terça-feira, 18 de setembro de 2018

Nazismo; De Esquerda (?) De Direita (?) De Centro (?)

Esse é um Post da qual precisei pesquisar bastante, observar é estudar os debates, desde que esse tema surgiu, pesquisar às pressas não adiantaria de nada destrinchar algo tão complexo. Sim tive que me afundar nas informações de Coxinhas e Mortadelas para entende o que cada um  defende.

Em tese grande parte desta pesquisa se deve aos eventos ocorridos em Charloteesville, que na época pensei em escrever um Post  parte, mas desistir por entende que o tema era mais complexo e emaranhado. O Nazismo e uma Quimera indefinida (A Academia, os Historiadores ao redor do Mundo o define com Extrema-Direita (Com um  pé na Esquerda), não sabemos o que é, e o por que ela é!

Esse Post estava parcialmente concluído quando mais um capítulo deste Debate e adicionado na Internet. Mas antes...

Esse Post vai mudar algo? NÃO.

As Fontes foram divididas em 4 grupos:
  • Pesquisas da Wikipédia (Que eu julguei serem apartidárias) e fontes complementares.
  • Esquerda (Que Julga o Nazismo de Direita) 
  • Direita (Que Julga o Nazismo de Esquerda) 
  • E o Meio (Que Julga o Nazismo de 3° Via)
Em 5 de Setembro de 2018, um vídeo divulgado pela Embaixada da Alemanha no Brasil reacendeu uma polêmica nas redes sociais (Principalmente no Brasil). Feito para divulgar a história da Alemanha, o conteúdo destaca que os alemães “são ensinados a confrontar os horrores do Holocausto”. O material foi elaborado para mostrar que os alemães não têm vergonha de falar sobre o passado nazista, principalmente para evitar que o erro seja novamente cometido.

A publicação do vídeo foi motivada por manifestações de Grupos da extrema direita, incluindo grupos neonazistas, que aconteceram entre o final de agosto e o início de setembro na cidade de Chemnitz, no Leste da Alemanha, depois que um alemão foi morto em uma briga, supostamente por dois imigrantes. Na ocasião, grupos xenófobos saíram às ruas perseguindo estrangeiros.

Ok, um vídeo educacional ao estilo "Quem esquece sua história está fadado a repeti-la", qual a treta que ela pode ocasionar? Para esta questão temos 2 respostas:
  1. Em países que conviveram com as atrocidades do Nazismo relembrar esse epísódio esporadicamente e uma forma de alertar o quão danoso foi para si e outras sociedades, quando movimento simpatizantes ganham vozes;
  2. Exclusivamente no Brasil se torna mais um debate a lá FlaxFlu Político.


Ensinado o Padre a Rezar.

Em outro trecho do vídeo, ouve-se a fala do ministro de Relações Exteriores da Alemanha Heiko Maas, no vídeo, pedindo cuidado com grupos extremistas.

“Devemos nos opor aos extremistas de direita, não devemos ignorar, temos que mostrar nossa cara contra neonazistas e antissemitas”, diz o ministro.

Não sei com clareza se Heiko Maas sabe como está a situação política no Brasil, mas se soubesse que ele abriu (meio sem querer) a Caixa de Pandora Política, estaria supreso com alguns dos comentários feitos por Brasileiros que contestaram a veracidade das informações trazidas pela embaixada.
“Extremistas de direita? O partido de Hitler se chamava Partido dos Trabalhadores Socialistas. Onde tem extrema direita?”, questiona um dos comentários.
“O holofraude está com os dias contatos”, diz outro.
Brasileiro ensinando Alemão a o que foi o Nazismo seria o mesmo que o Alemão ensinar o que foi a Escravidão Brasileira do Período Colonial, ou quiça a Origem do Carnaval do Brasil.

Tipo Alemão nato ensinado a fazer feijoada ao Brasileiro.

Houve quem tentasse explicar onde estava o erro da embaixada:
"Não é só pelo nome do partido. É uma concentração de poder no Estado. A esquerda (comunismo/socialismo) acredita em poder centralizado no governo para a construção de uma sociedade melhor. A direita acredita na descentralização desse poder, por isso advoga um poder maior ao indivíduo e não ao coletivo (...)". 
Isto é, como Hitler centralizava o poder, logo, ele não poderia ser de direita, segundo esse internauta.

Enquanto alguns tentavam ver o lado positivo da iniciativa e marcavam amigos para tentar provar que o nazismo é, sim, de direita - "(...) se o Consulado alemão explicando que o nazismo é de extrema direita não te convencer, não sei o que mais poderá", escreveu um internauta. Outros até ameaçaram a embaixada: "[Vocês] perderam uma enorme chance de ficar de boca fechada. Mas não se preocupem. Estou compartilhando este post na Alemanha. Vamos ver o que irão dizer!"

Outro disse: "Vindo do país de origem do Marxismo, tendo a Alemanha sido infestada por vermelhinhos no pós-guerra (...) é claro que eles vão distorcer tudo e jogar na conta da direita". Uma rápida olhada nos perfis dos usuários que associaram o nazismo com a esquerda mostra que vários divulgam propaganda do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL).

Nazismo de Esquerda?

A Esquerda Política tem diversos "Monstros" em seus extremos: Marx, Stalin, Lenin, Mao Tsé-Tung, Kim Il-sung, Che Guevara, Fidel Castro, são alguns dos mais conhecidos e citados em debates acalorados de Grupos de Direita no Brasil. A Esquerda por sua vez reconhece que alguns destes revolucionários exageram (Ou coniventes com seus crimes, segundo a Direita), ou não concretizaram o (utópico) sonho socialista. Mas de uma coisa eles são categóricos em afirmar: Hitler não faz parte da história da Revolução Socialista.

O Nazismo e apenas o filho feio que a Direita se recusar a assumir. O filho feio que é empurrado para a Esquerda, dando uma pureza moral e espiritual para o Lado Azul da força.
  • Argumentos classificatórios à Esquerda.
Diferentemente dos que classificam o nazismo como um movimento de extrema-direita, os que classificam de forma oposta não possuem um consenso sobre qual o nível do posicionamento nazista à esquerda(Centro-esquerda, esquerda e extrema-esquerda (Geralmente neste ponto).

Os defensores desta classificação normalmente recorrem a comparações do regime nazista com regimes comunistas, principalmente com o regime soviético de Josef Stalin. Tais comparações buscam mostrar semelhanças econômicas e políticas da estrutura governamental de ambos os governos.

Outras supostas semelhanças encontradas entre a Alemanha Nazista e outros países comunistas, seria a forma repressiva de agir por parte do governo a sua população, principalmente a grupos liberais e conservadores que existiam em ambos os países. Alguns defensores dessas ideias afirmam que Hitler e os outros líderes nazistas teriam se inspirado nas táticas stalinistas de repressão feitas através de torturas e até mesmo morte. Inclusive, alguns argumentam que os campos de concentração nazistas foram baseados nas gulags soviéticas.

As formas de propagandas nazistas também são colocadas como semelhantes as comunistas, incluindo cartazes e discursos voltados a determinados grupos sociais.
Os 8 fatos que Comprovam o Nazismo como um Partido de Extrema-Esquerda. 
  • 1 . Direita não é só combater o Comunismo. 
O argumento mais utilizado pelos esquerdistas quando querem atribuir o nazismo como um partido pró-conservador, é dizer que, eram de direita porque combatiam a esquerda, no caso, o comunismo-stalinista. Porém, este silogismo pueril, ignora o fato de que o nazismo também lutou contra o livre-mercado, os conservadores e toda a direita da oposição. Aliás, dados registram que o homem que mais matou comunistas na história foi o próprio Stalin, os alvos eram os rivais da União Soviética, os comunistas da vertente Trotskista. 
Seguindo a lógica, Stalin também era de direita? 
  • 2 . Noite das Facas Longas. 
A direita tradicional da Alemanha na época se opôs ao Nazismo em 1934, após a coalizão que formava o partido ter sido desmanchada, Hitler resolveu eliminar mais de 85 pessoas neste episódio que ficou conhecida como “noite das facas longas”.
Alem disso, membros do Partido Nazista, armados com machados e martelos, saíam por cidades da Alemanha e da Áustria destruindo sinagogas, lojas, casas e cemitérios de judeus, além de matar e levar milhares deles para campos de trabalho. 
Hitler, assim como qualquer comunista, também tinha o desejo de trocar a posição de Deus pela do Estado. 
  • 3. As Reivindicações Políticas do Partido Nazista. 
“O que os nazistas buscavam era uma forma de comunitarismo anticapitalista, antiliberal e anticonservador”, afirma o ensaísta Jonah Goldberg. 
Veja algumas das reivindicações políticas:
  1. Nós exigimos a divisão de lucros de indústrias pesadas.
  2. Nós exigimos uma reforma agrária adequada às nossas necessidades, uma legislação para desapropriação da terra com propósitos de utilidade pública, sem indenização, a abolição dos impostos territoriais e a proibição de toda a especulação com a terra.
  3. O Estado deverá se responsabilizar por uma reconstrução fundamental de todo o nosso programa nacional de educação, para permitir que todo alemão capaz e laborioso obtenha uma educação superior e subsequentemente seja encaminhado para posições de destaque. […] Nós exigimos que o estado financie a educação de crianças com excepcionais capacidades intelectuais, filhas de pais pobres, independentemente de posição ou profissão.
  4. O Estado deve cuidar de elevar a saúde nacional, protegendo a mãe e a criança, tornando ilegal o trabalho infantil, encorajando o preparo físico por meio de leis que obriguem à prática de ginástica e do esporte, pelo apoio incondicional a todas as organizações que cuidam da instrução dos jovens.
  • 4. Como Hitler conheceu o Nazismo.
“No dia 12 de setembro de 1919, uma sexta-feira à noite, ele foi assistir a um encontro do Partido dos Trabalhadores Alemães num salão da cervejaria Sterneckerbräu, de Munique. Como muitos outros da época, esse partido era formado por operários e funcionários de baixo escalão – a maioria deles da estação ferroviária da cidade – e lutavam contra a especulação financeira e as grandes corporações. “Eu ainda tenho esperança de uma verdadeira e justa forma de socialismo, a salvação das massas trabalhadoras e a libertação da humanidade criativa das correntes do capitalismo exploratório”, afirmou um dos fundadores, o poeta e operário de oficinas ferroviárias Anton Drexler, num panfleto que divulgava as ideias do partido. Mas havia uma diferença entre aquele movimento e os outros grupos radicais da Baviera. Além de socialista, o Partido dos Trabalhadores Alemães era nacionalista – e antissemita. Culpavam os judeus por lucrarem com a guerra e provocarem a derrota da Alemanha. Reunia os nazistas originais, apesar de eles ainda não se chamarem assim.
Na palestra daquela sexta-feira à noite, o engenheiro Gottfried Feder apresentou aos cerca de 40 convidados a palestra “Como e por que meios o capitalismo deve ser eliminado”. 
  • 5. O Anti-Capitalismo. 
No começo da década de 1930, a República de Weimar entrou em mais uma crise, nenhum partido conseguia a maioria necessária no parlamento para eleger o chanceler. Novas eleições eram convocadas e, em cada uma delas, o Partido Nazista ficava maior.
Diante da oportunidade de virar chanceler, Hitler apaziguou o discurso anticapitalista e começou a organizar reuniões e jantares com endinheirados alemães. Passou o fim de 1931 rodando o país em reuniões com empresários, industriais e aristocratas. O interessante é que fazia isso em segredo, sem motivar notícias nos jornais, para evitar a imagem de que era amigo dos ricos. “O partido tinha de manobrar entre os dois lados”, conta o jornalista William Shirer no clássico Ascensão e Queda do Terceiro Reich. “Devia permitir a Strasser, a Goebbels e ao maníaco Feder seduzirem as massas com o grito de que os nacional socialistas eram verdadeiramente socialistas e contra os magnatas do dinheiro. Por outro lado, o dinheiro para manter o partido devia ser obtido jeitosamente daqueles que possuíam em abundância.” 
Um dos industriais a apoiar Hitler com mais convicção foi Fritz Thyssen – e sua história é um excelente exemplo do que aconteceu com os empresários na Alemanha nazista. Thyssen era herdeiro das maiores minas e indústrias de siderurgia do país – em 1938, sua companhia era a quarta maior do país em número de funcionários. Foi o principal empresário aliado de Hitler desde que o conheceu, em 1923. Dez anos depois, foi por insistência de homens como Thyssen que o presidente Paul von Hindenburg acabou indicando Hitler para o cargo de chanceler. Aos poucos, porém, Thyssen começou a se assustar com o radicalismo dos nazistas no poder. Depois de 9 de novembro de 1938, a “Noite dos Cristais Quebrados”, o magnata decidiu retirar seu apoio. No ano seguinte, avisou ao governo que discordava da guerra e fugiu para a Suíça. Acabou capturado por agentes nazistas na França, enviado a um sanatório e, depois, a um campo de concentração. Ficou preso com a mulher até o fim da Segunda Guerra Mundial. Pouco antes de morrer, ao reavaliar sua vida, disse: “Como fui estúpido”. 
  • 6. O Antissemitismo-Marxista. 
“O antissemitismo na Alemanha não era uma exclusividade dos nazistas. Membros de outros partidos socialistas também desprezavam judeus – e até mesmo o judeu Karl Marx, o pai do comunismo, expressou opiniões que parecem ter inspirado Hitler. No ensaio Sobre a Questão Judaica, escrito em 1843, Marx diz: “Qual a base profana do judaísmo? A necessidade prática, o interesse pessoal. Qual o culto mundano do judeu? A usura. Qual o seu deus mundano? O dinheiro. Muito bem! Ao emancipar se do tráfico e do dinheiro e, portanto, do judaísmo real e prático, a nossa época conquistará a emancipação do judaísmo”. 
“Trata-se da velha ideia de que o capitalismo imperou no mundo por causa dos judeus. Marx prossegue com uma receita de como eliminar o judaísmo de todas as esferas: “Uma organização da sociedade que abolisse os pressupostos da usura, por conseguinte, a própria possibilidade de comércio, impossibilitaria a existência do judeu. A sua consciência religiosa dissolver-se-ia como um vapor insípido na atmosfera real, tonificante, da sociedade. […] Descobrimos, pois, no judaísmo um elemento antissocial universal do tempo presente, cujo desenvolvimento histórico, zelosamente coadjuvado nos seus aspectos perniciosos pelos judeus, atingiu agora o ponto culminante, ponto em que tem necessariamente de se desintegrar” 
  • 7. Hitler e sua Inspiração no Comunismo.
Havia tantas semelhanças entre o novo partido e os revolucionários comunistas que muita gente se confundia. Hitler achava graça dessa confusão. “Os espíritos nacionalistas da Alemanha cochichavam a suspeita de que, no fundo, não éramos senão uma espécie de marxistas, talvez simplesmente marxistas, ou melhor, socialistas”, escreveu ele em sua biografia. Não era coincidência. Na autobiografia, Hitler conta que se inspirou nos movimentos comunistas para escolher o vermelho das bandeiras, os locais dos discursos, os símbolos do partido e até a ideia de panfletar pela cidade em caminhões “cobertos com o maior número possível de panos vermelhos, arvorando algumas bandeiras nossas”. A tática de criar confusão nos comícios também veio dos opositores. “Hitler aprendeu, com os organizadores dos comícios da esquerda, como eles deviam ser orquestrados, o valor da intimidação dos oponentes, as técnicas de disrupção e como lidar com os distúrbios”, conta o historiador inglês Ian Kershaw. 
  • 8. A diferença entre Comunismo x Nazismo. 
“Um bom livro a comparar nazismo e comunismo é A Infelicidade do Século, do historiador francês Alain Besançon. Apesar de ser recomendado e traduzido no Brasil por Emir Sader, eterno defensor de qualquer desvario socialista, o livro tem uma mensagem clara: nazismo e comunismo são irmãos gêmeos que brigam. Besançon compara as duas ideologias a partir de três tipos de destruição: 
  1. Física; 
  2. Política; 
  3. Moral. 
Na destruição física, é difícil dizer quem foi pior. Os comunistas mataram mais (por volta de 80 milhões de pessoas, 218 contra 10 milhões dos nazistas), mas num período mais longo e em mais países. Deportações em massa, chacinas a céu aberto ou com gases asfixiantes ocorreram na União Soviética desde a década de 1920. A NKVD, a polícia secreta soviética, criou em 1936 uma câmara móvel de gás, instalada num caminhão que levava as vítimas para a vala comum enquanto elas morriam. Hitler copiou e aperfeiçoou esses métodos”. 
A grande diferença está na destruição moral, a capacidade das duas ideologias de tornar o errado em certo, de transformar crimes em práticas não só aceitáveis como necessárias. A princípio, nazismo e comunismo se parecem. Ambos justificaram milhões de mortes em nome de um pretenso ideal superior. Mao Tsé-tung defendia que “talvez metade da China tenha que morrer”; para Himmler, o comandante da SS, “tudo o que fazemos deve ser justificado em relação a nossos ancestrais”. A diferença é que os vermelhos foram muito mais longe nessa perversão moral. 
Fontes: 
O Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo, de Leandro Narloch.
Fascismo de Esquerda, de Jonah Goldberg.
Outro argumento corriqueiro é o de que o termo nazismo é a abreviatura de Nacional-Socialismo (em alemão: Nationalsozialismus), assim a ideologia seria uma vertente do socialismo, e, portanto, seria de vertente de esquerda.

“Se essa for a lógica, então eles também têm que afirmar que a República Democrática da Coreia (Coreia do Norte) é uma democracia e que o mesmo valia para República Democrática Alemã (antiga Alemanha Oriental comunista)”, afirma o cientista político alemão Kai Michael Kenkel, professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e pesquisador associado do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga).

Outro argumento usado pelos propagadores da ideia do “nazismo de esquerda” também aponta para o caráter antiliberal na economia do Terceiro Reich e as características estatistas de setores do regime. Sobre as questões econômicas, é argumentado que os nazistas construíram um grande estado, que recorria a práticas de controle de preços, protecionismo e estatização, características comumente encontradas em vertentes de esquerda. A comparação ignora que regimes de direita como a ditadura militar brasileira (1964-1985) ou o antigo governo franquista da Espanha também eram estatistas, antiliberais e favoreciam uma espécie de capitalismo a serviço dos interesses nacionais, assim como o Nazismo.

Nazismo de Direita?

Os argumentos que compõem tal classificação, se baseiam na premissa de que o nazismo seria uma ideologia ultraconservadora e nacionalista, algo que caracteriza ideias políticos de direita.

Também é argumentando que a ideologia vinda de Adolf Hitler, seria agressiva em relação a certos grupos sociais, isso seria uma forma de extremismo do que é idealizado nas posições políticas de vertentes conservadoras que rejeitam de forma moderada certos grupos sociais.

Outro motivo para tal classificação, é o fato de que o regime nazista perseguia pessoas compactuantes da ideologia marxista e de outras formas de socialismo.

Os nazistas definitivamente não eram amigáveis aos esquerdistas. Hitler conquistou o poder absoluto ao – é o que acredita a maioria dos historiadores – incendiar o Reichstag para acusar os comunistas. Em seu regime, ser comunista era motivo para ser mandado para um campo de extermínio, mesmo destino que o dos judeus, democratas liberais, ciganos, testemunhas de Jeová e homossexuais - algo que, hoje, contribui para que o nazismo seja classificado como um movimento da extrema-direita, e o aproxima de grupos que pregam contra a comunidade LGBT, contra imigrantes e contra muçulmanos (Isto devido ao fato dos terroristas).

Em seu livro Mein Kampf, editado na prisão, em 1926, ele já citava o comunismo como “um perigo judeu” e afirmava  que o marxismo era  o problema mais importante que confrontava a Alemanha à época. Em 1941, já durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Nazista invadiu a União Soviética, violando o pacto de Não Agressão Molotov-Ribbentrop, e iniciou a sangrenta guerra que culminaria com a vitória do Exército Vermelho sobre o Exército Nazista.  Durante o confronto, morreram cerca de 24 milhões de soviéticos (entre civis e militares), número superior às mortes de americanos, franceses, britânicos e chineses somadas, durante toda a Guerra.

O ódio de Hitler foi diretamente transferido para a ideologia que criara. Karl Marx, que mais tarde se declarou ateu, era de uma família judia alemã, o que gerava ojeriza por parte dos nazistas. Existem ainda diferenças conceituais muito evidentes entre o comunismo e o nazismo: enquanto o primeiro pregava uma sociedade livre de divisões e apátrida, o segundo era apoiado na hierarquia de classes raciais e era ultranacionalista. Não existe absolutamente nada que ligaria nem de longe o nazismo ao comunismo ou à esquerda, exceto o nome do Partido Nazista: Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães.

Assim como nunca devemos julgar um livro pela capa, jamais devemos julgar um partido pela sua nomenclatura. Normalmente, não passam de signos vazios, com o intuito de criar identificação por parte de determinados apoiadores. Com o Partido Nazista, a lógica foi a mesma: foi cunhada a expressão “Nacional Socialismo” para atrair a atenção da classe trabalhadora alemã. Mas o partido, em todas suas ações, era de extrema-direita e continua sendo a grande referência desse espectro ideológico nos dias atuais.

Apesar de se chamar Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Nazismo desprezava o comunismo no estilo soviético. Ele tinha mais pontos em comum com o liberalismo econômico, uma bandeira tradicionalmente da direita, embora também tivesse elementos em comum com a esquerda.

Mais importante do que estar à direita ou à esquerda, o que realmente definia as políticas e os objetivos de Adolf Hitler não era nem o capitalismo nem o socialismo: era o racismo. O Nazismo, da forma como se consolidou na década de 1930, era caracterizado por um nacionalismo para poucos, os alemães supostamente arianos. Qualquer outro grupo que não se encaixasse nisso não poderia participar do Estado alemão.
  • Contra Os Judeus e o Capitalismo.
O antissemitismo, porém, não tem sinal. Historicamente, estava ligado a radicais religiosos, vistos como de direita. Mas o termo foi criado por um ateu anarquista descrevendo suas próprias ideias, o alemão Willhelm Marr (1819-1904), que achava que o capitalismo era uma conspiração dos judeus e que eles eram incompatíveis com as lutas dos trabalhadores. Marr se arrependeu no fim da vida. Mas, décadas após seus panfletos incendiários, os nazistas estavam defendendo basicamente essas ideias.

Quem diz que o nazismo era de esquerda costuma se basear na parte econômica. E, de fato, o regime era totalmente avesso ao liberalismo econômico que hoje é visto como de direita – inclusive porque, para eles, Wall Street era uma conspiração de judeus. Membros do Partido se manifestaram abertamente contra valores “burgueses” – particularmente Goebbels. Os nazistas toleravam a propriedade privada, mas também defendiam massiva intervenção do Estado na economia, com obras públicas para oferecer pleno emprego e um extensivo sistema de bem-estar social. Reservado aos “arianos”, claro.

Em sua origem, a ultradireita parece ter sido uma mutação da ultraesquerda. Mussolini começou sua carreira como um membro do Partido Socialista Italiano, que acabou expulso por defender a entrada do país na Primeira Guerra. Em 1919, Hitler participou da República Soviética da Bavária, um projeto comunista que naufragou em menos de um mês. Ambos saltaram do esquerdismo para o nacionalismo, e nunca foram políticos conservadores tradicionais. Eles queriam uma revolução, não reforma. “O movimento surgiu com um viés de esquerda”, afirma o historiador Rodrigo Trespach, autor de Histórias Não (ou Mal) Contadas da Segunda Guerra. “Alguns pesquisadores consideram marxismo e nazismo como movimentos irmãos e, na época, industriais alemães achavam o partido nazista de esquerda.”
  • Economia versus Valores.
Fechamos então que o nazismo era de esquerda? Não! Economia não é tudo. Se tanto nazistas como comunistas acreditavam num Estado totalitário, uma reengenharia completa da sociedade, há que se perguntar qual era o objetivo final dessa empreita.

Comunistas acreditavam que sua “ditadura do proletariado” era a fase intermediária em direção ao comunismo em si, uma sociedade sem Estado ou classes sociais, onde todos trabalham pouco e não há especialização de funções – um sonho idêntico ao dos anarquistas.

Para nazistas, o totalitarismo não era fase, mas a utopia em si. Um Estado absoluto que guiaria a sociedade contra a corrupção amoral tanto do capitalismo quanto do marxismo. Com a eliminação dos elementos indesejáveis, a pureza genética levaria à raça perfeita, que criaria a civilização perfeita. Tão perfeita que o conflito de classes seria irrelevante: não importa sua condição social, todos seriam felizes sob o sol da suástica.

Os dois socialismos, o nacional e o soviético, rejeitavam o liberalismo democrático como uma farsa. Mas o comunismo o fazia porque acreditava que o liberalismo havia falhado em manter sua promessa de igualdade. Quanto ao nazismo, rejeitava a igualdade por princípio: o que vale são os genes, algumas raças e países são melhores que outros. Há uma hierarquia natural e hereditária, vinda dos genes. No topo dela, o Führer, que representa o espírito do “povo”. Ou seja, o que importava no nome do partido não era o “Socialista”, era o “Nacional” – e “Nacional” significava um grupo específico de alemães (Os Arianos).

A rejeição da igualdade por princípio é reacionarismo no sentido mais tradicional. É um discurso parecido com o dos que defenderam o absolutismo. A separação mais clássica entre Direita e Esquerda vem da Revolução Francesa, quando Nobres e o Clero se sentaram à Direita e Plebeus, à Esquerda na Assembleia dos Estados Gerais.

Fremdschämen, a Brasileira.

Kai Michael Kenkel, professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e pesquisador associado do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga) foi categórico na reportagem da DW (Deutsche Welle):
“Nunca tinha visto essa discussão sobre o nazismo ser de esquerda na Alemanha. Lá é muito simples: trata-se de extrema direita e pronto. Essa discussão sobre ser de esquerda ou direita parece existir só no Brasil. Se você perguntar para um neonazista na Alemanha se ele é de esquerda, vai levar uma porrada. Essa falsa polêmica demonstra que o ensino de história é profundamente falho no Brasil. Também mostra uma profunda manipulação dos fatos e um desprezo pela verdade entre alguns setores no Brasil.”
Outros usuários que comentaram no vídeo foram até mais longe, chegando a negar o Holocausto e chamar o extermínio de milhões de judeus durante o nazismo de “holofraude”. "Os supostos 6 milhões existem desde 1915 como propaganda sionista, só que não existia um culpado certo e acharam um em 1945”, disse um comentarista. O teor desse tipo de comentário levou a embaixada a reagir e responder “que o Holocausto é um fato histórico”.

Mas não só militantes que contestaram o vídeo encheram a caixa de comentários. Centenas de brasileiros também mostraram repúdio às declarações dos militantes de direita. “Querem ensinar o padre a rezar a missa”, disse um usuário. “Todo dia um a 7 a 1 diferente”, disse outro. Vários pediram “desculpas” à embaixada da Alemanha pelo comportamento de alguns de seus compatriotas.

Na tarde de segunda-feira (17/09), o vídeo já havia sido compartilhado 16 mil vezes e tinha mais de mil comentários. O Consulado-Geral da Alemanha no Recife também publicou a peça, e a reação foi similar: 20 mil compartilhamentos e 1.500 comentários.

O embaixador alemão no Brasil, Georg Witschel, afirmou nesta segunda-feira que “é uma besteira completa” dizer que o nazismo foi um movimento político de esquerda. Em entrevista ao GLOBO, o diplomata disse que há amplo consenso entre historiadores alemães e mundiais de que Hitler liderava uma corrente política de direita.
— É uma besteira argumentar que o fascismo e o nazismo são movimentos da esquerda. Isso não é fundamentado, é um erro, é simplesmente uma besteira — analisou Witschel. — Isso é um fato bem fundamentado na História. É um consenso entre os historiadores da Alemanha e do mundo que o nazismo foi um movimento de extrema direita.
Witschel explicou que o uso da palavra “socialismo” ( O Argumento Clássico) no nome do partido nazista — Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães — foi uma estratégia para apelar “a trabalhadores e setores pobres da população”.

Damaris Jenner, responsável para assuntos de imprensa na embaixada alemã, afirma que o Chamado Nazismo de Esquerda é devido a situação política do Brasil. Desde as jornadas de Junho de 2013, o país vive um clima acirrado de polarização política. Grupos alinhados ao pensamento da direita se uniram em torno do impeachment da petista Dilma Rousseff. Enquanto grupos de esquerda acusavam os adversários de golpe. Neste cenário, a defesa falaciosa de que o nazismo seria um movimento de esquerda se tornou comum entre militantes da direita nas redes sociais.

Na escola, os alemães começam a aprender sobre o nazismo quando têm  entre 13 anos e 15 anos.

No Brasil também. "Os alunos da rede pública estudam este tema em História em dois momentos do ciclo básico: no nono ano do ciclo fundamental e no terceiro ano do ensino médio", afirma o professor de história da rede pública de São Paulo Danilo Oliveira. A diferença é que, enquanto na Alemanha a história do Terceiro Reich está nas ruas, no turismo e nas memórias das famílias, no Brasil, as lembranças do passado de influência nazista vão sendo apagadas pelo desinteresse sobre o tema.

É o que aconteceu com a Fazenda Cruzeiro do Sul, em Paranapanema, interior do Estado de São Paulo, onde funcionou na década de 1930 uma colônia nazista. A história da fazenda ganhou destaque a partir do trabalho do historiador Sydney Aguilar que descobriu como 50 meninos órfãos do Rio de Janeiro foram escravizados por dez anos a ponto de terem sido privados até mesmo de seu nome, eles só ganhavam números. Essa história foi contada no filme Menino 23, lançado em 2016. O prédio da sede, construído com tijolos com o desenho da suástica, já não existe mais. O proprietário começou a demolir a estrutura em 2012, e terminou em 2016. E só restou à Procuradoria Geral do Estado processar o dono.

O professor Oliveira admite que o nível de informação dos brasileiros sobre grandes temas da humanidade, como o Nazismo, pode piorar nos próximos anos. Isso porque a diferença entre as ideologias de direita e esquerda são mais aprofundadas nas disciplinas de história e sociologia no ensino médio, que deixarão de ser obrigatórias se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para esta etapa de estudos for aprovada. Por enquanto, como disse um internauta, "brasileiros questionando a embaixada alemã sobre nazismo é 8 a 1 para Alemanha". Mas pelo andar das coisas, esse placar ainda tem potencial para crescer muito.

Nazismo de Esquerda é Algo Pt-Br?

A versão de que o Nazismo seria uma ideologia de esquerda vem se espalhando há alguns anos entre páginas de direita brasileiras. Desde os anos 2000 o filósofo Olavo De Carvalho vem divulgando essa visão para seus seguidores.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, também afirmou em 2016 no Twitter que o “nazismo é esquerda” e usou o argumento sobre a presença da palavra “socialista” no nome do partido. Desde então, voltou ao tema várias vezes nas redes sociais sempre apontando que o nazismo está no campo da esquerda.

Recentemente, a associação do nazismo com a esquerda ganhou até mesmo adesão em páginas brasileiras de viés liberal que passaram a adotar posições mais conservadoras.

Em 2017, o direitista Movimento Brasil Livre (MBL) publicou um vídeo em que o ativista Kim Kataguari diz que Hitler não “era de direita”, mas concedia que o nazismo também “não era de esquerda” e finalizava com um raciocínio confuso em que apontava que o nacional-socialismo seria uma espécie de “terceira via” totalitária. Vários comentaristas não gostaram que o líder do MBL não classificou o nazismo como meramente de “esquerda” e o acusaram de ser um “isentão” que se deixou levar pela “conversa de esquerdistas”.

Foi no ano de 2017 que esse Assunto entrou em voga graças aos protestos em Charloteesville.

Nos EUA, o assunto também surge em páginas de redes sociais, mas praticamente nunca foi abordado na grande imprensa e permanece relegado a páginas de direita ou fóruns. No Brasil, no entanto, algumas revistas e sites da imprensa, como o UOL, G1, Galileu, Superinteressante já abordaram a discussão e divulgaram a opinião de historiadores (Links abaixo). Em 2015, o filósofo Leandro Karnal também abordou o assunto em um texto. Outros veículos, como o site InfoMoney e o jornal Gazeta do Povo, abriram espaço para propagadores da associação. 

Na Alemanha, as poucas referências a uma discussão pública sobre o assunto na imprensa remetem a um episódio de 2012 que envolveu a ex-deputada conservadora Erika Steinbach. Na ocasião, ela disse no Twitter que o “vocês esqueceram? O nazismo era de esquerda” . Ela foi duramente criticada pela imprensa e historiadores. Anos depois, ela deixou a União Democrata-Cristã (CDU) e passou a apoiar o partido populista Alternativa para a Alemanha (AfD), que recentemente organizou manifestações xenófobas no leste da Alemanha que contaram com a presença de neonazistas.

Na Alemanha, a disputa sobre se o nazismo é uma ideologia que pode ser classificada nas convenções clássicas de direita ou esquerda é praticamente inexistente entre historiadores renomados. Os livros sérios sobre o Terceiro Reich e Adolf Hitler no país traçam a origem do movimento nazista entre as tendências racistas e nacionalistas de certos setores da sociedade alemã e a ação dos Freikorps, os grupos de paramilitares de direita que se espalharam pela Alemanha após a derrota na Primeira Guerra Mundial e que combatiam grupos de esquerda, especialmente comunistas e social-democratas.

Historiadores apontam algumas características socialistas do regime nazista para conquistar a classe trabalhadora, mas salientam que elas eram apenas um mecanismo para garantir a adesão para o verdadeiro ideal do nazismo: a luta pela supremacia da raça ariana no mundo. “Hitler nunca foi socialista”, apontou o historiador britânico Ian Kershaw na sua monumental biografia de Hitler.

Esse tipo de tática não era incomum na história alemã. Décadas antes de Hitler, o chanceler Otto von Bismarck criou na Alemanha o primeiro Estado de bem-estar social do mundo com o objetivo de garantir a lealdade da classe trabalhadora ao novo Reich alemão e esvaziar o programa do Partido Social-Democrata. Bismarck, um latifundiário, monarquista e reacionário prussiano nunca é chamado de esquerdista ou socialista.

Da mesma forma, os nazistas, que se diziam anticapitalistas, defenderam a propriedade privada e se aliaram com industriais. Mas o funcionamento de uma economia capitalista no nazismo só era tolerado se o Estado, e não o mercado, ditasse a forma de desenvolvimento econômico que tinha como objetivo final garantir a manutenção de uma máquina de guerra e a prosperidade apenas dos alemães.

3° Via?

O próprio Hitler dizia que o nazismo não era nem de esquerda, nem de direita. Como diz Rodrigo Trespach, “a verdade é complexa demais para definir nesses rótulos. Não gosto deles”. Créditos: André Toma/Mundo Estranho.
O Nazismo não é um movimento monolítico, de uma ideia central da qual se deve seguir, mas sim um conglomerado de ideias e grupos, frustados com o tratado de Versalhes se uniram contra o mesmo o acusando numa conspiração sionista para humilhar a Alemanha. O Partido Nazista descreveu-se como um partido nacionalista proletário e, naquela época, opositores (conservadores e industriais), acusavam o partido de ser "totalitário, terrorista, conspirador e socialista".
(Nazismo de Esquerda 1 x 0 Nazismo de Direita) 

Entre os elementos-chave para nazistas eram anti parlamentarismo, o nacionalismo étnico, o racismo, o corporativismo, o coletivismo semitico, o anticomunismo

(Nazismo de Esquerda 1 x 1 Nazismo de Direita) 

Se há uma disputa sobre a natureza do nazismo na Alemanha, ela se restringe em apontar se o movimento foi uma aberração na história alemã, influenciado pelo contexto instável da época, ou resultado de uma espécie de “Sonderweg” (caminho especial) dos alemães, ou seja, algo que vinha nascendo há décadas ou talvez séculos entre um povo que estava acostumado a obedecer, que tinha tendências antissemitas e que via com desconfiança influências do exterior.

No livro Ideologias (2002) o cientista político Stig-Björn Ljunggren escreve:

"Assim que o nazismo é discutido, burgueses e socialistas argumentam sobre onde essas doutrinas realmente pertencem a Adolf Hitler. Talvez seja por isso, que o nazismo é uma ideologia mista. que ocupa ambas as idéias conservadoras e socialistas." (Ljunggren descreve Hitler como um "Revolucionário" - uma espécie de conservador radical)

Após a Primeira Guerra Mundial, na Alemanha Os Nazistas tinham fortes tendências radicais e conservadoras (Revolução Conservadora), que, entre outras coisas expressas pelo historiador Arthur Moeller van den Bruck, que em 1923 enviesada sobre um próximo terceiro Reich. Eles advogam um "socialismo alemão" anti-materialista e idealista - diferentemente do que era considerado o socialismo inglês (Karl Marx viveu e trabalhou em Londres). Esse "socialismo" seria comparável ao tradicional conservadorismo alemão. Algumas correntes socialistas alemãs também correspondiam ao movimento nazista; Em 1922, alguns partido socialistas se juntou, ao Partido Nazista. Em 1936, na agência oficial do partido Völkischer Beobachter, declarou que Hitler era "o revolucionário mais conservador do mundo".

O PONTO PRINCIPAL É: O Nazismo era claramente anticomunista (Se fosse Socialista como argumentam de fato, por que quebrou o Pacto de Não Agressão? Por que Atacaria seu Aliado em uma Guerra?), mas também era anticapitalista. Essa espécie de terceira via – que se manifestava, como diríamos no século 21, “contra tudo isso que está aí” – dizia que Karl Marx era detestável por ser judeu, e o capitalismo liberal era detestável por ser liderado por judeus.

O “Socialista” no nome do partido era propaganda política, pois os trabalhadores formavam a base eleitoral do país. A ideia era atrair esse público, até então ligado ao Partido Social Democrata. Já o Partido Comunista da Alemanha realmente era de Esquerda e não tinha nada em comum com os nazistas

Até chegar ao poder, o Partido Nazista tinha um grupo socialista. Seu líder era Gregor Strasser, comandante da milícia armada SA. Mas, não por acaso, Strasser foi morto em 1934, na Noite dos Longos Punhais, ocasião que Hitler usou para afastar seus oponentes. Depois, a SA perdeu poder para uma nova tropa de elite, a SS

A ideologia do nazismo mostra que o mundo era – e é – mais complexo do que a divisão tradicional entre direita e esquerda. Líderes capitalistas, como Winston Churchill, e comunistas, como Josef Stalin, concordavam com conceitos de superioridade racial, que estavam na moda na época, mas nunca defenderam abertamente o extermínio de um povo inteiro, como fazia Hitler.

E o Anti-semitismo naquela época não era coisa exclusiva dos Nazis.

De uma coisa eu tenho certeza: Nós (Brasileiros) mal conhecemos a nossa história com profundidade (Se sabemos e por causa dos Feriados e olhe lá), aí querer dar aula de história sobre a história de outro país, das quais seus habitantes conhece com profundidade, e de uma arrogância estupida!

Se de fato a tendencia em acreditar que Nazismo de Esquerda se tornou mais forte durante os Protestos de Junho, só mostra uma coisa: Não sabemos o que queremos! Só para contar algo realmente interessante, na disputas presidenciais de 2014 (da qual na época muitos alegaram que sofreriam com os impactos de junho de 2013), Dilma foi reeleita!

Nessa hora é melhor deixar a velha régua política de lado, a que se usa para separar amigos e inimigos nos Facebooks da vida, e notar que muita coisa mudou desde os tempos da guilhotina.

Não existe continuidade real entre comunistas e anarquistas, defensores da Regime/Ditadura Militar Brasileiro e neonazistas. Nada impede alguém de ser a favor do aborto e da economia de mercado ao mesmo tempo.

O próprio Hitler dizia que o nazismo não era nem de esquerda, nem de direita. Como diz Rodrigo Trespach, “a verdade é complexa demais para definir nesses rótulos. Não gosto deles”.

Para os Historiadores, a Academia e principalmente os Alemães, o Nazismo fora um movimento de EXTREMA-Direita. Tal discussão de Nazismo de Esquerda e um debate (Ridículo segundo os alemães ouvido nas reportagens) na Internet Brasileira que ganhou contornos políticos.

Fontes.

ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA DO BRASIL/BARSA 1990. VOLUME 11 Paginas: 289-290

Wikipédia (Inglesa, Portuguesa, Alemã, Francesa)
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/13/politica/1536853605_958656.html?%3Fid_externo_rsoc=TW_BR_CM

https://congressoemfoco.uol.com.br/direitos-humanos/brasileiros-contestam-video-da-embaixada-alema-sobre-o-nazismo/

https://oglobo.globo.com/sociedade/embaixada-da-alemanha-explica-nazismo-e-contestada-por-brasileiros-2-23074988#ixzz5ROKYsDYQ

https://www.dw.com/pt-br/brasileiros-criam-debate-que-n%C3%A3o-existe-na-alemanha/a-45531446

https://oglobo.globo.com/sociedade/falar-que-nazismo-foi-movimento-de-esquerda-besteira-completa-diz-embaixador-da-alemanha-23076700

Do Lado Esquerdo

https://www.brasil247.com/pt/colunistas/guilhermecoutinho/311741/Nazismo-de-esquerda-S%C3%B3-para-os-mentecaptos.htm

https://catracalivre.com.br/cidadania/brasileiros-contestam-embaixada-alema-nazismo-e-de-esquerda/

Do Lado Direito.

http://sensoincomum.org/2017/08/15/nazismo-direita-esquerda-odeia-israel/

http://sensoincomum.org/2017/08/21/guten-morgen-drops-nazismo-definicoes/

http://sensoincomum.org/2017/08/17/resposta-guga-chacra-nazismo-direita/

http://sensoincomum.org/2017/05/31/guten-morgen-38-nazismo-direita/

http://opiniaolivre.com.br/o-nazismo-era-de-esquerda-por-diego-casagrande/

https://olharatual.com.br/os-8-fatos-que-comprovam-o-nazismo-como-um-partido-de-extrema-esquerda/

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=98

https://www.infomoney.com.br/blogs/economia-e-politica/economia-e-politica-direto-ao-ponto/post/6037683/nazismo-esta-muito-mais-esquerda-que-direita-entenda

Do Meio

https://g1.globo.com/mundo/noticia/o-que-aconteceu-com-os-negros-alemaes-durante-o-nazismo.ghtml

https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-39809236

https://seuhistory.com/noticias/afinal-o-nazismo-foi-ou-nao-foi-um-movimento-de-esquerda

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/afinal-o-nazismo-era-de-esquerda-ou-de-direita/

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/o-nazismo-era-de-esquerda-ou-direita.phtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário