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Ele também é o idealizador dos parque temáticos sediado nos Estados Unidos: Disneylândia e Walt Disney World Resort. Ao longo da sua vida foi e é um símbolo da industria da animação e um ícone da cultura popular.
Walt Disney é a pessoa que venceu o maior número de Óscares na história, sendo 22 prêmios da Academia e 59 indicações. Também venceu sete Emmy Awards. Disney morreu de câncer de pulmão em 15 de dezembro de 1966, em Burbank, Califórnia. Ele deixou para trás um vasto legado:
- Uma universidade (California Institute of the Arts - CalArts);
- numerosos curtas;
- documentários e filmes produzidos durante a sua vida;
- E a Walt Disney Company é hoje um dos maiores conglomerados de entretenimento do mundo;
- E uma das mais famosas Lendas Urbanas que penduram desde o fim dos Anos 60.
Nos Mitos Urbanos compreende diversas Lendas; Desde as mais sobrenaturais, até às mais cientificas. Uma das mais populares histórias da Mitologia Urbana que chama minha atenção desde que estudei com profundidade as mesmas, é o Curioso Caso de Walt Disney Congelado.
História afirma que no final dos anos 1960, rumores diziam que o cineasta teria doado grande quantidade de dinheiro em troca de uma experiência, que consistia no congelamento de seu corpo para futuros testes. Em sua forma mais rebuscada a lenda afirma que seu corpo congelado foi armazenado no parque de diversões Disneylândia, para que, quando a ciência descobrisse uma cura para o câncer de pulmão, pudesse ressuscitá-lo.
Outras Versões mencionam apenas que o cérebro foi preservado. A ideia que sustentam é a de que apenas seu cérebro preservado seria necessário para que num futuro (Lá na Metade do Século XXII), com os avanços da medicina e da tecnologia, consigam reviver o grande diretor.
Ok, mas se o Disney se submeteu ao Execução Aurora, aonde estaria seu corpo, se fosse verdade?
Segundo os boatos que circulavam (e circulam até hoje!) na época, o homem preso no Esquife de Gelo, semelhante aos faraós egípcios, estaria guardado a sete chaves em uma câmara criogênica debaixo de uma das atrações do seu parque, a Disneylândia em Anaheim, na Grande Los Angeles - Califórnia, assim como os antigos reis, esperando pela sua ressurreição, bem conservado.
Outras versões afirmam que o corpo estaria escondido sob a atração "Piratas do Caribe" no complexo “Walt Disney World” em Orlando - Flórida. Outros dizem que apenas sua cabeça está guardada, enquanto uns mais radicais garantem que somente o cérebro do criador do Mickey foi conservado. Muitos confirmam que apenas funcionários altamente gabaritados podem acessar os bastidores desse brinquedo.
(Obs: Muitos acham que Disneyland (Disneylândia) e Walt Disney World são a mesma coisa e acabam usando o nome de um como sendo do outro e do outro como sendo de um. Na verdade, é uma confusão bem comum – especialmente pra quem mora no Brasil e ainda não foi aos parques. Mas então, qual é a diferença entre os dois?
Disneyland (ou Disneylândia) foi o nome dado ao primeiro e único parque temático projetado e construído com a supervisão de Walter Elias Disney. Ele foi inaugurado em 1955 e está localizado em Anaheim, na Califórnia. O castelo da Bela Adormecida é o ícone do parque, que em muitas coisas se assemelha a outro parque da Disney, o Magic Kingdom – já que este também é dividido em “Terras”, como a Terra da Aventura (Adventureland) e Terra da Fantasia (Fantasyland). Hoje, o Disneyland Park faz parte do complexo Disneyland Resort, que abriga também o Disney California Adventure, outro parque. Aberto em 2001, ele foi construído onde antes era o estacionamento da Disneyland. Seu tema é a história e a cultura do estado da California.
Walt Disney World Resort é o nome utilizado para o complexo de parques e resorts localizados em Orlando, na Flórida. São quatro parques temáticos: Magic Kingdom (inaugurado em 1971), Epcot (1982), Disney’s Hollywood Studios (1989) e Disney’s Animal Kingdom (1998). Além disso, o resort abriga dois parques aquáticos (Disney’s Typhoon Lagoon e Disney’s Blizzard Beach), mais de 20 resorts temáticos e outros centros de entretenimento, como Disney Springs, Disney’s Boardwalk e ESPN Wide World of Sports Complex.)
A versão mais antiga conhecida do boato na imprensa pode ser atribuída a um pequeno artigo da revista francesa Ici Paris em 1969. Por conseguinte, foi relatado pela mídia em várias partes da Europa e do mundo que lhe deu uma certa influência.
Segundo "pelo menos um assessor de Disney" a fonte verificável dessa história foi um grupo de animadores dos estúdios Disney, que "tinha um senso de humor bizarro" e que foram, assim, fazendo uma brincadeira sobre o final de seu chefe carismático.
Alguns mencionam duas biografias de Disney para perpetuar o boato: Disney’s World por Robert Mosley (1986) e Walt Disney - Hollywood's Dark Prince por Marc Eliot (1993). Ambos afirmam que Disney conhecia criogenia e tinha um forte interesse na ciência.
Essas reivindicações foram refutadas pela filha de Disney, Diane Miller Disney, que escreveu em 1972: "Não há absolutamente nenhuma verdade ao boato de que o meu pai, Walt Disney, queria ser congelado. Duvido que meu pai nunca tinha ouvido falar de criogenia."
Let It Go.
Um tópico no Reddit iniciou uma discussão sobre as diversas teorias envolvendo os filmes da Disney, até que um usuário apontou essa dúvida: “E se a Disney tiver criado um filme intitulado Frozen para tentar esconder as buscas relacionadas sobre ‘Is Walt Disney Frozen?’ (Walt Disney está congelado?)”. Seria a forma de a casa do Mickey tirar o foco dessa teoria que a acompanha desde os anos 60?
De acordo com esse usuário, trata-se mesmo de uma tática para desviar o foco dos algoritmos dos sites de busca. Antes de o filme ser lançado, quando pessoas procuravam “Walt Disney Frozen” no Google, os primeiros links que apareciam eram as teorias ligadas ao congelamento. Hoje em dia, quando se busca a mesma sentença, só aparecem sites, notícias e imagens referentes ao filme. Somente quem for bastante específico consegue encontrar logo na primeira página de resultados. Outro usuário ainda atribuiu a música tema do filme, “Let it go”, a uma tentativa do estúdio de fazer os fãs “deixarem pra lá” essa teoria.
Algumas pessoas que se diziam ligadas a Walt Disney afirmam que o cineasta doou uma generosa quantia para pesquisas de congelamento criogênico e que ele seria a primeira pessoa a participar da experiência. Ele tinha a esperança de que um dia a medicina descobriria a cura do câncer; assim, em seguida, ele poderia ser “revivido” curado da doença.
Apesar dos boatos, existem pontos que podem validar essa teoria. Walt Disney era um entusiasta da ciência e de novas descobertas — vide a atração “Tomorrowland” e sua participação na “New York World’s Fair” em 1964-1965. A partir desse amor pela inovação e das pesquisas sobre criogenia ganhando força na década de 50 e 60, muitos confirmam o possível investimento na tecnologia. Outro ponto é: o primeiro registro oficial de um indivíduo congelado ocorreu 1 mês após a morte de Walt Disney, e algumas pessoas dizem que, após o congelamento bem-sucedido dele, a experiência foi liberada para demais pessoas.
Sobre a teoria ligada à Frozen, a Disney é mesmo conhecida por tentar mascarar todas notícias que podem denegrir ou gerar algum comentário indevido em relação a seus produtos. Eis um exemplo antigo e um novo para ilustrar: nas primeiras animações do estúdio, vemos personagens fumando, e um conteúdo relativamente pesado para crianças era produzido, mas de uma certa forma era liberado para a época. Com o passar do tempo, ela foi limpando a imagem desses personagens e tirando de circulação esses desenhos — e inclusive processando quem os coloca na internet.
A versão mais antiga conhecida do boato na imprensa pode ser atribuída a um pequeno artigo da revista francesa Ici Paris em 1969. Por conseguinte, foi relatado pela mídia em várias partes da Europa e do mundo que lhe deu uma certa influência.
Segundo "pelo menos um assessor de Disney" a fonte verificável dessa história foi um grupo de animadores dos estúdios Disney, que "tinha um senso de humor bizarro" e que foram, assim, fazendo uma brincadeira sobre o final de seu chefe carismático.
Alguns mencionam duas biografias de Disney para perpetuar o boato: Disney’s World por Robert Mosley (1986) e Walt Disney - Hollywood's Dark Prince por Marc Eliot (1993). Ambos afirmam que Disney conhecia criogenia e tinha um forte interesse na ciência.
Por que o Boato Sobre a Possível Criogenia de Disney?
Apesar de alguns estudos sobre a conservação de tecidos surgirem nos anos 1930, o assunto "criogenia" é contemporâneo de Walt. Durante os anos 1950 e 1960 circulavam milhares de artigos tratando de técnicas de preservação do corpo humano utilizando-se do resfriamento a baixíssimas temperaturas, porém, não há nenhuma prova de que o diretor fosse interessado pelo assunto.
Na década de 1950, por exemplo, o cientista inglês Audrey Smith conseguiu reviver hamsters que tiveram os cérebros e corpos previamente congelados.
No meio dos anos 1960, Isamu Suda, que era pesquisador do Departamento de Fisiologia da Universidade Kobe, no Japão, congelou vários cérebros de gatos e, depois de quase um ano, conseguiu reanima-los até que as ondas cerebrais dos ex-felinos voltaram a funcionar.
Um ano antes da morte do criador da Disneylândia, um livro chamado A Prospect of Immortality (”Uma Perspectiva de Imortalidade”, sem nenhuma versão no Brasil), de autoria do professor de física, Robert C. W. Ettinger, fez um baita sucesso e tratava de assuntos ligados à criogenia. Robert previa em seu livro algumas questões éticas, filosóficas e jurídicas sobre o sujeito que resolvesse se congelar. O livro-manifesto lançou o conceito da criogenia que consistia em substituir todo o sangue do defunto por uma solução anticongelante e, logo em seguida, congelar o cadáver com nitrogênio líquido. Ah! depois de tanto sucesso, Ettinger criou o Cryogenics Institute, em Michigan.
Outro fator que ajudou a alimentar a lenda do congelamento do corpo de Walt foi a rapidez e o excesso de segredo com que ocorreu seu funeral. E ainda, os empresários dos estúdios Disney, na época, não negaram o rumor, mas também nunca o confirmaram.
A filha de Walt Disney, Diane Miller Disney, logo após a morte do pai se pronunciou em público, que escreveu em 1972:
"Não há absolutamente nenhuma verdade ao boato de que o meu pai, Walt Disney, queria ser congelado. Duvido que meu pai nunca tinha ouvido falar de criogenia."
Mesmo com essa afirmação de Diane, somando-se ao atestado de óbito que comprovava a cremação do defunto, o boato continuou forte.
De acordo com o site Viajando para Orlando, depois da cremação de Disney, suas cinzas foram jogadas em Forest Lawn Memorial Park, em Glendale.
Dr James Bedford.
O primeiro ser humano a ser congelado criogenicamente foi o professor de psicologia da Universidade da Califórnia, Dr. James Bedford. O professor de psicologia da Universidade da Califórnia tinha 73 anos quando padeceu da metástase de um câncer nos rins, em 12 de janeiro de 1967. Horas depois, seu sangue foi substituído por dimetil sulfóxido, um composto capaz de evitar que as células humanas sejam destruídas no congelamento. James foi "criogenado" um mês após a morte de Walt Disney.
O corpo então passaria por cinco instalações diferentes, inclusive uma criada por seus próprios filhos, até ir parar na Fundação Alcor de Extensão da Vida, em 1982, onde permanece até hoje. Na esperança de que a tecnologia avance a ponto de ressuscitá-lo. O que, (?*(Data Atemporal) anos depois, parece ainda muito improvável.
Dr James Bedford sendo Criogenado. Créditos: Aventuras na História. |
Eternidade no Nitrogênio.
Desde 1967, mais de 300 outros se juntaram ao Dr. Bedford na Alcor e outras instituições de criônica, a técnica de preservar corpos para o futuro (não confunda com criogenia, que é a aplicação médica do frio em gente viva). Eles repousam em grandes tanques com nitrogênio líquido, a -196 ºC.
São 4 instalações, 3 nos EUA e uma na Rússia, onde 56 estão sob os cuidados da ONG KrioRus - alguns deles, com apenas a cabeça congelada, acreditando que o resto do corpo possa ser reconstruído.
Para a maioria dos cientistas, a chance dessas pessoas voltarem no futuro são mínimas. O escritor Michael Shermer chegou a comparar descongelar uma pessoa com descongelar uma lata de morangos. "Quando descongelado, toda gosma intracelular vaza, transformando seus morangos numa meleca líquida."
Era uma época de uma grande mudança na medicina. Por toda a história, a parada do coração e da respiração - que vêm ao mesmo tempo - era considerada o momento da morte. Então surgiram os métodos modernos de reanimação cardiorrespiratória. As pessoas passaram a "ressuscitar" após seu coração ter parado.
Ressuscitar pelo conceito antigo, isto é. Por causa desses procedimentos, a ideia da própria morte teve de ser revista. Hoje falamos em morte cerebral, quando o dano causado por trauma ou falta do oxigênio, da parada cardiorrespiratória, torna impossível recuperar a consciência.
E a esperança dos defensores da criônica é que tenha que ser revista novamente. Que os mortos congelados só estejam mortos por uma definição que um dia será superada.
Mas justamente a história da revisão é algo que pesa contra suas esperanças.
Cérebro Apagado.
Falamos em morte cerebral porque, numa situação de isquemia cerebral - falta de oxigênio e alimentação pelo sangue - o cérebro começa a ser destruído na chamada cascata isquêmica, que começa meros minutos após a parada circulatória.
E esse dano, irreversível, significa a decomposição das memórias, personalidade, ideias... enfim, tudo o que faz uma pessoa ser pessoa.
Há muito debate sobre quanto tempo leva para alguém legalmente morto ser totalmente apagado. A maioria dos médicos fala em 5 minutos. Muito mais otimistas, os praticantes da criônica dizem até 24 horas , e tentam atrasas o processo no que chamam de "estabilização". Desde o fim dos anos 1990, também existe a "vitrificação", na qual o corpo é congelado sem cristais de gelo, evitando o dano da "meleca de morango".
Tudo é especulação. Mas mesmo se for um dia for possível recuperar os mortos de suas doenças finais, e mesmo se a estabilização moderna funcionar e a informação cerebral for recuperada, provavelmente não há qualquer esperança para o Dr. Bedford, congelado de forma tradicional horas após sua morte. E nem para a maioria dos que, mortos, esperam pelo futuro.
Segundo o site Como As Coisas Funcionam, no final dos anos 1970, só nos Estados Unidos meia-dúzia de empresas ofereciam o serviço de preservação criogênica. No entanto, preservar e manter cada corpo era tão caro, que muitas empresas fecharam no fim dos anos 1990. Hoje em dia, de acordo com o mesmo site, apenas duas empresas oferecem atualmente esses serviços de suspensão criogênica, a Alcor Life Extension Foundation no Arizona – com 875 membros e 84 pacientes congelados – e o Cryonics Institute em Michigan, com 797 inscritos, 93 preservados e 60 animais congelados.
Em 2011, Robert Ettinger faleceu e teve seu corpo congelado nas câmaras do Instituto Criônico de Detroid, sendo o 106º a ser internado no local.
Muita gente, inclusive médicos e cientistas são céticos quanto a capacidade de se trazer alguém de volta à vida. Afinal, se as pessoas estão mortas, como elas poderão reviver no futuro? Mas a criônica não é uma teoria completamente infundada. Ela começou a partir das histórias de cidadãos que sobreviveram depois de passar muito tempo debaixo de lagos congelados. Alguns registros médicos apontam que indivíduos caíram em águas de baixa temperatura e não conseguiram imergir devido a camada de gelo. Estas pessoas passaram quase uma hora sem respirar devido a redução de seu metabolismo e funções cerebrais, mas se mantiveram vivos, funcionando em um estado em que quase não precisavam de oxigênio.
A maior parte das pessoas submetidas a este tipo de situação morreriam, mas foram estes sobreviventes que inspiraram os cientistas a acreditarem nesta ideia. Contudo, um fator importante que deve ser considerado é que o atual processo de criônica é diferente destes casos, pois as pessoas em estado de suspensão criogênica precisam antes ser consideradas legalmente mortas.
Um documentário, em espanhol, dá uma resumida nessa história toda:
Em 2008, o SBT fez uma matéria especial sobre Walt Disney, onde é abordada essa lenda sobre a crioconservação do mestre do entretenimento.
Quanto Custa Para Ser Congelado?
Se você está disposto a tentar a sorte e ser congelado na esperança de um dia poder voltar a viver, terá que estar disposto também a desembolsar alguns milhares, de dólares. É literalmente, pagar para ver. Atualmente existem clínicas que realizam o procedimento nos Estados Unidos e na Rússia.
No Instituto Crynics, pioneiro no ramo, localizado nos Estados Unidos, o custo para se ter o corpo congelado é de US$ 28.000 (algo em torno de R$ 99.400, seguindo a cotação atual). E se você não quiser acordar sozinho, pode levar um animal de estimação junto. Na Crynics pode- se fazer a criopreservação de um gato, cão ou pássaro. O valor do procedimento realizado com um gato ou cão é de US$ 5.800 (cerca de R$ 20.500), sem contar as despesas de transporte e veterinário. Para um pássaro de estimação de tamanho típico é cobrado o preço de US$ 1.000, mas o preço pode ser maior se a ave for grande. É importante ressaltar que nos valores da criopreservação dos pets não está incluso o custo de adesão.
Outra empresa que realiza o processo de criônica é a Alcor, também localizada nos Estados Unidos. Se os valores da Crynics já são salgados, os da Alcor são ainda mais caros. O custo variará de acordo com o seu método de financiamento (seguro de vida, dinheiro pré-pago ou equivalente, confiança ou anuidade). Mas o instituto também oferece a opção de congelar só a cabeça (o intuito é conservar o cérebro e no futuro religá-lo a outro corpo). Os níveis de financiamento mínimos atuais são: US$ 200.000 para a criopreservação do corpo todo (cerca de R$ 710.000) e de US$ 80.000 para a cabeça (cerca de R$ 284 mil).
Fontes.
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