Mapa da região de Fort Monmouth com a trajetória do OVNI destacada em vermelho e em amarelo a trajetória do caça T33. Créditos: Portal Fenomenum. |
Entre os casos ocorridos naquela época, os incidentes de Fort Monmouth merecem destaque, não só pelos testemunhos dos militares envolvidos, como também pela confirmação por radar e pelas manobras de acobertamento dos militares americanos, levadas a cabo logo após a ocorrência dos avistamentos.
Fort Monmouth é uma instalação militar americana situada no condado de Monmouth, Nova Jersey, fundada no começo do século XX. Durante a Segunda Guerra Mundial foi um importante campo de instrução de oficiais. No período pós-guerra, For Monmouth continuou recebendo e formando oficiais. Foi a partir destas instalações que alguns OVNIs foram registrados naquele mês de setembro de 1951.
O primeiro incidente ocorreu por volta das 11:10 hs da manhã do dia 10 de setembro, quando um alvo desconhecido surgiu na tela de um radar AN/MPG-1. O objeto deslocava-se em alta velocidade, em baixa altitude (valor exato indeterminado), 11 km a sudeste de Fort Monmouth. O objeto deslocava-se seguindo a linha da costa e em uma velocidade superior ao dos aviões da época. O objeto continuou sendo rastreado até desaparecer a 12,8 km a nordeste. Quem operava o radar era um técnico experiente, que no exato momento em que o OVNI surgiu, realizava uma demonstração para oficiais ali presentes. Ele assumiu que o objeto seria uma aeronave deslocando-se em alta velocidade, em função da dificuldade de rastrear o alvo desconhecido. Seu equipamento estava programado para rastrear aeronaves convencionais que na época chegavam a 700 mph. Velocidades superiores à isso, era muito difícil fazer o rastreio do alvo.
Pouco depois, por volta das 11:35 hs, ocorre um novo episódio, desta vez com contato visual. Tenente Wilbert S. Rogers, veterano da Segunda Guerra Mundial, e o Capitão Ezra S. Ballard, voavam a bordo de um avião T-33, da Força Aérea Americana. Eles haviam decolado da Base Aérea de Dover, em Delaware, para a Base Aérea de Mitchell, em Nova York. O avião voava rumo NNE, a 450 mph, a 20 mil pés de altitude. Nas proximidades de Sandy Point, o tenente Rogers observou um objeto voador, descendo em direção à Sandy Point. Tal objeto nivelou e manteve sua altitude durante alguns segundos, tempo suficiente para o tenente perceber que o objeto tinha formato discóide, de aspecto prateado, tendo entre 9 e 15 metros de diâmetro e não refletia a luz solar. O piloto decidiu interceptar o objeto e realizou uma manobra a esquerda para seguir o objeto. Durante esta manobra ele desceu o avião de 20 mil para 17 mil pés. Durante este manobra, o capitão Ballard avistou o objeto, que realizava uma manobra descendo de 8 mil para 2 mil pés nas proximidades de Freehold. Durante esta manobra o objeto desapareceu, justamente quando cruzava a costa. Quando desapareceu, o avião encontrava-se a 550 mph. Nenhum objeto voltou a ser visto naquele dia. O piloto seguiu então para a Base Aérea de Mitchell onde reportou o fato aos seus superiores. Este relato acabou caindo na imprensa que divulgou o episódio. Mais tarde naquele mesmo dia, militares da base lançaram um balão meteorológico e solicitaram que radares rastreassem o alvo, no intuito de determinar a altitude máxima que um balão pode ser observado.
Caça T33, semelhante ao envolvido em uma das ocorrências. Créditos: Portal Fenomenum. |
Ainda naquele dia, por volta das 13:30 hs, outro OVNI foi captado pelo radar SCR-584. O objeto realizava manobras erráticas, com grande agilidade, sobre a região de Navesink, Nova Jersei, a 6 mil pés de altitude. Em dado momento, o objeto pairou estático no céu. Diante disso, os operadores saíram na tentativa de confirmar visualmente o objeto. Entretanto, havia muita nebulosidade e eles voltaram ao equipamento. Então o objeto começou a elevar-se com muita rapidez. Após pairar novamente o objeto deslocou-se em direção sudeste, em altíssima velocidade.
A Força Aérea Americana (USAF), na época, mantinha um departamento de investigação de casos ufológicos, chamado Projeto Grudge. Este comitê funcionava de modo análogo ao do Projeto Blue Book, sendo de carater desmistificador e seguindo o protocolo tradicional das autoridades americanas frente à este tema. Para estes casos, a USAF atribuiu como origem: balões, inversão térmica e confusão por parte das testemunhas. Balões teriam originado a maioria dos casos de registro por radar, com excessão daquelas com movimento irregular e em alta velocidade. Para estes a causa seria inversão térmica. Os pilotos de T-33, por sua vez, teriam confundido balões, soltos pela base em For Monmouth, com discos voadores.
Jornais da época, noticiando o fato. Créditos: Portal Fenomenum. |
"Eu não sei se era um disco voador, mas com certeza era algo que eu nunca tinha visto antes. Nós não conseguimos tê-lo pego com um F86. Eu apontei-o para o Capitão Ballard que sugeriu que nós tentássemos segui-lo, mas nós descobrimos que não dava. Ele era muito rápido. Não pode ser um balão porque ele estava descendo e nenhum balão voa naquela velocidade”.
Tenente Rogers.Fontes.
http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1950/fortmonmouth
http://www.nicap.org/510910sandyhook_dir.htm
http://www.nicap.org/510910monmouth_dir.htm
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