quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Massacre da Flórida 14/02/18.

Já devem saber o que aconteceu, mais uma tragédia escolar. Tiroteios em escolas, como todos sabem, e algo comum nos Estados Unidos, o mais famoso deles, que sempre é lembrado quando uma situação assim acontece, é Columbine. Sempre que algo assim acontece, a cada novo caso aumenta a pressão sobre o Congresso americano para que leis mais duras regulem a venda de armas no país.

Na Quarta-Feira, 14 de Fevereiro, um tiroteio em uma Escola em Parkland, na Flórida, deixou pelos menos 17 mortos, em mais um massacre com armas de fogo no país mais poderoso do planeta. Parkland fica a 70 km ao norte de Miami, em uma região que concentra brasileiros (Por isso a noticia impactou por aqui). Muitos filhos de imigrantes estudam na escola, que tem 3 mil alunos, mas, de acordo com o consulado, não há brasileiros entre as vítimas - embora muitos tenham testemunhado o ataque.

O balanço foi divulgado pelo xerife do condado de Broward, Scott Israel, que também confirmou que outras 14 pessoas ficaram feridas. O atirador é um ex-aluno da Marjory Stoneman Douglas High School, onde ocorreu a tragédia, chamado Nikolas Cruz, de 19 anos, da qual havia sido expulso do colégio.

“O suspeito foi levado sob custódia cerca de uma hora depois de ter cometido esse ato horrível e detestável”, acrescentou o xerife. Cruz teria usado um fuzil e uma máscara de gás em seu ataque e é descrito como um “menino difícil” e integrante de grupos pró-armas nas redes sociais.

O tiroteio ocorreu apesar da presença policial na escola, que tem cerca de 3 mil alunos, e começou por volta de 14:30 (horário local). Cruz teria ficado no colégio por mais de uma hora, e algumas testemunhas relatam que o alarme de incêndio disparou logo antes do início do massacre.

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido Aonde ataques a tiros em centros de ensino se repetem implacavelmente: Com O Massacre promovido por Nikolas Cruz é o 18° desde o começo do ano, e ainda estamos em Fevereiro.

“Este é o 291º ataque a tiros de uma escola desde o começo de 2013”, disse Shannon Watts, fundadora da Moms Demand Action, uma organização que luta contra a proliferação de armas de fogo.

As escolas nos Estados Unidos estão se tornando locais cada vez menos seguros e cada vez mais locais de violência armada. E os americanos parecem resignados. A maioria destes casos nem mesmo aparece nas primeiras páginas da imprensa nacional por terem se tornado fatos usuais.

Há aproximadamente um tiroteio escolar por semana, segundo a Everytown for Gun Safety, outra organização de controle de armas, que defende tornar a lei sobre o tema mais rígida.

Em 23 de janeiro, um estudante abriu fogo em sua escola no Kentucky, no começo do dia. Matou um rapaz e uma moça, ambos com 15 anos, assim como ele; outros 14 ficaram feridos. No dia anterior, um adolescente levou um tiro na cantina da escola onde estudava no Texas. Naquela segunda-feira, um adolescente de 14 anos levou um tiro no estacionamento de uma universidade em Nova Orleans. Ainda em janeiro, um ônibus escolar foi alvo de tiros em Iowa. Houve ataques a tiros em uma escola de ensino médio em Seattle, em um campus da Califórnia.

Quem é Nikolas Cruz.

Um jovem obcecado por armas, conhecido pelo mau comportamento e que acabou sendo expulso da escola. Assim está sendo definido Nikolas Cruz, de 19 anos, já provocava medo em seus colegas o colégio público Marjory Stoneman Douglas, de Parkland. Calado e respeitoso em sala de aula, vivia à margem da vida social do centro, um rapaz retraído que se gabava de ter armas. Em sua conta no Instagram, agora apagada, colocava imagens onde se exibia empunhando pistolas. De acordo com o jornal Miami Herald, ele se vangloriava por atirar em ratos e era um visto como um "adolescente problema", que tinha poucos amigos.

Antes de ser expulso por indisciplina da escola secundária, alguns alunos já haviam sofrido ameaças dele e inclusive comentavam que, se houvesse um tiroteio no Colégio, o atirador seria sem dúvidas Nikolas Cruz, disse um aluno ao canal local WJXT.

Seu comportamento errático e indisciplinado chamava a atenção dos professores e dos alunos. "No ano passado, ameaçou alguns estudantes e foi convidado a se retirar do centro", assegurou ao Miami Herald Jim Gard, um professor de matemática que deu aulas a Cruz durante um semestre em 2016. "Também tinha problemas com algumas garotas", acrescentou o professor.

A escola teria, inclusive, enviado um e-mail aos professores alertando sobre ameaças do então aluno. Segundo um professor, Nikolas Cruz não era autorizado a entrar no local com uma mochila.

Os estudantes lembravam dele como um menino problemático, com alguns arranques violentos, como o que lhe levou a quebrar a pontapés uma janela do instituto.

Apesar dos relatos de ameaças, de mau comportamento e da obsessão por armas, autoridades dizem que não havia nenhum indicativo nem denúncias de que Cruz seria capaz de perpetrar um ataque como o de quarta-feira. "Não houve alerta, nenhum telefonema ou ameaça, que a gente saiba, de que isso aconteceria", disse Robert Runcie, superintendente das escolas do condado de Broward.

De fato, não só tinha armas de guerra — da qual perpetrou a matança com um  fuzil Colt AR-15, de uso policial e militar, e com consequências de parar no corredor da morte — como recebia treinamento para usá-las. Fontes do Pentágono citadas pela agência France Presse asseguraram que ele frequentava um programa de treinamento militar júnior. Além disso, era caçador. Cruz havia comprado a arma de forma legal e, na casa em que morava, era obrigado a mantê-la trancada em um armário.

Segundo a polícia, ele tentou fugir, mas foi detido em uma cidade próxima. Em seguida, foi levado a um hospital e, depois, para uma unidade policial, onde está sendo mantido.

Um Jovem Isolado.

O jovem adquiriu má fama na escola devido a seu comportamento. Um aluno, Chad Williams, de 18 anos, disse à agência de notícias Reuters que sabia da paixão do colega por armas e que com frequência ele disparava o alarme de incêndio para provocar tumulto, por exemplo. Chad Williams definiu Cruz como um aluno isolado, "Não tinha muitos amigos". Segundo relatos surgidos até agora, Cruz chegou a ameaçar colegas enquanto estudou ali. A polícia diz que ele foi expulso da escola por infrações disciplinares, mas não detalhou quais. No colégio, conta-se que sua saída teria ocorrido após o jovem ter sido flagrado com munição.

De acordo com o jornal Miami Herald, pessoas próximas dizem que ele falava pouco com a família. Tanto Nikolas quanto o irmão, conta, foram adotados na infância por Lynda e Roger Cruz. O casal era de Long Island, em Nova York, mas criou os meninos em Parkland. Após a morte de Roger, há cerca de dez anos, Lynda batalhou para cuidar dos filhos, afirmou Barbara Kumbatovich, cunhada da mãe adotiva de Nikolas.


A expulsão quase coincidiu com a morte de sua mãe, em novembro passado, que deixou órfãos Nikolas e seu irmão Zachary.

Lynda teria morrido de pneumonia em novembro passado, segundo a imprensa americana. Relatos dão conta de que o jovem sofria de depressão desde então, e estaria morando na casa de uma família local. "Eles estão com o coração despedaçado", falou o advogado da família.

Nikolas mudou-se, então, para o norte de Flórida, onde os irmãos viviam com a família de um amigo, e estava frequentando o instituto de Broward, segundo Nicholas Coke, um ex-companheiro. "Tinha problemas emocionais, disso não há dúvida. E claro que estava deprimido depois da morte de sua mãe, mas, quem não estaria?", declarou Barbara.

O jovem, além disso, demonstrou que se preparou para o ataque. Entrou disparando a partir da rua, com o rosto tampado com uma máscara. Enquanto entrava pelos corredores, foi lançando bombas de fumaça e acionando os alarmes anti-incêndios.

"Conhecia perfeitamente a escola e estava por dentro dos procedimentos de segurança porque participava de muitas simulações. Além disso, sabia onde estaria todo mundo antes de entrar no instituto", acrescentou outro aluno. Por isso, esperou no corredor que os alunos saíssem correndo de suas classes ao ouvir os alarmes para fazer os disparos.


Postagens Preocupantes.

"Tudo que ele posta é sobre armas. É doentio", diz Matthew Walker à rede americana ABC.

"Ele só falava de armas, facas e caça", disse Joshua Charo, 16, seu ex-colega de classe no ensino médio. "Não posso dizer que fiquei chocado. Com base nas experiências passadas, ele parecia ser o tipo de pessoa que faria algo assim", afirmou ao Miami Herald.

Depois do ataque, imagens supostamente copiadas de duas contas atribuídas a Cruz no Instagram começaram a circular na internet.  Uma das fotos mostrava uma caixa de munição e outra, rifles sobre uma cama. Em várias imagens, um homem usando uma máscara empunha facas diante da câmera. Os perfis acabaram apagados.

Segundo o xerife do condado de Broward, Scott Israel, disse que foram feitas varreduras nos perfis de Cruz nas redes sociais. Segundo ele, o conteúdo era "perturbador".

"Já começamos a dissecar os sites e as redes sociais que ele usava. Encontramos algumas coisas muito, muito perturbadoras", observou Israel, sem detalhar o material. Alguns mencionaram  que Nikolas publicava mensagens "muito inquietantes" nas redes sociais, algumas em árabe (O que fez ligar suas suspeitas a terrorismo).

O presidente Donald Trump se manifestou no Twitter e disse que está em contato com o governador da Flórida, Rick Scott.

Problemática Política.

Se aqui temos o problema entre Esquerda e Direita, nos Estados Unidos e a mesma coisa. Desde o Incidente em Charlottesville, o debate entre Direita e Esquerda, pós-Trump se tornou acirrado em várias esferas. Com o Caso do Massacre da Flórida, ganha mais um capítulo envolvendo o campo político.

O líder de uma milícia nacionalista de extrema direita República da Flórida, Jordan Jereb, disse na quinta-feira, à agência Associated Press, que Nikolas Cruz, o suspeito de matar 17 pessoas no massacre da Escola Secundária de Parksville, pertencia à sua organização e participou de exercícios militares feitos pelo grupo na cidade de Tallahassee, no norte do Estado.

Segundo Jereb, no entanto, Cruz agiu por conta própria e sua entidade não tem relação com o ataque a tiros. O líder da milícia disse também que não conhecia pessoalmente o atirador e seu grupo tenta não se envolver com “questões do mundo moderno.”

“Ele é o único responsável pelo que fez”, disse o militante, que acredita que o fato de o massacre ter ocorrido na data em que os americanos celebram o dia dos namorados é indicativo de que o atirador pudesse ter “problemas com alguma garota”.

Querendo ou não isso servira de pano de fundo político. Mesmo querendo desassociar sua organização deste fato, outros grupos irão fazer a associação.


Discussões em Torno do Porte de Armas.

Com mais essa tragédia, as discussões em torno do Porte de Arma serão mais acaloradas, revivendo uma discussão que parece não ter fim.

Desde 2013, foram registrados mais de 200 ataques com uso de arma de fogo. Enquanto países que passaram por experiências traumáticas semelhantes agiram para restringir o acesso da população a armas, os Estados Unidos se dividem entre armar ainda mais as pessoas, para que possam reagir diante de um eventual ataque, ou limitar a venda de armamentos como forma de prevenção.

Até o momento, o presidente dos EUA, Donald Trump, vem defendendo o "direito" de americanos possuírem armas de fogo. A Segunda Emenda da Constituição do país diz que "sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito das pessoas a manter e portar armas não deve ser violado".

A emenda foi adotada em dezembro de 1791, como parte das primeiras dez emendas contidas na American Bill of Rights (Carta de Direitos).

Esse artigo constitucional é frequentemente evocado por críticos a propostas de desarmamento, pois a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que o direito pertence aos indivíduos. Ao mesmo tempo, determinou que o direito não é ilimitado, portanto, não proíbe a regulamentação de armas de fogo. Assim, os governos estaduais e locais estão limitados na mesma medida em que o governo federal de infringir este direito pela incorporação da Carta de Direitos.

A única ação significativa de Trump até agora em relação ao tema foi assinar uma lei revertendo limitações impostas no governo de Barack Obama à compra de armas por pessoas com transtornos mentais.

Cerca de 40% dos americanos dizem ter pelo menos uma arma, conforme levantamento de 2017 do Pew Research Center. Mesmo que seja difícil saber exatamente quantas armas estão nas mãos de civis ao redor do mundo, pesquisas apontam que os Estados Unidos lideram o ranking, com 270 milhões de unidades.

Desde 1982, houve mais de 90 ataques a tiros - definidos como homicídios envolvendo quatro ou mais vítimas - nos Estados Unidos. Em outubro passado, 59 pessoas foram mortas e mais de 500 feridas por um único atirador em Las Vegas. O país tem a maior taxa de homicídios com armas de fogo do mundo desenvolvido: mais de 11 mil assassinatos do tipo foram registrados em 2016.

Mas, até agora, propostas para armar a população tiveram mais sucesso do que projetos voltados a restringir a compra e venda de revólveres, fuzis e pistolas.

Um número crescente de políticos americanos têm proposto leis que, em vez de limitar a venda, visam aumentar o número de armas de fogo nas escolas e em outros edifícios públicos, além de armar professores e funcionários de colégios como meio de defesa contra eventuais ataques.

O senador republicano Steve West apresentou, em janeiro, um projeto de lei para permitir patrulhas de seguranças armados nas escolas do Estado de Kentucky. A proposta, que ainda não foi votada, se soma a uma série de leis estaduais formuladas nos últimos anos para colocar mais armas nas escolas.

Em novembro, membros do Senado de Michigan (os Estados americanos são bicamerais, têm Senado e Câmara) aprovaram um projeto para permitir que professores nas escolas primárias até o ensino médio mantenham armas em um local sigiloso dentro da sala de aula. Legislações semelhantes avançaram entre 2017 e 2018 na Flórida, Indiana, Pensilvânia, Mississippi, Carolina do Sul e Virgínia Ocidental.

Se esses projetos forem bem-sucedidos, tais Estados se juntariam a pelo menos nove que já permitem algum tipo de porte de armas em instituições de ensino. Cada novo tiroteio em escolas reacende um longo debate sobre se a solução seria aumentar o controle sobre as armas ou relaxar as regras para o porte delas.

Defensores da segunda proposta alegam que a existência de armas entre funcionários e professores seria uma forma de proteger os alunos em meio a um ataque.

Eles argumentam que a medida seria importante especialmente em escolas localizadas em zonas rurais, mais afastadas de centros urbanos, onde uma resposta da polícia para uma situação de emergência, como um tiroteiro, pode demorar.

Após um ataque na escola Sandy Cook, em Connecticut, resultar na morte de 20 crianças e seis adultos, 21 Estados aprovaram novas leis sobre armas, incluindo proibições de armas de combate e alta letalidade em Connecticut, Maryland e Nova York. Mas, com base na Segunda Emenda, alguns tribunais locais têm derrubado propostas que impõem exigências mais duras para a compra de armas e que vetam o porte delas em público.

Aprovar uma legislação nacional sobre o assunto parece ainda mais difícil. O discurso em prol de limitar a compra e venda de armas esbarra no poderoso lobby das indústrias fabricantes.

A Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês) é um dos grupos de interesse mais influentes da política americana - não apenas por causa do dinheiro gasto com lobby, mas também por causa do engajamento de seus 5 milhões de membros.A entidade se opõe à maioria das propostas para fortalecer a regulamentação de armas de fogo e está por trás de esforços em âmbitos federal e estadual para reverter várias restrições ao porte de armas.

Em 2016, a NRA gastou US$ 4 milhões em lobby e contribuições diretas a políticos, assim como mais de US$ 50 milhões em doações políticas, incluindo cerca de US$ 30 milhões para a campanha de Donald Trump. A associação classifica os políticos de acordo com seus votos em projetos de lei e aloca seus recursos e os de seus membros - tanto financeiros quanto organizacionais - para apoiar seus defensores mais ferozes e derrotar adversários.

Por outro lado, vozes importantes se juntaram, nos últimos anos, ao coro por regras mais duras para a aquisição de armas. Grupos pró-controle de armas, apoiados por investidores ricos, como o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, se tornaram mais organizados nos últimos anos.

No entanto, as tentativas mais recentes de aprovar novas leis federais que regulassem as armas de fogo fracassaram antes mesmo de qualquer votação, bloqueadas na Câmara de Representantes dos EUA - que está nas mãos dos republicanos desde 2011.

E se os projetos passassem ainda enfrentariam dificuldades no Senado. Em 2013, após o tiroteio em Sandy Cook (27 Mortes), medidas para fortalecer as verificações de antecedentes a compradores de armas contavam com um significativo apoio bipartidário no Senado.

Diferentemente dos EUA, outros países, como Reino Unido, Austrália e Alemanha responderam a ataques com leis que limitam o acesso a armas de fogo. A postura dos Estados Unidos em relação a armas vai na contramão das medidas adotadas por outros países desenvolvidos que passaram por atentados a tiro.

No Reino Unido, na cidade de Dunblane, um atirador matou 16 crianças e um professor numa escola primária, em 1996. O país respondeu, em 1997, com a aprovação de leis mais duras para a venda de armas: baniu o porte de pistolas para uso particular e aumentou os critérios de checagem do histórico de quem deseja adquirir armas.

Na Austrália, 12 dias depois de um atirador matar 36 pessoas em Port Arthur, em 1996, o país aumentou fortemente o controle sobre venda de armamento: baniu a venda de fuzis automáticos e passou a exigir que todos os indivíduos registrassem suas armas. Além disso, o governo ofereceu comprar as armas dos cidadãos, numa tentativa de diminuir a presença e a circulação de armamento entre a população.

Na Alemanha, um estudante de 17 anos matou 16 pessoas numa escola em 2009. Três meses depois, o Parlamento alemão instituiu as seguintes regras: multas para o caso de armas não estarem sendo mantidas em ambiente seguro e afastado; inspeção policial na casa de quem portava armas e idade mínima de 18 anos para uso de fuzis.

Na Noruega, um extremista de direita matou 69 pessoas num acampamento em Utoeya, e outras oito pessoas com a explosão de um carro-bomba em Oslo, em 2011. A Noruega, naquela época, já tinha aprovado leis rígidas de controle de armas. Exigia, por exemplo, a necessidade de uma "razão válida" para uma pessoa adquirir uma licença de porte de arma. O atirador, porém, conseguiu driblar a regra.

Todas as escolas deveriam ser equipadas com portas de segurança? É necessário armar os professores? No fundo, muitos sentem que mais uma vez haverá reações de indignação após a inação de um Congresso controlado pelos republicanos, firmemente contrários a limitar o porte de armas.

Com ou sem legislação, a tendência é preocupante.

Um estudo do FBI (Polícia Federal Americana) observou uma “frequência crescente” dos ataques a tiros entre 2000 e 2013.

Em 70% dos casos, o irreparável ocorre em cinco minutos ou menos, o que relativiza a reação que a Polícia pode ter. Os centros educacionais são os cenários de 24,4% dos ataques a tiros.

Na maioria dos casos resenhados, os atiradores que abrem fogo dentro de escolas de ensino médio ou universidade são estudantes do próprio estabelecimento. E segundo o FBI, os ataques a tiros em escolas costumam ser os mais letais.

Desde então, as escolas multiplicaram os procedimentos de alerta e os exercícios de treinamento. O objetivo é ensinar os alunos a reagir diante de um indivíduo que atira a esmo para atingir o máximo possível de vítimas. Mas infelizmente outra escola americana foi alvejada.

Fontes.

http://www.bbc.com/portuguese/internacional-43070571

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/15/internacional/1518675927_531457.html

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/02/expulso-da-escola-suspeito-de-ataque-amava-armas-dizem-colegas.shtml

https://g1.globo.com/mundo/noticia/veja-quem-sao-as-vitimas-do-ataque-de-atirador-na-florida.ghtml

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,atirador-da-florida-pertencia-a-milicia-de-extrema-direita-diz-entidade,70002190746

https://exame.abril.com.br/mundo/massacre-a-tiros-na-florida-e-o-18o-so-neste-ano-nos-eua/

http://www.tvi24.iol.pt/internacional/tiroteio/heroi-do-massacre-na-florida-morre-depois-de-salvar-varios-alunos

https://istoe.com.br/policia-confirma-17-mortes-em-massacre-na-florida/

http://www.independent.co.uk/news/world/americas/nikolas-cruz-latest-updates-florida-school-shooting-suspect-who-is-parkland-social-instagram-media-a8211751.html

https://www.publico.pt/2018/02/15/mundo/noticia/nikolas-cruz-era-um-perigo--e-todos-sabiam-1803266

https://edition.cnn.com/2018/02/14/us/nikolas-cruz-florida-shooting-suspect/index.html

http://time.com/5159134/who-is-the-florida-shooter-parkland-nicolas-cruz/

https://www.nytimes.com/2018/02/14/us/nikolas-cruz-florida-shooting.html

http://www.dailymail.co.uk/news/article-5396761/Nikolas-Cruz-member-white-supremacist-group.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Columbine

https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Emenda_%C3%A0_Constitui%C3%A7%C3%A3o_dos_Estados_Unidos

http://www.brasileiraspelomundo.com/porte-de-armas-de-fogo-nos-eua-272018935 (Tem um artigo mais detalhado sobre o Porte de Armas nos Estados Unidos)

http://www.bbc.com/portuguese/internacional-43071854

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