Não será um Dossiê como escrevi anteriormente, será como uma memorando, um copilado de diversos casos que estudei em meu tempo livre.
(01) 02 de Janeiro de 1998, 21:30 horas, céu limpo, noite estrelada e relativamente quente. Era início de mais um ano novo, mais precisamente em 02 de Janeiro de 1998, 21:30 horas, céu limpo, noite estrelada e relativamente quente. Fernando Mariano de Oliveira, 24 anos, estava conversando com sua prima Luciene da Cunha Lopes, 22 anos, na sala de sua residência, à rua Luís Augusto Ferreira, no bairro de Capão Redondo, na cidade de São Paulo – SP. Pela porta que da acesso à varanda, de repente, algo luminoso no céu chamou a atenção dos dois. Uma pequena esfera com diâmetro aproximado de 20 centímetros, com uma luminosidade intensa, um pouco menor que a intensidade das lâmpadas das luminárias de iluminação das vias públicas (igual à luminosidade de uma lâmpada residencial de 200 Watts).
(02) Fernando e Luciene ficaram vendo aquela pequena esfera se deslocando no céu. Ora subia rapidamente, ora descia, ora acelerava, ora tinha movimentos lentos, ora passava por cima dos telhados das residências do bairro. Aquela esfera tinha movimentos inteligentes. Um balão, um avião, um helicóptero? Não, não podia ser. Aquela esfera estava distante não mais do que 150 metros. Ora se aproximava, ora se distanciava. Não emitia nenhum ruído. Tinha uma cor branca, levemente alaranjada, É claro que Fernando e Luciene não acreditavam no que estavam vendo. Trataram de chamar os outros familiares que estavam dentro da residência.
(03) A Sra. Maria Cristina Soares de Oliveira, 46 anos, mãe do Fernando, ao sair na varanda também ficou espantada com o que via. "Seria algum novo brinquedo movimentado por controle remoto?" — pensou a Sra. Maria. Não, não podia ser. Às vezes, a tal esfera tinha incríveis acelerações e depois retornava. Os cachorros da região latiam continuamente. Alan Bruno de Oliveira, 10 anos, irmão do Fernando, pensava que era um balão. Será? Não, não podia ser. Os movimentos eram completamente diferentes do descrito por um balão, que normalmente é levado pelos ventos. O que seria aquilo ninguém sabia. Katiuscia da Cunha Lopes, irmã da Luciene e prima do Alan, ficou assustada e emocionada. Nunca tinha visto nada igual. A prima Giane Evans da Cunha também acompanhava todos aqueles movimentos da pequena esfera. Como poderia uma pequena esfera luminosa ficar tanto tempo no ar, fazendo incríveis movimentos?
(04) Aquelas seis pessoas assistiam aquele show de camarote. A residência, um sobrado construído em um local alto, na varanda da frente, tem uma vista privilegiada, que permitia acompanhar com detalhes aquelas estranhas evoluções da pequena esfera. De repente, o telefone tocou. Era Waldir Mariano Júnior, 21 anos, irmão do Alan. Ele queria avisar a mãe que não iria jantar em casa. Sua prima Katiuscia pegou o telefone e eufórica explicava os incríveis movimentos daquela sonda. Em um certo instante o Júnior disse: "vocês ainda não filmaram isso?". A emoção daquelas seis pessoas era tanta que até então tinham esquecido da filmadora. O Alan saiu correndo, pegou a filmadora, uma JVC, modelo GR-AX 808, Compact VHS, 12 vezes, 1 lux. Instalou a fita mas não tinha bateria. Ligou a fonte na rede elétrica e iniciou a filmagem daquela pequena esfera. No meio da filmagem, o Alan passou a filmadora para a prima Katiuscia, a qual filmou até a estranha luz sumir por detrás de algumas casas.
(05) Os quatro minutos e meio de filmagem mostram imagens impressionantes. A evolução daquela pequena esfera no céu e sobre os telhados das residências permite verificar que é algo desconhecido. São imagens de um valor inestimável para a ufologia. O show começou por volta das 21:30 horas e terminou por volta das 22:00 horas, mas o pouco que foi filmado é o suficiente para verificar que se trata daquilo que a Ufologia tem registrado como sonda ufológica.
(06) Quando o Sr. Waldir Mariano de Oliveira, Artista Plástico, 47 anos, pai do Alan, chegou em casa, encontrou a família eufórica. Depois que ele assistiu o filme, entendeu perfeitamente a razão. Via naquelas imagens o registro de algo que ele nunca tinha visto na vida. Logo tratou de procurar a Imprensa e especialistas para analisarem tais imagens, pois ele queria saber o que seu filho e sua sobrinha tinham filmado. Pelo fenômeno ter se manifestado durante trinta a trinta e cinco minutos no local, em um horário onde a maioria das pessoas ainda estavam acordadas, era evidente e certo que outras pessoas também assistiram aquele show. Assim, o próprio Waldir Mariano e os ufólogos passaram a percorrer as ruas da região. Foram várias diligências realizadas no local. Foram várias dezenas de testemunhas, talvez centenas. Conseguimos entrevistar várias delas. O curioso é que para algumas testemunhas aquilo não era novidade. No último ano, descobrimos que algo muito parecido já tinha ocorrido em duas outras datas diferentes da data de filmagem, na mesma região de Capão Redondo.
(07) Luzia Dias Santana Bonfim, moradora na rua onde passa um riacho, e por onde a sonda da um rasante na frente das casas, estava com a família no quintal da frente da casa, quando viu uma luz vermelha no céu. No início imaginou que era um balão. Depois de algum tempo, toda a família percebeu que aquela estranha luz se movimentando no céu era algo desconhecido. Pelo depoimento, pela data antes do Natal, pelos movimentos e pela posição conclui-se que Luzia viu outro avistamento ufológico, diferente daquele que foi filmado.
(08) Nessa mesma rua onde passa o riacho, uma senhora, que não vamos revelar seu nome, diz que aquela pequena esfera luminosa acabou mergulhando no riacho, fazendo o barulho típico de algo caindo na água e soltou uma grande quantidade de fumaça branca. Depois disso, tudo terminou. Pelas informações que conseguimos obter desta mesma senhora, ela tem problemas mentais e, segundo os vizinhos, é alcoólatra. Não achamos nenhuma outra testemunha que tenha também visto essa cena. Outras testemunhas que viram a sonda de perto e estavam em uma posição perpendicular à da filmagem, informaram a posição onde aquela estranha esfera sumiu por detrás das casas, em uma distância de pelo menos 50 metros longe do riacho. Consequentemente, nós registramos esse depoimento como não confiável.
(09) Marcelo Caetano de Souza, residente próximo ao local, ficou entusiasmado com aquela pequena esfera fazendo aquelas estranhas evoluções no céu. Só que ele também viu na vez anterior, pois informou que esse fato já fazia quase um ano e o lugar que ele viu foi pelo menos 300 metros distante de onde estava a sonda que foi filmada. O local é rota de avião. Os aviões que descem ou sobem do Aeroporto de Congonhas passam sobre a região e todos já estão acostumados com isso. A Sra. Rosely Campos de Souza e seu esposo Frederico José de Souza estavam no quarto vendo televisão. Deixaram a janela aberta devido ao imenso calor. Em um certo instante a Sra. Rosely vê o que imaginou ser um avião. Aquele objeto vinha de frente. Era diferente. Em um certo instante, a Sra. Rosely comentou com o marido, preocupada, imaginando que ele iria entrar pela janela. De repente, o objeto parou e passou a fazer as estranhas evoluções, coincidindo com as imagens registradas pelo Alan e pela Katiuscia.
(10) A Dna. Terezinha Varoto, sua filha Aparecida Varoto, seu filho José Varoto e sua neta Nímia Liss. N. T. Gomes, todos residentes na Rua Eunice Soares da Cunha, estavam na varanda da parte traseira da residência. Viram inicialmente uma luz alaranjada do tamanho aproximado de uma bola de futebol. Estava em cima de sua residência a uns cinqüenta metros de altura. De repente, ela se movimentou e começou a fazer as estranhas evoluções, também coincidindo com as imagens do vídeo. Viram por mais de 15 minutos. Samira Cristina Houssen Khalil e sua filha Kátia Cristina de Oliveira, também residentes na Rua Eunice Soares da Cunha, também acompanharam toda a movimentação daquela estranha sonda, por mais de trinta minutos. Disseram que era do tamanho de uma lâmpada residencial de 100 Watts, a cor branca avermelhada e não tinha nenhum ruído. Em um certo instante, aquela sonda parou em cima de um telhado de uma residência, distante não mais do que trinta metros. Samira e Katia ainda disseram que não foi a primeira vez que isso aconteceu. No ano passado, viram a mesma coisa em duas ocasiões distintas na mesma região, não tão próximas como desta vez.
(11) Francisco Leão da Silva Neto estava no ponto de ônibus aguardando a chegada da sua esposa Mônica Aparecida Schleich. Assim que ela chegou, eles subiram a Rua Henrique San Mindlin. Já próximo de sua residência, a Mônica viu algo que parecia uma tocha de balão caindo. Como por encanto, a tal tocha parou no ar, a uns trinta metros de altura e em seguida passou a fazer as estranhas evoluções. Em um certo instante, aquele pequeno objeto luminoso chegou na altura da rede elétrica, distante não mais de 10 metros dessas testemunhas. Mônica correu para dentro de casa, imaginando que algo de mal pudesse acontecer. Depois voltou e continuou junto com o marido acompanhando as evoluções daquele pequeno objeto, até desaparecer e não retornar mais. Por terem visto muito de perto, eles perceberam que na parte superior daquele objeto tinha uma saliência de cor esverdeada, tipo fosforescente, com um brilho bem mais fraco em relação ao corpo. Analisando o filme, em certos instantes, podemos verificar que realmente há essa saliência no objeto e é luminosa.
Equipe Técnica.
(12) Assistindo o vídeo que registrou aquelas imagens da sonda e ouvindo o som original, é interessante notar que os dois cinegrafistas amadores deram um "banho" em muitas pessoas experientes em filmagem. Enquanto o Alan filma, a Katiuscia vai orientando, dizendo: "dá mais zoom, dá menos zoom, está bom, está pegando, está filmando...". Quando a sonda dá uma tremenda acelerada para cima, até o Alan se assustou. No meio da filmagem, o Alan passa a filmadora para a Katiuscia sem desligar, e quase sem perder o objeto. Em um certo instante, o Alan menciona: "...se estamos pegando um disco voador é uma coisa incrível !!!. É uma bolinha, agora está parado...". Em um certo instante, a Katiuscia diz: "Meu Deus do céu, está abaixando, eu não acredito, meu Deus, está muito próximo...". A Katiuscia teve até a preocupação de narrar a hora e a data, 09:53 horas de 02 de Janeiro de 1998.
Sequência Videográfica.
(13) Através do Guia de São Paulo, em escala, pudemos verificar que as casas por onde a sonda passou em frente, estão na distância de 208 metros. Os fundos da casa por onde o objeto some, com a fita métrica, encontramos 49 metros. De uma forma coloquial, podemos dizer que, a sonda estava distante entre 50 e 200 metros. Pelo depoimento das testemunhas que viram todo o show em uma visão perpendicular à da filmagem, podemos concluir que a sonda, no início da filmagem, está distante aproximadamente 150 metros e no final, aproximadamente 100 metros. Comparando as luminárias das ruas na própria filmagem com a sonda, e levando também em conta os depoimentos
das testemunhas, podemos concluir que o diâmetro dela está entre 15 e 25 centímetros, arredondando, aproximadamente 20 centímetros. Em foco, podemos ver que a cor da sonda tende para o branco, mas quando sai do foco, ela fica alaranjada, batendo com o depoimento das testemunhas que disseram ser um branco alaranjado.
(14) A hipótese de ser um pequeno balão foi totalmente descartada, pois o balão segue a mesma trajetória dos ventos. A hipótese de ser alguém empinando uma pipa com uma lanterna feita com vela também foi descartada. Além do pipa também ser orientado pelos ventos, é totalmente impossível realizar as incríveis manobras registradas, algumas bem perto do chão há 10 metros de altura, conforme as testemunhas, em um local cheio de redes elétricas. Em um dos mergulhos da sonda, no vídeo, aparentemente, ela chega a essa altura também. Pela filmagem e pelos depoimentos das testemunhas, a altura máxima que ela chegou foi de 120 metros.
(15) Um brinquedo movido por controle remoto, um pequeno helicóptero por exemplo, também foi descartada, pelo silêncio, pelas manobras no local e pelos depoimentos das testemunhas. A hipótese de um relâmpago globular, também conhecido por raio bola, também foi descartada, pelo silêncio, pelas manobras e principalmente pelo tempo de duração.
(16) Assim, pelo que pudemos concluir até agora, o Alan e a Katiuscia registraram aquilo que a Ufologia vem chamando de sonda ufológica. De qualquer forma, qualquer nova evidência, todo o caso será revisitado.
Testemunhas.
Os pesquisadores estimam dezenas de testemunhas para o caso, talvez até centenas (parágrafo 6). Dessas, dezessete testemunhas oculares são expressamente mencionadas no artigo. Elas se separam em seis grupos, localizados em pontos distintos da área.
Grupo 1 – Na Residência em que foi realizada a filmagem.
1) Alan Bruno de Oliveira, 10 anos. Um dos autores do filme (1).
2) Fernando Mariano de Oliveira, 24 anos. Testemunhou o objeto e a filmagem (1).
3) Giane Evans da Cunha. Prima de Alan Bruno de Oliveira. Testemunhou o objeto e a filmagem (3).
4) Katiuscia da Cunha Lopes. Prima de Fernando Mariano de Oliveira. Também autora do filme (1).
5) Luciene da Cunha Lopes, 22 anos. Irmã de Katiuscia. Testemunhou o objeto e a filmagem (1).
6) Maria Cristina Soares de Oliveira, 46 anos. Mãe de Fernando Mariano de Oliveira. Testemunhou o objeto e a filmagem (3).
Grupo 2 – Numa residência próxima à da filmagem.
7) Frederico José de Souza. Esposo de Rosely Campos de Souza (9).
8) Rosely Campos de Souza. Esposa de Frederico José de Souza. Ela chegou a temer que o objeto entrasse pela sua janela (9).
Grupo 3 – Numa residência também próxima à da filmagem.
9) Marcelo Caetano de Souza (9).
Grupo 4 – Numa residência na Rua Eunice Soares da Cunha.
10) Terezinha Varoto (10).
11) Aparecida Varoto. Filha de Terezinha Varoto (10).
12) José Varoto. Filho de Terezinha Varoto (10).
13) Nímia Liss. N. T. Gomes. Netade Terezinha Varoto (10).
Grupo 5 – Em outra residência na Rua Eunice Soares da Cunha.
14) Samira Cristina Houssen Khalil. Testemunhou o objeto por mais de 30 minutos (10).
15) Kátia Cristina de Oliveira. Filha de Samira Cristina Houssen Khalil. Testemunhou o objeto por mais de 30 minutos (10).
Grupo 6 – Na rua Henrique San Mindlin.
16) Francisco Leão da Silva Neto. Testemunhou o objeto a uma distância de cerca de 10 metros (11).
17) Mônica Aparecida Schleich. Esposa de Francisco Leão da Silva Neto. Testemunhou o objeto a uma distância de cerca de 10 metros (11).
Também presenciaram a euforia dos fatos, mas sem testemunhar o objeto, Waldir Mariano Júnior, 21 anos (4), irmão de Alan Bruno de Oliveira, que sugeriu por telefone que fosse realizada a filmagem; e Waldir Mariano de Oliveira, 47 anos, pai de Alan Bruno de Oliveira. Artista plástico, hoje com considerável projeção,2 ele procurou a imprensa e a equipe do INFA, tão logo teve conhecimento do registro.
Consta na pesquisa, por fim, Luzia Dias Santana Bonfim, que alega ter visto, com seus familiares, em data diferente, objeto semelhante àquele que foi filmado (7).
Em torno dos 30 segundos de filmagem, Alan Bruno de Oliveira chama por uma pessoa e confirma que ele e sua prima conseguiram gravar o objeto. O nome soa Adeilton, mas não consta entre as testemunhas da pesquisa.
Trajetória.
Através de mapeamento e medições no local, os pesquisadores assumem que o objeto chegou, em relação ao ponto de filmagem, no máximo a 208 metros e no mínimo a 49 metros (13) de distância. A altura de voo foi estimada em no máximo 150 metros e no mínimo 10 metros (14). A trajetória foi reconstruída conforme imagem a seguir.
Uma avaliação mais detida da filmagem expande um pouco esse percurso e revela algumas passagens importantes. Considerando a menor quantidade de quadros necessários para demarcar toda a trilha do objeto no vídeo, chegamos à sequência que se segue. Observe-se que os trechos em amarelo coincidem com a trajetória estimada pelo INFA.
O quadro acima permite captar grande parte dos movimentos registrados no filme, desde o seu início até aproximadamente o 1 minuto e 24 segundos. O trecho branco representa as passagens de maior velocidade da esfera, em especial no mergulho iniciado por volta dos 17 segundos. O longo deslocamento para a direita, realizado após a recuperação de altura do objeto, pouco tempo depois, é registrado no vídeo quase inteiramente sem outros referenciais enquadrados, o que dificultou traçar o percurso. Após uma aproximação com a linha do horizonte, contudo, por volta dos 55 segundos, é possível definir a movimentação do objeto como retratado no esquema, com base nas posições relativas dos pontos de luz.
Os trechos em verde, e grande parte do trecho em amarelo, em especial na metade inferior da meia elipse amarela desenhada à direita, representam momentos de significativa desaceleração, onde o objeto paira no ar, como se pretendesse avaliar o caminho que deve seguir.
Nesse quadro está representado o trecho entre os 1 minuto e 24 segundos e 1 minuto 29 segundos da filmagem. Observa-se uma razoável velocidade do objeto enquanto ele sobe, seguida por um desaceleração progressiva na parte mais horizontal do movimento, iniciada a partir do 1 minuto 27 segundos.
O trecho seguinte contém muitas partes interessantes. A passagem do objeto pela zona iluminada, por volta do 1 minuto 30 segundos, permite análises importantes, como apresentaremos mais adiante. Na sequência, no 1 minuto 35 segundos, o objeto se movimenta novamente de maneira receosa, enquanto dois veículos cruzam a pista.
Após um período de planagem, aos 1 minuto e 39 segundos, o objeto desliza com velocidade rente ao telhado das edificações.
Por volta do 1 minuto e 44 segundos temos uma desaceleração brusca. O objeto praticamente estaciona no ar, enquanto inicia uma movimentação relutante para a direita, ao 1 minuto e 47 segundos. Depois, desiste do movimento e mergulha vagarosamente para esquerda, passando por trás da borda de uma casa, 1 minuto e 49 segundos. A manobra mostra o quão próximo ele estava do solo e que sua parada não foi uma ilusão de ótica provocada por um movimento perpendicular em relação à câmera.
No trecho final, ao 1 minuto e 50 segundos, o objeto é entreposto por fios elétricos, compensa sua aceleração no 1 minuto e 52 segundos, volta a pairar e inicia um movimento para a direita, finalizando o registro do filme.
É importante notar que o objeto intercala rápidas acelerações com flutuações suaves sem, em nenhum momento, se chocar contra nenhum dos diversos obstáculos. Isso evidencia uma eleborada precisão nos movimentos, e dificulta sobremaneira uma explicação trivial para o ocorrido, como veremos mais adiante.
Objeto.
O objeto filmado se apresenta na forma de um globo luminoso. Seu diâmetro estimado foi de cerca de 20 centímetros (13), talvez um pouco menos (10). A luminosidade aparente equivale a de uma lâmpada de 200 watts (1), com cor preponderantemente branca e reflexos vermelho-alarajandos (10 e 13). Testemunhos mais próximos identificaram, na parte superior, uma saliência de cor esverdeada, com um brilho bem mais fraco em relação ao resto do corpo (11). Não havia emissão de nenhum tipo de ruído (1 e 10).
Quando o objeto se encontra fora de foco, frequentemente se observa uma seção vertical na lateral direita da esfera, como se vê nas duas imagens anteriores. Possivelmente isso advém de alguma peculiaridade ótica, uma vez que atinge conjuntamente outros pontos luminosos em várias passagens do filme, como pode ser visto acima. O fato disso acontecer, em alguns momentos, apenas com o objeto, pode ter algum significado a respeito de suas características luminosas, mas não sabemos definir qual.
O movimento e a uniformidade do brilho asseguram que a luminosidade do objeto é própria, não decorrendo de reflexos. Nas condições de gravação, uma luminosidade reflexiva seria interrompida conforme se alterasse o ângulo entre a superfície do objeto e o ponto de filmagem.
Hipóteses.
As principais tentativas de explicar o objeto de Capão Redondo de maneira convencional já foram refutadas no próprio artigo do INFA. Apresentaremos e desenvolveremos melhor essas refutações, acrescentando elementos que consideramos relevantes.
Balão.
A hipótese de que objeto seria um balão de ar não se sustenta devido a duas inconsistências básicas: o pequeno tamanho do objeto e seu atípico padrão de movimento.
Para que um balão flutue, é preciso volume para que seu fluído interno compense o peso da estrutura. Por esse motivo, balões muito pequenos são fisicamente inviáveis. Um balão de 20 centímetros de diâmetro teria dificuldade em erguer-se do solo, principalmente se precisar transportar uma fonte luminosa equivalente a 200 Watts.
Ao contrário das leves bolhas de sabão, nas quais pequenas correntes de vento ou mudanças de pressão podem influir na trajetória, balões possuem maior inércia, o que impede grande suavidade nos movimentos. Um mergulho acelerado, como o iniciado aos 17 segundos de filmagem, resultaria na colisão com o solo. Ainda que uma corrente ascendente de ar, com força suficiente para contrapor a inércia da queda, pudesse jogar o suposto balão para cima, o padrão de movimento não poderia ser o observado, onde o objeto paira suavemente antes de mudar a direção.
Pipa.
Outra opção levantada é a de que o objeto poderia ser uma espécie de engenho, feito com uma fonte luminosa e uma pipa. Alguém empinaria a pipa com a luz presa no fio, como abaixo. O esquema não é nada complicado e já ocorreu antes em diferentes ocasiões.
Com esse método seria possível simular um objeto com a aprência observada no vídeo, mas não com o seu padrão de movimento. Pipas possuem certo limite de manobrabilidade, têm grandes dificuldades em baixa altura e praticamente nenhum controle fino de movimento. A impossibilidade fica ainda maior quando esse controle fino deve ocorrer em um objeto preso ao fio.
A observação de qualquer um dos muitos trechos em que o objeto faz uma leve pausa antes de reiniciar o movimento, como aquele que começa ao 1 minuto e 47 segundos e vai até o final da gravação, é suficientes para inviabilizar a hipótese.
Brinquedo.
A ideia de que o objeto poderia ser um brinquedo remotamente controlado também pode ser excluída pela simples análise da trajetória. Acho pacífico que, para permitir a flexibilidade dos movimentos gravados, o brinquedo deveria ser um helicóptero ou equivalente. Aviões e aparentados certamente podem ser descartados, pois se caracterizam por velozes movimentos unidirecionais, e não podem pairar no ar.
Helicópteros de brinquedo, ou modelos equivalentes, mesmo nos dias de hoje, não são capazes de parar rapidamente após um mergulho acelerado, como ocorreu aos 25 segundos de filmagem. A distância e o tempo também são entraves. Um dos Brinquedos que poderíamos colocar nesta situação seriam um Dragon Fly da Lifer (acima), tem como raio de alcance 60 metros e uma autonomia de voo de 15 minutos. Os modelos de 1998 não deviam ser muito melhores, e o alcance está muito aquém da altura máxima 150 metros estimada para o objeto.
Vamos supor, contudo, que tais brinquedos com longo alcance e alta autonomia de voo estivessem disponíveis no Brasil em 1998. Para transportar os equipamentos que viabilizam a comunicação de rádio com a potência necessária para cobrir a distância, o brinquedo deveria ser relativamente grande, com certeza maior que 20 centímetros, o que também causa problemas. O transporte do globo luminoso deveria, necessariamente, obedecer a um dos seguintes esquemas.
Alguns esquemas comprometem a estabilidade de voo do aparelho mas, para fins do que se pretende mostrar, vamos considerar a possibilidade de qualquer um deles. O esquema C pode variar, com a posição do globo na outra lateral do aparelho. A questão central é que, dada a proximidade, um aparelho de tamanho igual ou maior que o globo luminoso deveria ser visível em alguma passagem da gravação – e isso não acontece. Um momento chave para essa constatação ocorre no 1 minuto e 30 segundos, quando o objeto passa por uma área ilumina e projeta sombra contra uma estrutura. Reproduzimos a passagem abaixo, em quatro frames, com close no quadro em que se encontra o objeto.
As sombras são formadas pelo contraste entre as diferenças de luminosidade da fonte luminosa externa e do objeto, sendo que um corpo não luminoso deveria projetar uma sombra mais escura que aquela do corpo com luminosidade própria. A avaliação das sombras projetadas não permite identificar qualquer corpo escuro ao lado do objeto, seja no esquema A, B, C, D ou E.
A única alternativa seria uma variação do esquema B, onde o globo luminoso ficaria muito afastado do brinquedo, por uma haste ou fio comprido, de modo que o brinquedo permaneceria fora da área iluminada durante esse trecho. Nesse caso, contudo, o afastamento do globo luminoso comprometeria seriamente a estabilidade e a capacidade de fazer manobras, impossibilitando a execução do conjunto de movimentos registrados.
Drones.
Provavelmente alguém um dia desconhecendo o caso pode falar sobre eles, afinal de uns tempos para cá os Drones se tornaram populares é acessíveis. É como sabemos bem, o ceticismo se divide entre os céticos moderados, e os fanáticos, das quais podem utilizar de tal argumento, pois até mesmo um Drone foi confundido com um Ovni.
Frequentemente as pessoas escutam o termo pela primeira vez e se perguntam: o que é um Drone?
Um drone é um veículo aéreo, mas diferentemente de aviões e helicópteros, não são tripulados. São controlados remotamente e, muitas vezes, equipados com câmeras de alta qualidade.
Embora o uso de drones pareça um assunto recente, a aplicação de veículos aéreos não tripulados remonta ao século 19, Apesar dos esforços, o primeiro drone moderno surgiu apenas em 1951, quando a Ryan Aeronautical Company (a mesma que construiu o NYP “Spirit of St. Louis”, que cruzou o Atlântico Norte em 1927) passou a desenvolver o Firebee, um drone a jato destinado a servir como alvo aéreo. O objetivo dos militares norte-americanos era adestrar os pilotos de caça para a nova geração de aeronaves que surgia no início da década de 1950, frota esta que, devido à alta performance e à inexistência de mísseis de elevada precisão, exigia grande perícia nos engajamentos. O primeiro modelo, batizado Q-2A, era impulsionado por um motor turbojato Continental J69-T-19B, que desenvolvia 1.060 lbf (4.7 kN) de potência e ultrapassava os 500 kt.
O drone, como conhecemos hoje, foi inventado pelo israelita Abe Karem, engenheiro espacial responsável pelo drone americano mais temido e bem-sucedido. Segundo Karem, quando ele chegou nos Estados Unidos da América, em 1977, para controlar um drone eram necessárias 30 pessoas. Este modelo, o Aquila, voava em média alguns minutos mesmo com autonomia para 20 horas de voo.
Vendo esta situação, Karem, fundou uma empresa a Leading System e utilizando pouca tecnologia: restos de madeira, fibra de vidro caseira e um motor igual aos que os karts, de corrida, usavam na época, deu origem ao Albatross.
O Albatross chegou a ficar 56 horas no ar, sem ser necessária nenhuma recarga de baterias, e sendo operado apenas por 3 pessoas - contra 30 do Aquilla. Depois desta bela demonstração, Karem recebeu financiamento da DARPA para aprimorar o protótipo, e assim surgiu o Amber.
Foram utilizados por um tempo como brinquedo, uma evolução dos aeromodelos. Hoje há um grande e crescente mercado profissional para os pilotos.
O processo de popularização dos veículos aéreos não tripulados é recente, e a imagem abaixo comprova:
Mais vamos contextualizar, Um drone em 1998? É inviável, tal tecnologia existia, (exclusivamente para meios militares), o que mais poderia ser aproximar seria um Dragon Fly da década de 90.
Raio-Globular.
Um raio ou relâmpago globular é um fenômeno atmosférico elétrico ainda inexplicado. O termo refere-se a relatos de objetos esféricos e luminosos, que variam em diâmetro do tamanho de uma ervilha a vários metros. É geralmente associado com trovoadas, mas dura muito mais tempo do que a fração de segundo de um relâmpago de raio. Muitos dos primeiros relatos dizem que a bola finalmente explode, por vezes com consequências fatais, deixando para trás o odor de enxofre.
Até os anos 1960, a maioria dos cientistas argumentavam que raio globulares não eram um fenômeno real, apesar de inúmeras aparições em todo o mundo e em diferentes épocas. Experimentos de laboratório podem produzir efeitos que são visualmente semelhantes aos relatos de raio globulares, mas ainda não se sabe se tais fenômenos estão relacionados.
Dados científicos sobre os raios globulares naturais ainda são escassos, devido à sua raridade e imprevisibilidade. A presunção de sua existência baseia-se em avistamentos públicos relatados e, portanto, tem produzido resultados um pouco inconsistentes. Dada incoerências e falta de dados confiáveis, a verdadeira natureza do relâmpago globular ainda é desconhecida. O primeiro espectro óptico do que parece ter sido um evento de raio globular foi publicado em janeiro de 2014 e incluiu um vídeo. O registro foi feito em Lanzhou, na China.
Muitas hipóteses científicas sobre os relâmpagos globulares foram propostas ao longo dos séculos. Em 2007, o pesquisador Gerson Paiva conduziu e publicou uma pesquisa experimental pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, Brasil, feita com base em dados espectrográficos que foram registrados por acaso, onde propunha a hipótese do silício vaporizado. Esta hipótese sugere que o raio globular consiste de silício vaporizado que queima através do processo de oxidação. O relâmpago que golpeia o solo da Terra pode vaporizar a sílica contida no seu interior e, de alguma forma, separa o oxigênio do dióxido de silício, transformando-a em vapor de silício puro. Enquanto esfria, o silício pode condensar em um tipo de aerossol flutuante, brilhante devido ao calor do silício recombinado com o oxigênio. O registros do experimento relatam a produção de "bolas luminosas com uma duração da vários segundos" através da evaporação de silício puro com um arco eléctrico. Vídeos e espectrografias desta experiência foram disponibilizadas. Esta hipótese ganhou apoio significativo em 2014, quando o primeiro registro de espectros de raio globulares naturais foram publicados. Os teóricos depósitos de silício no solo incluem as nanopartículas de Si, SiO e SiC.
Tem sido sugerido que um raio globular é baseado em oscilações não lineares esfericamente simétricas de partículas carregadas no plasma - o análogo de um solitão de Langmuir espacial. Essas oscilações foram descritas tanto por teorias clássicas como teorias quânticas. Verificou-se que as oscilações de plasma mais intensas ocorrem nas regiões centrais de um raio globular. Sugeriu-se que estados ligados de partículas carregadas oscilantes com spins orientados opostamente - o análogo de pares de Cooper - podem aparecer dentro de um raio globular. Este fenômeno, por sua vez, pode levar a ideia de um estado supercondutor da matéria dentro de um raio globular. A ideia da supercondutividade em um raio globular foi considerada anteriormente. A possibilidade de existência de um raio globular com um núcleo composto também foi discutido neste modelo.
As semelhanças do objeto em Capão Redondo com um relâmpago globular típico se resumem à aparência e à forma. Entre os elementos divergentes, podem ser listados:
1) O fato do objeto ter surgido em tempo bom, na ausência de tempestade ou atividade eletromagnética;
2) A incrível duração de quase meia hora, altamente controversa para um fenômeno natural;
3) O deslocamento para cima, marcadamente aos 30 segundos de vídeo, sem qualquer incetivo externo aparente;
4) O objeto evita o grande número de estruturas próximas, inclusive chapas e fios metálicos, ao contrário do comportamento esperado para o fenômeno.
Caso o objeto de Capão Redondo venha a ser de origem natural, certamente será de um tipo bem diferente daqueles relâmpagos globulares que hoje vêm intrigando o Conhecimento Estabelecido. Não se sabe o que são relâmpagos globulares mas, mesmo que se considerem verdadeiras todas as teorias explicativas ao seu respeito, nenhuma é capaz de enquadrar o objeto.
Alan e Katiuscia. |
Grupo 1 – Na Residência em que foi realizada a filmagem.
1) Alan Bruno de Oliveira, 10 anos. Um dos autores do filme (1).
2) Fernando Mariano de Oliveira, 24 anos. Testemunhou o objeto e a filmagem (1).
3) Giane Evans da Cunha. Prima de Alan Bruno de Oliveira. Testemunhou o objeto e a filmagem (3).
4) Katiuscia da Cunha Lopes. Prima de Fernando Mariano de Oliveira. Também autora do filme (1).
5) Luciene da Cunha Lopes, 22 anos. Irmã de Katiuscia. Testemunhou o objeto e a filmagem (1).
6) Maria Cristina Soares de Oliveira, 46 anos. Mãe de Fernando Mariano de Oliveira. Testemunhou o objeto e a filmagem (3).
Grupo 2 – Numa residência próxima à da filmagem.
7) Frederico José de Souza. Esposo de Rosely Campos de Souza (9).
8) Rosely Campos de Souza. Esposa de Frederico José de Souza. Ela chegou a temer que o objeto entrasse pela sua janela (9).
Grupo 3 – Numa residência também próxima à da filmagem.
9) Marcelo Caetano de Souza (9).
Grupo 4 – Numa residência na Rua Eunice Soares da Cunha.
10) Terezinha Varoto (10).
11) Aparecida Varoto. Filha de Terezinha Varoto (10).
12) José Varoto. Filho de Terezinha Varoto (10).
13) Nímia Liss. N. T. Gomes. Netade Terezinha Varoto (10).
Grupo 5 – Em outra residência na Rua Eunice Soares da Cunha.
14) Samira Cristina Houssen Khalil. Testemunhou o objeto por mais de 30 minutos (10).
15) Kátia Cristina de Oliveira. Filha de Samira Cristina Houssen Khalil. Testemunhou o objeto por mais de 30 minutos (10).
Grupo 6 – Na rua Henrique San Mindlin.
16) Francisco Leão da Silva Neto. Testemunhou o objeto a uma distância de cerca de 10 metros (11).
17) Mônica Aparecida Schleich. Esposa de Francisco Leão da Silva Neto. Testemunhou o objeto a uma distância de cerca de 10 metros (11).
Também presenciaram a euforia dos fatos, mas sem testemunhar o objeto, Waldir Mariano Júnior, 21 anos (4), irmão de Alan Bruno de Oliveira, que sugeriu por telefone que fosse realizada a filmagem; e Waldir Mariano de Oliveira, 47 anos, pai de Alan Bruno de Oliveira. Artista plástico, hoje com considerável projeção,2 ele procurou a imprensa e a equipe do INFA, tão logo teve conhecimento do registro.
Trajetória do Objeto (Créditos INFA) |
Consta na pesquisa, por fim, Luzia Dias Santana Bonfim, que alega ter visto, com seus familiares, em data diferente, objeto semelhante àquele que foi filmado (7).
Em torno dos 30 segundos de filmagem, Alan Bruno de Oliveira chama por uma pessoa e confirma que ele e sua prima conseguiram gravar o objeto. O nome soa Adeilton, mas não consta entre as testemunhas da pesquisa.
Trajetória.
Através de mapeamento e medições no local, os pesquisadores assumem que o objeto chegou, em relação ao ponto de filmagem, no máximo a 208 metros e no mínimo a 49 metros (13) de distância. A altura de voo foi estimada em no máximo 150 metros e no mínimo 10 metros (14). A trajetória foi reconstruída conforme imagem a seguir.
Uma avaliação mais detida da filmagem expande um pouco esse percurso e revela algumas passagens importantes. Considerando a menor quantidade de quadros necessários para demarcar toda a trilha do objeto no vídeo, chegamos à sequência que se segue. Observe-se que os trechos em amarelo coincidem com a trajetória estimada pelo INFA.
Quadro 22 Segundos |
Os trechos em verde, e grande parte do trecho em amarelo, em especial na metade inferior da meia elipse amarela desenhada à direita, representam momentos de significativa desaceleração, onde o objeto paira no ar, como se pretendesse avaliar o caminho que deve seguir.
Quadro 01:25 Segundos. |
Nesse quadro está representado o trecho entre os 1 minuto e 24 segundos e 1 minuto 29 segundos da filmagem. Observa-se uma razoável velocidade do objeto enquanto ele sobe, seguida por um desaceleração progressiva na parte mais horizontal do movimento, iniciada a partir do 1 minuto 27 segundos.
Quadro 01:30 Segundos |
Quadro 01:39 Segundos |
Quadro 01:44 Segundos |
Quadro 01:53 Segundos. |
É importante notar que o objeto intercala rápidas acelerações com flutuações suaves sem, em nenhum momento, se chocar contra nenhum dos diversos obstáculos. Isso evidencia uma eleborada precisão nos movimentos, e dificulta sobremaneira uma explicação trivial para o ocorrido, como veremos mais adiante.
Objeto.
Quadro 01:47 Segundos. |
Quadro 53 segundos. |
O movimento e a uniformidade do brilho asseguram que a luminosidade do objeto é própria, não decorrendo de reflexos. Nas condições de gravação, uma luminosidade reflexiva seria interrompida conforme se alterasse o ângulo entre a superfície do objeto e o ponto de filmagem.
Hipóteses.
As principais tentativas de explicar o objeto de Capão Redondo de maneira convencional já foram refutadas no próprio artigo do INFA. Apresentaremos e desenvolveremos melhor essas refutações, acrescentando elementos que consideramos relevantes.
Balão.
A hipótese de que objeto seria um balão de ar não se sustenta devido a duas inconsistências básicas: o pequeno tamanho do objeto e seu atípico padrão de movimento.
Para que um balão flutue, é preciso volume para que seu fluído interno compense o peso da estrutura. Por esse motivo, balões muito pequenos são fisicamente inviáveis. Um balão de 20 centímetros de diâmetro teria dificuldade em erguer-se do solo, principalmente se precisar transportar uma fonte luminosa equivalente a 200 Watts.
Ao contrário das leves bolhas de sabão, nas quais pequenas correntes de vento ou mudanças de pressão podem influir na trajetória, balões possuem maior inércia, o que impede grande suavidade nos movimentos. Um mergulho acelerado, como o iniciado aos 17 segundos de filmagem, resultaria na colisão com o solo. Ainda que uma corrente ascendente de ar, com força suficiente para contrapor a inércia da queda, pudesse jogar o suposto balão para cima, o padrão de movimento não poderia ser o observado, onde o objeto paira suavemente antes de mudar a direção.
Pipa.
Outra opção levantada é a de que o objeto poderia ser uma espécie de engenho, feito com uma fonte luminosa e uma pipa. Alguém empinaria a pipa com a luz presa no fio, como abaixo. O esquema não é nada complicado e já ocorreu antes em diferentes ocasiões.
Com esse método seria possível simular um objeto com a aprência observada no vídeo, mas não com o seu padrão de movimento. Pipas possuem certo limite de manobrabilidade, têm grandes dificuldades em baixa altura e praticamente nenhum controle fino de movimento. A impossibilidade fica ainda maior quando esse controle fino deve ocorrer em um objeto preso ao fio.
A observação de qualquer um dos muitos trechos em que o objeto faz uma leve pausa antes de reiniciar o movimento, como aquele que começa ao 1 minuto e 47 segundos e vai até o final da gravação, é suficientes para inviabilizar a hipótese.
Brinquedo.
A ideia de que o objeto poderia ser um brinquedo remotamente controlado também pode ser excluída pela simples análise da trajetória. Acho pacífico que, para permitir a flexibilidade dos movimentos gravados, o brinquedo deveria ser um helicóptero ou equivalente. Aviões e aparentados certamente podem ser descartados, pois se caracterizam por velozes movimentos unidirecionais, e não podem pairar no ar.
Helicópteros de brinquedo, ou modelos equivalentes, mesmo nos dias de hoje, não são capazes de parar rapidamente após um mergulho acelerado, como ocorreu aos 25 segundos de filmagem. A distância e o tempo também são entraves. Um dos Brinquedos que poderíamos colocar nesta situação seriam um Dragon Fly da Lifer (acima), tem como raio de alcance 60 metros e uma autonomia de voo de 15 minutos. Os modelos de 1998 não deviam ser muito melhores, e o alcance está muito aquém da altura máxima 150 metros estimada para o objeto.
Vamos supor, contudo, que tais brinquedos com longo alcance e alta autonomia de voo estivessem disponíveis no Brasil em 1998. Para transportar os equipamentos que viabilizam a comunicação de rádio com a potência necessária para cobrir a distância, o brinquedo deveria ser relativamente grande, com certeza maior que 20 centímetros, o que também causa problemas. O transporte do globo luminoso deveria, necessariamente, obedecer a um dos seguintes esquemas.
Alguns esquemas comprometem a estabilidade de voo do aparelho mas, para fins do que se pretende mostrar, vamos considerar a possibilidade de qualquer um deles. O esquema C pode variar, com a posição do globo na outra lateral do aparelho. A questão central é que, dada a proximidade, um aparelho de tamanho igual ou maior que o globo luminoso deveria ser visível em alguma passagem da gravação – e isso não acontece. Um momento chave para essa constatação ocorre no 1 minuto e 30 segundos, quando o objeto passa por uma área ilumina e projeta sombra contra uma estrutura. Reproduzimos a passagem abaixo, em quatro frames, com close no quadro em que se encontra o objeto.
Quadros de 01:30 Segundos. |
A única alternativa seria uma variação do esquema B, onde o globo luminoso ficaria muito afastado do brinquedo, por uma haste ou fio comprido, de modo que o brinquedo permaneceria fora da área iluminada durante esse trecho. Nesse caso, contudo, o afastamento do globo luminoso comprometeria seriamente a estabilidade e a capacidade de fazer manobras, impossibilitando a execução do conjunto de movimentos registrados.
Drones.
Provavelmente alguém um dia desconhecendo o caso pode falar sobre eles, afinal de uns tempos para cá os Drones se tornaram populares é acessíveis. É como sabemos bem, o ceticismo se divide entre os céticos moderados, e os fanáticos, das quais podem utilizar de tal argumento, pois até mesmo um Drone foi confundido com um Ovni.
Frequentemente as pessoas escutam o termo pela primeira vez e se perguntam: o que é um Drone?
Um drone é um veículo aéreo, mas diferentemente de aviões e helicópteros, não são tripulados. São controlados remotamente e, muitas vezes, equipados com câmeras de alta qualidade.
Embora o uso de drones pareça um assunto recente, a aplicação de veículos aéreos não tripulados remonta ao século 19, Apesar dos esforços, o primeiro drone moderno surgiu apenas em 1951, quando a Ryan Aeronautical Company (a mesma que construiu o NYP “Spirit of St. Louis”, que cruzou o Atlântico Norte em 1927) passou a desenvolver o Firebee, um drone a jato destinado a servir como alvo aéreo. O objetivo dos militares norte-americanos era adestrar os pilotos de caça para a nova geração de aeronaves que surgia no início da década de 1950, frota esta que, devido à alta performance e à inexistência de mísseis de elevada precisão, exigia grande perícia nos engajamentos. O primeiro modelo, batizado Q-2A, era impulsionado por um motor turbojato Continental J69-T-19B, que desenvolvia 1.060 lbf (4.7 kN) de potência e ultrapassava os 500 kt.
O drone, como conhecemos hoje, foi inventado pelo israelita Abe Karem, engenheiro espacial responsável pelo drone americano mais temido e bem-sucedido. Segundo Karem, quando ele chegou nos Estados Unidos da América, em 1977, para controlar um drone eram necessárias 30 pessoas. Este modelo, o Aquila, voava em média alguns minutos mesmo com autonomia para 20 horas de voo.
Vendo esta situação, Karem, fundou uma empresa a Leading System e utilizando pouca tecnologia: restos de madeira, fibra de vidro caseira e um motor igual aos que os karts, de corrida, usavam na época, deu origem ao Albatross.
O Albatross chegou a ficar 56 horas no ar, sem ser necessária nenhuma recarga de baterias, e sendo operado apenas por 3 pessoas - contra 30 do Aquilla. Depois desta bela demonstração, Karem recebeu financiamento da DARPA para aprimorar o protótipo, e assim surgiu o Amber.
Foram utilizados por um tempo como brinquedo, uma evolução dos aeromodelos. Hoje há um grande e crescente mercado profissional para os pilotos.
O processo de popularização dos veículos aéreos não tripulados é recente, e a imagem abaixo comprova:
Pesquisas sobre Drones e sua Popularização. |
Mais vamos contextualizar, Um drone em 1998? É inviável, tal tecnologia existia, (exclusivamente para meios militares), o que mais poderia ser aproximar seria um Dragon Fly da década de 90.
Raio-Globular.
Um raio ou relâmpago globular é um fenômeno atmosférico elétrico ainda inexplicado. O termo refere-se a relatos de objetos esféricos e luminosos, que variam em diâmetro do tamanho de uma ervilha a vários metros. É geralmente associado com trovoadas, mas dura muito mais tempo do que a fração de segundo de um relâmpago de raio. Muitos dos primeiros relatos dizem que a bola finalmente explode, por vezes com consequências fatais, deixando para trás o odor de enxofre.
Até os anos 1960, a maioria dos cientistas argumentavam que raio globulares não eram um fenômeno real, apesar de inúmeras aparições em todo o mundo e em diferentes épocas. Experimentos de laboratório podem produzir efeitos que são visualmente semelhantes aos relatos de raio globulares, mas ainda não se sabe se tais fenômenos estão relacionados.
Dados científicos sobre os raios globulares naturais ainda são escassos, devido à sua raridade e imprevisibilidade. A presunção de sua existência baseia-se em avistamentos públicos relatados e, portanto, tem produzido resultados um pouco inconsistentes. Dada incoerências e falta de dados confiáveis, a verdadeira natureza do relâmpago globular ainda é desconhecida. O primeiro espectro óptico do que parece ter sido um evento de raio globular foi publicado em janeiro de 2014 e incluiu um vídeo. O registro foi feito em Lanzhou, na China.
Muitas hipóteses científicas sobre os relâmpagos globulares foram propostas ao longo dos séculos. Em 2007, o pesquisador Gerson Paiva conduziu e publicou uma pesquisa experimental pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, Brasil, feita com base em dados espectrográficos que foram registrados por acaso, onde propunha a hipótese do silício vaporizado. Esta hipótese sugere que o raio globular consiste de silício vaporizado que queima através do processo de oxidação. O relâmpago que golpeia o solo da Terra pode vaporizar a sílica contida no seu interior e, de alguma forma, separa o oxigênio do dióxido de silício, transformando-a em vapor de silício puro. Enquanto esfria, o silício pode condensar em um tipo de aerossol flutuante, brilhante devido ao calor do silício recombinado com o oxigênio. O registros do experimento relatam a produção de "bolas luminosas com uma duração da vários segundos" através da evaporação de silício puro com um arco eléctrico. Vídeos e espectrografias desta experiência foram disponibilizadas. Esta hipótese ganhou apoio significativo em 2014, quando o primeiro registro de espectros de raio globulares naturais foram publicados. Os teóricos depósitos de silício no solo incluem as nanopartículas de Si, SiO e SiC.
Tem sido sugerido que um raio globular é baseado em oscilações não lineares esfericamente simétricas de partículas carregadas no plasma - o análogo de um solitão de Langmuir espacial. Essas oscilações foram descritas tanto por teorias clássicas como teorias quânticas. Verificou-se que as oscilações de plasma mais intensas ocorrem nas regiões centrais de um raio globular. Sugeriu-se que estados ligados de partículas carregadas oscilantes com spins orientados opostamente - o análogo de pares de Cooper - podem aparecer dentro de um raio globular. Este fenômeno, por sua vez, pode levar a ideia de um estado supercondutor da matéria dentro de um raio globular. A ideia da supercondutividade em um raio globular foi considerada anteriormente. A possibilidade de existência de um raio globular com um núcleo composto também foi discutido neste modelo.
As semelhanças do objeto em Capão Redondo com um relâmpago globular típico se resumem à aparência e à forma. Entre os elementos divergentes, podem ser listados:
1) O fato do objeto ter surgido em tempo bom, na ausência de tempestade ou atividade eletromagnética;
2) A incrível duração de quase meia hora, altamente controversa para um fenômeno natural;
3) O deslocamento para cima, marcadamente aos 30 segundos de vídeo, sem qualquer incetivo externo aparente;
4) O objeto evita o grande número de estruturas próximas, inclusive chapas e fios metálicos, ao contrário do comportamento esperado para o fenômeno.
Caso o objeto de Capão Redondo venha a ser de origem natural, certamente será de um tipo bem diferente daqueles relâmpagos globulares que hoje vêm intrigando o Conhecimento Estabelecido. Não se sabe o que são relâmpagos globulares mas, mesmo que se considerem verdadeiras todas as teorias explicativas ao seu respeito, nenhuma é capaz de enquadrar o objeto.
Fontes.
http://www.ufologiaobjetiva.com.br/sonda-em-capao-redondo/
http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1990/sonda
https://odrones.com.br/historia-dos-drones/
http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/origem-dos-vant_1907.html
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2015/10/15/interna_brasil,604093/drone-e-confundido-com-disco-voador-e-causa-panico-no-interior-do-rio-grande-do-norte.shtml
https://www.youtube.com/watch?v=ESwO6fZHbkg
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