Devido às dificuldades de obtenção de dados confiáveis e de fácil acesso para pesquisadores, não constitui um campo de pesquisa científica reconhecido, constituindo-se num ramo de investigação especulativo e que não faz uso do método científico. A ufologia tem sido caracterizada como uma pseudociência, o que muitos ufologistas rejeitam.
Não há qualquer evidência amplamente aceita que corrobore a existência de vida extraterrestre; no entanto, várias reivindicações controversas já foram feitas. A crença de que alguns objetos voadores não identificados (OVNIs) podem ter origem extraterrestre e alegações de abdução alienígena são rejeitadas pela maior parte da comunidade científica. A grande maioria dos relatos de OVNIs podem ser explicados por avistamentos de aeronaves humanas, fenômenos atmosféricos ou objetos astronômicos conhecidos; ou são apenas hoaxes.
Este mês a Ufologia completa 71 anos de existência. A chamada Era Moderna dos Discos Voadores foi iniciada oficialmente em 24 de junho de 1947, dando espaço ao termo Ufologia - estudo dos UFOs, do inglês Unidentified Flying Objects, e também de seus tripulantes - e ufólogo para o pesquisador do assunto.
O Caso apresentado hoje no Memórias da Ufologia, e um dos mais importantes no estudo dos fenômenos estranhos relacionado com OVNIs e afins no Brasil, e talvez Mundial devido a complexidade do mesmo. O Caso Mirassol, está lado a lado com outro famoso caso da Ufologia Nacional/Internacional, o Caso Antonio Villas-Boas.
Cidade de Mirassol (em vermelho). Créditos: Portal Fenomenum. |
Tudo começou na noite de 27 para a madrugada de 28 de junho de 1979, quando Antônio junto com o cão pastor “Hongue”, fazia sua costumeira guarda batendo o ponto de 15 em 15 minutos, na construção das futuras instalações da indústria Transmóveis Fafá, na cidade de Mirassol (SP) bem como do posto de gasolina anexo.
Por volta das 03:00 da madrugada do dia 28 de Junho, o jovem Antônio bateu o ponto como de costume, em seguida amarrou Hongue, pendurou o relógio que trazia a tiracolo e dirigiu-se ao banheiro. Ao entrar notou um estranho objeto, uma esfera luminosa, de cor vermelha, descendo ao lado da construção da fábrica, clareando tudo ao seu redor. que descia no páteo terraplanado a aproximadamente 60 metros do local onde se encontrava. Ao sair do banheiro resolveu averiguar o que seria aquilo.
Folha de Mirassol 09/08/1979. |
Imagine a seguinte situação, você sai do banheiro e tem mais alguém na porta querendo entrar, foi o que aconteceu com Antônio, ao sair se encontrou com os invasores; Seres de baixa estatura (entre 1 metro).
Segundo sua descrição, esses homenzinhos usavam um traje de cor branca e brilhante, que cobria totalmente seus corpos, inclusive as cabeças, não possibilitando qualquer observação. Antonio Carlos verificou também que eles traziam no peito uma pequena caixa, e nas costas uma caixa maior que possuia um tubo ligando-se diretamente ao capacete na altura da boca e do nariz.
O traje dos pequenos seres possuía uma insignia no lado esquerdo, na altura do peito, no mesmo local onde normalmente usamos o bolso da camisa. Posteriormente Antonio Carlos verificou que apenas os três portavam capacetes respiratórios e portavam insígnias, permanecendo de capacete mesmo dentro da nave-mãe.
Hongue, o pastor alemão, estava amarrado à guia próximo ao local e tentou enfrentar os estranhos seres. Imediatamente o animal caiu, como se estivesse morto. Logo em seguida os estranhos apontaram uma luz vermelha para o rosto de Antônio. A luz saía de um objeto quadrado, com cerca de 15 cm de lado onde haviam 2 orifícios de mais ou menos 3 cm de diâmetro, por onde se projetava a luz.
Antônio ouviu um zumbido no momento em que o aparelho decolou, ao mesmo tempo em que sentiu frio em todo o corpo. Mais tarde ao sair do objeto notou que encontrava-se em um ambiente amplo com iluminação em várias cores. Haviam diversos aparelhos e vários seres de baixa altura vestidos em macacão branco que cobria todo o corpo, com exceção da cabeça. Eram dois tipos de seres, porém todos com altura aproximada de 1,20 metros e cabeça grande e desproporcional ao corpo. Um grupo de seres possuíam pele cor de chocolate, com olhos grandes e pretos, puxados como a dos orientais, sem cílios ou sobrancelhas. Tinham nariz grande e achatado, boca grande, com lábios grossos, queixo fino e meio pontudo. O cabelo era carapinha, de cor avermelhada, com orelhas grandes e pontudas com quase o dobro de tamanho da nossa. O outro grupo apresentava pele esverdeada, cabelos pretos e lisos, nariz grande e fino, olhos verdes, puxados, boca grande e lábios finos, orelhas grandes e pontudas, queixo fino e também pontudo.
Nesta primeira abdução Antônio foi levado à um divã. Logo apareceu uma tripulante completamente nua que tocou sua mão. Antônio sentiu repugnância ao vê-la. Os outros seres tentaram tirar a roupa de Antônio que reagiu. Então fizeram-no cheirar algo que o enfraqueceu. Retiraram a roupa de Antônio que ainda tentava evitar que algo mais sério acontecesse. Então aplicaram-lhe algo em seu braço direito que o deixou paralisado. No braço direito foi colocado um aparelho que Antônio não pode ver, apenas sentir. Em seguida passaram um óleo de cor escura por quase todo o corpo de Antônio. Após isso o aconteceu o ato sexual com a tripulante fêmea. Após isso passaram novamente o óleo em Antônio, colocaram de novo sua roupa. Telepaticamente foi informado que não lhe fariam mal e que seria devolvido em segurança à Terra. Afirmaram que vinham de outro planeta e que precisavam de um filho dele para futuros experimentos. Afirmaram também que em um contato futuro ele conheceria seu filho. Quando isso ocorresse novamente lhe dariam três sinais, mas não informaram que sinais seriam estes. A seguir foi levado de volta ao mesmo objeto em que foi levado capturado e deixado no mesmo lugar onde havia sido capturado.
Evidências.
Após a abdução Antônio lembrou apenas trechos da experiência. Ao terminar o expediente, voltou pra casa, como sempre fazia. Ao chegar em casa, sua mãe, D. Guaracy, estranhou o comportamento do filho, que estava calado, recusou o café e foi direto para a cama. Ela pensou que Antônio estava doente e dirigiu-se ao quarto do filho para ver como ele estava. Ao chegar Antônio disse que estava muito contente e logo descreveu o episódio segundo suas lembranças. Sua mãe, incrédula, chamou um vizinho, Sr. Alonso, para ouvir a história. Eles concluíram que na verdade havia acontecido um roubo na propriedade e entraram em contato com o serviço de vigilância da empresa para se certificar. Os responsáveis pela empresa afirmaram que estava tudo bem e que Antônio parecia um pouco abalado. Ainda desconfiada, D. Guaracy seguiu para a casa do investigador de Polícia José Zanovello Neto pedindo-lhe que fosse até a fabrica averiguar. O investigador constatou que nada fora roubado da propriedade. Entretanto, todos constataram que havia uma marca circular no pátio da empresa. Todo o pátio estava coberto de poeira pois dias antes ocorrera serviços de terraplanagem no pátio. A marca circular estava completamente limpa, como se tivesse sido varrida. Outro fato constatado é que o capim ao lado do barrando estava todo chamuscado.
Mais tarde, quando Antônio despertou sentia-se atordoado, com o corpo formigando. Este formigamento permaneceu por aproximadamente 20 dias. Havia também ardência nos olhos que permaneceu por vários dias. No braço esquerdo de Antônio havia uma marca de queimadura que Antônio não sabia explicar como teria surgido. Ao longo do corpo haviam marcas e hematomas.
D. Guaracy, ao lavar a roupa do filho, percebeu que o paletó que ele usara no dia do estranho encontro estava rasgado. A camisa estava com manchas escuras no bolso superior.
O investigador policial José Zanovello verificou o relógio ponto que deveria ser marcado a cada 15 minutos por Antônio. Ele constatou que o ultimo registro ocorreu às 3 horas da manhã, só voltando a ser registrado às 5 horas.
Investigações posteriores realizadas por pesquisadores da SBEDV descobriram novos fatos, depoimentos e evidências que confirmam o relato de Antônio. Um dos depoimentos mais importantes foi o de Antônio Nascimento, que também era vigia em uma construção a 350 metros do local de aterrissagem do OVNI que abduziu Antônio Carlos Ferreira. Ele afirma que observou o OVNI descendo em direção à indústria de Móveis Fafá, palco da abdução. A sua descrição do OVNI bate com a descrição de Antônio Carlos. Outros dois testemunhos são da vizinha de Antônio, Neiva Ferreira de Oliveira, e da própria mãe de Antônio, que ouviram por volta da meia noite um zumbido estranho. Neiva estava assistindo televisão e assim permaneceu até por volta das 02:30 quando todas as emissoras saíram repentinamente do ar, sem causa aparente.
Diário da Região. 19/10/1979. |
Outro fato interessante é que Hongue, o pastor alemão que acompanhava Antônio naquela noite, apresentou comportamento estranho nos dias seguintes ao acontecido. Ele não se alimentava direito, não atendia mais às ordens, embora fosse adestrado na escola de polícia e fosse bastante obediente. Ele que sempre foi bom cão de guarda não estranhava ninguém deixando de latir ferozmente, incluindo para aqueles que ele não gostava. Também demonstrava muito medo quando voltava à Fábrica onde costumava ficar de guarda.
O ufólogo Ney Matiel Pires, de Mirassol, o primeiro a investigar o caso, constatou que no local onde o OVNI desceu houve alterações magnéticas em vigas metálicas armazenadas ali. Munido de um magnetômetro Perrinjaquet (Suíça, graduação 1 a 5 Gauss) detectou que peças metálicas próximas ao local atingiam a escala máxima do medidor. Enquanto que áreas mais afastadas não havia magnetização. Cinquenta dias mais tarde foi realizada uma nova medição e constatou-se que estas medidas reduziram pela metade. nos locais afetados. Assim que chegou uma nova remessa de vigas metálicas (de mesma origem das anteriores) o ufólogo voltou a medir e constatou que estas novas vigas não apresentavam alterações magnéticas.
Outras Experiências.
Em 9 de setembro de 1979 ocorreu um novo contato entre Antônio e os ufonautas. Era domingo e ele dirigiu-se à casa de sua noiva para acertar detalhes do casamento a ser realizado no sábado seguinte. Por volta das 20 horas os pais da noiva repentinamente se sentiram sonolentos e foram dormir. Pouco depois Antônio observou uma esfera de cor verde aproximando-se pelas costas de Jandira que adormeceu instantaneamente. Logo a seguir Antônio sentiu um formigamento pelo corpo. Neste contato os ufonautas pediram que Antônio não tivesse medo pois iram ajudá-lo a melhorar de vida. Mostraram-se descontentes por ter sido realizada uma hipnose regressiva para recordar os fatos ocorridos no evento anterior. Eles pediram à Antônio que pedisse à sua mãe para ser mais discreta com relação aos eventos pelos quais o filho vem passando. Após terminar o contato Jandira acordou e tudo voltou ao normal.
Diário da Região 19/08 e 31/10/1979. |
A aterrissagem ocorreu na Fazenda Campo, a 2 quilômetros do perímetro urbano da cidade em uma área de mata fechada e foi testemunhada por várias pessoas. No local surgiu uma clareira com uns 30 metros de diâmetro causada pela queda de árvores, algumas delas bem volumosas.
Fontes.
Livro: BULHER, Walter e PEREIRA, Guilherme. O Livro Branco dos Discos Voadores. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.
Boletins.
- Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores -- nº 158/161
- Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores -- nº 162/167
- Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores -- nº 168/173
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Mirassol
https://en.wikipedia.org/wiki/UFO_sightings_in_Brazil
http://ufos-wilson.blogspot.com/2017/10/arquivo-ovni-o-caso-mirassol.html
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