Se tivéssemos necessidade de prova indiscutível aí estariam agora os discos voadores. As agencias telegráficas estão transmitindo alguns capítulos da novela. Em torno desta já se tramam e enredam outros capítulos, que os telegramas prolongam e enfeitam.
Há quem tenha visto os discos voadores entre as nuvens do Brasil. No sul, no centro, no norte muita gente anda de nariz no céu (...). Os homens foram sempre assim. Houve tempo em que os fantasmas se divertiam com surtidas em certos bairros da cidade. Hoje os fantasmas mudaram de tática. Progrediram. Evoluíram. Escolheram formas modernas. A última delas aí está: discos voadores... Os homens sempre viveram à custa desses pequenos romances. Mais um, menos um, não alteram os ritmos da vida...
DISCOS VOADORES”. O Globo. Rio de Janeiro, 11 julho 1947, p. 1. (BN)
Em 10 de outubro de 1957, apenas 5 dias antes do famoso Caso Villas-Boas, ocorreu um importante caso ufológico na região de Ceres, no Estado de Goiás que movimentou autoridades públicas de alto escalão, envolvendo o juiz de Direito de Ceres, Dr. Gabriel Barbosa de Andrade, o então secretário do Interior e Justiça do Estado de Goiás, Dr. Joaquim Neves Pereira, pelo então secretário de Segurança Pública de Goiás, Sr Antenor Gomes, e fartamente divulgado pela imprensa da época.
O caso ocorreu na região de Quebra-Coco, no município de Ceres, e teve como protagonistas o Sr. Miguel Espanhol Navarrete e seu chofer, que tiveram seu caminhão paralisado por um disco voador que pousou nas proximidades.
A princípio as duas testemunhas avistaram uma luz intensa no momento em que começavam uma subida íngreme. Após terminar a subida perceberam que o objeto se encontrava a algumas centenas de metros. Sua luminosidade era tão intensa que clareava toda a área, mesmo estando planando a uma grande altura. O chofer entrou em pânico e tentou tirar o caminhão do local. O motor do caminhão apagou no instante em que o objeto se aproximou e sobrevoou o veículo pousando a aproximadamente 40 metros dali.
O disco voador tinha aproximadamente 140 metros de diâmetro por 40 de altura, sendo ovalado desigualmente sendo a parte superior mais alta que a parte inferior. Era semelhante a dois pratos superpostos separados por uma faixa de aproximadamente 20 metros de espessura, onde estava situado essa porta.
Quando estava a uma altitude aproximada de 6 metros ele parou no ar e sua luz apagou. Após pousar completamente abriu-se uma porta e por ela saíram sete pessoas, aparentemente humanas, que vestiam um traje luminoso. Estes olharam fixamente para o caminhão.
Após isso os tripulantes entraram novamente no objeto que decolou parando a aproximadamente 500 metros de altitude. Nesse momento um objeto menor desprendeu-se do maior seguindo rumo ao norte. O objeto maior seguiu rumo sudeste.
O Sr. Miguel era engenheiro de mineralogia e oficial da Marinha espanhola, e até o momento da experiência era de cético em relação ao Fenômeno OVNI.
Ele foi entrevistado pelo juiz de Direito de Ceres, Dr. Gabriel Barbosa de Andrade acompanhado do então deputado Paulo Roberto de Carvalho. Após a entrevista o juiz enviou um ofício ao então secretário do Interior e Justiça do Estado de Goiás, Dr. Joaquim Neves Pereira, relatando o caso.
Fontes.
Livros: BULHER, Walter e PEREIRA, Guilherme. O Livro Branco dos Discos Voadores. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.
Boletins:
- B63 Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores - Edição 1975
- B64 - PEREIRA, Jader. Tipologia dos humanóides extraterrestres. Coleção Biblioteca UFO, nº 1, Março 1991.
http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1950/ceres
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