetuava uma patrulha de combate às drogas no estado mexicano de Campeche. Eram aproximadamente 17:00 horas quando o tenente Germán Marín Ramírez, o operador de radar do avião, reparou em onze ecos de radar não identificados. Ele advertiu então o Major Castañón Magdaleno Muñoz, piloto da aeronave, que decidiu investigar os ecos, pensando serem de aviões de narcotraficantes. No entanto, a tripulação nada conseguia enxergar a olho nu. A câmera de infravermelho foi nesse momento ativada, registrando onze globos que aparentavam voar sobre o mar do país. As imagens foram filmadas, e posteriormente divulgadas pela Secretaria de Defesa Nacional do México em TV aberta para o mundo todo. No vídeo, percebe-se a euforia do controlador do radar, do piloto do avião e do controlador de vôo em terra, que estão convencidos que os objetos estão voando paralelamente ao avião. Nota-se que tais objetos são visíveis somente pelo radar infravermelho e o piloto afirma que não consegue ver nada além do pôr do Sol no horizonte, sendo refletido sobre o oceano.



O que torna o Caso Campeche extraordinário não é somente o fato de haver o registro de vários supostos discos voadores, mas sim a identificação das fontes (que são oficiais), e que não tiveram medo de represálias ou caírem no ridículo por confirmarem este estranho avistamento sobre o mar de Campeche. Ficou famoso por ser a primeira vez que um órgão militar veio a público revelar um avistamento de UFO, e admitiu não ter explicações para o incidente. No Brasil, o vídeo (na época) foi apresentado em programas como o Jornal Nacional (Que ainda e uma referência), Domingo Legal e Programa do Ratinho.

Esses relatórios oficiais foram importantes para os ufólogos que alegam que os governos mundiais ocultam provas e testemunhas do conhecimento mundial acerca da tecnologia extraterrestre.

O Caso Campeche também serviu de trampolim para que movimentos de pesquisadores de diversos países fizessem petições formais aos governos pedindo a abertura de arquivos relacionados a possíveis contatos, pesquisas e avistamentos de Ovnis e Osnis, inclusive no Brasil – claro que essas petições sempre foram existentes, mas se tornaram mais maciças, com a participação ativa da população que, supostamente, nunca se interessou no esclarecimento de tais fatos. Outro ponto interessante é que, de acordo com a Mufon, rede de colaboradores investigadores de supostas aparições alienígenas, muitas das testemunhas que entram em contato com a Mufon são graduados de exércitos, marinhas e aeronáuticas de todo planeta, mas pedem sigilo para não sofrerem represálias.

O Efeito I WANT TO BELIEVE.

O Efeito I Want to Believe (Eu quero acreditar, um dos mantras de Fox Mulder em X-Files) onde as pessoas sequer questionam o que seus olhos estão vendo, deixando a imaginação convencê-los imediatamente de que estão testemunhando um evento paranormal ou de outro planeta. São vários os casos onde luzes de carros, aviões, satélites, relâmpagos, meteoritos e todo o tipo de coisa que você possa imaginar, são tidos com OVNIs, e quem os presencia,  muitas vezes se convence de que teve um contato imediato de primeiro grau (Lembram do cômico caso da Tiazinha, que viu um dirigível da GoodYear e jurava ser um disco voador?).

Ele e válido no Caso Campeche. você pode acreditar em N coisas, mais outros dirão que estão errados.

Até então tudo indicava que esta era a prova absoluta e definitiva de que estamos sendo visitados por homenzinhos verdes. Os registros foram conservados e, numa atitude inédita, a Secretaria de Defesa Nacional (SEDENA), do México, pediu a ajuda da comunidade ufológica para tentar explicar o que fora captado nas imagens. Uma cópia do vídeo feito foi entregue para o jornalista e ufólogo Jaime Maussan, que analisou as imagens e não chegou a nenhuma conclusão plausível para os orbs. A SEDENA resolveu, então, autorizar a veiculação do vídeo pela televisão, o que foi feito em 11 de maio de 2004. Até nesse momento a tese de serem óvnis seguia firme e forte, mas não foi desta vez.


Enquanto alguns estendiam o tapete vermelho para os nossos visitantes do espaço e outros protegiam suas famílias com chapéus de papel alumínio, o piloto Alejandro Franz Navarrete, que assistiu às imagens veiculadas, acompanhado de uma boa dose de ceticismo, formulou a hipótese de que se tais objetos só foram vistos pelo radar infravermelho e não a olho nu, isso implicava de que eles emitiam uma grande quantidade de calor. Alejandro então sugeriu que os militares viram algo um pouco menos alienígena na tela do radar: O complexo petrolífero de Cantarrel, fixado bem ali no golfo do México, localizado perto da Baía de Campeche.

Alejandro fez um voo de reconstituição a fim de verificar a hipótese dos poços de petróleo, da qual a hipótese foi provada com sucesso. Voou na mesma rota do avião dos militares, e presenciou os objetos aparecendo na tela do seu radar como mágica,  no mesmo local e no mesmo horário. Provando em definitivo que a hipótese dos poços de petróleo era a correta. Acompanhado de um mapa do complexo petrolífero enquanto registrava tudo para um documentário da National Geographic, PROVOU que objetos nada mais eram do que os imensos queimadores das plataformas de petróleo, que entravam em combustão todas as tardes no mesmo horário e em sequência. O piloto do avião que voava a uma distância considerável, não conseguia enxergar nada a olho nu devido ao ângulo de vôo em relação ao Sol, e da incidência da luz no oceano, cegando-o em cores vermelho-alaranjadas (Que curiosamente são as mesmas relatadas em visões de óvnis), da mesma cor das chamas da plataforma em meio ao oceano gigantesco. O movimento aparente dos discos voadores era devido a uma ilusão de ótica criada pelo fato de a aeronave estar em movimento, bem como as nuvens.
Só espero que não digam que em Ambas as fotos são o Sol e o Planeta Nibiru.
Uma ilusão comum, levou os militares a achar que as luzes estivessem na mesma altura do avião e se movendo na mesma velocidade, mas o que eles viram, foram as nuvens passando entre a aeronave e os supostos objetos. Tal ilusão é conhecida como paralaxe e é comum em games 2D de plataforma como Donkey Kong e Mário, onde se tem a impressão de que o cenário de fundo se move em camadas enquanto o jogador avança, dando a noção de profundidade.

Assim, a contragosto de alguns ufólogos, o Caso Campeche foi fechado com relativo sucesso cujo vencedor foi o Ceticismo e a Verdade, sem paixões inflamadas, doentes em criar provas a fim de comprovar a visita de turistas espaciais. Alguns grupos de ufólogos alegam que Navarrete foi um representante “plantado” pelo governo mexicano a fim de desacreditar a comunidade que estuda fenômenos envolvendo Óvnis, bem como tentar comprovar que qualquer tipo de manifestação extraterrestre pode ser uma ilusão de ótica, por exemplo.

E ainda se perguntam por que a Ufologia ainda esta classificada como Pseudociência. Se Ignoram/Rechaçam os métodos utilizados para explicar este fato, quando colocaram os dois pés na porta, antes de tirar o sapato, mostram o quanto despreparada e essa área em alguns aspectos que se deixam levar por suas paixões, do que dar voz a Razão.

As pessoas menos céticas, possuem um certo grau de predisposição para acreditar em coisas fantásticas sem considerar as hipóteses plausíveis. Isso acontece desde a antiguidade, quando  o ser humano tentava buscar explicações de fenômenos da natureza por exemplo, relacionado-os com criaturas e deuses. Não vou entrar no assunto, mas basta analisar a quantidade de religiões que constantemente aparecem, apresentando todo o tipo de alegoria mística, e arrastando milhares de pessoas com elas (Vai ter um post a parte).

Câmera Flir e sua posição especifica das aeronaves em que é
instalada, geralmente na parte inferior da fuselagem.
Podemos dizer que o Caso Campeche traz tais ineditismos, como oficiais de aeronáutica se mostrando como fontes primárias, o que raramente acontece, justamente pelo medo do falatório e destruição da carreia , além de o próprio governo mexicano abrir publicamente o caso e pedir ajuda a quem realmente entende. O resultado foi que a Navalha de Occam saiu vencedora, deixando de lado paixões fortes que poderiam ocultar a verdade, o que poderiam tirar o ser humano de seu verdadeiro caminho, o da razão.

Que o Caso Campeche sirva de exemplo para outros governos, que abram seus arquivos, peçam ajuda a quem entende, e que também sirva de exemplo para os ufólogos sedentos em teorias conspiratórias que mais atrapalham do que ajudam a humanidade a seguir seu caminho rumo ao uso da sua razão como tal. Mas algo no âmago do ser humano que prefere sempre acreditar ao invés de ter certeza, mas precisamos ficar atentos e fazer uso do método científico sempre, antes de chegar a qualquer conclusão precipitada.

Fontes.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Campeche

https://asingularidade.wordpress.com/2015/05/30/o-caso-campeche-teste/

http://fatoefarsa.blogspot.com.br/2013/06/caso-campeche-no-mexico-voce-ja-ouviu.html

https://www.ufo.com.br/artigos/os-ufos-mexicanos-ajudarao-a-ufologia-a-vencer-obstaculos-cientificos?s=artigos/os-ufos-mexicanos-ajudarao-a-ufologia-a-vencer-obstaculos-cientificos

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