terça-feira, 16 de outubro de 2018

Dossiê Operação Prato 08: Testemunhas.

Os homens são inclinados a crer nas coisas vagas, misteriosas e imprecisas. (...)

Se tivéssemos necessidade de prova indiscutível aí estariam agora os discos voadores. As agencias telegráficas estão transmitindo alguns capítulos da novela. Em torno desta já se tramam e enredam outros capítulos, que os telegramas prolongam e enfeitam.

Há quem tenha visto os discos voadores entre as nuvens do Brasil. No sul, no centro, no norte muita gente anda de nariz no céu (...). Os homens foram sempre assim. Houve tempo em que os fantasmas se divertiam com surtidas em certos bairros da cidade. Hoje os fantasmas mudaram de tática. Progrediram. Evoluíram. Escolheram formas modernas. A última delas aí está: discos voadores... Os homens sempre viveram à custa desses pequenos romances. Mais um, menos um, não alteram os ritmos da vida...

DISCOS VOADORES”. O Globo. Rio de Janeiro, 11 julho 1947, p. 1. (BN)


D.O.P 08: Testemunhas.

Em toda a área de incidência do fenômeno, houveram milhares de testemunhas diretas ou indiretas do fenômeno. Veja alguns dos relatos:
  • Inácio Rodrigues, pescador e testemunha do Chupa-chupa.
"Estava pescando com meu amigo Genésio Silva uma noite, em abril. Por volta das 01:00 hs, vimos um pequeno fogo no céu, ao norte. Era muito pequeno. Fiquei um pouco preocupado e pedi a Genésio que apagasse o charuto que ele estava fumando. De repente, o fogo foi ficando cada vez maior e dava pra ver que estava girando. Pulamos para fora do barco, na água e tentamos encontrar algum esconderijo. O fogo ficava cada vez maior e mais próximo. Nós nos escondemos debaixo de uns arbustos grandes para que não nos visse. 
O objeto parou a cerca de uns 100 metros de nós e ficou lá até umas cinco da manhã. Ficamos escondidos o tempo todo porque tínhamos medo de sair. A luz era azulada, mas quando apareceu pela primeira vez, era uma pequena bola vermelha. 
Era bonita, mas brilhava tanto que eu não podia olhar muito pra ela. Pouco antes do amanhecer, ela desapareceu, do jeito como alguém apaga uma luz. E onde ela estava, dava pra ver um tipo de sombra, da forma de uma geladeira. Quando o Sol surgiu, a forma escura desapareceu também. Tive disenteria e fiquei enjoado aquele dia inteiro".
  • Cinaldo de Oliveira, repórter que passou duas semanas em Pinheiro acompanhando casos de Chupa-chupa.
"Cerca de 90% das pessoas com quem conversamos tinham visto UFOs. Muitos pescadores chegaram a ser queimados. Certa noite, filmamos uma coisa estranha passando no céu, num movimento ondulado. Parecia um satélite, mas variava muito em forma e tamanho. Foi aumentando e, de repente, desapareceu. 
Essa coisa que filmamos voava num movimento que parecia triangular. Vinha da Ilha do Caranguejo, na Baía de São Marcos, e seguia até Anajatuba, depois para São Bento e Pinheiro. Parecia uma estrela, mas enquanto aumentava de tamanho, mudava de cor, para amarelo, azul e vermelho. 
No dia seguinte, a uns 3 Km de onde tínhamos estado, conversamos com um home com queimaduras nas costas. Ele nos disse que fora na noite anterior, quando a luz apagou e acendeu novamente, bem acima dele, que ele tinha sofrido as queimaduras. Não sei quantos pescadores se queimaram, mas entrevistamos uns 10. 
Não eram queimaduras sérias, mas os homens tinham tanto medo que não queriam mais sair para trabalhar. Conversamos com umas pessoas numa fazenda que tem um edifício onde todos os trabalhadores moram e dormem. Esse sujeito, em questão, correu o máximo que pode até o prédio, e a luz ficou voando em volta da construção por uns 20 minutos".
  • Carlos Mendes, repórter.
"O povo vivia apavorado porque esse feixe de luz noturno tinha já agredido várias pessoas. A comunidade toda se amontoava em três casas apenas. Ficavam rezando, as vezes cantavam algumas canções religiosas. As pessoas em pânico... A unidade de saúde de Colares virou quase que um pátio dos milagres". 
"Realmente eu fiquei espantado de ver o que eu vi naquelas pessoas. O que seria o resultado da atividade dessas luzes que eles chamavam de chupa-chupa".
  • Benedito, pescador.
"Estávamos no barco e o OVNI passou por cima do rio várias vezes. Ele nos seguiu e disparou uma luz no rio por uns 10 ou 15 metros. Não fazia nenhum barulho e não jogou o raio em nós, só no rio. Estava a uns 80 metros de distância. Aí o OVNI voou sobre a mata e desapareceu".
  • Claudomira Paixão, moradora de Colares, vítima do Chupa-chupa.
"A luz primeiramente era verde, tocou minha cabeça e atravessou a minha face. Despertei totalmente e a luz tornou-se vermelha. Pude ver uma criatura, como um homem, usando um macacão tal como os de mergulho. Tinha um instrumento como uma pistola. Apontou-o para mim e o objeto brilhou por três vezes acertando-me o peito durante as três ocasiões, quase no mesmo lugar. Estava quente, feria-me, parecia que me espetavam agulhas em todos os três pontos. Penso que me extraíram sangue. Eu estava apavorada, não podia mexer as minhas pernas. Estava aterrorizada". 
"Era quente e doía. Era como uma espetada de agulha. Os três pontos sangravam. No momento que isso aconteceu, fiquei com muita sede. Estava apavorada, mas não podia mexer minhas pernas. Fiquei paralisada. De medo, eu gritei e gritei. Minha prima, Maria Isaete, estava dormindo na mesma sala. Ela acordou e viu a luz, e começou a gritar também".
  • Manoel Paiva, ex-prefeito de Pinheiro.
"O que mais impressionava as pessoas era que o UFO subia a um ponto tão alto no céu que parecia uma estrela. Na verdade, não se podia distingui-lo de uma estrela. E, de repente, descia rapidamente à terra de novo. Sua velocidade era incrível. Se aquilo for alguma coisa deste mundo então já alcançamos a perfeição, porque o objeto não emite nenhum som, tem uma velocidade enorme, pára em qualquer ponto que queira e segue em qualquer direção. 
O objeto costumava vir a uma velocidade muito grande e parar. De repente, ele subia ou descia com a mesma rapidez. Muita gente pescando em barcos foi perseguida por esta bola de fogo. Ela deixou muitas pessoas doentes. Ficaram com febre e outras coisas, os olhos ardiam. A luz do UFO era tão forte que a noite parecia dia. 
A intensidade deixava as testemunhas tontas. Todo mundo tinha medo, porque não sabia se o objeto tinha radioatividade. Eu também fiquei assustado. Algumas pessoas foram atacadas pelos UFOs e perseguidas, e algumas sofreram queimaduras. Os pescadores tinham tanto medo que não foram pescar por três ou quatro meses. Muita gente nem ia até o quintal à noite para fazer suas necessidades, de tanto medo. Os objetos não tinham hora certa para aparecer. Às vezes eram vistos por volta das 18 horas e outras vezes, só lá pelas 04:00 horas. Geralmente, esse fogo chega a uns 300 ou 400 metros do chão. 
Em certa ocasião, havia 26 pessoas trabalhando a uns 6 quilômetros da cidade, construindo cercas. Um dos trabalhadores foi pescar para que os outros pudessem comer. Enquanto ele pescava, o objeto subitamente apareceu bem acima da sua cabeça. Ele correu até o acampamento, exausto, e disse a todos que uma bola de fogo o estava perseguindo. Em seguida, todos no acampamento também viram o objeto. Tinha uma luz azulada que iluminava a área por cerca de 1 quilômetro em volta, acordando todos os cavalos e vacas, assustando-os. 
No dia seguinte, eles mudaram o acampamento para outro local, porque estavam com muito medo. No novo lugar, decoraram um pedaço de madeira como se fosse um espantalho e colocaram um lampião com querosene no topo. Queriam ver se o estranho objeto voltaria, e se esconderam no mato para observar. Mais tarde, naquela mesma noite, o objeto apareceu de repente, chegando bem perto do lampião. Ficou lá por cerca de 45 minutos. Os trabalhadores disseram que a luz era tão forte que não conseguiam ver sua forma. Depois disso, muitos homens saíram e voltaram para casa".
  • Ana Célia Oliveira, moradora de locais de incidência.
"Nunca vou esquecer. As pessoas e os animais eram atacados. Não havia comida. Ninguém pescava. Ninguém ia até as hortas para colher os legumes. Todo mundo tentava sair em grupos grandes, Ninguém queria ficar sozinho. Colares inteira parou. Escurecia às 18 horas e íamos dormir. Grupos de 50 a 60 mulheres e crianças se reuniram numa única casa. Os homens ficavam acordados a noite toda. Acendiam fogueiras e batiam em panelas e latas para espantar os aparelhos. As pessoas começavam a dar tiros para cima, tentando afastá-los. As crianças não sabiam o que estava acontecendo".
  • Wellaide Cecim de Carvalho, Médica que acompanhou os casos.
"O que me chamou a atenção é que quando eu atendia uma pessoa de uma localidade chamada Airi, e uma de uma localidade chamada Candeúba, elas eram distantes mais de 100 km. E as pessoas me contavam a mesma história, sem se conhecerem, sem nunca terem se falado e na mesma noite e nos mesmo horários ou até em horários diferentes". 
"Elas eram longilíneas, retas, extensas e largas, como se algo tivesse chapado. Existiu sempre, sempre, sempre, dois orifícios paralelos, e que você apertava e não desapareciam e ficavam elevadas como se duas agulhas tivessem penetrado".
"As queimaduras de uma pessoa necessitam de aproximadamente 96 horas para que a pele entre em necrose, enegrecida e entre em necrose. Só que as queimaduras que eram feitas nas pessoas, a necrose era imediata".
 
"A população de Colares foi tomada por uma crise talvez assim de pânico, e a cidade entrou num processo de esvaziamento. O medo era de chegar a um ponto de nós não termos mais medicamentos, alimentos a gente já não tinha, porque ela estava caminhando para um verdadeiro caos". 
"Olhei para cima e vi aquilo sobre mim. Já tinha ouvido as pessoas me descreverem como era o tal ‘aparelho’, mas nunca tinha visto um pessoalmente. De repente, em plena luz do dia, lá estava aquilo, enorme e poucos metros acima de minha cabeça, zunindo e emitindo uma luminosidade de grande intensidade e de cores belíssimas".
  • Emidio Campos de Oliveira.
"Aconteceu isso, de eu olhar pro telhado e eu ver, tipo uma lâmpada acesa e direto na minha coxa".
  • Newton de Oliveira Cardoso - Vítima.
"Dormia até debaixo de um balcão lá em casa, com medo daquela luz". 
"Fiquei muito fraco e sem ânimo durante vários dias e ainda sinto uma forte tontura e dor de cabeça".
  • José Moacir da Rocha, Testemunha.
"Qualquer buraquinho que tivesse, aquela luz passava e atingia as pessoas. E a arma nossa aqui era pau, pedra, uma espingarda daquela carregada pela boca".
  • Alceu Marcílio de Souza, ex-Delegado de Polícia.
“Estivemos várias vezes em Umbituba, em diligência policial. Nas noites que ali passamos, foi possível observar a intranquilidade das pessoas. Na época, uma equipe da Aeronáutica andou pela região e alguns de seus membros chegaram a falar comigo a respeito das aparições”.
  • Aurora Nascimento Fernandes, Vítima.
"Eu fiquei apavorada. Chamei minha mãe e, antes dela chegar, uma luz vermelha me envolveu, deixando-me atordoada. Ao mesmo tempo, senti furadas muito finas que eram dadas em meu seio, e caí ao solo desmaiada".
  • Jonas Ferreira Godim, Testemunha.
“Nesse tempo a gente não dormia direito. Eu e mais outros colegas saímos para vigílias na casa de compadres. Numa noite, eu vi aquele aparelho sobre a copa das arvores, ali na rua São João. Ele ficou um instante parado e soltou uma luz clara em cima das arvores e logo sumiu em grande velocidade para outro canto da vila”.
  • Zacarias dos Santos Barata, Testemunha.
“Vi uma duas vezes esse aparelho. A primeira vez ele veio na direção e Souré (ilha de Marajó) e cruzou a vila bem rápido. Da outra vez,vi daqui de casa quando uma bola luminosa vinha clareando todo o mato do Luzio. Ela não fazia barulho e não dava para ver direito como era, pois a luz era muito forte e de cor azulada”.
  • Carlos Cardoso de Paula, Testemunha.
“No tempo do Chupa, muitas vezes eu saia à noite para visitar as casas dos compadres e colegas. A maioria deles se encontrava na rua fazendo fogueira e assando peixe. De vez em quando, faziam barulho com pistolas e latas para espantar o Chupa... Uma vez, ao sair de casa, por volta das 21:00 hs, ouvimos o grito do povo: 'Lá vai o chupa'; daqui de casa só vi quando uma bola de fogo vinha correndo em nossa direção, mas logo mudou de rumo, entrando em outra rua.”.
"Estávamos todos dormindo em casa e eu ainda fumava o ultimo cigarro quando, de repente, pela cumieira da casa, entrou uma bolinha de fogo. Aquilo começou a dar voltas pelo quarto até que veio junto a minha rede. Subiu pela minha perna direita até o joelho. Olhava tudo isso com muita curiosidade quando aquela bolinha passou para a outra perna e comecei a sentir fraqueza e sono. O cigarro caiu da minha mão e, assustado com aquela situação, dei um grito. A bolinha desapareceu e todos acordaram. Acho que ela estava procurando uma veia no meu corpo, mas não teve sorte... Quando ela aumentada o brilho, eu sentia uma espécie de calor...".
Fontes.

Livros:
  • PRATT, Bob. Perigo Alienígena no Brasil. Tradução de Marcos Malvezzi Leal. Campo Grande: CBPDV, 2003.
  • PETIT, Marco Antonio. UFOs: Arquivo Confidencial. Campo Grande: CBPDV, 2007
  • RANGEL, Mário. Sequestros Alienígenas. Campo Grande: CBPDV, 2007
Artigos de Revistas:
  • GIESE, Daniel Rebisso. O Fenômeno "Chupa-chupa", na Amazônia. Revista UFO, Campo Grande, nº 7, p.13-14, abr/jun 1989.
  • ATHAYDE, Reginaldo. Extraterrestres atacam e matam no nordeste. Revista UFO, Campo Grande, nº 7, p.7-11, abr/jun 1989.
  • CPDV. Fotos de OVNIs da Força Aérea Brasileira (FAB). Ufologia Nacional e Internacional, Campo Grande, nº 3, p. 10-11, julho/agosto 1985.
  • GIESE, Daniel Rebisso. Observações ufológicas no Litoral Paraense. Ufologia Nacional e Internacional, Campo Grande, nº 3, p. 11-12, julho/agosto 1985.
  • GIESE, Daniel. O Fenômeno "Chupa-Chupa": OVNIs atemorizam o estado do Pará. Ufologia Nacional e Internacional, Campo Grande, nº 5, p. 09-15, nov/dez 1985.
  • GIESE, Daniel. Novidades no Fenômeno "Chupa-Chupa". Ufologia Nacional e Internacional, Campo Grande, nº 7, p. 14-15, março 1986.
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  • EQUIPE UFO. Dossiê Amazônia: Continua a busca de informações sobre as ações militares na região. Revista UFO, Campo Grande, nº 115, p. 26-35, outubro de 2005.
  • EQUIPE UFO. O Impressionante Depoimento da Médica que Atendeu as Vítimas do Chupa-chupa. Revista UFO, Campo Grande, nº 116, p. 20-29, novembro de 2005.
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  • PETIT, M. A. Dossiê Amazônia: O ultimo depoimento de Uyrangê Hollanda fornece inspiração para reflexões. Revista UFO, Campo Grande, nº 117, p. 14-20, dezembro de 2005.
  • ATHAYDE, Reginaldo. Os ataques do chupa-chupa começaram no Ceará. Revista UFO, Campo Grande, nº 117, p. 22-23, dezembro de 2005.
  • GEVAERD, A. J. Não cedi às pressões dos militares. Revista UFO, Campo Grande, nº 117, p. 24-31, dezembro de 2005.
Documentos Oficiais do Governo Brasileiro:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Prato

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http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevpinon2.htm

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevistas3.htm

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/pesquisa.htm

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/casosdonorte.htm

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevistas4.htm

http://www.abovetopsecret.com/forum/thread454886/pg1  

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