Uma das fotografias obtidas no bairro São Cristóvão, no Rio de Janeiro (RJ). Créditos: Portal Fenomenum. |
DISCOS VOADORES. O Globo. Rio de Janeiro, 11 julho 1947, p. 1. (BN).
Croqui N° 32. Créditos: Boletim 81-84 da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV). |
O Local.
Chamamos a atenção um artigo de O Globo-Rio-de 7/10/71 "TODO MUNDO NA VILA VIU O DISCO VOADOR", acompanhado de uma foto, bastante nítida, de um DV luminoso. O episódio ocorreu numa vila (Vila Cardoso) da rua Bomfim hoje um misto de residência e complexos industriais, mas que dista somente cerca de 1.500 metros, em linha reta, da Quinta da Boa Vista, onde hoje se localiza o Museu Nacional, mas que no passado, ao tempo do Império, representava o Palácio e residência do Imperador, e era assim também automaticamente o centro da "cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro").
O Episódio e as Testemunhas.
Entre as 5 testemunhas entrevistadas pela SBEDV, inclusive o fotógrafo, destacam-se duas: Vânia, de 9 anos e a sua Madrinha Vera, de 21 anos. Elas foram as duas primeiras pessoas que vislumbraram o Disco Voador no dia 02/10/71, uma sexta-feira. Eram aproximadamente 19:50, após o jantar, quando as duas estavam sentadas em um degrau de escada, próximo ao piso, observando o movimento da rua, à direita da entrada para a vila. Esse ponto (escada) fica muito perto de um poste de iluminação, de aproximadamente 3,5 metros de altura (do qual falaremos adiante), que conduz para a vila os fios elétricos oriundos de um transformador situado do mesmo lado da rua, mais uns 5 metros afastado para o "Oeste".
- Entrevista de Vânia
Croqui N° 25. Créditos: Boletim 81-84 daSociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV). |
As duas testemunhas correram então para dentro da Vila, chamando por mais pessoas para testemunharem o fato, enquanto o corpo luminoso as acompanhava na sua peregrinação acima e ao longo do telhado da Vila (na sua parte à esquerda).
É de Vânia o croqui nº 25 (disponível no Boletim 81/84), onde ela quis expressar que primeiramente viu o objeto sem os seus três apêndices luminosos, os quais só se acenderiam posteriormente. Vânia também nos afirmou que gostaria de ver o objeto em outra ocasião. De fato, nos 2 meses seguintes o mesmo reapareceu mais duas vezes sobre a Vila, embora em horários diferentes, sendo uma vez as 23:00. No entanto, não sabemos se Vânia pode ver a sua curiosidade satisfeita nessas 2 nova vezes.
- Entrevista de Vera
Croqui N° 33. Créditos: Boletim 81-84 da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV). |
As duas testemunhas chamaram então pelo irmão de Vânia, de nome Walker, que não apareceu por estar ocupado no momento, como souberam depois. Vera correu então para o centro da Vila, que fica a uns 30 metros da entrada (veja nas figurass. 33 e 35), parando frente à casa nº 5 e chamando por S. F. C., uma moça de 21 anos. Esta, saindo, trouxe também uma visita, o estudante Nelson Calmon Schubsky , que, tendo a mão a sua máquina Leica, bateu as duas fotos das quais nos vamos ocupar adiante.
Fotografia N° 35. Créditos: Boletim 81-84 da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV). |
Croqui N° 23. Créditos: Boletim 81-84 da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV). |
Vera admite que, das 17 casas da ala principal da Vila, pelo menos 10 pessoas, entre estas 5 adultos viram o objeto.
Embora tivesse evitado ao máximo olhar para o DV, Vera acompanhou todo o itinerário do mesmo, conforme documenta seu croqui da fig. nº 23 (onde se localizam em cima e à esquerda, em "B" o edifício Bavária; em "T", o transformador e à direita as diversas casas da Vila, com o ponto onde foram batidas as duas fotos).
Foi Vera que, gentilmente, nos apresentou a uma outra moradora Vila, Dna Neuza, a qual também saiu da sua casa (n° 8) por ocasião do pandemônio, que pode ser vista junto com a jovem S.F.C.,na foto da fig. nº 28, apontando para a direção que tomou o objeto. Esse ponto foi também de onde o jovem Nelson bateu as duas chapas do objeto.
Fotografia N° 28. Créditos: Boletim 81-84 da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV). |
- As 3ª e 4ª Testemunhas
Foi Dona Neuza que fez para os pesquisadores da SBEDV o croquis da fig. nº 27, que vamos discutir mais adiante, juntamente com os da fig. nº 27 (feitos por S.F.C.). A nosso ver são estas as duas testemunhas que melhor observaram os detalhes que o objeto apresentava, porquanto ainda estavam emocionalmente descansadas e não tinham sofrido o desgaste emocional, pelo tempo já transcorrido. A testemunha S.F.C. também observou que o objeto, quando estava atrás da torre do edifício Rubinstein , projetou o seu halo vermelho ainda por alguns minutos (Veja os seus croquis na figura 27, onde fixou as duas posições do objeto, respectivamente ao serem tomadas as duas fotos, quando no seu voo começou a afastar-se dos telhados da Vila).
Croqui N° 27. Créditos: Boletim 81-84 da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV). |
- As Fotos e seu Autor
"Eu Nelson Calmon Schubsky, 23 anos de idade, com residência à rua Mal. Taumaturgo de Azevedo 56, apt. 401, Tijuca, Rio de Janeiro (GB), estudante do pré-vestibular de odontologia.
Estava eu no dia 2 de outubro (uma 6ª feira) de 1971 na casa nº 5 da Vila (Cardoso) quando, por volta das 19h 45 min., fui alertado por um grito, de uma das moradoras da Vila, que procurava por minha namorada S.F.C.. Imediatamente me dirigi para fora da casa e lá deparei com um estranho objeto (luminoso) pairando imediatamente por cima da mesma (residência). Pedi que fosse apanhada a minha Leica III-F e com ela passei a fotografar o objeto, chegando a fazer duas fotos com velocidade de 1/40 de segundo, diafragma aberto 2,8), com filme ORWO de 20 Asas.
De volta à minha residência (ainda de noite), entrei em contato telefônico com o Sr. Bruno, chefe de reportagem do (jornal) Correio da Manha, pedindo que ele indicasse o modo de se processar a revelação. Esta foi feita a temperatura de 20ºC e no tempo de 20 minutos, da seguinte maneira: O filme (a emulsão) era agitado durante 10 segundos em cada minuto de revelação; entretanto, no primeiro minuto essa agitação durou 20 segundos. A revelação foi feita em total escuridão, e o revelador, que tinha sido guardado em geladeira, foi deixado esquentar no ambiente, ate chegar aos 20ºC. A cuba ficou depois imersa em outra, com cubos de gelo, para a temperatura não subir. Desta maneira, a revelação demorou 20 minutos para as conseguir resultado equivalente a 150 a 200 Asas aproximadamente quando para 20 asas teria demorado 4 minutos somente.
Assinado Nelson C. S."
- Considerações Sobre as Fotos.
A lente Sunitar, da Leica do Sr. Nelson, tem uma distancia focal F-50 mm. A imagem na película (fig. nº 26) tem na primeira foto um tamanho aproximado I= 1 mm. Com estes dois dados conhecidos inicialmente, poderemos calcular mais um qualquer entre outros dois (tamanho real - R - do objeto, ou sua distancia - D - ao observador). Temos então (ver croquis da fig. 2g):
1º) Sendo analisada a distancia (D) a que estava o objeto, pode-se calcular o seu tamanho (isto é: tamanho real - R - da projeção cuja imagem se acha reproduzida - I - na película);
R= (I . D)/F
Sendo avaliado o tamanho real - R -, pode-se calcular a sua distância - D - ao observador:
D = (F . R)/I
Neste caso, o tamanho real do objeto pode ser avaliado com razoável precisão (2,5 m), uma vez que o mesmo chegou a passar bem próximo as testemunhas. Na 1ª foto, o tamanho da imagem é de aprox. I = 1 mm. Então, a distância do objeto foi:
D = (50mm x 2,5 m)/0,75mm = 125 m
Na 2º foto o tamanho da imagem é de 0,75 mm, sendo então a distância do objeto:
D = (50mm x 2,5m)/0,75mm = 166 m
Evidentemente, na 2ª foto a distância - D - deve ser maior, uma vez que o objeto estava se afastando.
Em relação a 1ª foto, a avaliação visual do fotógrafo, à noite (quando geralmente faltam referencias comparativas para a vista), foi em torno de 300 m (em vez de 125 calculados), para a distância do objeto. A figura nº 24 mostra o croqui que o Sr. Nelson fez para a SBEDV, em uma de suas entrevistas, poucos dias depois do acontecimento.
Ha ainda outras determinações interessantes, que poderiam tal vez ser feitas a partir das duas fotos, tais como:
a) Cálculo da altura angular (a partir do horizonte) do objeto, por comparação com algum ponto luminoso de referencia (Avaliada, pelo fotógrafo, em 35º para a 1ª foto que em 45º para a 2ª foto. Não pode, o 2º ponto luminoso na 2º foto, servir como referência, por tratar-se segundo o Sr. Nelson, de um artefato ou reflexo do DV na própria lente da máquina);
b) Arco percorrido pelo objeto, entre os instantes das duas fotos (avaliado, pelo Sr. Nelson,em cerca de 30º; veja também croquis da fig. nº 34)
c) Eventualmente cálculos aerofotogramétricos e estereoscópicos, possibilitando talvez assim conhecimentos sobre a conformação do objeto propriamente dito (já que foi fotografado em duas posições distantes, entre si, de uns 40 metros). Para esta finalidade serão de grande valia sugestões de especialistas no assunto.
- Considerações Sobre o Aspecto do Disco Voador na Película Fotográfica e nos Croquis Feitos pelas Testemunhas.
- Razões para a Divergência de Testemunho.
- 1º razão: Pessoas de educação tecnológica especializada verão pontos e pormenores importantes, ofuscados entretanto, para outros observadores, por fenômenos espalhafatosos mas as vezes de importância secundária. Como por exemplo, citamos o caso de classificação de tripulantes:as testemunhas mais ingênuas ou menos atentas, em vez de observarem mais as importantes características morfológicas anatômicas dos tripulantes, preocupam-se mais com alguns detalhes secundários, como roupagem ou escafandro que por ventura vestirem os tripulantes.
- 2º razão: Existem pessoas que percebem sons de ate 20.000 vibrações por segundo, e outras somente ate 16.000 ou menos, dependendo de idade, saúde e outros fatores próprios. Então podemos também conceber diferenças de percepção, em nosso órgão visual, para ondas diversas, emitidas pelos DV, e que não foram ainda identificadas pela nossa ciência (a qual por certo desconhece um feixe de luz como é visto na foto do Sr. Nelson: parece flexível e decepado na sua extremidade inferior).
- 3ª razão: Já diversas vezes chamamos atenção sobre a campanha de difamação e de terror que se faz freqüentemente, em torno do problema DV, por pessoas e círculos interessados em "atrapalhar" o estudo deste problema. O pânico e histerismo, que esta campanha provoca em algumas das testemunhas, dificulta muito a coleta de dados preciosos, para o que é necessário a mente serena.
- Especulações Sobre a Finalidade da Presença do Disco Voador no Local.
- Epílogo
Isto sem dúvida serve de estorvo à campanha de descrédito que de contestação que geralmente é feita pelos círculos que defendem hegemonias terrestres. Para estes constitui um grande empecilho o testemunho de 5 pessoas, Entretanto, no caso em apreço, estes círculos não ousaram utilizar os seus conhecidos expedientes para desacreditar ou "fazer desaparecer" as fotos (conforme foi feito em diversos outros casos). Queremos então nos congratular com todos, fraternalmente e ecumenicamente (ate mesmo com os responsáveis pelos tais "círculos").
Dados interessantes e adicionais foram ainda comunicados pela agencia "Associated Press", na pessoa do Sr. Francisco J. P. Silva, o qual informou ao Sr Nelson que naquela 6ª feira foi visto o Disco Voador também em vários locais, entre eles Ricardo Albuquerque e Braz de Pina variando a hora. Nós da SBEDV lamentamos que a referida agência não tivesse comunicado este caso, tão bem documentado, para as suas sucursais mundiais; aos quatro ventos. compreendemos que a política de hoje ainda influi também muito nas vias de comunicação deste mundo que costumam chamar de "livre e democrático". Soubemos também da existência de um filme natural, que mostra o voo de um objeto idêntico ao fotografado pelo Sr. Nelson, que se encontraria em poder de um funcionário de uma TV (no Rio) no entanto, este filme também nunca foi mostrado ao público, apesar de uma emissora de TV possuir tanta facilidade para isto (ou será que haveria "forças ocultas" impedindo esta livre divulgação?).
Fontes.
Boletins:
- B47 Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores - Edição 94-98.
- Boletim 81-84 da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV)
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