Não será um Dossiê como escrevi anteriormente, será como uma memorando, um copilado de diversos casos que estudei em meu tempo livre.
Os Memórias da Ufologia de hoje, vai relembrar um dos episódios mais controversos envolvendo a Ufologia em si. O que é de controverso neste caso e quando envolve duas coisas muito comuns nos relatórios envolvendo Óvni e Testemunhas. Quedas, é encontros com Aviões Militares. O Caso Mantell diz respeito à queda e morte do capitão Thomas Francis Mantell Jr., de 25 anos, piloto da Kentucky Air National Guard, em 7 de janeiro de 1948 (a exatos 70 anos), enquanto perseguia um óvni.
Curiosamente esse controverso Caso sucede outro que ocorreu 6 meses,o famoso caso, o Roswell (Da qual outros controversos casos ocorrem; 2 meses depois, ocorre o Caso Aztec, é 6 meses depois [4 meses em relação ao Aztec] o Caso Laredo) Depois destes pequenos Spoiler de posts que publicarei, vamos nos centrar no Caso Mantell
O Caso
Na manhã de 7 de janeiro de 1948 ocorreu um dos mais trágicos registros da Ufologia Mundial. Neste dia vários pilotos de caças P-51 Mustang (Algumas fontes falam de F-51D Mustang, mas ambas falam do mesmo modelo de aeronave. Em 1948, a designação P-51 (P para busca) foi alterada para F-51 (F para lutador(fighter) e o designador F existente para aeronaves de reconhecimento fotográfico foi descartado)
comandados pelo jovem capitão Thomas F. Mantell, estavam em treinamento na Base Aérea de Godman, em Fort Knox, no estado do Kentucky. Ao final do exercício o Centro de Controle notificou-os que um objeto não identificado havia sido avistado no céu, entre as nuvens.
Noticia de sua prematura morte. |
1948, a três anos terminara a 2° Grande Guerra, e a sensação de retaliação de alguns grupos paramilitares perdedora da guerra poderia ser viável. E também estavam entrado na Guerra Fria, quando já havia iniciado o período de guerra ideológica entre os Estados Unidos e a União Soviética, e aviões espiões eram frequentemente interceptados em ambos países.
Mantell permaneceu sozinho na perseguição e informa que abandonará o objeto quando atingir a altitude de 6000 metros. Pouco depois perdeu-se o contato por rádio com Mantell. Menos de uma hora depois (15:15) os destroços do avião são encontrados. Eles estavam espalhados em um raio de vários quilômetros indicando que o avião desintegrou-se durante o voo, e o corpo do piloto decapitado. O relógio de Mantell parou às 15:18.
Fotos do Acidente do P-51 Mustang, Pilotado por Thomas Mantell. |
A Explicação Do Planeta Vênus.
O Caso Mantell foi rapidamente investigado pelo Projeto Sinal (Project Sign), grupo de pesquisa da Força Aérea dos Estados Unidos recém-criado para estudar casos de óvnis (Ou como alguns mais adeptos a teorias do acobertamento ufológico, iniciou um projeto de acobertamento). Apesar da equipe do Projeto Sinal nunca haver chegado a uma conclusão, outros investigadores da Força Aérea sugeriram que Mantell havia observado o planeta Vênus. Eles explicaram o incidente como fruto de erro de interpretação dos pilotos. Eles teriam confundindo Vênus com um óvni e tentado persegui-lo.
Se fosse o caso, Mantell, acreditando erradamente que poderia se aproximar do objeto, quando atingiu mais de 6000 metros sofreram os efeitos da altitude. Mantell teria subido demais para dar uma olhada melhor, e em determinado momento perdeu os sentidos perdendo o controle de seu avião, morrendo por falta de oxigênio em altitude elevada. Ufólogos rapidamente contestaram os fatos, pois o objeto havia sido captado pelo radar o que exclui a possibilidade de o objeto ser o Planeta Vênus.
Entretanto, esta conclusão foi logo descartada, porque embora Vênus estivesse na mesma posição do óvni, astrônomos trabalhando para o Projeto Sinal estabeleceram que o planeta estaria quase invisível para observadores àquela hora do dia. De acordo com Edward James Ruppelt, capitão aviador da Força Aérea dos Estados Unidos, que dirigiu o Projeto Rancor (Grudge) e Projeto Livro Azul (Blue Book), investigativos de casos de óvnis:
"A razão por que Vênus tinha sido aventada consistia em que o planeta, na ocasião, se encontrava quase no mesmo lugar do céu em que o UFO. Consultando suas notas, o Dr. Hynek disse-me que, às 15:00, se localizava a sul-sudoeste de Godman e 33 graus acima do horizonte sul. Nessa mesma hora, os ocupantes da torre calculavam que o UFO estivesse a sudoeste de Godman e a uma elevação aproximada de 45 graus. Concedendo uma certa margem de erro humano quanto à estimativa da direção e dos ângulos, a aproximação era grande. Concordei. Contudo, havia uma grande falha na teoria. Vênus não estava na ocasião com brilho suficiente para ser visto. O Dr. Hynek havia feito o cômputo da iluminação nesse dia e verificou que o planeta era apenas mais brilhante seis vezes que o céu que o rodeava. A seguir explicou-me o que isso significava. Seis vezes pode parecer muito, mas não é. Quando alguém procura um ponto luminoso no céu, apenas seis vezes mais brilhante que o rodeia, é quase impossível encontrá-lo até mesmo em dia claro. O Dr. Hynek afirmou não ter pensado que o UFO era Vênus. Mais tarde verifiquei que, embora o dia do acidente tivesse sido relativamente claro e livre de nuvens, havia grande quantidade de bruma. Perguntei ao Dr. Hynek se poderia oferecer alguma outra solução. Repetiu-me as teorias do balão, de reflexo na cúpula da cabina do avião e do parélio, mas recusou-se a tecer comentários, pois, como disse, era um astrofísico e cuidava apenas de comentar as observações sob esse aspecto."
A Explicação do Balão Skyhook.
Foi então alegado que o mesmo seria um balão Skyhook da Força Aérea Americana (USAF). O Dr. Joseph Allen Hynek, um professor de astronomia e um consultor científico do Projeto Sign, é o capitão Edward Ruppelt, responsável pelo Blue Book, sugeriram que Thomas sugeriu que Mantell tinha confundido um balão meteorológico Skyhook da Marinha americana. De fato, essa explicação é bem plausível: os balões eram um projeto secreto da Marinha à época, continham alumínio, e tinham cerca de 30 metros de diâmetro. O gigantesco balão tinha forma de pera próximo à Terra, mas se convertia numa esfera, de trinta metros de diâmetro, quando estava a grande altura, o que é consistente com a descrição de Mantell de um largo objeto metálico.
A USAF criou esses balões gigantesco, capaz de ascender até 70.000 pés (cerca de 21.000 metros) de altitude, para recolher informação sobre a alta atmosfera. Uma vez que os balões Skyhook eram secretos naquele tempo, nem Mantell nem os outros observadores na torre de tráfego aéreo estariam aptos a identificar o óvni como um balão Skyhook.
Ao mesmo tempo que essa explicação faz sentido, também não faz sentido! Eis uma faca de duas pontas que apontam uma solução e a outra ponta abre um leque de possibilidades. Thomas Mantell e sua esquadrilha eram veteranos da 2° Guerra Mundial tendo participado das mais importantes batalhas travadas pelos americanos na Europa. Ele e sua equipe tinham condições de identificar um balão. Além disso, a USAF não lançaria balões em área de treinamento militar no momento em que houvessem aviões em manobras. E se por acaso houvesse um lançamento o controle local seria informado dos testes com balões. E não houve qualquer comunicação neste sentido.
Apesar da explicação do balão e das comprovações de documentos de 1948 sobre a soltura deles, no entanto, essa hipótese jamais ficou provada, uma vez que não foram encontrados registros de lançamentos de balões na ocasião. De acordo com Ruppelt:
"Em algum lugar nos arquivos da Força Aérea ou da Marinha, haverá registros que demonstrarão ou não se um balão foi solto da Base Aérea de Clinton County, Ohio, em 7 de janeiro de 1948. Jamais pude encontrar tais registros. Pessoas que trabalharam nos primitivos tempos dos balões Skyhooks lembram-se de ter operado em Clinton Country em 1947, mas recusaram-se afirmar que houve algum balão solto em 7 de janeiro [de 1948]. 'Talvez', diziam."
Muitos ufólogos não concordaram com a explicação oficial, pedem abertura de arquivos secretos e maior abertura no Exército, Marinha e Aeronáutica dos Estados Unidos acerca de Ovnis e outros assuntos relacionados aos aliens. Outros, como Jacques Vallée, aceitaram e deram o caso como encerrado.
Já a imprensa fez sua glória com todo tipo de sensacionalismo possível. A notícia da morte de Mantell se filtrou aos meios de informação e no dia seguinte era publicada sob grandes manchetes em todos os jornais dos Estados Unidos. A imprensa explorou enormemente a notícia, chegando a apresentar o acidente como um episódio de uma “GUERRA INTERPLANETÁRIA”
O episódio de Mantell serviu também para que muitos autores, conhecidos pela forma de apresentar os “extraterrestres “ como hostis, de prova de suas intenções malévolas em relação a espécie humana.
Até hoje o caso gera polêmica e é alvo de muitos questionamentos, a queda de Mantell permanece inconclusiva. Para alguns o Caso da queda de Thomas Mantell em 7 de Janeiro de 1948, só será concluído quando de fato o Governo Norte-Americano revelar toda a verdade.
Fontes.
http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/a1950/mantell
http://fatoefarsa.blogspot.com.br/2013/06/o-caso-mantell-misterios-sobre-ovnis.html
http://arquivoconfidencial.blogspot.com.br/2005/10/1948-caso-thomas-mantell.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Mantell
http://filosofiaimortal.blogspot.com.br/2013/04/projeto-skyhook-o-segredo-militar-dos.html
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