domingo, 25 de março de 2018

O Incidente de Aztec.

Finalmente chegamos no mês de Março. Quem diria que se passaram 2 meses, 59 dias, e damos inicio a mais uma postagem relacionada aos fenômenos dos Discos Voadores (não todos é claro afinal catalogar todos os casos envolvendo o fenômeno Óvni é praticamente impossível) os casos relacionados ao Fenômeno Óvni, principalmente nos dias que eles ocorreram.

Iniciando a tradição de cada mês apresentarei uma imagem diferente de um Alien Aleatório, no inicio de cada postagem

Março será a mesma coisa, da qual apresentarei alguns casos famosos e nem tão famosos em torno Ufologia. Nesta 7° Postagem de Memórias da Ufologia de Março, apresentarei um dos casos mais emblemáticos da mesma: O Famoso Incidente de Aztec.



“Para: Diretor, FBI                                                                       Data: 22 de março de 1950.

De Guy Hottel, SAC, Washington

Assunto: Informação relativa a Discos Voadores

A informação seguinte foi fornecida ao agente especial XXXXX. Um investigador da Força Aérea declarou que três, assim chamados, discos voadores foram recuperado no Novo México.(Três, assim logo de primeira) Eles foram descritos como sendo circulares em formato, com centros elevados, e aproximadamente 50 pés [15 metros] de diâmetro. Cada um era ocupado por três corpos de forma humana mas apenas 3 pés [1 metro] de altura, vestidos em uma roupa metálica de textura muito fina.(Wow, 3 discos acidentados, cada qual com 3 seres) Cada corpo estava enrolado de forma similar a trajes usados por [speed flyers] e pilotos de teste. De acordo com o informante Sr. XXXXX, os discos foram encontrados no Novo México devido ao fato de que o governo possui um sistema de radar muito potente naquela área e se acredita que o radar interfere no mecanismo de controle dos discos. Nenhuma avaliação adicional foi tentada pelo agente especial XXXXX relativa ao acima”.

Imagine a seguinte situação. Você sendo um burocrata de umas das mais aclamadas Polícias do mundo recebendo essa carta TOP SECRET. Pois bem, J. Edgar Hoover era o Diretor do FBI na época, da qual não esperava receber uma mensagem tão bombastica de Guy Hottel.



No Memórias da Ufologia de Hoje vamos abordar um assunto que, talvez, seja o caso ufológico mais famoso depois de Roswell. Roswell tem a sua fama dentro da Ufologia, a alegada queda de 07 de Julho de 1947, que deu um pontapé mais firme dando início a Era dos Discos Voadores. Logo outros casos de quedas foram noticiados. É um dos mais famosos deles sem sombra de dúvidas é o chamado “caso Aztec”, algumas vezes conhecido como “incidente de Aztec”. Este caso ainda levanta um caloroso debate entre ufólogos e militares, entre crédulos e céticos, pois há evidências de que tenha sido uma farsa (Qual caso não e uma farsa sob o olha de um cético extremista?!), mas também possíveis evidências de que tenha sido verdade.

O Que É O Caso Aztec?

Voltando ao memorado acima. Discos voadores acidentados? Pequenos corpos de homenzinhos em trajes metálicos? Novo México? Radares interferindo com mecanismos de controle dos discos? É natural que quem conheça a ufologia moderna lembre-se primeiramente de Roswell. Ocorre que este memorando, apropriadamente, não está na pasta referente ao Caso Roswell. Infelizmente não está identificada como deveria ao caso de que deriva: o Caso Aztec.

Em 25 de março de 1948 um (Suposto) Óvni de origem (Supostamente) extraterrestre caiu em Aztec (a 322 km de Santa Fé), Novo México. No início de março de 1948, um objeto voador não-identificado foi relatado sobrevoando a região do Laboratório Nacional Aeronáutico de Los Alamos (Vide Dossiê Dulce), no Novo México. Aproximadamente duas semanas depois, em 25 de março, no Cânion Hart, um Ovni similar foi relatado aterrissando depois de quase ter sido atingido por equipamentos militares secretos instalados no deserto. Supostas testemunhas afirmaram que dezesseis humanoides mortos foram encontrados perto da aeronave e a aeronave por si mesma teria 30 metros de diâmetro, o que seria o maior disco voador encontrado até então, um caso superior em curiosidade ao de Roswell (Curiosamente esses 16 humanoides entra em conflito com com os 9 descritos no Relatório de Guy Hottel).

Meu Deus do céu, o que foi que eu fiz com minha vida Jesus.
A espaçonave teria sido feita com um material que não esquentava. E todos os humanoides encontrados pareciam ser crianças. Outros relatórios supostamente feitos pelos militares parecem ter sido mais bem detalhados: as criaturas aliens teriam 90 centímetros a 1 metro de tamanho e cerca de 20 quilos de massa.

As testemunhas afirmaram à época que logo depois de o Ovni ter sido abatido, vários jipes militares apareceram, isolaram e limparam a área de evidência, inclusive os corpos dos aliens e o disco voador. Em sequência, teriam sido levados ao famoso Hangar 18, na Base Aérea Wright-Patterson, que seria o local de desova de aliens e discos voadores capturados (vai ter um post sobre o Hangar 18), onde todos os vestígios deste evento desapareceram em sigilo.

Alguns ufólogos dizem que o caso Aztec abriu a estreita relação entre os militares norte-americanos e os alienígenas, juntando corpos para pesquisa e recolhendo possíveis Ovnis e Osnis para trabalhos de engenharia reversa. Ainda de acordo com o que foi narrado por Scully em seu livro, pelo menos 18 militares sofreram gravíssimos problemas de câncer ou morreram por altíssimos níveis nucleares em contato com o Ovni e os corpos humanoides.

Esse incidente deu à luz o Simpósio Ovni de Aztec, que ocorria anualmente na cidade de Aztec, de 1997 a 2002. Cientistas notáveis e outras pessoas de renome participaram dos debates e palestras, incluindo possíveis testemunhas do ocorrido em 1948, ufólogos, engenheiros da Nasa, aviadores, militares aposentados que estavam na ativa nesta época, entre outros.

Se você nunca ouviu falar do caso Aztec, mas sim do caso Roswell você não é o único, é fácil colocar-se a par da história: praticamente todos os detalhes do caso Roswell são originais do caso Aztec. O disco acidentado, os destroços recolhidos e levados para a base aérea de Wright Patterson, os corpos de prováveis e pequenos alienígenas, as propriedades extraordinárias do material do disco voador, mesmo a tentativa do governo de encobrir todo o caso. Todos estes elementos surgiram não com o caso Roswell em 1947 – que só ressurgiria com estes detalhes décadas depois, quando Charles Bertliz finalmente o venderia para um grande público em 1980 – mas sim com o caso Aztec, divulgado em 1949 na coluna da revista de fofocas “Variety” de Frank Scully (Scully?! Aonde já ouvi esse nome?), que logo venderia um livro sobre o tema.

Frank Scully "Behind the Flying Saucers" (Por trás [ou Atrás] dos Discos Voadores)

Frank Scully, escritor, jornalista e um famoso pesquisador dos Ufos da década de 1950, da qual é uma das origens da personagem de Gillian Anderson. Sem ele a história envolvendo os óvnis de Aztec não teria ganhado corpo. O Incidente foi publicada pela primeira vez em outubro e novembro de 1949, da qual Scully publicou duas colunas na Revista Variety, alegando que os seres extraterrestres mortos foram recuperados de um acidente de discos voadores, com base no que ele disse que lhe foi informado por um cientista envolvido. Seu livro de 1950 Behind the Flying Saucers expandiu o tema, acrescentando que houve dois incidentes no Arizona e um no Novo México, um incidente de 1948 que envolveu um artefato que era quase 100 pés (30 m) em diâmetro.

Frank Scully
De acordo com Scully, em março de 1948, um óvni contendo dezesseis corpos humanóides foi recuperada pelos militares no Novo México depois de fazer um pouso controlado no Hart Canyon, 12 milhas (19 Km) a nordeste de Aztec. O óvni tinha 100 pés (30 m) de diâmetro, o maior até então. No livro, Scully revelou que suas duas fontes para ser Silas M. Newton e um cientista que ele chamou de "Dr. Gee" que, segundo eles, um grupo militar conspirador teria secretamente removido o artefato e os corpos, para usá-los em suas pesquisas sinistras. No entanto, ninguém na área percebeu a queda ou a atividade militar.

O livro foi um sucesso de vendas, em torno de sessenta mil cópias do livro foram vendidas. Scully era conhecido por sua prosa idiossincrática, descrevendo o Dr. Gee como tendo "mais graus do que um termômetro" e um suposto disco assolado no Saara como "mais quebrado que um psiquiatra em auto naufrágio".

Scully escreveu que os óvnis capturados pelo governo veio de Vênus (Lembre-se era comum nos anos 50 acreditar que nossos vizinhos eram habitados, tanto o caso de Dolores Barrios e os Desenhos antigos do Pica-Pau abordam isso) e trabalhava em "princípios magnéticos".

Todas as dimensões do aparelho eram "divisíveis por nove" (3 discos acidentados, 3 tripulantes em cada = 9). Martin Gardner, Divulgador Cientifíco, Colunista da Mathematical Games, Scientific American de 1956 a 1981 e Skeptical Inquirer de 1983 a 2002,  criticou a história de Scully, cheia de "imaginações vazias" e "tolices científicas".

Alegações Extraordinárias Exigem Provas Extraordinárias. 

Lógico que um Livro relatando esse caso chamaria a atenção, mesmo fazendo afirmações de quedas de Venusianos. Scully publicou o livro, no qual ele forneceu novos detalhes da história, revelando que: 

  1. O óvni tinha um diâmetro de cerca de 30 metros e era feito de um metal completamente resistente ao calor; 
  2. Além do óvni caído no Novo México, teria havido outro caído no Arizona e, no total, os corpos de 16 humanoides teriam sido recuperados; 
  3. Nos óvnis também foram encontrados símbolos estranhos semelhantes aos hieróglifos;
  4. Óvnis e humanóides seriam transportados para uma base aérea, a Base da Força Aérea de Wright-Petterson. 
Scully também revelou os nomes de seus dois informantes: um era um empresário rico, Silas Newton, e o outro era um cientista conhecido como "Dr. Gee". Para os padrões da época a história apresentada era surpreendente demais, uma fanfic.

Um jornalista do San Francisco Chronicle, J.Philip Cahn, desconfiado, começou a investigar a história, mas não conseguiu encontrar qualquer testemunho civil da queda do óvni; os habitantes da área nem conseguiram confirmar movimentos militares incomuns naquele março de 1948. Cahn descobriu que o Dr. Gee era chamado de Leo Gebauer e, juntamente com Silas Newton, haviam viajado pela área tentando vender instrumentos, de acordo com eles com base em tecnologia alienígena, para a busca de petróleo, gás e ouro.

Silas Newton e Leo Gebauer tinham viajado por Aztec na tentativa de vender dispositivos mecânicos desconhecidos que eles chamavam “doodlebugs”. Eles alegavam que esse maquinário poderia encontrar petróleo, gás natural e ouro, tudo baseado em tecnologia alien. Para sustentar suas alegações de tecnologia superior, relataram a queda de um disco voador por Frank Scully para algumas revistas de renome nos Estados Unidos. Na época, final dos anos 40, o caso foi publicado, mas não havia aparecido nenhuma testemunha. 

Quando o jornalista pediu a Newron e Gebauer uma amostra desta suposta tecnologia alienígena, o que eles entregaram foi uma chapa de metal, que, quando testada em laboratório, era uma simples chapa de alumínio. Quatro anos mais tarde, a fraude foi revelada na revista “True”. Depois que o caso foi exposto na mídia, muitas vítimas da dupla vieram à tona. Uma das vítimas foi o milionário Herman Glader, que apresentou queixa formal na justiça. Por fim, os dois foram condenados por fraude em 1953.

De modo geral, Silas Newton e Leo Gebauer usaram o suposto enredo do caso Aztec para vender o equipamento “doodlebugs”, o que fez popularizar em todo território norte-americano a história deste suposto abatimento militar no Novo México. Foi graças a essa fraude que muitos céticos até a data atual entendem que o caso Aztec foi um tremendo engodo.

Uma Fanfic de Roswell.

Sim, ao que parece o Caso Aztec é uma Fanfic do Caso Roswell, que alguns também alegar ser uma fanfic de um experimento militar da aeronáutica.

Um dos motivos pelos quais o caso Aztec foi rapidamente esquecido é o fato de que toda a história foi criada por uma dupla de estelionatários que seriam expostos alguns anos depois. Sillas Newton circulou a história, promovendo um misterioso “Dr. Gee”, um alto cientista do governo que revelava toda a história (Argumentum ad Verecundiam (Apelo a Autoridade), mas que era apenas seu comparsa, Leo GeBauer. Aqui estava o golpe: através de engenharia reversa, a tecnologia alienígena permitiria, entre tantas coisas… encontrar petróleo e ouro. Era um golpe muito antigo de vender máquinas miraculosas a investidores com muito dinheiro e pouco ceticismo, vestido com a mais recente e moderna história, a de um disco voador acidentado.

Sillas Newton e Leo GeBauer
É inegável que o Incidente de Aztec e falso. Newton e Gebauer eram golpistas convincentes, enganando muitas vítimas. Não se sabe se enganaram, ou se colaboraram com Frank Scully, porque o livro “Behind the Flying Saucers”, com todo o conto, vendeu e rendeu muito bem também ao jornalista.

Newton e Gebauer estavam envolvidos em esquemas financeiros de exploração de petróleo. Sua fraude foi perpetrada com o intuito de atrair investidores. Afirmavam ter construído uma máquina que encontraria petróleo e gás natural usando tecnologia alienígena. J.P.

Cahn, do jornal San Francisco Chronicle, fez com que um pouco do metal "alienígena" fosse testado, e determinou-se que era alumínio. A versão de Cahn para a nave alienígena falsa apareceu na revista True em 1952. Várias pessoas que haviam sido enganadas por Newton e Gebauer vieram a público. Uma das vítimas, Herman Glader, um milionário de Denver, apresentou queixa e a dupla foi condenada por fraude e acusações correlatas em 1953. (eles tinham cobrado US$18.500 por um "sintonizador" que poderia ter sido comprado em lojas por US$3,50 na época.)

Scully voltou à história no livro In Armor Bright, publicado em 1963, no qual afirmou que ainda acreditava na veracidade da queda do OVNI, afirmando que isso ocorreria perto das Aztec, desde então, a história tem sido chamada de "O Incidente de Aztec".

A partir da década de 1970, alguns ufólogos ressuscitaram a história em livros que alegavam que o acidente suposto era real.

A história de Aztec foi revivida em 1986 por William Steinman e Wendelle Stevens no seu livro de publicação pessoal chamado UFO Crash at Aztec (Queda de OVNI em Aztec).* Ela foi revivida novamente em 1998, já liberado, provocou certo estardalhaço enquanto alguns pesquisadores OVNI tentaram promovê-lo como prova de que a história do acidente em Aztec, a despeito do envolvimento dos estelionatários, seria real.

Linda Mouton Howe, defensora de OVNIs e de Art Bell, afirmou ter documentos governamentais que comprovariam o acidente de Aztec. O que ela tinha era um boato propagado por oito vezes a partir de sua fonte, Silas Newton, que acabou se tornando um memorando para J. Edgar Hoover. Newton contou a George Koehler sobre alienígenas de 90 cm de altura e seu disco voador; Koehler contou a Morley Davies, que contou a Jack Murphy e I. J. van Horn que contou a Rudy Fick que contou ao editor da Wyandotte Echo em Kansas City, onde ele foi lido por um agente da Força Aérea no Escritório de Investigações especiais que passou a história adiante para Guy Hottel, do FBI, que mandou um memorando para seu chefe (Thomas).

Como se o fato de que um agente especial tivesse ouvido uma versão da história e não se interessado em investigá-la lhe conferisse alguma credibilidade. Seja como for, o memorando não é nenhuma novidade, e se o FBI não o tivesse listado como um tópico separado em seu “Cofre” eletrônico é possível que não chamasse tanta atenção. E é muito provável que seja logo esquecido outra vez, e então “redescoberto” em mais alguns anos.

Em 2013, o memorando do FBI reivindicado por alguns ufólogos para fundamentar a história do acidente foi emitido pela mesma como "uma reivindicação de segunda ou terceira parte que nunca investigamos".

Desinformação.

Que a história do mais famoso caso ufológico da atualidade, o caso Roswell, tenha sua origem no conto de dois estelionatários pode soar inacreditável, mas em uma área onde os “especialistas” desconhecem a história da própria área a que se dedicam, e em que acreditam, tudo é possível. Você encontrará um livro sobre a suposta queda de discos voadores em Aztec, o próprio livro de Frank Scully, publicado em 1950, mas não encontrará livros sobre o caso Roswell publicados antes da década de 1980. Roswell era uma nota de rodapé na ufologia, conhecido por outros nomes e confundido mesmo com o próprio caso Aztec.

Mas nem tudo se resume a criticar a curta memória da ufologia.

Newton e Gebauer não inventaram a história do disco acidentado do nada. Tudo começou com uma brincadeira publicada pelo editor do jornal Aztec Independent Review em 1948 sobre um disco acidentado com pequenos homenzinhos de Vênus. Uma brincadeira jornalística, como a que circularia mesmo em uma famosa foto logo depois, inspirou os estelionatários. Se o diário de um estelionatário pode ser confiado, entretanto, Newton escreveu que após sua identidade ser revelada, ele teria recebido a visita de dois agentes do governo. Ao invés de silenciá-lo os agentes teriam lhe dito que sabiam que a história era falsa, mas que… Newton e Gebauer deveriam continuar a contá-la! Em troca, eles protegeriam a dupla. Seja a história verdadeira ou não, quando a dupla foi finalmente condenada por estelionato em 1952, receberam apenas sentenças de prisões suspensas.

E então relembramos como esta história absurda, em praticamente todos seus detalhes, seria ressuscitada em associação ao caso Roswell décadas depois. Mesmo o detalhe a respeito de sistemas de radar interferindo com discos voadores ressurgiria, e muitos o julgariam novo, ainda que estivesse lá, desde 1950, vindo direto da imaginação de um golpista condenado. Mesmo os desenhos criados em 1986 para ilustrar o caso Aztec em um livro não muito conhecido parecem ter sido inspiração direta para moldar a imagem muito conhecida da figura da Autópsia Alien em 1995, veiculada a milhões de lares em horário nobre pelo mundo.

Repetidamente, o caso Aztec figura como um ilustríssimo desconhecido, um marcador que mancha e se sobrepõe em outros casos, sendo ele mesmo sempre esquecido. A situação lembra companhias de cartografia que inserem ruas inexistentes em seus mapas. O objetivo é localizar plagiadores: aqueles que simplesmente copiarem seus mapas, acabarão por copiar inadvertidamente as ruas inexistentes. Apenas aqueles que realmente explorarem o território saberão distinguir as ruas reais das inexistentes.

A ufologia popular reproduz com enorme ênfase os detalhes do conto do caso Aztec, a ponto das ruas inexistentes destacarem-se mais do que qualquer avenida real. Aztec é o marcador que denuncia o triste estado das lendas ufológicas. Será realmente surpresa que basta ao FBI divulgar o memorando Guy Hottel sem oferecer um contexto para que entusiastas e mesmo veículos de mídia tenham automaticamente associado-o a Roswell?

A melhor forma de suprimir uma informação não é negá-la, é deixar que ela se perca em meio a um estrondoso ruído. Como céticos, e ao expor fraudes, pretendemos diminuir o ruído e mapear um terreno desconhecido, mas as ruas inexistentes são por demais atraentes, e muitos preferirão mapas imaginários à realidade que possa existir à nossa frente.

Os cidadãos de Aztec tinham visto como Roswell havia transformado na cidade Mundial dos Discos-Voadores em uma lucrativa atração turística, e seguiram o mesmo caminho. Em março de 2000, comemoraram sua terceira festa anual do OVNI de Aztec. O festival foi criado como uma maneira de se levantar fundos para a biblioteca da cidade.

Fontes.










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