terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Caso Ilha da Trindade.

Nesta série de posts irei relembrar alguns dos casos mais famosos da Casuística tanto Brasileira quanto Internacional, serão centenas deles, das quais serão divididos da seguinte forma Dia e Mês, o ano será aleatório. São dezenas de casos que chamou minha atenção quanto ao fenômeno Ovni, a chamada parte do que alguns dizem, 2% da quais não são explicadas com clareza, além de falar de outros que são completamente fraudulentos.
Geralmente o que estamos habituados a ver é pontos de luzes no céu. Mais um Objeto discoide....
Não será um Dossiê como escrevi anteriormente, será como uma memorando, um copilado de diversos casos que estudei em meu tempo livre.

Os Memórias da Ufologia de hoje O Caso da Ilha da Trindade relaciona-se à suposta aparição de um objeto voador não-identificado que teria sido visto pela tripulação do navio Almirante Saldanha, da Marinha Brasileira, em 16 de janeiro de 1958.

O Caso da Ilha de Trindade é um dos mais casos importantes, além de polêmico e controverso da Ufologia Brasileira e Mundial. Refere-se à uma série de fotografias (Nítidas até demais), de autoria de Almiro Baraúna, nas quais observa-se um disco voador tendo sido testemunhado por dezenas de militares presentes na ocasião, na Ilha de Trindade, no litoral do Espírito Santo. Contudo o caso é alvo de debates acalorados entre ufólogos e céticos que o tem como referência para vários outros casos ocorridos na mesma época ou posterior. E para aumentar ainda mais a discussão entre Agosto de 2010 e Janeiro de 2011, duas impactantes confissões, revelaram que tal caso que impactou a Ufologia que ainda estava de mãos dadas seria um Embuste bem feito.

Pesquisei com profundidade os dois lados, afinal eu particularmente me considero um ser que anda sobre o Muro da dualidade, Eis a copilação de todo caso aqui neste Post.

O Caso.

Em 16 de janeiro de 1958, o fotógrafo baiano, radicado em Niterói, Almiro Baraúna (30 de abril de 1916 - Niterói, 29 de julho de 2000), então com 42 anos de idade, convidado pela Marinha do Brasil para participar de pesquisas oceanográficas (pesquisas associadas ao Ano Geofísico Internacional), na Ilha da Trindade, no litoral capixaba, teria feito, a bordo do navio-escola Almirante Saldanha.

O evento desta data, em que foram obtidas quatro fotografias de uma nave discoide sobre a ilha, é o ápice de uma série de fenômenos verificados na ilha nas semanas anteriores e testemunhados por operários, marinheiros e oficiais em várias ocasiões entre Dezembro de 1957 e Janeiro de 1958. Destes, pelo menos cinco incidentes haviam chamado a atenção pois tiveram como testemunhas oficiais de alta patente, cientistas e outros especialistas presentes no local.
(Um destes eventos ocorreu em final de Novembro de 1957, em uma manhã clara e ensolarada, quando um balão meteorológico foi lançado para estudos. O comandante Bacelar estava no interior de uma estação de rádio acompanhando o experimento. Em dado momento houve uma distorção nos sinais levando o comandante acreditar que os equipamentos do balão haviam se desprendido. Ele avisou um de seus subordinados que saiu para verificar. Ao voltar o oficial afirmou que havia um outro objeto no céu, próximo ao balão. O comandante correu para observar e avistou o referido objeto andando erraticamente pelo céu fazendo manobras fechadas em alta velocidade. Olhando com instrumentos o oficial percebeu que o objeto era circular e de aparência metálica. Após o evento o militar enviou uma mensagem via rádio para a central da Marinha solicitando informações. Este era o terceiro evento registrado na Ilha em poucos dias. O numero de aparições aumentou consideravelmente com aparições quase diárias.Nos primeiros dias de Janeiro de 1958, o objeto foi novamente registrado sendo que desta vez causou pânico entre os presentes pois o objeto realizou manobras muito baixas. Em alguns casos parecia que se chocaria com instalações militares e científicas da Ilha. Estes fatos já estavam sendo investigados pela Marinha. Neste episódio em específico as testemunhas foram interrogadas cuidadosamente. Um sargento da Marinha presente na ocasião conseguiu uma fotografia do ÓVNI. O negativo foi apreendido pela Marinha.)
Recapitulando, em 16 de janeiro, o Almirante Saldanha chegava à Ilha de Trindade, tendo a bordo o fotógrafo profissional Almiro Baraúna. Por volta do meio dia o ÓVNI apareceu novamente chamando a atenção de vários militares presentes tanto na ilha quanto nas embarcações presentes no local. O ÓVNI veio em direção à ilha em alta velocidade, pairou ligeiramente sobre um pico, desapareceu atrás dele por algum tempo e movimentou-se em direção ao mar. Baraúna conseguiu obter quatro imagens do objeto durante estas manobras.

O filme foi revelado ainda a bordo do navio – mais precisamente na enfermaria, improvisada como laboratório –, mas devido ao pequeno tamanho do negativo, a suposta nave não pôde ser visualizada por nenhum dos presentes. Dias após o desembarque no continente, Baraúna apresentou à imprensa as fotografias em positivo, ampliadas, alegando serem do tal objeto. Só duas pessoas, o capitão da Força Aérea Brasileira José Teobaldo Viegas e Amilar Vieira Filho, amigos de Baraúna, alegaram ter visto o disco, além do próprio fotógrafo.

Diagrama demonstrando a trajetória do Óvni e a sua posição em relação ao Navio no momento em que foi fotografado
Segundo jornais cariocas da época, devido à repercussão do caso na mídia o Pentágono (Sim esse ai mesmo) solicitou cópia das fotografias para análise. Segundo o embaixador americano na época o Pentágono tinha interesse em comparar estas fotografias com outras existentes em seus arquivos. Talvez este pedido tenha ocorrido motivado pela visita do major-general Thomas Darey, da Força Aérea Americana ao Rio de Janeiro dias antes da notícia ser veiculada.

Em entrevista para a imprensa, o almirante Gerson Macedo Soares, secretário geral da Marinha, na época, confirmou o episódio ocorrido em Trindade. O comandante Pedro Moreira, oficial de relações públicas também confirmou os fatos noticiados pela imprensa.

Foi apenas em 1967, que Almiro Baraúna escreveu como o avistamento se teria dado:

"Em 16 de janeiro de 1958, o navio-escola de guerra da marinha “Almirante Saldanha” estava atracado em uma enseada na Ilha Trindade, a umas 800 milhas da costa do Espírito Santo. Eram por volta das 11h, céu claro, a tripulação se preparava para retornar ao Rio de Janeiro quando de repente um grupo de pessoas na popa do navio, dentre elas o capitão-aviador aposentado da Força Aérea Brasileira José Viegas, alertou a todos. Instantaneamente, todos que estavam no convés, umas cinquenta pessoas, começaram a ver um estranho objeto prateado e com forma de pires que se moveu do mar na direção da ilha. O objeto não emitiu nenhum ruído, era luminoso e às vezes se movia rapidamente, depois devagar, para cima e suavemente para baixo e quando acelerava deixava um rastro branco fosforescente que desaparecia rapidamente. Em sua trajetória, o objeto desaparaceu detrás da montanha Pico Desejado e todos esperavam que fosse aparecer do outro lado da montanha, ele reapareceu na mesma direção, parou por alguns segundos e então desapareceu novamente a uma grande velocidade pelo horizonte. Em um primeiro momento quando o objeto retornou, fui capaz de tirar seis fotos, das quais duas se perderam devido ao pandemônio no convés, e as outras quatro fotos mostram o objeto no horizonte, em uma sequência razoável, aproximando-se da ilha do lado da montanha, e finalmente desaparecendo, indo embora. Eu tirei o filme de minha câmera 20 minutos depois seguindo o pedido do comandante, que queria saber se as fotos eram de boa qualidade. Quase toda a tripulação do navio viu o filme e eram unânimes em seus reportes ao Serviço Secreto da Marinha Brasileira. Estes eram os tripulantes do navio:

Chefe Amilar Vieira Filho, banqueiro, mergulhador e atleta; Vice-chefe: Capitão-Aviador aposentado da Força Aérea Brasileira José Viegas; Mergulhadores: Aluizio e Mauro; Fotógrafo: Almiro Baraúna

O grupo acima também era membro do grupo de caça submarina do Icaraí. Entre os cinco membros, apenas Mauro e Aluizio não viram o objeto porque estavam na cozinha do navio e quando correram para vê-lo, este já havia desaparecido. De acordo aos rumores que escutei no convés, o equipamento elétrico do navio parou durante a aparição do objeto; o que posso confirmar é que depois do navio deixar a ilha, o equipamento elétrico parou três vezes e os oficiais não tinham nenhuma firme explicação para o que estava acontecendo. Toda vez que o navio parava, as luzes esvaneciam lentamente até o ponto em que se apagavam completamente. Quando isso acontecia, os oficiais caminhavam ao convés com seus binóculos, no entanto, o céu já estava cheio de nuvens e não podiam ver nada. Preciso dizer que se o repórter do jornal "Correio da Manhã" não fosse esperto o suficiente para tirar cópias das fotos oferecidas ao então presidente Juscelino Kubitschek, talvez ninguém soubesse sobre esses fatos já que a Marinha havia me “marcado”, perguntando quanto eu queria para não dar nenhuma publicidade às fotos. Eu gostaria de deixar claro que todos os oficiais com quem tive contato durante todo o tempo do inquérito foram muito amáveis comigo, me senti completamente confortável e não impuseram nenhuma objeção à revelação do caso. Apenas mencionaram que a natureza sensacionalista do caso poderia causar pânico na população e essa era a razão pela qual as Forças Armadas Brasileiras queriam evitar publicidade a casos dessa natureza.

30/01/1967

Almiro Baraúna"

Inquérito Oficial.

O evento de 16 de janeiro obrigou à uma investigação oficial por parte da Marinha do Brasil por determinação do Congresso Nacional. O inquérito, aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 27 de fevereiro de 1958, de autoria do deputado Sérgio Magalhães, solicitava que a Marinha explicasse os fatos relacionados ao incidente da Ilha de Trindade:

Diário do Congresso Nacional (27 de fev. 1958)

Objeto: O Ministério da Marinha é solicitado a responder às seguintes perguntas do Deputado Sérgio Magalhães:


Original do pedido de informações sobre D.V. pelo Deputado Sérgio Magalhães:

As perguntas formuladas são as seguintes:

1) Se é verdade que a tripulação do NE "Almirante Saldanha" assistiu ao aparecimento de estranho objeto sobre a Ilha de Trindade.

2) Considerando que a nota oficial emitida pelo gabinete do Ministro da Marinha reconhece que foram tiradas fotos do estranho objeto na presença de grande número de elementos da guarnição do NE "Almirante Saldanha", pergunto se foi aberto algum inquérito e tomados os depoimentos dos tripulantes.

3) Na hipótese negativa, em que se baseia o Ministério da Marinha para não dar importância ao fato.

4) Se é verdade que as fotos foram reveladas na presença da oficialidade do NE "Almirante Saldanha", denunciando logo o estranho objeto.

5) Se os negativos foram submetidos a exame a fim de apurar qualquer fotografia realizada antes do acontecimento.

6) Por que o fato foi mantido em sigilo durante cêrca de um mês.

7) Se é verdade que outros fenômenos idênticos foram observados por oficiais da Marinha.

8) Se é verdade que o comandante do rebocador "Tridente" assistiu ao aparecimento do objeto chamado "disco voador".

Justificativa.

O aparecimento desses estranhos objetos, conhecidos como Discos Voadores, vem despertando, há mais de dez anos, o interesse e a curiosidade mundiais.

Pela primeira vez, porém, o fenômeno é assistido por grande número de elementos de uma força militar e as suas fotografias recebem a chamada oficial, numa nota distribuída a imprensa pelo gabinete do Ministro da Marinha. Sendo, entretanto, uma questão que afeta a segurança nacional, necessita de maior esclarecimento, porquanto há contradições nas notícias divulgadas, sem que a Marinha procure a informar opinião pública. Ainda mais que, declarando oficialmente o gabinete do Ministro da Marinha ter grande número de elementos da guarnição do NE "Saldanha da Gama" visto o estranho objeto fotografado sobre a Ilha da Trindade, não foram tomados os depoimentos dos tripulantes ou outras quaisquer providências, como confessa o chefe do Estado Maior da Armada, ao responder a imprensa.

Em resposta à essa solicitação o deputado teve acesso à um documento confidencial da Marinha onde era confirmado todo o episódio, inclusive acrescentando novos dados.

Ceticismo.

O Caso da Ilha de Trindade é muito combatido por céticos e detratores do Fenômeno OVNI. A maneira como isso tudo começou é um tanto quanto ridícula. O caso foi divulgado de imediato, ganhando grande repercussão já naquela época. Houve um furo jornalístico por parte de um noticiário da época que provocou a ira de seu concorrente direto que publicaria a notícia em primeira mão. Em resposta, este veículo produziu um artigo em que tentou desmistificar o caso. A confusão estava feita e céticos embarcaram na história usando o caso em sua batalha por negar os fatos ufológicos.

Atualmente existem vários estudos céticos sobre o caso sendo divulgados por variados sites céticos, inclusive brasileiros. Nenhum destes estudos se sustenta, embora os céticos discordem desta afirmação. Vejamos então o conjunto destas tentativas de refutação apresentadas e repetidas incansavelmente por este grupo.

O Óvni é Um Avião?

Entre todas as afirmativas, talvez a mais curiosa seja a afirmação de que o objeto fotografado era um avião, modelo Twin Bonanza, utilizado na época. Sem explicar como e porque haveria um avião daquele modelo no meio do oceano e como nenhuma das dezenas de testemunhas o reconheceu como tal, o autor tenta forçar uma explicação para o caso de forma mais agradável à suas convicções.


Nota-se claramente a qualidade das imagens que diga-se de passagem condiz com a qualidade do estudo e suas conclusões. A imagem foi obtida a partir de um livro que abordava o caso e a partir dela que a análise foi feita. Em nenhum momento esta análise foi realizada a partir de imagens de qualidade obtidas a partir dos originais. Compare, por exemplo a qualidade destas duas imagens com a qualidade das fotografias apresentadas por nós anteriormente e disponibilizadas novamente logo abaixo:



A qualidade da fotografias utilizadas no estudo de Martin Powell é muito inferior e não oferece subsídios para uma análise adequada. Mesmo assim ele insistiu em fazê-lo.

Vejamos o que ele nos diz sobre o alegado avião que teria sido fotografado:

Teoria de Aeronave – Considerações Iniciais 
Apesar da afirmação do GSW e outros escritores de que o objeto nas imagens não apresenta nenhuma relação com qualquer aeronave conhecida na época, e sua rejeição da hipótese de Menzel, eu acredito que há bases razoáveis para comparar uma das imagens a uma aeronave. Enquanto pesquisava o caso encontrei uma imagem melhorada em computador (pelo GSW) da F1 a qual eu achei que mantinha alguma semelhança com uma aeronave bimotor leve. Com um pouco de concentração, uma pessoa pode ver um avião leve aproximando-se da ilha, visto ligeiramente inclinado à direita. O aspecto do avião, como descrito, é consistente com a direção na qual o objeto foi visto se originando. Exame adicional da imagem melhorada do GSW (e, de fato, da F1 original) revela outros detalhes que poderiam ser interpretados como partes individuais de uma aeronave. A fuselagem principal pode ser vista, iluminada de cima, de forma que o lado inferior da aeronave está em sombra. Dois distúrbios na linha das asas podem ser vistos a uma pequena distância de cada lateral da fuselagem, i.e. no local aproximado dos motores da aeronave. O que foi assumido como a cúpula do disco voador (a seção escura ao topo) pode ser visto agora como o pára-brisa da cabina do piloto. Finalmente, uma protrusão peculiar abaixo da aeronave – sobre a qual eu nunca vi qualquer referência prévia – pode ser interpretada como um trem de pouso extensível (ou retrátil) no nariz. 
Seleção da Aeronave. 
Para testar este conceito, eu precisei determinar se qualquer aeronave em serviço poderia combinar as características mostradas na F1 de Barauna. Eu recorri a uma longa lista publicada de aeronaves em serviço durante 1957-58, e selecionei algumas delas usando os critérios seguintes:
(a) Aeronave em serviço em janeiro de 1958,
(b) Aeronave leve (para este propósito, tendo um peso vazio de menos de aproximadamente 2000 kgs),
(c) Monoplano,
(d) Bimotora, e
(e) Trem de pouso retrátil em triciclo (i.e., não do tipo fixo ou apoiado na cauda).  
A procura resultou em cinco aeronaves, e elas estão listadas na Tabela 1, junto com seu tamanho e dados de desempenho. Os alcances das aeronaves são incluídos para prover uma indicação de se a aeronave poderia chegar à ilha do ponto em terra mais próximo (a viagem de regresso à Ilha de Trindade do continente tem ao redor de 1300 milhas – não há nenhuma pista de aterrissagem na ilha). O arquiteto e escritor científico Steuart Campbell aponta que o objeto na fotografia apareceu/desapareceu a um azimute de ao redor 259°, i.e. um pouco a sudoeste. Campbell usa este azimute para apoiar sua alegação de que o objeto era uma miragem do planeta Júpiter, porém também vale mencionar que esta é muito proximamente a direção de Rio de Janeiro (a cidade mais próxima da ilha). A Tabela 1 mostra pelo menos algumas das aeronaves selecionadas que poderiam ter feito a viagem de regresso a Trindade. Isto fortalece a possibilidade de que o objeto de Trindade era uma aeronave, porém por razões que explicarei depois, a pergunta de se uma aeronave poderia alcançar a ilha poderia muito bem provar ser irrelevante ao caso. 
Análise. 
Tendo preparado uma lista de aeronaves candidatas, eu tentei então identificar a aeronave vista na F1 de Baraúna. Primeiramente eu precisaria identificar as características em F1 que poderiam ser combinadas com essas aeronaves reais, e nomeá-las para referência. Os pontos A a F representam partes da aeronave medidas no plano horizontal (Figura 1). Eles incluem o começo e o fim dos motores e o nariz da aeronave. Pontos adicionais H, W e N são medidos no plano vertical (Figura 2), e são todos medidos relativos à sua altura da fuselagem (F). H é a altura do motor sobre a base da fuselagem, N a altura do nariz, e W a altura do pára-brisa. Os pontos horizontais A e D não são pontos fixos e são criticamente dependentes do ângulo no qual a aeronave é vista, assim era então importante estabelecer este ângulo com precisão razoável. Claramente o ângulo era raso, sendo ligeiramente ao lado esquerdo da aeronave. Eu estimei o ângulo, usando um modelo de aeronave, como entre 11° e 13°. Eu então tirei fotocópias de planos das aeronaves candidatas de um diretório inclusivo, aumentando-os suficientemente para me permitir localizar os pontos A a F com um nível alto de precisão. Eu sobrepus uma grade nos planos de forma que poderia obter as coordenadas x e y para cada um dos pontos. Eu então escaneei a imagem de F1 a uma resolução alta e a nivelei de forma que poderia localizar os pontos de pixel em relação ao seu eixo geométrico correto. Precisei determinar uma distância aproximada ao objeto para minimizar os efeitos de distorção. A pesquisa de Campbell havia me proporcionado uma escala altitude/azimuth necessária para avaliar, com precisão razoável, a largura angular do objeto na fotografia que no caso de F1 mostrou ser 1°.54 ± 0.26. Sabendo as dimensões da aeronave, trigonometria simples poderia então determinar uma distância do objeto. Cada aeronave foi levada em conta, usando suas dimensões apropriadas, de forma que cada uma teve sua própria distância computada em relação à largura angular do objeto de F1. Por exemplo, o Twin Bonanza foi estimado a 418 metros de distância do fotógrafo, e o Piper Apache a 375 metros. 
Eu então escrevi um programa de computador que compararia as posições dos pontos no plano com aqueles do objeto na fotografia. Usando um ponto fixo na aeronave como uma referência, o programa de computador giraria o plano da aeronave em incrementos pequenos e mediria a posição relativa dos pontos até que eles combinassem (ou chegassem o mais próximo possível) com suas posições relativas na fotografia. O ponto de referência mais óbvio a ser usado era aquele mais à esquerda na imagem, i.e. o ponto A. Ele recebeu portanto um valor de pixel de zero, e o ponto mais à direita (F) um valor de 208. São mostrados os valores de pixel medidos de F1 na fileira de topo da Tabela 2. Por causa da resolução pobre da imagem na fotografia, cada ponto tem uma gama de valores possíveis. A aeronave que melhor combinou a da fotografia teria seus pontos A para F dentro da gama de valores na fileira de topo. A Tabela 2 dá a melhor combinação calculada de pontos para cada aeronave, e também o ângulo de visão no qual isto foi alcançado. A tabela mostra que os ângulos de visão da maioria das aeronaves fica próximo dos ângulos que eu havia previamente estimado. Eu dei o número de pontos que a aeronave combinava (por definição, todas combinavam os pontos de início e fim A e F). A coluna final, o erro de pixel total, soma os pontos que não foram combinados e soma as quantidades pelas quais os pixels caíram fora do valor designado. Por exemplo, o Piper Apache satisfez todos os pontos exceto D, que caiu fora da gama designada (64 a 81) por (85-81) = 4 pixels, conseqüentemente este número aparece na coluna final. A tabela indica que as aeronaves que combinam melhor os pontos horizontais do objeto de Trindade são o Beechcraft Twin Bonanza, o Piper Apache e o Cessna 310.
Os resultados das medidas de ponto verticais são mostrados na Tabela 3. Novamente, a fileira do topo dá os valores para o objeto de Trindade, com suas gamas de erro associadas. A tabela também dá duas outras medidas; o ângulo diedral e a altura da roda do nariz. O diedral é o ângulo, medido relativo à horizontal, da inclinação superior das asas. O objeto de Trindade tem asas que claramente se inclinam em uma direção superior. Seu ângulo diedral se compara favoravelmente com o de uma aeronave leve típica, os resultados podem ser vistos na primeira coluna. A altura da roda do nariz é só um valor aproximado (medido das fotografias e não planos) o qual eu incluí para maior completude. A aeronave que combina melhor as medidas verticais do objeto de F1 é o Twin Bonanza. Esta aeronave combina nove das onze características medidas do objeto de Trindade – mais que qualquer outra aeronave no estudo. Esta aeronave deve ser então uma candidata favorita para o objeto na F1 de Barauna. 
A Figura 3 mostra uma imagem sem tratamento do objeto da F1 contra meu desenho de reconstrução de um Twin Bonanza, visto ao ângulo (estimado) de 13°.6 à esquerda. Para enfatizar as semelhanças eu conectei ambas as imagens por linhas verticais mostrando o local de cada um dos pontos horizontais (meu desenho de reconstrução é puramente baseado nos planos do Bonanza, e não mostra a aeronave precisamente em seu aspecto correto. Para combinar a imagem de F1 mais precisamente, a aeronave deveria estar com o nariz um pouco mais virado para cima). O leitor pode tentar desfocalizar a visão e tomar uma distância ao olhar para a imagem de F1. A imagem de uma aeronave em F1 pode parecer mais vívida usando esta técnica. 
Porém, se nós formos assumir que o objeto de F1 é um Twin Bonanza, está claro pela Figura 3 que a envergadura do objeto na fotografia é muito menor que deveria ser. Na realidade, por volta de metade da asa de estibordo e um terço da asa de bordo parece estar faltando na imagem da F1. Há duas possíveis explicações para isto: sobre-exposição ou dupla-exposição. Qualquer que fosse o caso, a seção exterior escura e estreita das asas teriam sido apagadas pelo fundo do céu luminoso. De fato, Barauna declarou que tinha usado uma velocidade de obturador de 1/125 segundos a uma abertura de f/8. Isto, como ele mesmo admitiu, resultou em uma pequena sobre-exposição da foto. Se o objeto de F1 é examinado de perto, uma pessoa pode ver que o objeto é assimétrico em relação ao domo central – uma geometria estranha para uma nave supostamente em forma de disco. A asa de bordo diminui gradualmente, insinuando que o objeto real se estende muito além do que a foto indica. 
Comparação das Fotografias 1 e 2. 
Em seguida examinei a alegação do Oficial de que o objeto da F2 estava invertido quando comparado com o em F1 e F3. O objeto em F3 mostra pouca relação óbvia a F1, mas F2 certamente se assemelha em geral a F1 em tamanho e forma (F2 mede aproximadamente 1°.3 comparado a 1°.5 de F1). 
Se qualquer duplicação das imagens foi realmente feita, é razoável assumir que F2 foi copiada de F1. Quando comparada a F1, F2 está notavelmente degradada. A roda do nariz ficou obscurecida pelo ruído ao redor do corpo do objeto, e há menos definição das características dentro dele. Isto é consistente com uma imagem ter sido copiada, tal como uma imagem é crescentemente degradada quando copiada várias vezes em uma fotocopiadora. 
Eu inverti a imagem de F1 e a ajustei usando software de computador, em uma tentativa de combinar sua aparência geral com a de F2. O resultado é mostrado na Figura 5, na qual ambas as imagens tiveram seu tamanho combinado de forma que suas características emparelhem o melhor possível. Aumentando as propriedades de contraste e gama da imagem, F1 começou a mostrar muito mais ruído ao seu redor, e depois de um tempo as semelhanças entre as duas imagens ficaram bastante claras. A maioria das características é bastante individual em forma e não seria esperado que ocorressem em outra imagem, na mesma posição relativa, por casualidade. E, contudo, elas são vistas ocorrendo em ambas as fotografias. Como a extremidade de uma imagem é seguida e comparada com a outra, notáveis semelhanças são encontradas. Por exemplo, o domo do disco (ou o pára-brisa da aeronave) e a área clara abaixo e à esquerda dele são bem parecidos em ambas as imagens. A área ao redor da roda do nariz (que é envolvida pelo ruído) e a metade esquerda da imagem também são semelhantes em ambos os quadros. O leitor deveria tentar ver estas imagens a um ângulo oblíquo; as semelhanças podem parecer mais óbvias deste modo. Como resultado desta experiência, eu diria que há um caso forte para F2 ter sido uma cópia invertida de F1, como o Oficial havia afirmado. 
Discussão. 
Segue-se da avaliação anterior que as fotografias da Ilha de Trindade poderiam envolver tanto uma aeronave quanto um processo de dupla-exposição. A pergunta permanece sobre se uma aeronave realmente estava na ilha para produzir a primeira imagem. Eu mostrei que era possível a uma aeronave bimotora leve chegar à ilha e voltar ao continente, embora qual seria o propósito provável de tal vôo – e quem o faria – não esteja muito claro. Navegação por 650 milhas de mar seria difícil para dizer o menos, e a maior parte fora do alcance de sinais de rádio para navegação. Certamente, não há (e presumivelmente nunca houve) qualquer rádio de orientação para navegação na Ilha de Trindade. Com um tempo de viagem de ida-e-volta de mais de seis horas teria sido uma tarefa exigente para qualquer piloto de aeronave leve. Permitindo estes fatores, eu concluo que não havia nenhuma aeronave na Ilha de Trindade. O que seria mais provável, o aeroplano foi fotografado em outro lugar e então sobreposto no fundo da ilha. Isto ajudaria a explicar por que, como o Oficial tinha notado, a ilha aparece focalizada nitidamente nas fotografias, mas o próprio objeto está borrado. 
Talvez todas as imagens tenham derivado do mesmo original – e ele teria sido uma fotografia de um Twin Bonanza ao que parece. Baraúna poderia ter experimentado com uma foto desta aeronave, talvez tendo notado – bastante sem querer – como parecia como um disco voador do ângulo particular em que tinha sido fotografada. Ele poderia então ter re-fotografado imagens sucessivas da aeronave, em configurações de exposição e obturador diferentes, e talvez desfocado a máquina fotográfica, em uma tentativa de ver como sua forma de disco poderia ser refinada.
O trecho aqui apresentado destaca-se a grande determinação em encerrar o caso através de explicações que na verdade nada explicam. Vou ressaltar e comentar aqui os trechos mais importantes.

Logo no primeiro parágrafo, Powell confirma que não usou fotografias originais, baseando seus estudos apenas em fotografias já descaracterizadas ou com grande perda de qualidade. Quando entra no segundo parágrafo o autor força uma interpretação subjetiva dele mesmo. Ele enxerga um avião na imagem que ele apresenta e induz seus leitores a enxergarem isso também. O que é mais cômico é que a comunidade cética surta quando os ufólogos apresentam imagens da esfinge marciana, onde observa-se claramente a forma de um rosto. Esta fotografia, obtida em 1976 pela sonda Viking, é combatida por céticos que alegam que ali temos apenas um efeito de pareidolia (Entenda o que é Pareidolia aqui). Em termos comparativos, a esfinge marciana é muito mais obvia visualmente do que um avião nas fotografias de Martin Powell. É o claro exemplo de dois pesos duas medidas, onde o que vale para céticos não vale para ufólogos e vice-versa.

Depois do exercício criativo, o autor discorre sobre a seleção de uma aeronave apropriada que se encaixe em sua teoria. Com uma pose de pesquisador fala sobre sua grandiosa pesquisa apresentando os requisitos que ela deve apresentar para encaixar-se ao modelo necessário. Destaque para a frase:


"... A pergunta de se uma aeronave poderia alcançar a ilha poderia muito bem provar ser irrelevante ao caso".

Como essa informação essencial pode ser irrelevante? Trindade situa-se a 1200 Km da costa brasileira e a 2400 Km da costa africana. E não se trata apenas de sugerir um avião que tenha essa autonomia de voo. Tem que pensar na volta, pois a Ilha não tinha pista de pouso. Então numa viagem do continente brasileiro para a Ilha a aeronave teria que ter uma autonomia superior a 2500 Km e o dobro se for levar em conta a costa africana. Naquela época aviões desse porte não tinham autonomia para tal. Partindo deste princípio torna-se mais claro o porque de o autor querer passar por cima deste detalhe, pois isso elimina por completo sua hipótese.

Na sequência, depois de uma descrição glamorosa de sua pesquisa o autor chega à conclusão de que o Twin Bonanza seria o avião que hipoteticamente teria sido fotografado em Trindade. Ele chegou à esta conclusão graças aos seus estudos apoiados na pareidolia já comentada.

Após efetuar as comparações o autor, Martin Powell continua discorrendo sobre suas teorias e não cita em nenhum momento a autonomia de voo das aeronaves envolvidas. Curiosamente encontramos apenas a seguinte afirmação:

"Eu mostrei que era possível a uma aeronave bimotora leve chegar à ilha e voltar ao continente, embora qual seria o propósito provável de tal vôo – e quem o faria – não esteja muito claro. Navegação por 650 milhas de mar seria difícil para dizer o menos, e a maior parte fora do alcance de sinais de rádio para navegação".

Inevitavelmente devemos perguntar: Onde ele mostrou que isso era possível? Por fim ele mesmo conclui que isso seria absolutamente difícil por variados motivos e então, mais a frente, alega a que poderia ter havido dupla exposição.

(Observação: Um Bom uso do Principio da Parcimônia, invés de ser um Óvni, por que não seria um Avião que fora fotografado. Martin Powell criou um Argumento, tentando desmitificar que não a nada de extraordinário nas fotos. Para quem defende o caso, uma tréplica minuciosa e precisar ser feita, dissecando ponto por ponto.

Avião nem tanto. Vamos usar a Navalha de Occam mais uma vez, simplificando o caso um pouco, não é preciso um avião sobrevoando, quando podemos manipular imagens, e criar nosso próprio disco voador).

Contradições Dos Envolvidos.

Tudo indica que Almiro Baraúna, Amilar Vieira Filho e José Teobaldo Viegas simularam o avistamento do disco voador, pois caíram em diversas contradições. A começar por Viegas, que disse que Baraúna se trancou no laboratório improvisado do navio para revelar o filme em companhia do comandante Carlos Bacellar. O que foi desmentido em carta pelo próprio comandante: “O capitão (da reserva) da FAB José Viegas ficou segurando uma lanterna durante a revelação do filme enquanto eu aguardava do lado de fora.”

Já Baraúna, por sua vez, não raro se confundiu, exagerou fatos ou mentiu deliberadamente. Referindo-se aos momentos que antecederam o suposto avistamento do óvni, declarou à revista O Cruzeiro:“O navio estava se apresentando para levantar âncora, de volta ao Rio. Eu estava no convés observando a faina da suspensão da lancha na qual são feitos os desembarques para a Ilha até a metade do caminho (o restante é feito em balsas, pois a Ilha não tem ancoradouro). O mar estava agitadíssimo. O tempo estava nublado claro, sem sombras. Eu estava com a minha Rolleiflex 2,8, modelo E, num estojo de alumínio que a protegia contra a água e o salitre. Havia deixado, momentos antes, a minha Leica com teleobjetiva no meu camarote. O convés estava cheio de marinheiros e oficiais. De repente, fui chamado em altos brados pelo capitão Viegas e por Amilar Vieira, os quais apontavam determinado lugar no céu e gritavam que estavam vendo um objeto brilhante se aproximar da ilha.”

Numa entrevista concedida em 1997 para a revista Ufo, o ufólogo Marco Antônio Petit registrou outra versão da boca de Baraúna: “O fotógrafo não passou muito bem: chegou enjoado à embarcação e foi deitar-se ao convés. Pouco depois do meio-dia, em meio a uma gritaria, um tenente da tripulação alertou o fotógrafo para a presença de um objeto voador metálico e discoidal, que evoluía no seu rumo ao navio.” Portanto, diferentemente do que dissera antes, não só Baraúna estaria enjoado, como teria sido alertado da presença do UFO por um tenente, e não por um capitão.

Há mais, porém: não há dúvida de que Baraúna exagerou o número de testemunhas da suposta aparição. Ele dizia que, no momento do surgimento do disco, “o convés estava cheio de marinheiros e oficiais” e que quase cem pessoas teriam confirmado num inquérito a visão do objeto. Também nisso foi desmentido: o capitão-de-fragata Paulo de Castro Moreira da Silva, que estava a bordo do Almirante Saldanha em 16 de janeiro de 1958, afirmou ao jornal O Globo que dos oficiais, o único a confirmar a aparição foi o tenente Homero Ribeiro, e que no total apenas “umas oito” pessoas teriam visto alguma coisa – praças, decerto marinheiros e sargentos, que provavelmente foram induzidos a achar que viram algo. Um integrante da tripulação, localizado anos depois, e que garantiu estar no convés no momento do tumulto, garantiu que nem ele nem qualquer um dos colegas viu de fato coisa alguma.

Referindo-se à revelação do filme em si, Baraúna disse: “O comandante e vários oficiais do navio mostraram interesse em ver o que havia saído nas fotos. Isso, aliado à minha própria curiosidade, fez com que eu revelasse o filme imediatamente, a bordo.” Outra contradição: Bacellar contou em carta ao repórter João Martins (Que em breve vai aparecer nessas Memórias) que Baraúna não revelou o filme imediatamente, mas apenas uma hora depois do episódio, devido ao seu estado aparente de grande nervosismo.

Documentos resgatados em abril de 2011 nos arquivos da Marinha - e nunca antes divulgados publicamente - revelam que após o processo de revelação do negativo a bordo do navio, Bacellar disse ter visto em apenas três chapas do filme (e não em quatro) o que chamou minimamente de uma “estranha mancha”, e permitiu que Baraúna levasse os negativos para sua casa após o retorno do navio ao Rio de Janeiro, deixando o fotógrafo livre de qualquer fiscalização militar que impedisse uma eventual montagem.

Para dar credibilidade à história, e vender as suas fotografias a um bom preço – como acabou conseguindo –, Baraúna disse à imprensa, reiteradas vezes, que as suas fotografias do óvni já haviam sido autenticadas em duas análises, uma pela empresa Cruzeiro do Sul e outra pela Marinha:

“Compareci ao Ministério e fui apresentado a vários oficiais superiores da Armada, que me fizeram toda a sorte de perguntas. Ao todo fui lá duas vezes. Da primeira deixei os negativos, para exame. Eles foram enviados, pelo que sei, ao Serviço Aerofotogramétrico da Cruzeiro do Sul, onde ficaram quatro dias. Foi-me dito, pelos oficiais, que os negativos estavam acima de qualquer dúvida. Na segunda vez, foram feitos testes de tempo: enquanto eu manejava a Rolleiflex, três oficiais cronometravam a duração da manobra. Chegaram à conclusão, por esse teste e pelo estudo da posição do navio e de cartas da Ilha, que o objeto se deslocara, nos momentos em que acelerou, numa velocidade entre 900 e 1.000 quilômetros horários. O seu tamanho também foi calculado, pelo estudo dos pontos da Ilha aparecidos nas fotos, diagramas feitos sobre cartas, etc.; deveria ter ele 40 metros de diâmetro por 8 de espessura.”

Baraúna foi prontamente desmentido pelo diretor-superintendente da Cruzeiro do Sul, Sr. Hélio Meireles, que fez questão de registrar no jornal O Globo: “Por favor, desminta isso pelo O Globo, pois não conheço pessoalmente o fotógrafo Almiro Baraúna nem o Serviço Aerofotogramétrico Cruzeiro do Sul fez qualquer trabalho para ele. Estamos totalmente alheios a esse assunto de disco voador.”

O fotógrafo também afirmou que a Marinha tinha calculado que o óvni tinha 40 metros de diâmetro por 8 de espessura, e que viajava a no mínimo 900 km/h. Entretanto, em nenhuma parte dos documentos oficiais da Marinha Brasileira se mencionam tais dados.

Fotos Fraudadas?

Além disso, o próprio relatório final elaborado pelo Estado Maior da Armada (EMA) não autentica as fotografias, limitando-se a concluir que, apesar da empresa contratada para analisar os negativos, a Serviço Aerofotogramétrico da Cruzeiro do Sul, não ter detectado vestígios de fraude, a mesma não descartou a possibilidade de que os negativos pudessem ser sim o resultado de uma montagem bem elaborada.

Posteriormente as fotografias de Baraúna foram examinadas pela Força Aérea dos Estados Unidos, mais especificamente pelos cientistas do Projeto Blue Book. Num relatório de 11 de março de 1958, anexado ao Projeto Blue Book, o capitão M. Sunderland, adido da Marinha dos EUA no Brasil, notava a inversão do objeto em uma das fotos. Logo foram consideradas fraudes.

A análise das imagens evidenciou que o objeto visualizado possuía pouco contraste e nenhuma sombra ao sol do meio-dia, e também que parecia estar invertido numa fotografia em comparação às outras.

Mais tarde, num artigo publicado no verão de 1999, na revista “Unopened Files”, Martin J Powell, um dos mais ferrenhos defensores da hipótese do avião sobre a imagem, destaca detalhadamente a semelhança entre as fotos 1 e 2 da sequência obtida pelo fotógrafo, onde o objeto parece exatamente o mesmo, nas mesmas proporções, mas invertido. Ele teria primeiramente fotografado um avião no céu e depois fotografado a Ilha de Trindade com o mesmo negativo. Ele reforça sua teoria com a afirmação de que em duas fotografias o objeto registrado na segunda fotografia era idêntico ao primeiro em posição invertida.

Ora, isso é algo questionável que, de forma alguma, refuta o caso. Como sabemos, fotografias de objetos a distância, com variações de posição, luz e sombra podem ocultar ou realçar detalhes deste objeto. Sendo assim, afirmar que houve uma adulteração na foto, usando um mesmo modelo, em posição invertida, é uma afirmação precipitada sendo apenas mera suposição.

Outro ponto importante a ser ressaltado é que variadas instituições civis e militares, ou mesmo particulares, fizeram numerosos testes em que não foram constatados sobreposição de imagens (que é algo facilmente detectado), adulteração de imagens ou qualquer outro truque fotográfico. Até mesmo a relação luz e sombra do objeto e do ambiente coincidem perfeitamente, ou seja, o objeto captado na fotografia foi mesmo registrado no local fotografado.

Mais recentemente, o pesquisador francês Eric Maillot levantou outro aspecto até então não explorado ou não pesquisado por nenhum dos especialistas ou ufólogos que se envolveram com o caso. Se as fotografias haviam sido obtidas num intervalo de tempo tão curto – o avistamento todo, produzindo 6 fotogramas, durara apenas 14 segundos, conforme o autor das imagens, porque então o céu atrás do objeto mostraria — numa mesma região — formações de nuvens tão diferentes e incompatíveis? Poderia o céu mudar tão radicalmente em tão exíguo espaço de tempo?

Créditos: Portal Vigília.
Chega a ser impressionante o fato de que, embora a primeira informação a circular desse conta — erroneamente, de que “dezenas de marinheiros” estivessem no convés e talvez tivessem presenciado o suposto objeto, nenhuma testemunha, além dos três já citados, declarasse ter visto o ÓVNI. Mais suspeito ainda é o fato de que, com potenciais 70 entrevistados (cerca de metade da tripulação), somente outros três tripulantes tivessem dado qualquer tipo de declaração: o Capitão-de-Corveta Carlos Alberto Bacellar, que já havia comandado a operação na Ilha de Trindade, o comandante do navio, José Santos de Saldanha da Gama, e outro tripulante, o capitão-de-fragata Paulo de Castro Moreira da Silva. Todos os três oficiais negaram ter visto o objeto, por não terem chegado a tempo. Ao último, que confirmara não ter observado o objeto, também é creditada a informação de que uma suposta quarta testemunha ocular faria parte do grupo: o tenente Homero Ribeiro, que não chegou a ser entrevistado. Ninguém, além deles, jamais foi procurado por jornalistas, ufólogos ou quem quer que fosse, nem mesmo por supostos investigadores da Marinha, como viríamos a saber mais tarde.

Ao longo de todos esses anos, o caso tem se sustentado apenas com o relato do suposto testemunho ocular dos três amigos integrantes do Clube de Caça Submarina de Icaraí, incluindo o fotógrafo. E até entre os próprios, os relatos são conflitantes. Nas entrevistas publicadas, o suposto UFO é descrito como “objeto cinzento”, com “luz fluorecente”, “pires voador” e houve até quem creditasse a Viegas a informação de que teria visto janelas ou portinholas. Também o número de testemunhas variava segundo a fonte.

Outro ponto controverso fala sobre a suposta investigação oficial e o envio das imagens para análises por laboratórios especializados. Baraúna disse ter conversado com oficiais do Serviço Secreto da Marinha. Mas foram apenas duas vezes, assim mesmo fora até la levado por Bacellar. Nenhum dos demais jamais confirmou ter sido procurado por qualquer oficial das forças armadas ou solicitado – exceto pelo próprio Baraúna e por Bacellar, a manter silêncio sobre o episódio.

Quanto à informação de que os negativos haviam sido encaminhados à análise do Serviço Aerofotogramétrico da Cruzeiro do Sul, o próprio diretor-superintendente da Cruzeiro do Sul, Sr. Hélio Meireles, desmentiria ao jornal O Globo: “Por favor, desminta isso pelo O Globo, pois não conheço pessoalmente o fotógrafo Almiro Baraúna nem o Serviço Aerofotogramétrico Cruzeiro do Sul fez qualquer trabalho para ele. Estamos totalmente alheios a esse assunto de disco voador”, disse.

A declaração de Meireles conflita radicalmente com o que escreveu, à época, o Capitão de Corveta José Geraldo Brandão, na única peça oficial já produzida sobre o caso:

“O técnico do Departamento de Hidrografia e Navegação da Armada, depois de analisar os negativos, afirmou que são naturais. Os técnicos do Serviço Aerofotogramétrico da Cruzeiro do Sul, após a realização de exames microscópicos para verificar a granulação, análise de sinais, verificação de luminosidade e detalhes de contornos, afirmaram: não havia sinal algum de fotomontagem nos negativos mencionados e toda evidência demonstrava que eram realmente negativos de um objeto verdadeiramente fotografado.

A hipótese de uma fotomontagem tramada após o avistamento está excluída. É impossível demonstrar tanto a existência como a inexistência de uma prévia fotomontagem; de qualquer forma, para isto se requerem uma técnica de alta precisão e circunstâncias favoráveis para a sua execução”.

Esse trecho é reproduzido aos quatro cantos nos artigos ufológicos, sem que nunca qualquer pesquisador tivesse sequer passado os olhos sobre o tal relatório do Cruzeiro do Sul. A discrepância é creditada à desinformação de Meireles. Mas é ainda mais suspeito notar que em todos os escritos de época sobre o episódio, a sugestão de averiguar a “granulação, luminosidade e contornos”, nesta ordem(!), nos positivos e negativos das imagens, é do próprio Baraúna, sugestão esta apresentada já nas primeiras entrevistas aos jornais, antes que qualquer menção ao envolvimento de algum laboratório.

Além disso, outro ponto obscuro assimilado como fato sem nunca ter havido qualquer documento comprobatório foi a suposta análise do laboratório da Kodak, outra informação fornecida por Baraúna. Mesmo assim, dezenas de livros, artigos, matérias jornalísticas e vídeos foram produzidos repassando como fato confirmado a afirmação sem fundamento.

A Idoneidade Do Autor.

Este é um dos principais argumentos apresentados. Segundo os céticos, as fotografias de Baraúna não podem serem consideradas legítimas porque Baraúna seria um mestre em forjar fotos de Óvnis, Baraúna, à altura do suposto avistamento, já era conhecido no meio jornalístico pela autoria de outras fraudes, inclusive uma envolvendo um disco voador (Revista Mundo Ilustrado, 10/11/1954).

O fotógrafo Almiro Baraúna era cético em relação ao fenômeno dos discos voadores. Ele produziu o artigo com a intenção de mostrar que os casos de fotografias de Óvnis seriam originados de fraudes (Algo que ocorre com frequência nos dias de hoje graças a programas de manipulação de imagem).

Seria uma oportunidade, sendo cético desmerecer ainda mais os Estudos dos Discos voadores. Se ele não fez isso só podemos concluir que não houve fraude e o caso foi sim legítimo? Ainda não

Almiro Baraúna não usou as fotografias de Trindade para desacreditar os casos ufológicos e a própria Ufologia. Usou para ganhar dinheiro, ponto. Afinal fotos de Óvnis, no começo da Era dos Discos voadores, valiam alguns Cruzeiros a mais (Baraúna recebeu por essa fotos Cr$ 60,000.00 Cruzeiros na época, que equivale hoje a R$ 825,00 Reais)

Mesmo assim, a comunidade ufológica não deu bola para a informação. Numa entrevista gravada em vídeo realizada pelo pesquisador Marco Antônio Petit em 1997, a história de como Baraúna havia forjado uma foto de um tesouro e vendido como verdadeira a um jornal local, fora mencionada de passagem, pelo próprio Baraúna, e foi ignorada pelo entrevistador como se não tivesse qualquer relevância (No ponto da pesquisa Ufológica faz Sentido, pois o que uma história de um tesouro enterrado tem havê com as fotos dos Óvnis?, Mas no leque investigativo dos céticos a história de um Falso tesouro pode ser uma evidência importante).

Mas até aí as dúvidas, embora baseadas em indícios bem concretos, tinham flanco aberto a todos os tipos de críticas. As análises, como as dos próprios ufólogos, ressalte-se, foram feitas sobre cópias de segunda ou terceira geração das fotos originais. Nada sobre os negativos.

Por outro lado, ao longo dos anos, foram ganhando cada vez mais importância aspectos obscuros e via de regra respaldados em boatos ou informações imprecisas fornecidas pelo próprio Baraúna ou por seus dois amigos, os outros únicos entrevistados que, além dele, também relataram ter visto o objeto a bordo do Almirante Saldanha: o presidente do Clube de Caça Submarina de Niterói, Amilar Vieira Filho, e o capitão da reserva da FAB (Força Aérea Brasileira), também membro do Clube (assim como Baraúna), José Teobaldo Viegas.

Confissão a Pessoas Próximas.

Colocado neste contexto, o caso da Ilha de Trindade já acumula mais dúvidas que certezas.

Em 15 de agosto de 2010, o programa Fantástico, da Rede Globo, divulgou pela primeira vez como foi montado o óvni da Ilha de Trindade. A equipe do programa descobriu a publicitária Emília Bittencourt, amiga da família Baraúna, que relatou o que ouviu da boca do próprio fotógrafo: “Ele pegou duas colheres de cozinha, juntou e improvisou uma nave espacial e usou de pano de fundo a geladeira da casa dele. Ele fotografou na porta da geladeira o objeto com a iluminação perfeita. Ele ria muito sobre o assunto”, contou ela.

Antes do Photoshop, era assim que se fraudava fotos com
Óvnis. Era necessária apenas a habilidade do Fotografo para
Sobrepor as fotos
Eis que então veio a resposta. Alguns meses depois – e gerando a polêmica que ora se instalou acerca das versões da fraude – a comunidade ufológica se redimiu do furo histórico em relação às análises laboratoriais inexistentes, as informações desencontradas, as pesquisas superficiais, e, através do muito bem escrito texto do pesquisador Alexandre de Carvalho Borges, publicado também na Revista UFO, trouxe à baila o que chamou ser “última testemunha viva” do episódio. Tratava-se, na verdade, do sobrinho de Baraúna, Marcelo Ribeiro. Alguém que, na palavras do próprio autor do artigo, já era seu conhecido, “mas por alguma razão do destino não o contatou”.

Em janeiro de 2011, Marcelo Ribeiro, de 69 anos, e igualmente fotógrafo, também revelou que ouviu do próprio Baraúna a história de como tudo aconteceu e como seu tio havia produzido a montagem das fotografias do disco voador em seu laboratório caseiro, assim que retornou da viagem à Ilha da Trindade.

O sobrinho contou, então, como foi a “grande brincadeira” de seu tio, usando fichas da antiga frota carioca, reproduzindo o truque que revelara anos antes, na revista Mundo Ilustrado. E para Emília Bittencourt, teria falado das colheres apenas porque “…Ficava todo mundo enchendo a paciência dele, querendo saber como era: ‘Como é que você fez?’. E ele dizia: ‘Pô, isso aí é uma mentira, eu não fiz de verdade’, etc. As pessoas ficavam naquela curiosidade. Ao mesmo tempo, parecia que estava brincando quando dizia que era mentira, dá pra entender? Ele era um grande brincalhão. O Baraúna era uma figura. Se você pegar duas colheres, não dá pra fazer. Eu sou fotógrafo e eu sei que não dá”, disse Marcelo Ribeiro.

A Verdadeira Testemunha Ocular.

Mas o que sobressai-se neste novo desdobramento, além da disputa sobre qual versão do “modus operandi” da fraude prevalece — se duas colheres, ou uma ficha pendurada por um fio — é o fato de que, na explicação do sobrinho do fotógrafo, ainda haveria um avistamento real, servindo de gancho para a montagem que transformaria Baraúna num grande brincalhão e os seus amigos do Clube de Caça Submarina em vitimas do engodo.

“Na realidade, as pessoas viram alguma coisa lá. Tinha alguma coisa, uma formação de nuvem, outra coisa. Ele [Baraúna] estava fazendo fotos submarinas pra Marinha e quando estava saindo de dentro d’água, ele não tinha mais filme na máquina. (…) Ele não tinha filme, mas ele fez como se tivesse feito umas dez fotos ali, rodando e apertando”, revelou o sobrinho do fotógrafo ao pesquisador Alexandre Borges.

Ficou por ser esclarecido, então, o suposto avistamento. E, para tanto, faltava a declaração de um tripulante — qualquer outro — que não fosse um dos membros do Clube de Caça Submarina. A investigação Ufológica, ao longo da história, nunca foi capaz de trazer à tona um único testemunho diferente entre daqueles seis nomes que permearam o noticiário de época. E foi aí que então entrou o minucioso trabalho do pesquisador Rodrigo Moura Visoni, que teve acesso ao livro de quartos do navio Almirante Saldanha, o diário de bordo da embarcação na época.

“O livro de quartos que pesquisei possui a classificação de ‘confidencial’, a qual, pelo decreto 5301, de 9 de dezembro de 2004, é extinta após 10 anos da produção do documento). Ou seja, o livro de quartos com as informações do navio-escola Almirante Saldanha já é de livre acesso ao público desde 1968”, conta Visoni.

Com o livro em mãos, Kentaro Mori fez o cruzamento dos nomes a bordo, buscando na rede os dados de cada tripulante, até que localizaram Edson Jansen Ferreira e fizeram o primeiro contato com o capitão-tenente. Ele se mostrou surpreso com a importância que o caso ganhou ao longo do tempo. “Eu não sei o que foi que fez com que todo mundo [dissesse ver] – todo mundo vírgula, porque eu faço parte do mundo. E então eu não vi. Falo com toda a franqueza(…): não sei se eles não foram todos induzidos a ver alguma coisa”, disse ele aos pesquisadores.

( Depois de contar sua história, de sua casa, por telefone, Edson concordou em conceder entrevista ao Portal/Revista Vigília (De onde retirei essa informação Links logo abaixo). Na conversa, ele esclareceu que estava no convés no momento em que começou o alerta sobre o suposto objeto. “Tinha alguém dizendo: ‘tá’ vendo? Eu ‘tou’ vendo. E eu digo: agora quero saber aonde? (…) E ninguém me mostrava”. “O que me causa espécie é que todo mundo via e eu sozinho era cego?”, pergunta com ironia.

Edson Jansen acrescentou detalhes curiosos, como o fato de que o episódio quase não foi mencionado em conversas no resto da viagem e de que nunca, em momento algum, fora procurado pela Marinha para dar qualquer esclarecimento. Confira, a seguir, o áudio da entrevista (editado, com cortes simples para retirar trechos de pouca ou nenhuma relevância):

Pelas declarações desta inédita testemunha ocular, ficamos mais próximos de elucidar essa fraude histórica que durante anos foi considerada um dos melhores registros fotográficos da Ufologia, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.)

Conclusões.

São fatos conhecidos que tanto José Teobaldo Viegas quanto Amilar Vieira Filho eram amigos de Almiro Baraúna; que os três residiam em Niterói, e que se viam com frequência; que todos eram membros do Clube de Caça Submarina de Icaraí, fundado e presidido por Vieira Filho; e que até a entrevista de Vieira Filho para O Globo contou com a influência de Baraúna, que foi quem o convenceu a prestar depoimento.

As evidências sugerem que tudo não passou de uma trama orquestrada por Baraúna, com a colaboração de Viegas e Vieira Filho... e provavelmente também do tenente Ribeiro. Decerto Baraúna começou a imaginar o embuste logo após embarcar no Almirante Saldanha. Fez ao todo seis fotografias de paisagens da ilha, registrando em quatro muito provavelmente gaivotas em voo solitário e/ou alguns dos balões-sonda cotidianamente soltos pela Marinha para estudos climáticos. Fato é que ninguém pôde discernir o que eram os pontos fixados na emulsão, e isso, bem como o fato do filme não ter sido confiscado nem copiado, possibilitou a fraude, nunca confessada publicamente por nenhum dos seus participantes.

Das alegadas 48 testemunhas militares e civis que Almiro Baraúna dizia terem sido testemunhas diretas da aparição do “disco voador” a bordo do navio-escola Almirante Saldanha, até hoje a Ufologia civil não conhece o nome e nem ouviu um único depoimento sequer de algum possível militar que estava no convés naquele momento e que tenha declarado que realmente avistou o alegado “objeto” aéreo.

O pesquisador Claudeir Covo, já falecido, conhecia esta limitação, e comentou em uma entrevista do programa de TV do apresentador Ronnie Von, veiculado em 17 de setembro de 2009, que os nomes das testemunhas “não vieram a público, então tem esta dúvida.”

Oportunidade aproveitada pelo fotógrafo Almiro Baraúna? Sozinho ou com a cumplicidade dos amigos? Talvez nunca saibamos exatamente. O que fica claro, porém, é quão frágeis podem ser alguns episódios considerados incontestáveis na Ufologia, baseados em pesquisas inconsistentes, métodos duvidosos e pouco científicos.

Fontes.

2015/05/Caso Ilha da Trindade o que não querem que você saiba. pdf (Espero que os leitores leia todo o artigo em questão enumerando pontos por pontos deste caso)

http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1950/trindade

https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_da_Ilha_da_Trindade

http://www.ufo.com.br/artigos/a-historia-real-do-envolvimento-de-jk-no-caso-ilha-de-trindade

https://www.vigilia.com.br/caso-ilha-de-trindade-de-prova-incontestavel-a-fraude-disputada/

https://arquivoufo.com.br/2013/05/03/ovni-da-ilha-da-trindade-caso-genuino-ou-uma-farsa/

http://www.ufo.com.br/noticias/caso-trindade-sobrinho-de-almiro-barauna-afirma-que-as-fotos-sao-um-truque-parte-1

http://www.ufo.com.br/noticias/caso-trindade-sobrinho-de-almiro-barauna-afirma-que-as-fotos-sao-um-truque-parte-2

http://www.alemdaciencia.com/caso-ilha-da-trindade-o-que-nao-querem-que-voce-saiba-parte-1/

http://www.aenigmatis.com/trindade-island-ufo-1958/trindade.htm



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