Honoré de Balzac.
Rússia, de novo.
Entre o final dos anos 50 e início dos 60, a corrida espacial disputada pela União Soviética e pelos Estados Unidos estava em alta. Os dois lados competiam para construir e lançar foguetes o mais rápido possível com o objetivo que um deles pudesse ser o primeiro a realizar tal feito.
O mundo inteiro estava atento às atualizações que diziam respeito a essas iniciativas. No entanto, alguns dos mais notáveis operadores de rádio amadores podiam ouvir e saber muito mais do que os outros.
Os irmãos italianos Judica-Cordiglia estavam entre eles. Os dois gravaram áudios que apoiam a teoria da conspiração em que o programa espacial russo teria acobertado a morte de astronautas nos anos 60.
Naquele tempo, o que valia era chegar primeiro, e as grandes potências não estavam muito preocupadas com o elemento humano, sendo uma morte em missão algo considerado aceitável e “parte do jogo”. Esses astronautas precursores do voo orbital teriam queimado na atmosfera, e suas mortes foram mantidas em sigilo pelo programa espacial Russo a todo custo, com medo dos Norte Americanos (que ainda estavam bem atrás na corrida espacial neste momento) usarem as mortes como provas da fraqueza do programa Soviético.
Bang Zoom, para a Lua.
Gosto das narrativas conspiratórias, contudo eu não acredito em todas. Mas embora eu não acredite em muita coisa que se diz por aí, algumas realmente me deixam com a pulga atrás da orelha, pois simplesmente fazem sentido. Essa teoria dos astronautas soviéticos que não voltaram para casa é uma delas.
Se não aconteceram de fato, poderiam ter acontecido perfeitamente, dadas as condições histórico-políticas daquele período.
A ideia parece terrivelmente plausível, até porque, convenhamos, mandar uma pessoa ao espaço requer MUITO (Muito mesmo) conhecimento técnico, muitos testes e há um volume monumental de coisas que podem dar errado. Não por acaso, a profissão de astronauta/cosmonauta é estatisticamente a profissão mais perigosa do mundo. É igualmente estranho que a lista de baixas do programa espacial mostre um numero significativamente maior de norte-americanos mortos que de soviéticos.
Você precisa pensar muito credulamente para aceitar sem questionar que os soviéticos conseguiram um sucesso fabuloso na primeira tentativa deles.
Assim, quando em dezembro de 1959, um comunista checo vazou informações sobre um vôo espacial russo que havia falhado em dezembro de 1959, foi uma informação impactante. Segundo o espião, a história de Yuri que foi bem sucedida em 1961 na órbita da Terra foi apenas uma de uma longa série de tentativas espaciais dos soviéticos, e apenas a primeira que não terminou na morte horrível do piloto.
Um dos cosmonautas seria Aleksei Ledovsky, lançado ao espaço em um foguete R-5A. Três outros que teriam morrido sob circunstâncias similares foram Andrei Mitkov, Sergei Shiborin e Maria Gromova. Ainda em 1959, o pioneiro teórico espacial Hermann Oberth afirmou que um piloto havia morrido em um vôo sub-orbital balístico que partira de Kapustin Yar no princípío de 1958. Ele não forneceu evidências para a história.
Em dezembro de 1959, a agência de notícias italiana Continentale repetiu as alegações de que uma série de mortes de cosmonautas em voos sub-orbitais havia sido revelada por um comunista checo de alta patente, mas jamais surgiram provas da realização de voos sub-orbitais soviéticos tripulados.
Gagarin Não Foi o Primeiro!
Em uma coletiva de imprensa nos Estados Unidos em 23 de fevereiro de 1962, o coronel Barney Oldfield revelou que um módulo espacial russo estava orbitando a Terra desde 1960, pois havia ficado preso a seu foguete de lançamento. De acordo com o NSSDC ID da NASA, a missão Korabl-Sputnik 1 (denominada na época de 1KP ou Vostok 1P) realmente foi lançada em 15 de maio de 1960, um ano antes de Gagarin, portanto.
Outra versão dos fatos estabelece que devido a um defeito no sistema de controle de atitude a espaçonave estava em sentido contrário, e o acionamento dos retrofoguetes a colocou em uma órbita ainda mais profunda. Os engenheiros planejavam usar os dados telemétricos coletados para determinar se o sistema de direção estava funcionando, logo seu resgate seria desnecessário.
Vamos apenas imaginar que pelo menos metade desses fracassos supostamente varridos para debaixo do tapete tenham acontecido. Imagina o cagaço épico do Yuri Gagarin sabendo que ele era o próximo “bucha” dos testes orbitais tripulados soviéticos.
Robert Heinlein |
Movido pela curiosidade desse voo, que deve ter sido monumentalmente assustador para o piloto, fui pesquisar mais. Descobri que estranhamente, Yuri Gagarin foi eleito para esta “missão” não por seus méritos de piloto, ou habilidades excepcionais. O programa espacial russo estava produzindo cosmonautas praticamente em “linha de produção” e ele foi escolhido porque tinha o tamanho certo.
Segundo o verbete, em 1960 Gagarin foi um dos 20 pilotos selecionados, após rigorosos testes físicos e psicológicos, para o programa espacial soviético, e acabou por ser escolhido para ser o primeiro a ir ao espaço, pelo seu excelente desempenho no treinamento, sua origem camponesa – que contava pontos no sistema comunista - sua personalidade magnética e esfuziante e, principalmente, devido às suas características físicas – ele tinha 1,57 de de altura e 69 kg - já que a nave programada para a viagem pioneira em órbita, a espaçonave Vostok (que em russo significa "Oriente"), tinha um espaço mínimo para o piloto.
Segundo as curiosidades, Yuri era um dos 20 cosmonautas do programa, e havia três deles que tinham as dimensões corporais perfeitas para o módulo espacial Vostok, mas como foi então a seleção dele? Habilidades? Testes em simulador? Nada disso.
Os cosmonautas foram levados para um conclave, e esses 20 cosmonautas votaram secretamente em quem achavam que deveria ir para a missão (não parece ser algo muito interessante para eles, né?) e o Yuri foi o mais votado e seguiu para a missão. A pergunta fica: Se o módulo Vostok tivesse explodido ou queimado na atmosfera, nós saberíamos sobre ele? Eu duvido muito.
Não só o espião checo vazou as histórias que apurou com oficiais soviéticos, como o escritor de ficção científica Robert Heinlein teve um papel nesse rolo.
Robert A. Heinlein escreveu um artigo em 1960 no Pravda, que em 15 de maio de 1960, durante uma viagem, em Vilnius, na União Soviética, ele foi informado por um cadete do Exército Vermelho que a União Soviética havia lançado um homem em órbita justamente naquele dia, mas que mais tarde no mesmo dia a informação foi peremptoriamente negada por funcionários do governo.
Há poucas informações à respeito desses astronautas precursores que se deram mal. Uma das melhores evidências são as gravações dos irmãos Judica Cordiglia.
Uma Estação de Escuta Feita de Sucata
Esses dois irmãos eram muito fera em eletrônica e eram também experientes em rádio amador. Eles usaram uma estrutura alemã da época da Segunda Guerra, abandonada, que se chamava “Torre Bert” para montar sua antena e com sucatas diversas aperfeiçoaram o sistema de captação e recepção, conseguindo captar muita coisa que os Soviéticos transmitiam. Com a torre “emprestada” e seu equipamento, eles capturaram e monitoraram um volume colossal de transmissões dos soviéticos, inclusive o lançamento do satélite Sputnik 1, onde usando equipamentos próprios conseguiram até registrar informações de voo, como a telemetria, além de gravações de voz e de dados visuais.
Os dois eram muito inteligentes mesmo, e segundo a Wikipedia, Em 1964 eles ganharam um programa da TV italiana de perguntas chamado “A Feira dos Sonhos” que lhes permitiu visitar NASA como prêmio.
Em 2007, os irmãos foram objeto de um documentário de TV chamado “Piratas do Espaço”. A revista Fortean Times publicou um artigo sobre os irmãos e as suas gravações de cosmonautas perdidos em março 2008. Uma dramatização da história dos irmãos, chamado de “Listen Up”, de Glen Neath, foi transmitido pela BBC em 4 de maio de 2009. Em 2011, a história dos irmãos foi destaque na Science Channel TV, no programa Dark Matters: Twisted But True. Mais tarde Achille tornou-se um cardiologista, enquanto Giovanni Battista trabalhou para a polícia italiana fornecendo grampos de telefone, escutas e colaborando em investigações criminais.
Esses dois irmãos eram tão genialmente hábeis que humilhariam o McGuyver! Eles já tinham feito antenas capazes de detetar uma série de coisas, já rastreavam gravações de pilotos de avião e etc. Mas vendo a aurora do programa espacial, seu sonho era rastrear astronautas e satélites. Os dois sabiam que para isso precisariam de uma antena parabólica de prato móvel.
Os governos gastam milhões para essas coisas instaladas em layouts elaborados – a Grã-Bretanha ultrapassaria a marca dos U$ 4500.000 em Jodrell Bank, a Força Aérea dos EUA investia 15 milhões em Tyngsboro, Massachusetts. Um rico empreiteiro de Turim ofereceu para construir uma antena parabólica por US$ 3200.
Os meninos verificaram seu saldo bancário para a Torre Bert: U$ 30!
A única solução, é claro, foi a que já tinham se acostumado: Construir a estação inteira por conta própria.
De ferros-velhos eles voltaram com tubulação para a estrutura da antena, uma roda de direção de caminhão, que poderia ser usado para movê-la. O sistema usava engrenagens e rolamentos de caminhão para transportar o peso. Com engenhosidade extraordinária eles construíram outros equipamentos: Uma tela grande que acendia, mostrando a posição de um satélite a qualquer momento; uma segunda tela que mostrava fotos da lua; um console de audição com três gravadores de fita para registrar satélites. Em suma, eles conseguiram com quase nenhum dinheiro fazer um modelo extraordinariamente fiel e funcional da sala de controle de rastreamento de Cabo Kennedy.
Na falta de uma biblioteca ou fundos para comprar revistas técnicas, os jovens precisaram inventar muito equipamentos já existentes, mas inacessíveis, e aos quais eles não sabiam nada do funcionamento. Um exemplo foi um dispositivo de filtragem, para eliminar os ruídos indesejados vindos de espaço. Eles também desenvolveram métodos para determinar se um sinal vinha a partir do solo ou de um veículo aéreo em movimento.
Mas uma de suas maiores conquistas, e que exigiu um trabalho de detetive soberbo, foi a determinação das frequências das estações de monitoramento da Rússia. Eles nunca revelaram como conseguiram determinar as frequências de seis delas e podiam assim sintonizar o sinal dos soviéticos.
Conforme a estação de escuta enfiada no bunker alemão crescia em complexidade, tornou-se claro para Gian e Achille que ajuda seria necessária para seu funcionamento. Quinze entusiastas do espaço, todos com cerca de 20 anos, foram recrutados. A Irmã dos meninos, Maria Teresa, era uma das ajudantes adolescentes, e ela tinha uma das tarefas mais difíceis. Ela estava aprendendo russo para traduzir as mensagens de vôos tripulados soviéticos. Segundo documentos da época, Maria ficou fluente na língua russa.
Em seguida, os meninos queriam organizar uma cobertura eletrônica de toda a Terra. À noiva de Gian, Laura Furbatto, foi dada a tarefa de recrutar outros observadores espaciais amadores espalhados pelo mundo – do Tahiti, no Pacífico, passando por Angola, na África, e também na Argentina na América do Sul.
Assim, a rede de 17 estações chamada de “rede amadora Zeus” nasceu. Elas estavam ligadas entre si por rádios de ondas curtas. Quando os operadores da pequena estação italiana descobriam que os russos estavam transmitindo na frequência de lançamento, eles alertavam as outras estações de Zeus, para que pudessem estar prontos para começar a captar os sinais quando a hora chegasse.
Normalmente a galera da Torre Bert trabalhava num esquema 24/7, de alerta. Cada membro da equipe tinha um posto atribuído: dois homens monitoravam vozes e sinais e faziam gravações; dois outros operavam a antena parabólica; e um dos membros mais talentosos da equipe, um assistente de Matemática, faz cálculos com uma régua de cálculo (um equipamento antecessor da máquina de calcular) para descobrir a velocidade e a trajetória orbital.
Apesar de mambembe, a precisão da equipe era tal que eles foram capazes de prever, com 12 horas de antecedência, que a sonda Lunik IV iria errar a lua por 5.000 milhas.
O erro real medido pelos computadores hoje indicam uma falha de 5.281 milhas.
Resumindo, naquele tempo os Nerds eram quase nível Jedi.
Mas o que realmente os tornou famosos foram as supostas gravações dos astronautas que se estreparam.
Na década de 1960, os irmãos afirmaram ter ouvido comunicações de rádio secretas das missões espaciais da União Soviética, incluindo os sons de um cosmonauta que aparentemente morria, sufocando lentamente.
Os irmãos e sua equipe na Torre Bert |
Uma de suas gravações mais famosas foi feita em 28 de novembro de 1960. Depois de cerca de uma hora só ouvindo a estática, os irmãos reconheceram um sinal de SOS que parecia estar se afastando da Terra. A história foi confirmada por uma outra estação de rádio escuta, suíço-italiana.
Em novembro de 1963, os irmãos disseram que tinham conseguido gravar a voz de uma mulher desesperada, durante uma possível reentrada na atmosfera da Terra, em uma capsula espacial que parecia estar com defeito. Na gravação, ela é ouvida gritando: “Eu estou quente, estou quente…. Queimando, vejo uma chama… “, e então,após algumas outras mensagens, aparentemente, ela morreu.
As Interceptações dos Cosmonautas Perdidos
No total, os irmãos Judica-Cordiglia lançaram nove gravações ao longo de um período de quatro anos. Os detalhes foram os seguintes:
- Em maio de 1960, uma nave espacial tripulada relata que está saindo do curso.
- No dia 28 de novembro de 1960, o fraco sinal de SOS em Código Morse é enviado a partir de outra nave espacial que parecia ter problemas de trajetória e saiu da órbita da Terra.
- Em fevereiro de 1961 um cosmonauta foi claramente audível e registrado, sufocando até a morte.
- Em abril de 1961, uma cápsula foi gravada. Ela teria feito três órbitas completas ao redor da Terra antes de reentrar na atmosfera, poucos dias antes de Yuri Gagarin fazer o seu vôo histórico. (suspeita-se que o astronauta voltou, mas já estava morto na capsula quando ela foi aberta)
- Em maio de 1961, uma nave espacial em órbita faz um apelo desesperado por ajuda e depois sai de controle.
- Na gravação de outubro de 1961, um cosmonauta perde o controle de sua nave espacial, que sai de órbita, mergulhando no espaço profundo.
- Em novembro de 1962 uma cápsula espacial calcula mal a reentrada, saindo da atmosfera e se perdendo no espaço.
- Na gravação de novembro de 1963, o que parece ser uma cosmonauta mulher, morre durante a reentrada.
- Em abril de 1964, um outro cosmonauta é morto quando sua cápsula derrete ao entrar muito inclinada na atmosfera da Terra.
Você pode ouvir alguns desses áudios aqui:
Desde os anos 1960 a perícia as gravações lançaram dúvidas sobre sua proveniência. Seriam mesmo reais o fraudes?
Especialistas dizem que as transcrições de áudio capturadas revelam que nenhum dos cosmonautas, – que deveriam ser pilotos da força aérea soviética – estavam seguindo os protocolos de comunicação padrão, como identificando-se quando se fala ou usando terminologia técnica correta.
Da mesma forma, todas as gravações pareciam conter frases desconexas e até erros gramaticais o que parecia contradizer o fato conhecido de que o programa espacial soviético utilizava pilotos altamente treinados, bem-educados e nativos da Rússia.
Embora alguns dos registros das transcrições onde os cosmonautas dizem que eles estão deixando a órbita da Terra (ou seja, se dirigem invariavelmente para o espaço “profundo”), sabe-se que tecnicamente as sondas tripuladas similares a Vostok 3KAs não poderiam jamais alcançar a velocidade de escape, porque seus projetos nunca continham um foguete de queima para propulsão secundária.
O foguete do programa Vostok , OKB-1 apenas continha energia necessária para produzir velocidade capaz de atingir a órbita terrestre (28.160 quilômetros por hora (17.500 mph)) o que é muito menos do que as velocidades necessárias para ultrapassar o campo de órbita que são da ordem de 40,320 quilômetros por hora (25.050 mph).
As unidades de propulsão poderosas o suficiente para deixar a órbita da Terra não começariam a aparecer até que o teste do motor RD-270 desse certo, em 1969.
Então, a pergunta é irresistível: Quem estava falando no radio na frequência de rádio usada pelos cosmonautas? Quem eram eles? Seriam falsificações inteligentes? Segundo o svengrahn, há uma forte possibilidade de que os dois irmãos geniais tenham inventado alguns “acidentes” para conseguir atenção e assim obter financiamentos para a compra de equipamentos, além de dar material para o monte de jornalistas que viviam no pé deles em busca de algo bombástico para levar ao editor.
Os irmãos negam que as gravações sejam fraudes até hoje |
Seriam estes fragmentos de vozes russas a prova de que os soviéticos em sua sanha por vencer a corrida espacial abandonaram seus cosmonautas no espaço quando um defeito em seus foguetes os conduziu a um destino terrível? Talvez nunca venhamos a saber a verdade.
Há um documentário que trata dese assunto aqui:
Os investigadores da teoria dos astronautas perdidos sustentam que a União Soviética tentou lançar no mínimo duas viagens tripuladas antes de obter sucesso com Gagarin, e que pelo menos dois cosmonautas morreram no processo. Acredita-se também que um outro cosmonauta, chamado Vladimir Ilyushin, tenha conseguido a façanha, mas pousado fora do curso, sendo detido pelo governo chinês. O governo soviético teria então suprimido a informação para evitar má publicidade no auge da Guerra Fria.
Na década de 80, o jornalista James Oberg pesquisou a respeito dos desastres no programa espacial soviético, não encontrando evidências de “cosmonautas fantasmas”. Desde o colapso da União Soviética no começo da década de 1990, muitas informações até então restritas se tornaram disponíveis, e mesmo assim ainda não foram descobertos detalhes significativos a respeito de incidentes envolvendo cosmonautas capazes de comprovar as desconfianças, nem como reais e nem como viagens na maionese.
Uma Carona da Lua.
Essa conspiração diz que em 1969, quando os astronautas da Apollo 11 estavam a caminho da Lua, a Rússia já tinha enviado a sua própria sonda não tripulada, chamada Luna 15 para a superfície lunar.
De fato, isso é verdade. A Luna 15, também conhecida como Luna E-8-5 No.2, ou Luna ?-8-5 No.401 ou ainda Lunik 15, foi uma das oito missões usando a plataforma E-8-5,1 para o Programa Luna que tinha como objetivo efetuar pousos suaves na Lua, recolher amostras de solo e retornar para a Terra.
Em 21 de Julho de 1969, enquanto os astronautas da Apollo 11 executavam a primeira caminhada do homem na Lua, a Lunik 15, então em órbita lunar, iniciou os procedimentos de descida para a superfície.
Lançada três dias antes da Apollo 11, essa sonda era a segunda tentativa de trazer amostras de solo lunar para a Terra (a primeira falhou no lançamento). A espaçonave soviética ao que parece, caiu na Lua as 15:50 UTC, poucas horas antes que os astronautas da Apollo 11 decolassem da Lua. Depois de completar 86 sessões de comunicação e 52 órbitas da Lua em várias inclinações e altitudes, a Luna 15 iniciou os procedimentos de descida acionando o seu retrofoguete principal as 15:47:00 UTC em 21 de Julho de 1969. As transmissões cessaram quatro minutos depois do início da descida, a uma altitude estimada de 3 km. A espaçonave caiu provavelmente na lateral de uma montanha nas coordenadas: 17° de latitude Norte e 60° de longitude Leste, no local conhecido como Mare Crisium.
O que diz a conspiração é que a sonda era tripulada!
Esta hipótese conspiratória maluca sugere que a Luna 15 realmente carregava um cosmonauta soviético em seu ventre. No entanto, o projeto do módulo impediria que ele pudesse voltar da Lua. Assim, há quem suspeite que o plano soviético era pousar o cosmonauta perto Apollo 11, e depois ele iria sair do módulo e pedir a Neil Armstrong e Buzz Aldrin uma carona para casa. Não se sabe se o cosmonauta one way morreu no acidente ou teve a caroninha recusada.
Lenda da Exploração Espacial ou Realidade?
Há quem acredite que em algum lugar na vasta escuridão do espaço, atualmente a cerca de 9 bilhões de quilômetros do Sol, o primeiro humano está prestes a atingir os limites do Sistema Solar. Seu corpo, perfeitamente preservado, está congelado a 270 graus abaixo de zero; Sua pequena cápsula se afasta da Terra a quase 30.000 km/h há 50 anos. Seria o primeiro cosmonauta perdido no espaço, quando, devido a um erro de propulsão, ele nunca pôde retornar.
De acordo com a lista no artigo Soviet space program conspiracy accusations, na Wikipedia, coletam quinze desses casos, além de outros três casos de cosmonautas perdidos que de alguma forma foram confirmados como falsos. De todos os supostos casos de cosmonautas que “não existiram”, o mais documentado – mas não necessariamente verdadeiro – é o de Vladimir Ilyushin.
Qualquer uma dessas histórias ou teorias deve ser tomada como elas são: lendas urbanas e histórias não confirmadas normalmente contadas como sendo verdadeiras, pois os especialistas em espaço acreditam que não houve mais astronautas e cosmonautas mortos do que os oficialmente reconhecidos pelos Estados Unidos e pela União Soviética.
Existem especialistas que consideram essa possibilidade apenas uma teoria conspiratória. O falecido astrônomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão explica que muitos segredos russos já vieram à tona, e que isso não foi nem mencionado.
“Essas histórias caíram em descrédito após a queda da cortina de ferro, muitos segredos do programa russo vieram à tona e nada sobre esse assunto foi abordado. O programa russo contou com diversos fracassos que eles não esconderam”.
Mas será mesmo? Nos Estados Unidos até seria mais difícil de ocultar essas supostas mortes no espaço, devido a vários fatores, como a liberdade de imprensa e relatos de familiares. Mas na antiga União Soviética, onde o estado era mais importante do que o indivíduo, uma falha destas em plena Guerra Fria, aonde uma ideologia queria sobrepor a outra, não duvidemos desta possibilidade.
Fontes. 173 de 186
http://www.mundogump.com.br/o-misterio-sobre-os-cosmonautas-sovieticos-que-nunca-retornaram-para-terra/ (Fonte Principal)
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