terça-feira, 12 de junho de 2018

Trump E Kim. #TrumpKimSummit

Edição Histórica.
Antecedente.

A Guerra da Coreia foi um conflito armado entre Coreia do Sul e Coreia do Norte. Ocorreu entre os anos de 1950 e 1953. Teve como pano de fundo a disputa geopolítica entre Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (socialismo). Foi o primeiro conflito armado da Guerra Fria, causando apreensão no mundo todo, pois houve um risco iminente de uma guerra nuclear em função do envolvimento direto entre as duas potências militares da época.

A Coreia foi governada pelo Japão desde 1910 até o final da Segunda Guerra Mundial. Em agosto de 1945, os soviéticos declararam guerra contra os japoneses, como resultado de um acordo feito com os Estados Unidos e libertaram o norte do Paralelo 38. Tropas estadunidenses, logo em seguida, se moveram para ocupar o sul da península. Em 1948, como resultado do início da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, a Coreia foi dividida em duas regiões, com governos separados. Representantes da zona sul (capitalista, de influência americana) e da zona norte (comunista, de influência soviética) afirmavam, cada um, ser o legítimo governo da Coreia, e nenhum lado aceitava as fronteiras da época como permanentes. O conflito escalou para uma guerra aberta total quando os norte-coreanos, apoiados belicamente pelos soviéticos e chineses, invadiram o sul, em 25 de junho de 1950. Naquele período, o Conselho de Segurança das Nações Unidas reconheceu isto como uma invasão ilegal e exigiu um cessar-fogo. A 27 de junho, o Conselho da ONU aprovou a Resolução 83, condenando a invasão e despachando uma tropa sob a bandeira das Nações Unidas para restabelecer a paz na península coreana. Cerca de vinte e um países comprometeram forças militares para a missão da ONU, sendo que 88% desses soldados eram, na verdade, americanos.

Após dois meses de guerra, parecia que a Coreia do Sul iria ser sobrepujada pelos norte-coreanos. Contudo, as forças da ONU, compostas principalmente por tropas dos Estados Unidos, detiveram os comunistas no perímetro de Pusan. Em setembro de 1950, os Aliados lançaram uma contra-ofensiva em Incheon e impuseram um grande revés ao exército da Coreia do Norte. Utilizando de sua superioridade bélica e de recursos, os Estados Unidos e seus aliados continuaram a forçar o recuou dos norte-coreanos até além de suas próprias fronteiras, o que levou a China a agir, mandando os seus exércitos cruzarem o rio Yalu, entrando oficialmente na guerra em favor do norte. Isso forçou as forças da ONU a recuar.

A intervenção chinesa acabou levando a guerra a um impasse. A cidade de Seul, capital da Coreia do Sul, por exemplo, trocou de mãos quatro vezes. Assim, os dois últimos anos do conflito se arrastaram numa guerra de atrito, com as linhas de frente se mantendo relativamente firmes no Paralelo 38. A guerra no ar, contudo, continuou intensamente disputada. Enquanto os Estados Unidos submetiam as cidades norte-coreanas a bombardeios aéreos constantes, os céus sobre a península coreana viram intensos combates, especialmente entre caças a jato (a primeira vez que isso aconteceu na história). Pilotos de todo o mundo comunista lutaram ao lado do norte, enquanto pilotos ocidentais (a maioria americanos e Europeus) apoiavam os sul-coreanos. Algumas das maiores batalhas aéreas aconteceram na chamada "Alameda dos Migs", onde dúzias de aviões foram perdidos, por ambos os lados.

A luta se arrastou por três anos até que, em 27 de julho de 1953, um armistício foi assinado. O acordo firmou a Zona Desmilitarizada da Coreia a fim de separar o Norte e o Sul, e permitiu a troca de prisioneiros. Contudo, nenhum tratado de paz formal foi assinado entre as partes envolvidas, o que faz com que as duas Coreias estejam, tecnicamente, ainda em guerra. Atualmente a Coreia do Norte permanece com o regime comunista, enquanto a Coreia do Sul segue no sistema capitalista.

Agora.

Em 27 de abril de 2018, os líderes das duas Coreias; O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, comprometeram–se a assinar um acordo de paz para acabar com a guerra entre os países ainda neste ano. O pacto vai substituir o armistício de 1953. Essa guerra foi interrompida por cessar-fogo, mas nunca teve fim oficial. Líderes também concordaram em trabalhar pela completa desnuclearização da península. A declaração conjunta ocorreu durante encontro histórico em Panmunjon, zona desmilitarizada entre os dois países.

Principais compromissos assumidos:
  1. Cessar todos os atos hostis entre os países por terra, ar e mar;
  2. Realizar, através da desnuclearização completa, uma península coreana livre de armas nucleares;
  3. Transformar a área desmilitarizada em zona de paz, eliminando ações como a distribuição de propaganda;
  4. Participar juntos de eventos esportivos, como os Jogos Asiáticos de 2018;
  5. Esforçar-se para resolver rapidamente as questões humanitárias que surgiram com a divisão das Coreias;
  6. Realizar em agosto uma reunião entre famílias separadas pela guerra;
  7. Implementar todos acordos feitos até agora pelos dois países;
  8. Manter diálogos, encorajar trocas, cooperação e contatos em todos os níveis.
12 de Junho de 2018.

Após uma série de testes balísticos norte-coreanos e uma verdadeira “guerra verbal” entre Kim e Trump travada ao longo de 2017, o primeiro encontro dos líderes dos dois países parecia impossível. Em 2017 mesmo uma especulação sobre a 3° Guerra Mundial se ocasionada pela Coreia do Norte era bastante debatida.

Até mesmo um Twett proferido no começo do ano foi o Estopim para que os detratores e Conspiracionistas imaginassem que a tão famigerada 3° Guerra Mundial ocorresse este ano. Mais a icônica imagem desta terça-feira em Singapura deixou todos impressionados devidos aos históricos, tantos passados quanto recentes.

Créditos G1.
Com um aperto de mãos em frente a bandeiras dos EUA e da Coreia do Norte, Donald Trump e Kim Jong-un marcaram o início da cúpula histórica sobre a desnuclearização da Península Coreana, no primeiro encontro já realizado entre líderes dos dois países. Ao final da reunião, Trump e Kim se sentaram em frente a jornalistas e assinaram um documento de cooperação. O objetivo da cúpula que ocorreu em Singapura era chegar a um consenso sobre o desmonte do programa nuclear e balístico da fechada ditadura comunista, em troca de alívio econômico para o país atualmente afetado por duras sanções.

Por volta das 02:30 (em Brasília), os presidentes assinaram o acordo que, segundo eles, representa uma “cooperação entre os dois países”. O que se sabe até o momento é que o documento assinado pelos dois líderes inclui os seguintes pontos:
  1. Reafirmando a Declaração de Panmunjon, de 27 de abril de 2018, a Coreia do Norte se compromete a trabalhar para a “completa desnuclearização da península”;
  2. EUA e Coreia do Norte se comprometem a recuperar restos mortais de prisioneiros de guerra, começando pela imediata repatriação daqueles já identificados;
  3. Ambos os países irão “construir um duradouro e estável regime de paz” na Península Coreana;
  4. Os dois líderes também se comprometeram a estabelecer novas relações entre os EUA e a Coreia do Norte, de acordo com o desejo de paz e prosperidade da população dos dois países;
  5. O Secretário de Estado americano, Mike Pompeo, deverá se reunir “na data mais próxima possível” com um alto funcionário norte-coreano para continuar o diálogo bilateral sobre a desnuclearização.
Quando se sentou ao lado de Kim pela primeira vez, Trump disse ter esperança de que a cúpula seria "tremendamente bem-sucedida". "Teremos um ótimo relacionamento pela frente", acrescentou.

Trump declarou que “os dois lados ficarão impressionados com o resultado da cúpula”. Já o líder norte-coreano afirmou que “o mundo verá uma grande mudança”. Com o discurso de deixar o passado para trás, o republicano ainda afirmou que “com certeza” irá convidar Kim para visitar a Casa Branca.

O presidente americano reconheceu Kim como um “negociador muito inteligente e valioso”, que negocia em favor de seu povo e ama o seu País. Questionado pelos repórteres sobre o que mais o surpreendeu durante a cúpula, Trump disse que o líder norte-coreano tem uma “grande personalidade” e é “muito inteligente. Uma grande combinação”. Para finalizar, ele ainda declarou que os líderes tiveram um ótimo dia e “ambos aprenderam muito sobre o outro e sobre os nossos países”.

Kim estava à vontade perante as câmeras e disse que ele e o presidente americano superaram “velhos preconceitos e práticas” para estarem frente a frente em Cingapura. O ditador se mostrou otimista na reunião entre as duas delegações: “Eu acredito que esse é um bom prelúdio para a paz”, afirmou. Trump respondeu: “Eu também”.

Pouco antes, o presidente americano disse que era uma “honra” participar da discussão e previu que teria um “relacionamento fantástico” com Kim, integrante de uma dinastia que há sete décadas controla o país mais fechado do mundo. Ao convencer Trump a participar da cúpula, ele conseguiu o que seu pai e seu avô buscaram sem sucesso: legitimar a Coreia do Norte no cenário internacional e negociar em pé de igualdade com a nação mais poderosa do mundo.

A cúpula começou às 09:04 de terça-feira (22:04 de segunda-feira em Brasília). Todo o protocolo foi coreografado para mostrar uma situação de equilíbrio entre os dois lados. Trump e Kim entraram ao mesmo tempo no local, onde apertaram as mãos diante de fotógrafos e cinegrafistas. Ao fundo, havia seis bandeiras dos EUA e seis bandeiras da Coreia do Norte, intercaladas.

Quando ambos caminhavam lado a lado depois dos cumprimentos, as câmeras da emissora americana CNN captaram o tradutor de Kim transmitir a Trump o sentimento do norte-coreano em relação ao ineditismo do encontro: “Muita gente vai pensar que esse é um filme de ficção científica”. Os dois líderes apareceram na sacada do hotel por alguns segundos ao fim da reunião privada. À distância, repórteres perguntaram três vezes a Kim se ele estava comprometido com a desnuclearização, mas não tiveram resposta.

A cúpula começou com um encontro de 48 minutos dos dois líderes, do qual participaram apenas tradutores. Diante de jornalistas, antes do início das conversas, Trump declarou que ele e Kim teriam uma “grande discussão” e a reunião seria um “tremendo sucesso”. Em seguida, o norte-coreano falou com desenvoltura para quem governa um país no qual não existe imprensa livre. “Os velhos preconceitos e práticas foram obstáculos no nosso caminho, mas nós superamos todos e estamos aqui hoje.” Ao seu lado, Trump respondeu: “É verdade”.

Em seguida, as delegações americana e norte-coreana tiveram uma reunião bilateral ampliada, com o mesmo número de autoridades de cada lado da mesa. Trump e Kim sentaram frente a frente, no centro.

Kim Jong-un e Donald Trump se cumprimentam durante reunião ao lado de assessores, em Singapura, na terça-feira (12) (Foto: Kevin Lim/The Straits Times via AP). Créditos G1.
O ditador norte-coreano disse, em seguida, que havia enfrentado uma série de "obstáculos" para realizar esse encontro. "Nós superamos todos eles e estamos aqui hoje", disse a repórteres, por meio de um tradutor.

Mais tarde, em um breve pronunciamento, Trump disse que o encontro estava sendo "melhor do que qualquer um poderia esperar". Em seguida, ele mostrou sua limusine ao norte-coreano e manteve o que pareceu ser uma conversa bastante amistosa durante alguns minutos. Eles se separaram brevemente e voltaram a encontrar na sala onde assinaram a declaração.

O local do encontro foi o luxuoso hotel Capella, na ilha de Sentosa, famosa por suas praias turísticas e seus campos de golfe espetaculares. Singapura designou partes de sua região central como uma "zona especial", implantando um rigoroso sistema de segurança. O espaço aéreo sobre a rica cidade-Estado está temporariamente restrito durante partes dos dias 11, 12 e 13 de junho.

Redução nas Tensões

A mudança de tom de Kim Jong-un com relação à vizinha Coreia do Sul começou em seu discurso de ano novo, em janeiro de 2018, quando propôs o envio de uma equipe às Olimpíadas de Inverno, em PyeongChang (Coreia do Sul).

A aproximação entre as coreias levou à organização do encontro de Panmunjon, zona desmilitarizada entre os dois países, em que os dois países firmaram um primeiro compromisso de desnuclearização da península e um acordo de paz para acabar com a guerra entre os países ainda em 2018.

O encontro foi visto como uma preparação para o encontro com o presidente do Estados Unidos. Na época, Trump comemorou o avanço nas relações de paz, mas se mostrou ponderado. "Depois de um ano furioso de lançamento de mísseis e testes nucleares, um encontro histórico entre Coreia do Norte e Coreia do Sul está ocorrendo agora. Boas coisas estão acontecendo, mas só o tempo dirá", também afirmou no Twitter.

Em abril, o então diretor da CIA e atual secretário de Estado americano, Mike Pompeo, viajou para a Coreia do Norte, onde teve um encontro secreto com Kim Jong-un, mostrando um avanço nas relações entre os dois países. Ele voltou de lá com três americanos que tinham sido detidos por Pyongyang por suspeita de atividades anti-estatais.

Kim Jong-un e Donald Trump sorriem ao se cumprimentar durante reunião em Singapura (Foto: Kevin Lim/The Straits Times via AP) Créditos G1.
Almoço de Negócios e Passeio Pelo Hotel.

Após a reunião, os presidentes participaram de um almoço de negócios. Para o cardápio foram preparados pratos que combinam sabores asiáticos e do Ocidente. A Casa Branca divulgou que no menu foram servidos coquetéis de camarão acompanhados de salada de abacate,  kerabu de manga verde com mel de lima, polvo fresco e pepino recheado. Os pratos principais foram: costeletas de boi ao molho de vinho tinto, com batatas gratinadas e brócolis ao vapor; carne de porco crocante com molho agridoce e arroz frito com molho picante e bacalhau na brasa com soja e verduras asiáticas.

Como sobremesa, Trump e Kim foram servidos com tortas de ganache de chocolate amargo; sorvete de baunilha com calda de cereja e torta tropézienne, uma sobremesa francesa com massa de brioche recheada com creme.

Depois de 03:30 de reuniões, os líderes deixaram a sala onde almoçaram juntos e passearam até outra área do hotel Capella, onde se separaram para se reunir com suas respectivas delegações e avaliar os progressos da cúpula.

O presidente americano disse que sua reunião com o líder da Coreia do Norte foi “melhor do que o esperado” e ambos planejaram assinar em breve um documento, sobre o qual não deu detalhes. “A reunião foi realmente fantástica. Ocorreram muitos avanços. O máximo! Melhor do que se poderia esperar”, disse Trump em uma rápida declaração para a imprensa durante seu passeio com Kim.

Desnuclearização.

A dinastia Kim dedicou os últimos 26 anos à construção de um arsenal nuclear na Coreia do Norte com capacidade de atingir seus vizinhos e o território dos EUA. Seu desmantelamento, como exigido por Donald Trump, pode demorar até uma década, em um complexo processo que exigirá concessões mútuas e a manutenção de confiança a cada passo, afirmam especialistas.

Nenhum país que tenha chegado ao estágio da Coreia do Norte concordou até hoje em abrir mão de seu programa nuclear. Signatário do mais ambicioso acordo do tipo, abandonado por Trump, o Irã não desenvolveu ogivas nucleares. Os serviços de inteligência dos EUA estimam que Kim Jong-un tenha entre 30 e 60 a seu dispor. A Líbia possuía um programa rudimentar quando aceitou seu desmantelamento, em 2003, o que foi feito no espaço de quatro meses.

O “modelo líbio” chegou a ser mencionado pelo chefe do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, como um roteiro a ser seguido no caso norte-coreano. A declaração despertou a ira de Pyongyang e levou Trump  a abandonar a ideia. O presidente, então, passou a falar em um “processo” que se desenrolaria em etapas.

Professor da Universidade de Stanford, Siegfried Hecker visitou a Coreia do Norte sete vezes e foi o último cientista americano a inspecionar as instalações nucleares do país, em 2010. Em um estudo divulgado há pouco mais de dez dias, ele e dois colegas de Stanford estimaram que a total desnuclearização poderia levar dez anos. O mandato de Trump termina em dois anos – ou seis, se ele for reeleito.


Os cientistas previram três etapas, com distintos horizontes de tempo: 
  • Interrupção, que ocorreria em menos de um ano; 
  • Redução, de dois a cinco anos; 
  • Eliminação, que seria implementada no espaço de seis a dez anos. 
No estudo, eles ressaltam que os prazos podem ser encurtados ou alongados dependendo do ritmo das negociações.

Os passos iniciais seriam obviamente os mais fáceis e envolveriam a suspensão de testes nucleares, de lançamentos de mísseis de longo alcance, da produção de plutônio e urânio enriquecido e da exportação de armas, materiais e tecnologia nuclear. Em sua mensagem de ano-novo, Kim declarou que o país havia concluído o desenvolvimento de seu programa nuclear. No dia 22 de abril, ele anunciou a suspensão de todos os testes.

A etapa seguinte seria mais desafiadora e envolveria a declaração do número de ogivas nucleares e o início de sua redução. As centenas de mísseis e foguetes teriam de ser declarados, desmontados e monitorados. As instalações que produzem plutônio e urânio enriquecido também teriam de ser reconhecidas e algumas delas, desabilitadas.

Nos últimos quatro anos, haveria a destruição de ogivas e mísseis e o desmantelamento de toda a estrutura de produção de combustível nuclear. Por razões de segurança, os professores de Stanford são contra o envio de bombas ao exterior e defendem que todas sejam desmontadas pelos mesmos engenheiros que as criaram.

O fator humano é outro desafio. A Coreia do Norte tem milhares de cientistas dedicados a seu programa nuclear e seu conhecimento não pode ser destruído ou despachado a outro país. Hecker e seus colegas propõem que eles sejam redirecionados a atividades nucleares civis, como produção de energia, e ao desenvolvimento espacial. Em sua opinião, Kim não abrirá mão desses dois elementos, por razões técnicas e simbólicas.
“A abordagem sugerida tem como base nossa convicção de que a Coreia do Norte não abrirá mão de suas armas e de seu programa enquanto sua segurança não estiver garantida. Esta não poderá ser obtida apenas com uma promessa americana ou um acordo no papel. Ela vai requerer um período substancial de coexistência e interdependência”, escreveram os cientistas.
“Tudo isso vai demorar anos”, disse Sue Mi Terry, especialista em Península Coreana do Center for Strategic & Internacional Studies (CSIS). Analista da região na CIA de 2001 a 2008, ela observou que o longo período dará chances para Pyongyang burlar seus compromissos. Sue lembrou que EUA e Coreia do Norte fecharam um acordo em 1994 e, até 2002, os americanos acreditavam que ele estava funcionando. “Eles podem comprar tempo e esperar que o governo Trump acabe”, afirmou Sue, que estima um período de cinco anos para a desnuclearização.

Para amenizar esse risco, será necessário um regime de verificação, que só funcionará se houver concordância da Coreia do Norte. Ainda assim, há a possibilidade de Pyongyang manter atividades clandestinas, especialmente o enriquecimento de urânio, ressaltou Michael Green, que integrou o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca de 2001 a 2005. “É muito mais difícil de detectar (o enriquecimento de urânio), pois não são necessárias torres de resfriamento”, disse. “É possível fazer isso em cavernas, girando centrífugas.”

Créditos: G1.

Encontro Quase Não Ocorreu.

Porém, em maio, a Coreia do Norte suspendeu as conversações de alto nível com a Coreia do Sul, citando como motivo exercícios militares conjuntos de Seul com os EUA. O governo norte-coreano vê os exercícios como um treino de invasão do seu território e uma provocação em meio à melhora de relações entre as duas Coreias.

O regime de Kim Jong-un já tinha colocado em dúvida realização da cúpula prevista com Trump. E, em 21 de maio, Trump disse que o encontro histórico poderia atrasar ou não acontecer caso certas condições não sejam cumpridas - embora não tenha explicados que condições seriam estas.

Trump, então, chegou a cancelar a reunião. "Estava muito ansioso para me encontrar com você", disse o presidente dos Estados Unidos em uma carta dirigida ao líder norte-coreano, que foi divulgada pela Casa Branca.

"Infelizmente, com base na enorme raiva e hostilidade aberta exibida em sua declaração mais recente, sinto que é inadequado, neste momento, ter essa reunião planejada há muito tempo", afirmou.

A pressão dos Estados Unidos surtiu efeito. Menos de duas semanas depois de cancelar o encontro, Trump voltou a confirmar a reunião para 12 de junho, em Singapura. O anúncio ocorreu após uma reunião entre o republicano e o braço-direito de Kim Jong-un, Kim Yong-chol, na residência oficial americana.

Com essa Iniciativa de Donald Trump, talvez o Relógio do Apocalipse retorne uns 15 minutos antes da Meia-Noite.

Fontes.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/trump-e-kim-tem-encontro-historico-em-singapura.ghtml (Principal)

https://istoe.com.br/apos-encontro-historico-trump-e-kim-jong-un-assinam-documento-de-cooperacao/ (Principal)

https://g1.globo.com/mundo/noticia/kim-jong-un-se-compromete-com-desnuclearizacao-completa-apos-encontro-com-trump-em-singapura.ghtml

http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/7469909/trump-kim-jong-estrategias-por-tras-encontro-dos-improvaveis

https://g1.globo.com/mundo/noticia/presidente-sul-coreano-moon-jae-in-e-lider-norte-coreano-kim-jong-un-se-comprometem-a-assinar-acordo-de-paz-para-substituir-o-armisticio.ghtml

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Coreia

https://www.suapesquisa.com/historia/guerra_da_coreia.htm

https://www.esmaelmorais.com.br/2018/06/globo-vira-piada-diante-de-encontro-historico-entre-trump-e-kim-jong-un/

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