terça-feira, 24 de dezembro de 2019

O Incidente de Dyatlov Pass. 2° Parte.

Rússia, Fevereiro de 1959, um grupo de estudantes (9 ao todo) tinha um letal encontro com algo que os fez fugir sem roupa pelo meio do gelo, enquanto seus companheiros foram mortos com brutalidade. Mas o que fez isso não é nada fácil responder.

Os Nove viajantes russos que faziam uma caminhada pelos Montes Urais decidiram armas as barracas e passar a noite a poucos passos da chamada Montanha da Morte, a uma curta distância de seu destino. Nunca mais foram vistos vivos. Seus corpos foram encontrados semanas depois, fora das barracas, parcialmente vestidos e distantes uns dos outros. Os investigadores concluíram que três dos nove jovens morreram por espancamentos "causados por uma grande força". Os outros, de hipotermia. Uma das duas garotas do grupo estava sem a língua. E as roupas de alguns deles tinham doses de radiação duas vezes mais altas do que o habitual, de acordo com a investigação.

Diversas Teorias desde, que se estendem dos marcianos do Planeta X, por militares sinistros até homens das neves vagantes.

O que Aconteceu Naquela Noite?

Depois de apenas 4 semanas, a URSS finalizou o caso e concluiu que eles morreram devido a fúria da mãe natureza e que a causa oficial da morte é hipotermia, algo lógico ao ficar a 20 graus abaixo de zero. As fraturas de Lyudmila, Zolotarev e Thibeaux eram fatais, mas a hipotermia como causa final ou aceleração da morte não é descartada.

Mas muitas perguntas foram levantadas:

O que pode aterrorizar um grupo de nove pessoas, acostumados a acampar em locais extremos e com grande força física? Eles não eram colegiais acampando com medo do escuro.
Por que Ludmila foi encontrada sem a língua?
Os ferimentos foram tão intensos que nenhum ser humano seria capaz de fazer. Quem fez?
Eles estavam a -20ºC - O que os fez fugir da barraca cortando de dentro para fora?
A última foto tirada pelos estudante mostra o que? O que é aquela luz?

Logo circularam várias hipóteses, desde as mais assustadoras que parecem ser as mais razoáveis.
O caso teve muita publicidade por se tratar de nove jovens, mas terminou com outra incógnita:
nove esquiadores morreram por uma "causa maior" ou por uma "força não identificada", de acordo com o exército russo, que fechou o local durante três anos. A mesma passagem que agora leva o nome do líder da expedição, passagem Dyatlov, onde uma placa recorda os 9 falecidos.

Vamos conhecer a partir de agora algumas teorias...
  • A Teoria da Avalanche.
Esta foi a primeira versão quase oficial. O tempo havia piorado, dificultando a visibilidade. Eles mesmos escreveram isso em seus diários. A zona da montanha que eles escolheram para acampar era propensa a sofrer avalanches e eles sabiam. Por isso uma das dúvidas que surgiram foi por quê escolheram esse lugar, já que não era o mais apropriado.

Chegaram a pensar que devido ao mau tempo, eles erraram o caminho e muito cansados para retroceder, acamparam naquele lugar.

1: Uma das últimas fotos do grupo estabelecendo o último acampamento.
2: Equipe de resgate no acampamento. Veja que tudo está como na foto
acima quando eles montaram acampamento. Não ouve avalanche. 3: Aqui
vemos as condições meteorológicas enfrentada pela equipe. 4: Imagem tirada
pelos esquiadores que mostra uma cruz. 5: Imagem feita pela equipe de resgate
 mostra uma cruz. Isso mostra que depois de vários dias o clima não mudou
muito e muito menos ocorreu uma avalanche. Créditos: Assombrado.com.br
Yuri, o único sobrevivente, não opinava o mesmo, conhecia a forma de pensar de Dyatlov e na sua opinião, era certo que o mau tempo os atrasou mais do que o previsto e o acampamento deveria ser a 20 quilômetros mais adiante, mas em lugar de retroceder e perder mais tempo ou avançar sendo mais perigoso, o mais lógico era acampar exatamente onde o fizeram.

Era certo que a ladeira produzia avalanches ocasionais, mas nada indicava que fosse ocorrer uma e estavam o suficiente longe para fugirem e se protegerem.

Tendo isso em conta, não é estranho pensar que o medo a um desprendimento de neve não estivesse presente entre eles, haviam aceitado correr o risco. A teoria oficial continua indicando que durante a noite, um potente ruído fez com que eles acreditassem que estava acontecendo uma avalanche, por isso sua saída precipitada da barraca e a corrida para se protegerem no bosque.

Não houve nenhuma avalanche, nem nessa noite nem depois. A neve que cobria a barraca e os corpos era mínima e normal em uma montanha que neva. O equipamento dos jovens estavam cravados, rodeando a barraca, do mesmo jeito que eles deixaram como demonstra as últimas fotos tomadas pela equipe e pelo grupo de resgate. Se houvesse um movimento da neve, estariam cobertos ou deslocados e não assim.

Não houve desprendimentos, cuja a teoria oficial continua dizendo que o ruído que lhes assustou pôde ter sido de um avião em testes, já que perto há uma base militar e isso explicaria as luzes cor de laranja avistadas pelos excursionistas.

Um esportista qualificado sabe distinguir o som de um avião e da neve deslizando. Porém, mesmo que fosse assim e a tensão lhes fizessem se afastar da barraca, ao ver que não havia perigo e que estavam congelando, teriam voltado por suas roupas de abrigo, coisa que não fizeram.

É de dia, e no diário do grupo indicam que a temperatura é de -18º a -24º . O sol está a ponto de se pôr as 17:02 horas. A última anotação do diário de Dyatlov diz:
"Não podemos deixar que qualquer um em nossa situação comece o acenso às montanhas. Próximo das 16:00, devemos escolher o local do acampamento. Há vento, um pouco de neve. A camada de neve é de 1,22 metros de espessura. Cansados e esgotados, começamos a preparar a plataforma para a barraca. A lenha não é suficiente. Não cavaremos um fosso para o fogo. Cansados demais para isso. Apenas jantamos dentro da barraca. É difícil imaginar um grande consolo em algum lugar da cordilheira, com um vento penetrante, à centenas de quilômetros de distância dos assentamentos humanos."
Os danos em seus corpos não poderiam ser produzidos por uma avalanche, porque na linha de pegadas se verifica que todos eles saíram por suas própria pernas. Deveras, as feridas no crânio e tórax lhes imobilizariam por completo e de imediato. Teriam que tirar os seus companheiros da barraca e levá-los, mas não há marcas de arrasto e precisamente os mais feridos foram os últimos a morrer.
  • Teoria da Forças Naturais (Ou Sobrenaturais).
'Mansi, Mansi , Mansi. Estas palavras se repetem com mais
frequência em nossas conversas. Mansi são gente do norte.
Pessoas muito interessantes e únicas que habitam os urais
polares do norte. Fechados na região de Tyumen. Eles tem
uma linguagem escrita e deixam sinais característicos
em árvores do bosque.' Escreveu Igor Dyatlov no dia
30 de janeiro. Créditos: Assombrado.com.br
A tribo Mansi, cuja ajuda foi muito importante no trabalho de busca e resgate dos mortos, pois eles conheciam a área como a palma da mão, tinham bem claro: os garotos foram atacados pelos espíritos das montanhas. Fantasmas, seres etéreos, os verdadeiros donos da região. Eles não aceitam intrusos, protegem todo o ambiente das agressões que os seres humanos fazem contra a natureza.

Os mortos de sua tribo eram caçadores e os poucos caçadores que adentram a área procuram não ficar por lá à noite.

Os garotos eram mais que intrusos, eram 'estrangeiros' cortavam galhos das árvores, faziam fogo, em qualquer momento puderam faltar com o respeito ao espíritos da montanha e pagaram caro.

Se tomarmos em conta os diários encontrados na barraca, Igor Dyatlov escreve que sua rota segue um caminho de caça Mansi e que no dia anterior, um caçador havia andado pela zona.

Eles deixam marcas nas árvores, dizendo quantos caçadores passaram pelo lugar e a qual clã pertencem. Em uma das fotografias das câmeras encontradas, se vê Igor posando junto a uma dessas marcas. (foto ao lado)

Foram os espíritos das montanhas que aterrorizaram os jovens? Paralisaram eles de medo até que morressem congelados?

O certo é que a maldição dos nove se repete. Os caçadores Mansi mortos da lenda eram nove. Os esquiadores do grupo de Dyatlov também eram nove. Em 1960 um avião com nove pessoas, entre pilotos e geólogos, chocou no sopé da mesma montanha. Morreram os nove e ao recuperar a caixa preta, não encontram nenhuma explicação do acidente. Atualmente, os excursionistas evitam passar em grupos de nove.
  • Teoria sobre a Conspiração OVNI.
Sempre que há uma história misteriosa surge a ideia de que foi produzida por organismos alienígenas.

A ideia veio desta vez do depoimento de um grupo de excursionistas que se encontravam acampados há vários quilômetros ao sul, que afirmaram terem visto na noite das mortes, várias esferas de cor laranja sobrevoando a zona onde se encontravam os esquiadores.

Curiosamente, um dos defensores desta teoria era um militar, que não podia mostrar as provas por estarem classificadas mas afirmava que existiam. Este cavalheiro era Lev Ivanov que junto com Vasily Ivanovich Tempalov estudaram o caso e propuseram diversas teorias a partir do depoimento dos excursionistas e das fotografias feitas por eles, mas superiores os obrigaram a fechar o caso e seus arquivos foram classificados. Tempanov se recusou, enquanto Ivanov acatou as ordens e foi promovido no dia seguinte.

Com a queda da URSS, estes supostos arquivos OVNIs não apareceram com o resto de arquivos desclassificados. Ivanov fazia questão de dizer que precisamente os seus, se encontravam entre os 'não desclassificáveis'

A teoria de Ivanov aponta a que durante a noite de primeiro de fevereiro, várias esferas de cor laranja, vistas pelos excursionistas que foram testemunhas e vários habitantes de cidades da zona e de procedência alienígena, sobrevoaram o acampamento dos nove esquiadores. O pânico se espalhou e fugiram. Talvez não lhes atacassem, mas naqueles anos o medo de luzes no céu estava muito enraizado. Estavam em plena guerra fria… Ou talvez sim lhes atacaram, lhes obrigando a fugir da barraca e a abandonà-la, se escondendo no bosque. As feridas que quatro dos esquiadores sofreram, segundo Ivanov, poderiam ser da colisão de uma nave e o impacto de algum fragmento.

Não encontraram restos de nenhuma nave, mas para Ivanov a resposta está na rápida atuação do exército, que poderia ter levado embora os restos. Os primeiros a encontrarem o acampamento foram os soldados soviéticos a bordo de um avião. Até que chegassem a equipe de resgate do Instituto Politécnico e os civis, havia passado ao menos um dia, porque já haviam se afastado da zona, e desde o início, pensavam em encontrá-los vivos.

A coloração da pele e cabelos, a radioatividade na roupa e a paralisia dos corpos, indicava a Ivanov que foram objetos de um ataque alienígena. Também parecia que ele levava em conta a ausência da língua de Dubidina, por ser similar as mutilações de gado. (Cattle mutilation)

É curioso que esta afirmação venha de um militar. Ele realmente acreditava ou tentava tapar algum assunto do exército?

Esta é a última fotografia feita pelos esquiadores e mostra uma estranha formação luminosa.
Créditos: Assombrado.com.br.
  • Teoria de Uso de Substâncias Tóxicas e Viciantes.
Claro que um golezinho de Vodka pra entrar no clima não está descartado. Apareceu uma garrafa dentro da barraca, mas não indicam se cheia ou vazia. Também a teoria da comida em mau estado veio a tona no princípio e que houvessem ingerido bagas alucinógenas (Que brotam na neve...) ou substâncias do gênero.

Isso explicaria, segundo esta teoria, o repentino calor que sentiram, o ataque de pânico, a desorientação, as alucinações...Mas não sabemos se sofreram alucinações ou se estavam vendo algo real. De fato, o grupo se organizou bastante bem, se protegendo do perigo que era a barraca. Parece que todos viram a mesma coisa pela sua forma de atuar, se mantiveram juntos todo o tempo e não estavam nada desorientados, porque na escuridão da noite e soprando um vento que arrastava a neve, foram capazes de se encontrarem.

Na análise do conteúdo dos estômagos de 5 dos primeiros encontrados e do resto dos órgãos dos 4 restantes, não citaram a presença de nenhum tipo de substância estranha. Este recurso havia sido muito proveitoso ao encontrar algo e culpar os alucinógenos, ainda mais que se tratava de desportistas e jovens de posição respeitável e as famílias não dariam crédito. Está claro que não eram uns irresponsáveis e se drogar em lugares extremos não é coisa de gente inteligente.

Lendo os seus diários se aprende muito sobre eles. Fora a garrafa de aguardente que todo Russo leva nas estepes Siberianas, eles estavam dispostos a não fumar. Kolmogorova escreve no seu diário:
"Os garotos juraram solenemente que não fumariam durante toda a viajem. Me pergunto quanto possuem de força de vontade e se podem viver sem cigarros?".
O último abastecimento antes de subirem ao trem, que levaria eles através do bosque, foi em Zavchoz no dia 23 de Janeiro. Compraram farinha de aveia, enlatados e carne em conserva. Kolmogorova aponta que se esqueceram do sal.

Que houvessem ingerido algum produto em mau estado é algo que não se pode descartar, nem o fato de que um ou dois deles houvessem atacado os demais, mas isso não explica o medo nem a morte dos 9. A não ser que não tivessem consciência do que estavam tomando... Também se fala da 'Neve tóxica', cuja água puderam beber ao derretê-la. A neve tóxica seria o produto de experimentos químicos e biológicos do exército, bombardeios, fugas de centrais de água, que ao subir na atmosfera se transformaria em chuva e forma a neve das montanhas.
  • Teoria do Ataque de Tribos Nativas.
Nesta zona habitava a tribo dos Mansi. Eles também se tornaram suspeitos das mortes dos esquiadores, pela coincidência do número 9 e por eles terem adentrado em seu território, mas logo foram descartados como suspeitos. De fato, sua ajuda foi muito importante nas tarefas de busca.

Houve rumores de que eles poderiam estar zangados com os garotos, por entrarem no seu território sagrado, mas a zona para eles não era sagrada em absoluto, ao contrário, pensavam que estava enfeitiçada.

Mesmo que houvessem sido atacados por guerreiros Mansi armados, os esquiadores também estavam munidos de armas de fogo. Levavam um fuzil, um machado e várias facas. Exceto uma ou outra faca que apareceu junto dos cadáveres, todo o resto foi deixado na barraca. Se ladrões ou pessoas aborrecidas de uma tribo atacam, primeiro que não se foge sem as armas e segundo, os ladrões teriam saqueado o acampamento. Não levaram nada.

Rastros em coluna encontrados perto da barraca.
Créditos: Assombrado.com.br
Fora os rastros dos garotos e da possível destruição da cena que causou a equipe de resgate (Coloco outra vez que esperavam encontrá-los vivos, no qual,  não foram muito cuidadosos onde pisavam ao descobrirem o acampamento) não havia rastro de mais ninguém.

Os rastros nas fotografias foram os usados para seguir a pista do grupo, conduziam até a árvore onde apareceram os primeiros cadáveres. São chamadas de 'rastros em coluna', uma vez que prensada a neve, a pegada se congela e ao soprar o vento que arrasta o pó de neve que as rodeia, ficam essas curiosas formações da imagem abaixo, que foram as que levaram em conta para localizá-los. São as marcas de um grupo de 8 a 9 pessoas, caminham juntas mesmo que em algumas seções, alguém se desvia do grupo e volta a se unir mais adiante. São pegadas antigas, muito diferentes das que poderiam deixar as equipes de resgate. Poucos dos pés levam sapatos e a direção coincide com a posição dos corpos.

Andam de forma organizada, todas as outras pegadas caóticas ao redor da barraca, provavelmente pertenceriam ao grupo de buscas, por isso a teoria da fuga à moda louca não se mantém.
Abandonaram a barraca com muita pressa sim, mas sabiam para onde se dirigiam.
  • Teoria da Conspiração Militar.
A teoria que quase todo mundo tem em mente. Depois de analisar as outras teorias, muitas pistas apontam para ela. Armas químicas, teste de mísseis, protótipos de aviões sobrevoando a zona...

Não era desconhecido para ninguém que aquela foi uma zona de manobras militares. Grande parte da área era militar. Ecaterimburgo estava rodeada de mísseis anti-aéreos.

Naqueles anos, estavam experimentando um protótipo de míssil que falhava mais que espingarda de parque de diversões.

Eliminar testemunhas inoportunas não era um problema para eles. Acredita-se que os militares conheciam a rota que seguiriam os rapazes, mas acidentes acontecem. Perto de Sverdlovsk, existia um grande complexo de experimentação de armas químicas.

Entre os tipos de armas que poderiam estar experimentando, se fala de algo que explodiu, mesmo que não aparecessem restos, o que explicaria os danos físicos de 4 dos garotos. Algum tipo de spray paralisante, ressonâncias ultra-sônicas que produzem confusão momentânea, um forte reflexo que pudesse cegá-los, alguma arma química.

Qualquer coisa que justificasse sua fuga e porque não voltaram para a barraca.

Poderiam ser testemunhas incômodas, sendo preciso executá-las.

Aviões de teste sobrevoando a zona e talvez borrifando algum produto, é algo que não se pode descartar.

Um obmtki
E o que opinava Yuri, o único sobrevivente? Ele sempre esteve convencido de que os militares tivessem algo a ver. Teve que reconhecer os corpos de seus amigos, que a julgar pelas fotografias dos cadáveres, não deve ter sido nada agradável e ainda explicar que roupa era de quem.

Também identificou 2 materiais que não pertenciam ao grupo, uns óculos militares e um 'obmtki', uma peça de roupa que se usa para envolver os pés ou as pernas para manter o calor, enrolando-o como uma venda. Tem uma forma característica e é de um material determinado. Se utilizou amplamente entre os soldados nos anos 40 e depois entre os prisioneiros dos campos de concentração de Stálin .

E quem sabe, não seguiria sendo usado por algum soldado na época. Ninguém sabe como chegou lá e ninguém sabe como desapareceu da sala de provas.

Encontraram 3 câmeras dentro da barraca, todas com fotografias similares de distintas perspectivas, mas ele insistiu que eram 4 câmeras, as levadas pelos seus companheiros. Também faltava um dos diários.

Yuri Yudin também menciona que em algum momento da investigação, ele viu uns documentos que indicavam que os militares começaram as indagações 10 dias antes de que começassem a busca oficial pelas pessoas do instituto politécnico. Mas esses documentos também desapareceram. Também viu como tiravam da sala de necrópsia, recipientes com os órgãos de seus amigos para enviarem a laboratório, que nunca chegaram. E se chegaram, não há informe deles. Apesar de que os informes forenses preliminares são muito detalhados e profissionais.

O barranco onde apareceram os últimos 4 esquiadores, era uma fossa cavada por eles mesmos aproveitando o desnível do terreno, em teoria para se protegerem do frio, mas nesse lugar apareceram os mais feridos. Talvez fosse um primeiro refúgio após apagarem o fogo da árvore.
  • Teoria da Espionagem.
Por último, chegaram a afirmar que ao menos um dos membros da equipe era um duplo espião infiltrado. Também há quem opine que todos eram espiões ou estavam trabalhando em algum projeto secreto dentro do instituto politécnico. É certo que 3 eram estudantes de engenharia, mas o resto era de rádio e de economia. O suspeito é o guia Zolotariov, era mais velho que os demais (37 anos), usava um nome falso (Não se chamava Alexandre, mas sim Cemen) de origem Cossaca e esteve no exército. Era um veterano de guerra de um pelotão que só sobreviveram 3%, tinha 3 medalhas de honra, quando no máximo os veteranos tinham apenas uma e antes da segunda já estavam mortos.

Isso explicaria porque havia uma peça de roupa contaminada por radioatividade, ainda que leve.
Naquela época, os ocidentais não tinham um acesso fácil para se infiltrar como espiões, assim que contratavam a cidadãos russos. Sua missão era localizar os lugares onde poderia se enriquecer urânio, por isso trocavam com o espião em questão, um objeto ou uma peça de roupa impregnada de radiatividade. A central nuclear secreta de Tomsk-7 foi descoberta assim, mediante o intercâmbio do boné de um esquiador contaminado de radiação. Estima-se que Zolotariov seria um espião duplo e lhe contactavam para entregar uma peça contaminada, mas era uma armadilha para que a KGB pegasse o ocidental.
  • Teoria do Yeti.
Os Mansi dizem que a região é habitada por uma criatura chamada Menk. Seu rugido vez os esquiadores se apavorarem e por isso eles fugiram da barraca e correram em direção a floresta. O Menk o seguiu e eles foram todos mortos.

O que seria uma das teorias mais malucas, com a liberação de arquivos antes confidenciais acabou se tornando uma das mais interessantes como vamos ver.


Em janeiro de 2014 o explorador Mike Libecky, a jornalista russa Maria Klenokova e uma equipe de filmagem se embrenharam na Rússia atrás de respostar para o caso e o resultado foi o documentário Russian Yeti: The Killer Lives exibido no Discovery Channel (tem completinho e em português no Youtube). O que eles descobriram foi impressionante e surpreendeu a todos, pois tudo indica que foi um Yeti que matou os 9 estudantes.

A equipe foi visitar a Fundação Diatlov e lá conversaram com as duas primeiras pessoas que chegaram ao local e descobriram a barraca. Eles disseram que viram pegadas na neve com o dobro da humana e que elas não foram mencionadas nos relatórios oficiais.

Depois eles partem para falar com os Mansis e encontram a última testemunha Mansi viva dos eventos! Ela contou que tinha 5 anos na época e que ela sabe o que matou os estudantes: O Menk! e uma criatura com 2 a 3 metros de altura, muito forte e que que costuma matar cervos e arrancar suas línguas (lembra que a Ludmila foi encontrada sem a língua?). O Menk seria apenas um dos nomes para criaturas grandes e peludas que vivem el florestas isoladas. Ele não gosta que assovie, portanto quando for para uma floresta russa não assovie!

O assunto é tão sério que em 1958 o governo russo lançou uma expedição com o objetivo de capturar um Yeti vivo!

Então Maria recebe um CD de uma fonte anônima com imagens do único sobrevivente, Yuri Yudin, falando sobre o caso e que encontrou uma peça de roupa militar.

Depois de meses eles conseguem ver o material sobre o caso que está no arquivo público da cidade de Ecaterimburgo. Neste arquivo encontraram a análise da barraca e fotos de pegadas muito estranhas. Mas o mais interessante foi a revelação de que em um pedaço de papel escrito pelos estudantes dizia "Agora sabemos que o Homem das Neves Existe".

Eles então reexaminam foto por foto que obtiveram na Fundação Dyatlov e encontram uma muito estranha, uma que mostra um Yeti! Eles voltam a Fundação para ver se ela é real e encontram o negativo! E mais, foi tirada apenas um dia antes deles morrerem.

Tem mais coisa interessante... Eles descobrem um vídeo um militar dizendo que na época estavam testando misseis de 2 estágios e escolheram aquela região justamente por não ter ninguém, nem o povo Mansi ia lá.

Bônus: O Relatório Forense dos Corpos.

Nas fotografias dos cadáveres, estes estão vestidos. Quando se fala de roupa interior realmente é preciso falar de 'roupa de interior', dizem que os falecidos estavam meio nus, mas isso não é verdade. Os esquiadores levavam dois tipos de roupa, a de estar dentro da barraca, que é a que se considera como roupa de interior (roupa de interior da barraca), e a de abrigo externo. A roupa de interior eram camisetas de manga curta, camisetas de manga longa, blusões (um ou dois), calças grossas e vários pares de meias. Também tinham um calçado especial para andar pela barraca. Saíram da barraca com a roupa de repouso deixando a de abrigo externo e os dois pares de sapatos. é estranho que não levassem postos seus sapatos de interior da barraca, podendo que o incidente ocorresse justo quando estavam trocando de calçado.

Os cadáveres encontrados sob a árvore sim levavam pouca roupa, mas porque seus colegas cortaram-nas em pedaços para se abrigar, uma vez que estavam mortos e certamente em rigor mortis, por isso tiveram que cortar a roupa.

Isto descarta a teoria do 'paradoxo do nu' por hipotermia, teoria que diz que em momentos de hipotermia extrema, os afetados começam a tirar a roupa, desorientados. Eles não estavam desorientados, porque tentavam manter o calor por todos os meios. Mas alguns blusões de lã e umas calças, em uma noite que superou os -20º centígrados (especula-se que com uma sensação térmica de uns -30º devido ao forte vento que soprava), era praticamente o mesmo que estar nu.

Yuri Doroshenko (Юрий Дорошенко).

Causa da morte: hipotermia


É o mais próximo da fotografia e se encontra de barriga para cima, com os braços na altura da cabeça, sinal de que teria sido arrastado. Foi identificado pela sua altura, 1,80 m. Era o mais forte dos nove e casualmente um dos primeiros a morrer. Saiu da barraca em boas condições, porque as impressões de uma pessoa alta que caminhava com passo firme se distingue claramente. Vestido com uma calça de lã, calças curtas sobre essas, uma camisa de manga curta, uma camisa de manga longa e colete. Nos pés um par de meias de lã. Sem calçados. Nas calças foram encontradas restos de lágrimas e a meia do pé esquerdo estava parcialmente queimada.

Sobre as lesões que apresentavam o corpo: Presença de sangue na boca, nariz e ouvidos. Danos no braço direito na altura do ombro: Hematoma de 2 centímetro na axila, abrasões de 2 a 1,5 cm (Isto quer dizer que cobre uma superfície de 2 x 1,5 cm de área, dentro da qual estão os danos) na parte interna do ombro não há sangramentos, mas haviam dois cortes na pele.

Marcas de golpes acimas do antebraço direito (sob o cotovelo) de coloração marrom-avermelhada entre 4 a 5 cm.

A pele dos dedos de ambas as mãos estavam arrancadas e estas apareceram no tronco da árvore sob a qual foram encontrados os corpos.

Machucados em ambas as pernas (abaixo dos joelhos).

Marcas de congelamento no rosto e orelhas (que em volta, a pele tem um tom marrom escuro-negro)

Na bochecha direita, havia a descarga de líquidos cinzentos espumosos procedentes da boca. Este líquido costuma aparecer em caso de compressão do tórax.
A conclusão é que as feridas foram produzidas ao cair da árvore, ao arrancar ramos utilizando o peso do corpo ou tentando se manter sobre os galhos.

Yuri Krivonischenko (Юрий Кривонищенко).

Causa da morte: hipotermia.


Vestido com camisa leve, camisa de manga longa, calças curtas, calças longas e meias, tinha as roupas rasgadas na perna esquerda. Sem calçado.

Machucaduras na testa e um hematoma na altura do osso temporal esquerdo. Sangramento difuso na região temporal direita e occipital devido ao rasgão do músculo temporal (tudo indica um golpe na cabeça).

Faltava a ponta do seu nariz. As orelhas estavam congeladas. Aparece de bruços na neve tombado junto ao seu colega.

Numerosas contusões: No lado direito do peito (7,2 e 1,2cm). Hematomas nos músculos com rasgos de menor importância. Hematoma no glúteo esquerdo (10,3cm). Contusões na perna esquerda. Abrasões na parte exterior da perna esquerda (6,2 e 4,5). Queimadura na perna esquerda(10,4).

Mãos: Machucaduras com desprendimento da epiderme na parte posterior da mão esquerda.

Parte da epiderme desprendida das mãos, foram encontradas entre os dentes do defunto. Como a pele perdida se encontrava na árvore, em que supostamente subiram e da qual supostamente caíram, se pensa que em algum momento mordeu a árvore (também pôde ter mordido própria mão). Não houve indicação de troca de pele entre os dois cadáveres, apenas que a pele encontrada na árvore era dos dois.

Conclusão: tentativa desesperada de se manter sobre a árvore ou de arrancar galhos para o fogo.

Igor Dyatlov (Игорь Дятлов).

Causa da morte: hipotermia.


Cabeça nua. Abrigo de pele com bolsos desabotoados. Camisa de manga longa, camiseta não muito grossa. Calças, calças de esqui. Sem calçado. Meias de algodão em ambos os pés, meia de lã só no pé direito. Nos bolsos, tinha um canivete pequeno e uma fotografia de Zinaida Kolmogorova. Seu relógio parou às 05:31. A camisa de manga longa era de Yuri Yudin, este a identificou posteriormente e explicou que a havia emprestado a Doroshenko. Tudo indica que as peças de roupas dos dois primeiros a morrerem, foram repartidas entre seus colegas, ou que entre eles trocaram as roupas.

Lesões: Abrasões na testa de cor marrom-avermelhada. Escoriações em ambas bochechas de cor marrom-avermelhada  sangue seco nos lábios, perda antiga de um incisivo na mandíbula inferior.

Na parte inferior do antebraço e na superfície da palma da mão (não indicam qual das duas, suponho que a direita) haviam muitos arranhões pequenos de cor vermelha escura. Contusão nas articulações metacarpofalangicas da mão direita de cor marrom-avermelhada (isto é, a zona do punho com a qual se bate com a mão fechada). Contusões na mão esquerda de cor marrom-avermelhada. Feridas superficiais no segundo e no quinto dedo de dita mão.

Forte golpe nos joelhos sem sangramento. Hematomas na parte inferior da perna direita (acima do tornozelo). Abrasões em ambos tornozelos de cor vermelha brilhante com hemorragia subjacente.

Zinaida Kolmogorova (Зинаида Колмогорова).

Causa da morte: hipotermia.


Seu cadáver foi encontrado semi-enterrado. Estava melhor vestida, levava dois gorros, camisa de manga longa, camiseta, outra camisa sobre a camiseta e outra camiseta em cima com as mangas rasgadas. Calças esportivas, calças de algodão, calças de esqui com três pequenos buracos na parte inferior. Três pares de meias. Sem calçado. Levava uma máscara militar, sem a indicação de que tipo.

Tinha um hematoma de 29 cm de comprimento por 6 de largura que rodeava o lado direito na região da cintura.

Congelamento nas falanges dos dedos, contusões nas mãos e nas palmas. Meninges inflamadas (sinal de hipotermia)

Rustem Slobodin (Рустем Слободин).

Causa da morte: hipotermia


Levava uma camisa de manga longa, outra camisa, uma camiseta, calças em cima de outras calças, quatro pares de meias e uma bota no pé direito. Nos bolsos levava uma faca, uma caixa de fósforos, um pente, seu passaporte, 310 rublos e um lápis. Seu relógio estava parado, marcando 08:45.

Lesões: Abrasões na testa de cor avermelhada, hematoma de cor marrom-avermelhada na pálpebra do olho direito com hemorragia subjacente. Restos de sangue no nariz. Lábios inflamados, inchaço e abrasões irregulares na metade direita do rosto. Abrasões no lado esquerdo do rosto.

Epiderme rachada em todo o antebraço direito. Hematomas na zona metacarpofalangica de ambas as mãos. Machucaduras de cor marrom-avermelhada na face média do braço esquerdo e na palma da mão esquerda.

Contusões na tíbia esquerda.

A cabeça apresentava uma fratura no osso frontal e nos músculos temporais de ambos lados do rosto.
O forense não explica a natureza das lesões, mas é como se ele tivesse ido se ferindo sucessivamente com tudo o que encontrasse no caminho.

Era o único corpo que mantinha algo de calor corporal no momento de cair ao solo, já que a neve sob a sua cabeça havia derretido e se transformando posteriormente em gelo (a ferida na cabeça ajudou). Seu cadáver estava completamente coberto pela neve.

Lyudmila Dubinina (Людмила Дубинина).

Causa da morte: hemorragia cardíaca e hemorragia interna.


Levava roupa interior, uma camisa de manga curta, uma camisa de manga longa, duas jaquetas, dois pares de calças, meias  longas, outro par de meias danificadas pelo fogo e uma meia sem par. Tinha cortado em tiras uma camiseta, levando uma parte enrolada no pé esquerdo e a outra havia se desprendido. Foi encontrada entre a neve. Levava a calça e a camiseta de Krivonishenko, em que foi encontrado uns níveis baixos de radiação.

Danos corporais: A língua não foi encontrada, faltava o nervo hipoglosso bem como os músculos do céu da boca. Não indicam se foi arrancada ou não, simplesmente que não está. Os tecidos macios ao redor dos olhos, os olhos e as sobrancelhas desapareceram, assim como a pele da área temporal esquerda e o osso encontrava-se parcialmente exposto.

As cartilagens nasais foram rompidas. Faltavam os tecidos macios do lábio superior, no qual, os dentes e o osso da mandíbula superior estavam expostos

Lesões nas costelas. No lado direito estavam quebradas as costelas 2, 3, 4 e 5 seguindo duas linhas de fraturas visíveis. No lado esquerdo: foram quebradas as costelas 2, 3, 4, 5, 6 e 7, seguindo também duas linhas de fraturas visíveis.

Hemorragia em massa na aurícula direita do coração. Foi encontrado 100 gramas de sangue coagulado no estômago. Hematoma na coxa esquerda, com o tamanho de 10 ,5 cm.

Tecidos danificados ao redor do osso temporal esquerdo, com tamanho de 4, 4 cm.

'Alexander' Zolotariov ( Семен ' Александр ' Золотарёв)

Causa da Morte: hipotermia agravada pelas lesões sofridas.

Os olhos desapareceram. Faltavam os tecidos macios ao redor da sobrancelha do olho esquerdo, em uma superfície de 7, 6 cm, o osso está exposto. Teve as costelas quebradas 2, 3, 4, 5 e 6 do lado direito, seguindo duas linhas de fraturas visíveis. Ferida aberta no lado direito com o osso exposto de 8 a 6 cm de tamanho.

Tanto Zolotariov como Dubinina tiveram um mesmo padrão de lesões. São muito similares no ângulo e na força exercida, apesar de que tanto a altura e a compleição corporal dos dois é muito diferente. O que lhes causou estas lesões não foi um evento único e uniforme, mas sim, produziu danos similares em duas pessoas diferentes. Seria como comprovar quanta força seria preciso exercer para quebrar as costelas de uma mulher forte de 20 anos e de um homem atlético de 37, a potência da força exercida é diferente, mas o resultado é o mesmo.

Sob a roupa foi encontrada a seguinte tatuagem: Г + С + П = Д (não foi especificado em que parte do corpo) O último símbolo depois do igual, significa 'amizade', os três primeiros são as iniciais dos amigos, era uma tatuagem muito comum entre os soldados soviéticos que serviram muito tempo juntos. Entre as letras não há nenhum A, pelo qual o nome com que se apresentou ao grupo, Alexander, realmente não era o seu nome, mas sim, Cemen. Também encontraram uma frase militar e seu ano de nascimento, 1921.

Nicolai Thibeaux-Brignolle (Николай Тибо-Бриньоль)

Causa da morte: hemorragia cerebral


Apresentava múltiplas fraturas no osso temporal direito, com ampliações nos ossos frontais e esfenoides, seguindo um padrão ovalado. Segundo uma das hipóteses, seguindo a teoria da avalanche, ele estaria dormindo próximo de sua câmera fotográfica e ao cair a neve sobre eles, sua cabeça teria batido contra o objeto. Dentro da barraca não havia nenhuma câmera quebrada nem manchada de sangue e o padrão das impressões não mostra o arraste de uma pessoa inconsciente na fuga para o bosque, quando esta ferida provocou uma hemorragia cerebral que o deixou em um estado muito similar ao coma. O forense, Vozrojdenniy, não estava de acordo, porque a ferida e o afundamento do crânio não mostravam um círculo perfeito, mas sim, irregular, mais parecendo ao de uma pedra, mas também descarta a queda acidental sobre uma pedra.

Se poderia saber mais sobre o impacto caso se pudesse observar a retina, desprendida ou não, mas lamentavelmente, os globos oculares haviam desaparecido.

Também apresentava um hematoma no lado esquerdo do lábio superior e uma hemorragia na parte baixa do antebraço, com o tamanho de 10 a 12cm.

Alexander Kolevatov (Александр Колеватов)

Causa da morte: hipotermia

Ausência dos tecidos macios ao redor dos olhos e dos globos oculares, as sobrancelhas desapareceram e os ossos do crânio estavam expostos. Os danos no rosto que sofreram os quatro cadáveres têm uma explicação simples, a carne, primeiro congelada e depois molhada durante o degelo, pode se separar com muita facilidade do crânio.

Tinha uma fratura no nariz, uma ferida aberta por trás da orelha, com o tamanho de 3 cm e o pescoço deformado (não é detalhado que tipo de deformidade).

Fontes.                                                                                                                                            179 de 186

https://pt.wikipedia.org/wiki/Incidente_do_Passo_Dyatlov

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Dyatlov_Pass_incident

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/04/internacional/1549284687_118121.html

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/incidente-passo-dyatlov-historia.phtml

http://www.assombrado.com.br/2015/06/dyatlov-pass-montanha-dos-mortos.html

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