sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O Caso Antônio Nelso Tasca. 1° Parte.

Chegamos ao 12° Mês. O Número 12 em si é curioso.

O número 12 está presente em diversos âmbitos da humanidade, desde os primórdios da civilização. O ano é composto por 12 meses, Hércules teve 12 trabalhos, Jesus Cristo teve 12 Apóstolos, a távola redonda do mito arturiano tinha 12 cavaleiros, a coroa do Rei da Inglaterra é incrustada de 12 pedras, entre muitos outros exemplos.

O calendário Babilônico era baseado no número 12, já que o tempo tem forte ligação com essa numeração: o dia é dividido em 2 períodos de 12 horas, dia e noite. O relógio marca duas vezes as 12 horas e os minutos que são medidos em 60 segundos, são o resultado de 5×12. As notas musicais também são 12 (C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A, A#, B), assim como os graus cromáticos (dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá#, si). As matrizes de cores primárias, secundárias e complementares contabilizam 12: Amarelo, Amarelo Alaranjado, Amarelo Esverdeado, Azul, Azul Esverdeado, Azul Violeta, Laranja, Verde, Vermelho, Vermelho Alaranjado, Vermelho Violeta e Violeta.

O Caso.

Em 14 de dezembro de 1983, o corretor de imóveis, Antônio Nelso Tasca, dirigia para sua casa, quando depara-se com um misterioso objeto, de formato retangular, pousado logo sobre uma estrada rural. Tasca é levado para bordo do objeto, onde mantém um contato muito amistoso com uma tripulante do aparelho, que lhe repassa uma mensagem para a humanidade. Além de efeitos eletromagnéticos, presentes no local do sequestro, surgiu um misterioso ferimento nas costas do abduzido.


O Caso Antônio Nelso Tasca, considerado um dos casos mais importantes da casuística brasileira, ocorreu na noite de 14 de dezembro de 1983. O protagonista, Antônio Nelso Tasca, era corretor de imóveis e tentava vender terrenos e fazendas, localizadas na Bahia, para interessados em Chapecó (SC).

Naquela noite, Tasca visitaria o Sr. Pedro Cela, que morava às margens de uma via asfaltada, que ligava-se à BR282, a 10 Km da cidade de Chapecó (SC). Como o Sr. Cela não se encontrava em casa, Tasca resolveu voltar para casa, em sua Brasília, placa 3399, da cidade de Barreiros, Bahia.

Representação dos momentos iniciais da abdução de
Antônio Nelso Tasca. Créditos: Portal Fenomenum.
Por volta das 20 horas, quando ele encontrava-se nas proximidades da fábrica da Coca-cola, mais ou menos a 6 quilômetros de Chapecó, Tasca saiu do asfalto e entrou em uma estrada de terra, à direita da rodovia, que dá acesso à Granja do Sr. Tozzo. Ele dirigiu por aproximadamente 5 minutos, parando em seguida. Nesta estrada, Tasca deparou-se com um objeto esverdeado, com aproximadamente 10 metros de comprimento por 3 metros de altura, pousado logo à sua frente. Tasca parou o carro a 30 metros do objeto que, a princípio, julgou ser um ônibus, devido à disposição das janelas. Curioso, Tasca desligou os faróis e o motor do carro e aproximou-se do "ônibus". O objeto tinha aproximadamente 10 janelas, com altura de 70 cm por 40 cm de largura (aprox.), apresentando-se mais estreitas nas extremidades do veículo que flutuava pouco acima do chão.

Quando Tasca se encontrava a 10 metros do objeto, sentiu uma intensa onda de calor. Apreensivo, ele afastou-se cautelosamente do objeto, ainda de frente para o aparelho e de costas para seu automóvel. Quando ele tocou a maçaneta do carro, surgiu um feixe luminoso emitido pelo objeto. Era como uma faixa de luz brilhante, de cor amarela, como um tapete lustroso, com aproximadamente 1 metro de largura, que estendeu-se velozmente embaixo do objeto, em direção ao protagonista do caso. O tapete luminoso passou por baixo de seus pés, mudando repentinamente de sentido. Antes a luz vinha do objeto em direção à luz. Agora, o feixe de luz seguia em direção ao objeto, desta vez puxando Tasca, sem que este tivesse tempo de reagir, ou mesmo desequilibrar-se. Com a aproximação repentina, Tasca percebeu que a cor real do objeto era cinza, ao invés de verde. Logo após perdeu os sentidos.

Ao acordar, Tasca percebeu que estava em outro ambiente, mais frio e em total escuridão. Ele não conseguia mexer seus braços, que pareciam colados ao corpo, e suas pernas, aparentemente estavam coladas uma à outra. Com a lembrança vívida do episódio ufológico, Tasca pensou que havia sofrido morte aparente, tendo voltado do período de letargia já dentro de um túmulo. Sua respiração foi ficando ofegante, ao mesmo tempo em que o ambiente tornava-se ainda mais frio, a ponto de seu corpo tornar-se insensível. Sentindo intensa falta de ar, não conseguiu gritar por socorro. Nesta cruel agonia, Tasca chorou, em silêncio. Neste momento, a temperatura aumentou, e o ar voltou a fluir no ambiente, e a sensibilidade de seu corpo voltou ao normal. Pouco depois, o abduzido ouviu passos abafados, aparentemente de 3 ou 4 pessoas, que aproximavam-se à sua direita. Um deles posicionou-se à sua esquerda. Em seguida, estas entidades fizeram algum tipo de análise na parte superior das pernas de Tasca, através de batidas sucessivas. Durante esta etapa inicial, os desconhecidos comunicavam-se em uma linguagem desconhecida, composta de grunhidos, ora mais longos, ora mais curtos, que variavam de timbre, para mais alto ou mais baixo.

A seguir, os tripulantes do objeto examinam a parte dos joelhos e das pernas inferiores. Após isso, eles ergueram Tasca do chão e o levaram para outro compartimento, onde o colocaram no chão, afastando-se em seguida. Após isso, a luz se acendeu e com isso, Tasca pôde perceber que estava completamente nu. Este ambiente tinha 2,5 m ou 3 m de largura por 3 de altura, com cantos arredondados. Não haviam portas ou janelas visíveis no ambiente. À sua direita estavam suas roupas e calçados, em um montículo. Tasca conseguiu levantar-se, e passou a apalpar as paredes, que eram polidas, cor de alumínio polido.

A seguir, abriu-se uma porta, por onde entrou uma moça, de aproximadamente 1,20 m (Tasca tinha 1,74m), com cabelos claros, caindo até o ombro. Seu rosto tinha pele clara e fina, olhos azuis, amendoados, os quais diferiam de um olho humano comum, pois eram mais afastados entre si, e alcançavam ainda a parte lateral do rosto, onde terminavam feito virgulas deitadas com seu angulo externo de maneira exótica, arqueando para cima. Esta moça estendeu a mão para o abduzido, num gesto amistoso, de aparente saudação. Neste contato inicial, Tasca ouviu e sentiu uma melodia, que lhe trouxe profunda paz, alegria, saudade e sensações referentes à cores.

Tasca, indicando no local do sequestro, detalhes do começo de sua experiência. Na fotografia acima ele indica a largura do feixe de luz, emitido pelo objeto, que o puxou em direção ao objeto. Ao fundo, o carro de Tasca, estacionado no exato local onde ficou estacionado na noite da experiência. Créditos: Portal Fenomenum
Tasca pensou em perguntar à tripulante quem era e de onde vinha. Antes de formular sua pergunta, oralmente, a resposta surgiu em sua mente:

"-- Sou Cabalá. Mensageira do Mundo de Agali. Venho em missão de paz e amor!"

Em seguida, Tasca perguntou, da mesma maneira:

"-- Onde estamos?".

Novamente a resposta surgiu em sua mente, antes que ele fizesse a pergunta oralmente:

"-- Estamos no oceano, a cento e oitenta metros abaixo do nível do mar".

Tasca sentia, nesse momento, sede intensa e confusão mental. Ele pensou em pedir água e comentar sua confusão mental:

"-- Estou com muita sede e estou muito confuso. A senhora transmite paz e amor, mas, também confusão que eu não posso dominar. Acho que é a sua beleza a causa".

Imediatamente a resposta veio à sua mente:

"-- Você vai beber agora mesmo e sua sede passará, bem como seu estado de confusão".

Tasca percebeu que na parede havia um objeto, de mais ou menos 1 metro de comprimento, por 15 cm de altura e 4 ou 5 cm de profundidade, com 10 botões avermelhados. Cabalá apertou um destes botões e abriu-se uma gavetinha que continha dois recipientes em forma de bisnaga, com dimensões de 10 por 6 e por 3 cm. A moça puxou o trinco de um deles, abrindo-o. Em seguida ofereceu à Tasca que bebeu um líquido inodoro e incolor. Tasca o descreveu como sendo algo mais leve que a água. Em seguida, Cabalá ofereceu o segundo recipiente à Tasca. Desta vez, o sabor era semelhante ao de amoras brancas, algo levemente ácido. Após isso, Tasca entregou o recipiente à Cabalá que recolocou no aparelho. Cabalá finalizou:

"-- Agora não vai sentir sede nem confusão diante de mim. É hora de cumprirmos missão de muita importância, para a qual fomos escolhidos. Fique calmo...".

Tasca perguntou:

"--Depois disso serei devolvido ao meu mundo?".

"--Sim, mas tem hora certa para isto. Caso contrário, você será colocado num lugar muito distante daqui (onde mora)".

Cabalá explicou à Tasca que ele havia sido escolhido para transmitir mensagem aos seus co-cidadãos de todo o globo terrestre. Ele perguntou a razão disso, pois não tinha nada de especial, não era rico nem influente. Diante disso Cabalá falou que ele "sempre acreditou na existência extraterrestre e já havia desejado tal encontro".

Tasca, começou a sentia uma profunda sensação de desejo pela tripulante. Cabalá aproximou-se de Tasca quase ao mesmo tempo em que uma espécie de divã surgiu da parede desta sala. Este objeto media aproximadamente 1,30 m de comprimento, por 1 metro de largura. Não haviam encostos nem braços ou pernas de suporte. Havia apenas uma extremidade fixada à parede, como se fosse uma peça fundida.

Cabalá afastou-se, levantou seu vestido e colocou-se deitada no divã, olhando para Tasca. Em seguida, ambos tiveram uma breve relação sexual, normal. Ao final do processo, Cabalá falou pela primeira vez, sem o uso de meio telepático. Ela pronunciou a palavra amor, com um leve sotaque: "Amór". Em seguida ela esboçou um leve sorriso, mas ainda assim com um olhar de tristeza. Ao sorrir, Tasca percebeu dentes brancos e delicados, como os de uma criança.

Pouco depois, já recompostos, Cabalá posiciona-se à frente de Tasca e o informa que ele seria um porta-voz, transmitindo uma mensagem ao povo da Terra. Surpreso, Tasca alegou que sua memória era fraca e que não estaria apto para a missão:

"-- Senhora, ao sair daqui minha mente vai falhar e eu lembrarei apenas alguns trechos da mensagem!...".

Diante disso, Cabalá apertou outro botão naquele instrumento preso à parede e abriu-se uma divisão maior, de onde ela tirou um diadema, que colocou em seguida na cabeça de Tasca, dizendo:

"-- Com isto na sua cabeça, vê me ouve duas vezes a dizer-lhe a mensagem e nunca mais esta lhe sairá da memória".
Acima, representação de Cabalá em arte de
Luiza Ribas. Créditos: Portal Fenomenum
Cabalá ajustou o diadema e transmitiu a mensagem:

"Advertência da mensageira Cabalá, do mundo de Agali, para todos os povos da terra.
“É preciso que sejam imediatamente desativadas as armas de guerra, capazes de acabar com qualquer espécie de vida aqui existente. Além de toda sua apavorante e mortífera devastação, uma guerra nuclear total colocará a terra fora de sua rota celeste e causará graves distúrbios à vida de mundos vizinhos, alguns em dimensões que o homem terrestre ainda desconhece.

É preciso que sejam abolidas as dominações políticas, econômicas e financeiras de nações sobre nações. O imperialismo contraria o direito de igualdade dos povos e se constitui numa nova e solerte modalidade de escravização.

É preciso que sejam preservadas a essência da vida humana e as suas funções naturais de reprodução. Em estrelas próximas e noutras inatingíveis ao homem atual. a vida surgindo sopro do Eterno-Espírito-Criador-de-Todas-as-Coisas-Deus, razão pela qual não deve ser objeto de experiências imponderáveis, porque estas terminarão em desastre genético irreversível.

É preciso que, dentro do mais rigoroso critério de justiça e moral, com vistas para a solução dos problemas sociais resultantes da prolificação humana desordenada, sejam instituídos órgãos que, por vias científicas naturais, planejem e executem programas de controle populacional e de melhoramentos biológico do homem.

É preciso que o homem conquiste outros mundos do universo e ali encontre lugares adequados para as suas futuras emigrações e novas fontes de energia e subsistência, mas antes deve conquistar seu próprio mundo, desvendando-lhe os enigmas que ainda existem na terra, no mar e no ar; conservando-lhe os elementos naturais de vital importância, defendendo-o da sutil pirataria do exterior e curando-lhe as imperfeições humanas do corpo, da mente e do espírito.

É preciso que, atendidas estas exortações, a humanidade esteja preparada para o período de extraordinários acontecimentos de que a terra será palco, dentro de pouco tempo. Os grandes eventos serão prenunciados por estranhas manifestações telúricas e sinais celestes de magnífico esplendor e inquietante beleza. Mestres da suma sabedoria tornarão a vir à terra, renovarão ensinamentos maravilhosos e ajudarão a estabelecer nova sociedade política. Renascerá o paraíso terrestre, pleno de luz e amor.

Então, através de meios e energias ora sequer supostos, o homem conhecerá os côncavo-convexos dimensionais da terra, viajará às profundezas do universo e não sentirá a canseira do tempo. E, como sublime conquista da capacidade criadora humana, será posta em ação a máquina do Poder Absoluto, engenho que, entre muitos outros prodígios, dará à humanidade visão mais feliz e assombrosa de toda a sua história: a ressurreição dos mortos na faixa dos 4 xis.

Advertências da mensageira Cabalá, do Mundo de Agalí, para todos os povos da terra”.

Após transmitida a mensagem, Cabalá retirou o diadema da cabeça do protagonista e guardou-o de novo no console, que fechou-se imediatamente. Em seguida, Cabalá encarou Tasca, repetindo a mesma saudação emitida no momento inicial da conversação, cruzando, em seguida, o braço esquerdo sobre o peito e levantando a mão direita sobre o ombro. Tasca recebia mensagem "paz e amor". Em seguida a tripulante foi recuando de costas, lentamente em direção à porta de entrada que havia se aberto na parede. Após a passagem da moça, esta se fechou hermeticamente, deixando em Tasca uma sensação de solidão e de abandono.

Em seguida, a iluminação na sala diminuiu, restando uma escuridão plena no local. Em seguida, ele ouviu passos e sentiu novamente a presença de pequenas criaturas ao seu redor que, puxando-o para outra sala, indicavam para que deitasse. Tasca reconheceu este lugar como sendo o mesmo local gélido e assustador em que esteve no começo de sua experiência. A temperatura caiu gradativamente até o momento em que Tasca perdeu os sentidos.

Representação da diadema que teria sido colocada na
cabeça de Antonio Tasca durante a comunicação da
mensagem. Arte de Luiza Ribas.
Créditos: Portal Fenomenum
Ao acordar, Tasca viu-se deitado em um capinzal, em um morro rochoso, às margens da BR-282, a 3 Km a direita do trevo de acesso da cidade de Chapecó. Pela posição do Sol, Tasca estimou ser aproximadamente 6 horas da manhã, embora seu relógio de pulso indicasse 10:15 hs. Seus braços e pernas apresentavam-se "entravados", embora ouvisse e enxergasse perfeitamente. Levou aproximadamente 2 horas para que conseguisse recuperar os movimentos. Assim que possível, Tasca desceu a estrada e andou a pé, por aproximadamente 2 km, até chegar à Eletrodíesel Batistela, sendo atendido por duas moças. Ali Tasca telefonou para casa e avisou sua família. Ele foi então informado da grande agitação e agonia que se abateu sobre sua família, do carro abandonado que fora encontrado na estrada de terra e da mobilização de um investigador de polícia para o seu desaparecimento. Então, ele seguiu rapidamente para casa, sendo encontrado por seu filho, Maximiliano, que chegava à cidade naquele momento.

Maximiliano percebeu que seu pai estava aparentemente em estado de choque, não conseguindo explicar o que havia acontecido. Mais tarde, ele contou detalhes da experiência aos seus familiares, deixando-os incrédulos e preocupados com seu estado. Eles levaram o abduzido para exames no Hospital Santo Antônio, em Chapecó, onde foi atendido pelo Dr. Julio Zawadscki. Tasca não contou para este médico, sua extraordinária experiência. O médico concluiu que o nervosismo, a intranquilidade e a elevação da pressão sanguinea, à um simples assalto. Ele ministrou um tranquilizante e deu alta ao paciente. Mais tarde, naquele mesmo dia, quando Tasca tirou sua camisa, dois familiares perceberam uma estranha marca nas costas no abduzido. Tasca desconhecia a existência desta marca, ou mesmo sequer sabia explicar sua origem. Novamente Tasca foi examinado pelo médico que diagnosticou queimadura, mas devido à suas características permaneceu intrigado. No dia seguinte ele retornou à residência de Tasca, desta vez acompanhado de mais quatro profissionais para documentar a lesão. Na ocasião, o médico descobriu no tórax da testemunha, na frente, na extremidade inferior do osso externo, na região xifóide, na pele, círculo de 3 cm de diâmetro, consistindo de pequenos pontinhos vermelhos. A mesma região em que Tasca sentiu dor, e que foi medicado pelo doutor. No dia seguinte, tais pontinhos haviam desaparecido por completo.

Nos dias seguintes, Tasca não sentiu muita fome e comeu muito pouco. Às 02:15 da madrugada do terceiro dia, Tasca vomitou um líquido amarelo, sentindo o mesmo sabor de amoras brancas em sua boca. Após isso, seu apetite voltou ao normal.
  • Noite de agonia para os familiares
Enquanto Antônio Nelso Tasca sofria sua experiência de abdução, sua família vivia a angústia de seu desaparecimento. Ele era esperado às 19:00 hs para o jantar em família, mas sua demora despertou preocupação em todos os familiares. Por volta da meia noite, todos os familiares estavam reunidos em sala, aguardando a chegada de Tasca. Sendo caseiro, e apegado à família, causava estranheza o fato de não ligar para avisar de seu atraso. Os pais de Tasca, sua esposa e sua filha tentavam em vão obter por telefone informações em delegacias de Chapecó e cidades próximas.

Tasca indicando o local onde foi deixado após a abdução.
Créditos: Portal Fenomenum
A partir das 02:30 da madrugada cunhados de Tasca percorreram, em vão, várias e várias ruas de Chapecó, em busca do carro do abduzido. Outros familiares, avisados do desaparecimento, correram à casa de Tasca. Após uma noite em claro, vários familiares dirigiram-se à estrada de acesso ao trevo rodoviário da BR-282, onde havia um posto policial. Antes de chegar ao seu destino, avistaram o carro de Tasca, parado na estrada de terra, que dá acesso à Granja do Sr. Tozzo. O carro estava intacto, fechado, sem qualquer sinal de anormalidade. Imediatamente avisaram à delegacia de polícia que destacou um investigador para acompanhar o incidente. Por volta das 9:30 da manhã, finalmente a agonia acaba. Antônio Nelso Tasca liga para casa, avisando que estava bem e estava indo para casa.

Logo após o reaparecimento de Tasca, iniciou-se a investigação do caso. Um dos primeiros a investigar o caso foi o ufólogo Daniel Rebisso Giese, então presidente do Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (CIPEX). Em sua investigação, o ufólogo produziu um minucioso relatório do caso, interrogou o protagonista, buscando falhas em seu depoimento, e visitando os locais associados ao fato. Posteriormente, o ufólogo Walter Karl Bühler, da SBEDV, foi até Chapecó, onde entrevistou Antonio Nelso Tasca e seus familiares. Ele também esteve nos locais de sequestro e devolução, associados ao caso, onde realizou medições de eletromagnetismo e radioatividade, além de obter diversas fotografias. Através desta pesquisa, Buhler descobriu que duas pessoas, em pontos próximos ao local do sequestro, avistaram um objeto voador luminoso, no mesmo horário em que ocorreu o sequestro.

Parte do relatório de sua investigação foi publicado no Boletim da SBEDV, edição 158/161, que transcrevemos a seguir:
"Foi-nos gratificante, no começo de uma noite, privarmos de momentos com a grande e alegre família de três gerações dos Tasca, uma dúzia ou dúzia e meia de pessoas. Todas elas rindo e falando ao mesmo tempo, característica do gênio afável de descendentes de italianos, reunidos no centro ocupado por jardim entre suas casas, lá no bairro do Palmital, em Chapecó (SC). 
Procuramos entrevistar ainda as duas moças na empresa "EDIBA". Contudo não tivemos sorte em ambas as tentativas nossas, quando elas faltaram ao escritório. Aconteceu assim também, com mais duas pessoas que, de longe, teriam avistado objeto luminoso na hora e direção onde se deu o sequestro e respectiva volta de Tasca à Terra. Na ocasião, ignoramos que teríamos de indenizar antecipadamente a diária dessas humildes pessoas, diaristas de trabalho no campo. 
Entretanto, foi especialmente gratificante para nós a pesquisa no carro de Tasca. Queríamos saber se o veículo havia sofrido indução magnética, como é comum em peças de aço de nossas máquinas quando expostas aos intensos campos eletromagnéticos com os quais os discos voadores parecem servir-se em sua locomoção. Assim, as palhetas dos limpadores de pára-brisas do carro de Tasca acusaram 5 Gauss e, um tanto, os pára-choques dianteiro e posterior. Todavia, curioso para nós foi observar a inversão, negativo e positivo, do lado direito e o respectivo esquerdo. E, da mesma forma, houve entre o pára-choque posterior e o anterior, quando comparados os valores do mesmo lado. Uma vez que acusasse também magnetismo de 5 Gauss um cabo de aço cravado no chão, com a finalidade de dar apoio a poste de alta tensão, e que teria ficado em local próximo ao objeto voador, vaticinamos "a posteriori" que o aparelho, a uns 30 metros do carro de Tasca, posteriormente tenha sobrevoado o automóvel, para causar imantação de mesma intensidade que o cabo de aço; que se encontrava muito mais perto do disco voador. 
Foram ainda os filhos de Tasca e este em pessoa quem, em Chapecó, nos descreveram o defeito na ignição do carro da testemunha. Antes, eram exigidas várias tentativas, até dez ou mais, para se conseguir pôr o motor em movimento. Todavia, após o evento ufológico, durante dois dias o motor imediatamente respondia certeiro à primeira tentativa. Mas do terceiro dia em diante ressurgiu o velho defeito. Ainda em contato com o magnetômetro de Pierrejaquet, a fivela e grampo do cinto de Tasca, assim como a pulseira do relógio usado no episódio ufológico, acusaram imanização de aproximadamente dois Gauss e meio".

Após sua experiência de abdução, Tasca foi encontrado, já a caminho da cidade, por seu filho Maximiliano. Devido à um aparente estado de choque, seu filho o levou para um posto de atendimento médico, onde foi atendido pelo Dr. Julio Zawadscki. Tasca não contou para este médico, sua extraordinária experiência. O médico concluiu que o nervosismo, a intranquilidade e a elevação da pressão sanguínea, à um simples assalto. Ele ministrou um tranquilizante e deu alta ao paciente.

Tasca sentiu sede intensa e falta de apetite. Ao chegar em casa, pela primeira vez após o fato, Tasca foi até a cozinha, onde bebeu todo o suco de laranja que havia em uma jarra (aprox. 1 litro). Em seguida, tirou a camisa, pegou uma toalha e dirigia-se ao chuveiro para tomar banho. Os familiares surpresos constatara a existência de uma grande lesão, ou ferimento nas costas de Tasca, que ele próprio desconhecia. Este ferimento totalmente indolor, não existia até a noite anterior, tendo surgido naquela noite.

Quem primeiro percebeu a lesão, foi o irmão de Tasca, Guildo, que era radiotécnico em Chapecó, e seu sobrinho João Euzébio Fontana, advogado em Nonaí, Rio Grande do Sul. Esse fato causou um alvoroço na família e amigos presentes no local, pois todos queriam ver o estranho ferimento. Em seguida, os familiares entraram novamente em contato com o Dr. Zawadscki, marcando uma consulta para a tarde daquele mesmo dia (15 de dezembro).
Marca encontrada nas costas de Antonio Nelson Tasca logo após o contato. Médicos ficaram espantados com a marca. Segundo eles Tasca deveria ter gritado de dor em função do ferimento. No entando, Tasca nada sentia no local. Créditos: Portal Fenomenum
No horário marcado, Tasca foi examinado pelo médico que diagnosticou queimadura, mas devido à suas características permaneceu intrigado. O Dr. Zawadscki estava acompanhado pelos doutores José Antônio Madalosso e Carlos Alberto Siqueira Reis, que ouviram atentamente o relato de Tasca, fazendo testes de sensibilidade no local do ferimento. Tasca tinha sensibilidade normal no local, no entanto não sentia qualquer dor no que seria uma queimadura de 3º grau. Visivelmente surpresos, afirmaram que não tinham encontrado elementos que os levassem a diagnosticar o agente físico responsável por tais lesões. Embora fossem queimaduras de 3º grau, com inequívoca destruição de tecidos, não havia avermelhamento da pele, nas proximidades nem perda de fluído plasmático. Nesta ocasião, o Dr. Reis fotografou as lesões.

No dia seguinte ele retornou à residência de Tasca, desta vez acompanhado de mais quatro profissionais para documentar a lesão. Na ocasião, o médico descobriu no tórax da testemunha, na frente, na extremidade inferior do osso externo, na região xifóide, na pele, círculo de 3 cm de diâmetro, consistindo de pequenos pontinhos vermelhos. A mesma região em que Tasca sentiu dor, e que foi medicado pelo doutor. No dia seguinte, tais pontinhos haviam desaparecido por completo.

O ufólogo Walter Buhler, médico atuante no Rio de Janeiro, examinou as marcas nas costas de Tasca e notou que embora o ferimento fosse produzido por queimadura de 3º grau (com destruição de tecido), os pelos na região estavam intactos. Caso o ferimento tivesse sido produzido por meio físico, todo o sistema piloso teria sido destruído, não voltando a se recompor novamente.

CONTINUA NA 2° PARTE →

Fontes.

Livros: BULHER, Walter e PEREIRA, Guilherme. O Livro Branco dos Discos Voadores. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.

Boletins:
  • Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores -- nº 155/157
  • Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores -- nº 158/161










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